O ovo é um alimento importante na dieta e presente na alimentação de muitos brasileiros. Mas como armazená-los em casa de forma correta? É certo deixá-los na geladeira ou fora dela? Para responder a essas dúvidas, O POPULAR conversou com nutricionistas.&nbsp;

O nutricionista Daniel Damiani explica que a forma mais correta de armazenar os ovos é dentro da geladeira, se possível em um recipiente fechado.

<cite>Isso evita que os ovos fiquem em temperatura ambiente e existam trocas de calor. Essa exposição à luz solar e ao oxigênio, acaba oxidando o ovo, fazendo com que ele perca mais rápido”, afirmou.</cite>

Já a nutricionista Karina Portilho destaca que os ovos devem ser armazenados na geladeira por conta da temperatura. “Se o ovo for consumido de forma rápida, tudo bem ficar fora da geladeira. Mas, hoje em dia, as pessoas compram [ovos] para demorar alguns dias para consumir, então a gente deixa [os ovos] na geladeira. Assim ele durará mais tempo”, ressaltou.&nbsp;

Segundo a especialista, deixar os ovos na porta da geladeira não é indicado por conta da variação da temperatura.

<cite>Os alimentos que perdem facilmente não devem ser armazenados na porta, então, o ideal é que fiquem sempre no fundo da geladeira, de forma que o vento venha constantemente e mantenha a mesma temperatura”, destacou.&nbsp;</cite>

<h2>Consumo</h2>

Daniel Damiani detalha que os ovos costumam durar de três a cinco semanas. “Mesmo assim, é importante sempre observar a questão da coloração da casca e cheiro. É bom olhar a validade dos ovos ao comprá-los, para verificar quando eles foram para a prateleira para ser vendido”, pontuou.&nbsp;

Karina Portilho chama a atenção para o fato de que, para serem consumidos, os ovos não devem ter nenhum mínimo rachado na casca.

<cite>Se ele teve algum rachado significa que ele pode estar contaminado no seu interior. Há muitas pessoas que falam ‘ah é só um rachadinho’, mas não. Pode existir contaminação, então o ovo deve ser descartado”, pontuou. De acordo com a nutricionista, uma dica é, ao comprar, tirar todos os ovos da caixa e verificar um a um se não há rachaduras.</cite>

Outra dica da especialista é verificar se o ovo é mais novo ou mais velho por meio da clara. “Quando o primeiro ovo for quebrado na frigideira, deve-se observar se a clara é bem líquida e se espalha. Se isso acontecer, significa que o ovo está mais velho, então ele precisa ser consumido mais rápido. Se a clara estiver bem aglutinada, juntinho da gema, significa que o ovo está mais novo, então ele pode ter um tempo maior de duração na geladeira”, explicou.&nbsp;

<h2>Dieta</h2>

Daniel Damiani ressalta que o ovo é um dos principais alimentos proteicos, sendo o mais rico e saudável. Segundo ele, para uma dieta, quanto melhor for a proteína, melhores serão as questões de ganho de massa muscular e hormonal.&nbsp;

<cite>O ovo é um alimento rico e importante na dieta, se puder ser consumido pela pessoa. O ovo é um excelente alimento, um dos alimentos mais completos que a gente tem, perdendo apenas para o leite materno”, destacou.</cite>

Segundo o especialista, a recomendação é de que não seja ultrapassado o consumo de 300 miligramas de colesterol por dia, e um ovo tem cerca de 180 miligramas. “Cada caso tem que ser analisado, mas o ideal é que se consuma apenas dois ovos por dia, para não ultrapassar muito esse limite dos 300 miligramas”, completou.&nbsp;

Ovos devem ser guardados na geladeira ou em temperatura ambiente? Veja o que dizem nutricionistas

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Alimentação 

Nas últimas semanas, o goiano Geneon Sérgio Brandão, de 60 anos, está mais do que nunca com a mão na massa. O empresário e pizzaiolo foi classificado para a etapa mundial do Campeonato Pizza D.O.C., considerado o “Oscar da pizza”. Dentro de alguns dias, ele embarca para a Itália para representar o Brasil na competição, que acontece na cidade de Salerno, no sul do país. “A preparação tem sido intensa e muito especial. Estou estudando técnicas tradicionais italianas e, ao mesmo tempo, buscando imprimir minha identidade em cada detalhe”, conta.

Geneon é natural de Itapuranga, região Noroeste de Goiás, a 160 km de Goiânia, na região do Vale do São Patrício. Na capital, é proprietário da Com Alecrim Pizzaria, no Setor Coimbra, onde os goianos podem conferir as criações de sucesso do pizzaiolo. A casa tem apenas três anos de funcionamento, mas sua trajetória na gastronomia ultrapassa as três décadas — e sua história com a culinária muito mais que isso.

“Desde criança, eu sempre tive uma ligação com a cozinha. Cresci observando minha família cozinhar e, cedo, percebi o prazer que era preparar algo que reunisse as pessoas à mesa”, diz. Profissionalmente, sua trajetória começou em outro ramo: o automotivo. “Fui empresário por muitos anos, mas nunca deixei de cozinhar. Amigos e familiares sempre pediam que eu fizesse pizzas nas reuniões”, conta.

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Os pedidos eram tantos que, em certo ponto, abrir a pizzaria acabou sendo um caminho natural, e a experiência como empreendedor o fez juntar o útil ao agradável. “Acredito que o maior desafio e aprendizado nesses anos foi equilibrar o espírito empreendedor com o amor pela cozinha. O mercado exige técnica, gestão e constância, mas a gastronomia pede alma, e manter esse equilíbrio é um exercício diário”, explica.

Na sua pizzaria, o forno a lenha funciona a todo vapor, com sabores tradicionais e criações autorais no menu. E como conseguir o equilíbrio entre respeitar a tradição italiana e inovar nos sabores? “Para mim, o segredo está em honrar a origem sem perder a identidade. A tradição italiana é a base, ensina respeito aos ingredientes, às técnicas e ao tempo de preparo. É o que garante autenticidade, mas a inovação nasce quando colocamos a alma na receita”, diz.

O equilíbrio ideal, portanto, está aí: manter a tradição como bússola e a criatividade como chama. “Inovar não é reinventar a pizza, é interpretá-la com sensibilidade, encontrando novos caminhos sem romper com o que é essencial”, acrescenta. “E cozinhar, para mim, é mais do que um ofício, é uma forma de expressão. E a pizza se tornou o meu jeito de compartilhar alegria, afeto e autenticidade”, diz.

<h2>A competição</h2>

Salerno, na Itália, é o berço da pizza e a competição representa o ápice da arte pizzaiola. “Estar entre os melhores pizzaiolos do mundo todo é algo que me enche de orgulho e, ao mesmo tempo, de responsabilidade. Levar o nome do Brasil, de Goiás, e mostrar que aqui também se faz pizza com alma italiana e coração brasileiro é uma conquista que eu compartilho com todos que acreditaram nesse sonho", comenta Geneon.

O Campeonato Mundial Pizza D.O.C. ocorre nos dias 11, 12 e 13 de novembro, reunindo alguns dos maiores nomes da pizza. A sigla “D.O.C.” significa Denominação de Origem Controlada, um selo italiano de certificação que garante a autenticidade e alta qualidade de uma pizza, desde a seleção dos ingredientes até os métodos de preparo e fermentação. A certificação é concedida pela Accademia Nazionale di Pizza D.O.C. e reconhece a excelência e respeito às tradições italianas na produção da pizza.

Geneon conta que tem se preparado intensamente para o campeonato. “Tenho trabalhado muito na massa, que é o coração da pizza, respeitando o tempo de fermentação natural e o ponto ideal de leveza e crocância. Quanto aos ingredientes, posso adiantar que darei destaque aos produtos frescos e de origem controlada, como manda o conceito D.O.C., sempre valorizando o equilíbrio entre simplicidade e sabor”, conta.

Embora siga à risca as técnicas italianas e o conceito D.O.C., ele acredita que a pizza também pode carregar um toque da alma de quem a faz. “E eu sou brasileiro. Gosto de incorporar sutis influências do nosso paladar, o frescor, a leve acidez e a intensidade de alguns ingredientes que remetem à nossa cozinha", explica. “Não é sobre reinventar a pizza italiana, mas sobre mostrar que é possível unir tradição e identidade, com equilíbrio e respeito à origem. Minhas pizzas levam um pouco do Brasil, mas sempre com o coração na Itália”, diz.

A oportunidade de competir entre os melhores do mundo é um marco tanto para o pizzaiolo e sua pizzaria quanto para Goiânia e a ansiedade está a mil. “Representar o Brasil em um campeonato internacional como esse é levar o nome da nossa casa, da nossa equipe e da nossa cidade para o berço da pizza", comenta.&nbsp;

Geneon espera que os holofotes dessa conquista gerem muitos frutos para o universo da gastronomia e para os pizzaiolos daqui. “Mais do que um prêmio, é uma chance de mostrar que o Brasil tem pizzaiolos de excelência, comprometidos com técnica, autenticidade e alma. Quero que essa conquista inspire outros profissionais e fortaleça ainda mais a cena pizzaiola brasileira, que cresce, se aprimora e ganha respeito no mundo", destaca.

Conheça o pizzaiolo goiano que representa o Brasil na Copa do Mundo da Pizza

GASTRONOMIA

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Confeiteira informou que pudim de ouro é um dos queridinhos dos clientes (Arquivo pessoal/Camila Oliveira Máximo)

Apreciado de forma universal, o doce é um dos grandes prazeres da vida e está relacionado a fatores biológicos, psicológicos e culturais. Adorada pela maioria das pessoas, a doçura do açúcar costuma ser mais desejada em dias frios. Mas o que causa essa vontade? Ao POPULAR, o nutricionista esportivo Daniel Damiani explicou que ela é fisiológica.&nbsp;

<cite>A temperatura corporal cai, então o corpo precisa voltar para a temperatura normal. Comer gera calor e a vontade por comidas mais palatáveis como doces, que geram energia rápida, aumenta", afirmou Damiani.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/o-popular-lanca-e-book-com-alimentos-conhecidos-como-superpoderosos-1.3285747" target="_self">O POPULAR lança e-book com alimentos conhecidos como superpoderosos</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/ovos-de-pascoa-de-sushi-pequi-e-ate-de-torresmo-atraem-quem-busca-opc-es-criativas-na-data-1.3247555" target="_self">Ovos de Páscoa de sushi, pequi e até de torresmo atraem quem busca opções criativas na data</a></div>

Para a confeiteira Camila Oliveira Máximo, o doce é muito mais que um alimento gostoso. Ele representa afeto, lembranças da infância e renda. “Sou suspeita para falar, pois trabalho com essas doçuras, mas&nbsp;no frio aumenta a procura por aquele docinho.&nbsp;

<cite>Gosto muito de doce. Desde pequena fui mimada com essas doçuras e chocolates sempre foram meus xodós. Fui criada em casa de vó e&nbsp;ela fazia muito aqueles doces caseiros cheios de muito amor e carinho. São tantas receitas e temos que concordar que, durante o frio, a&nbsp;comida fica mais gostosa e o doce traz aconchego em sua doçura porque&nbsp;a gente o&nbsp;aprecia com calma”, afirma Camila.&nbsp;</cite>

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Cupcakes também são opções de doces feitos pela confeiteira (Arquivo pessoal/Camila Oliveira Máximo)

Cuidado com excesso&nbsp;

Porém, conforme o Damiani, o excesso de doce, pode gerar um pico de insulina rápido, caso não&nbsp;gaste, o que pode provocar o aumento de peso e gerar mais insulina circulante no sangue. “Para quem tem diabetes é um enorme prejuízo, então é importante sempre ter cuidado, principalmente, no frio e com doces”, informou.&nbsp;

De acordo com Damiani, qualquer excesso vai causar prejuízos para o corpo, mesmo que sejam alimentos saudáveis. Acrescentar fibras e proteínas nas refeições aumenta a saciedade e faz com que o esvaziamento gástrico seja mais lento.&nbsp;

<h2>Dicas</h2>

Algumas dicas do nutricionista são: beber bastante água, hidratar mais é fundamental, comer muita salada e frutas e acrescentar aveia na dieta, chia, ou seja, aumentar a ingestão de fibras, que gera mais saciedade e evita exageros.&nbsp;

Para os amantes de doces, Damiani explica que o ideal é optar por doces zero açúcares ou fazer preparações doces. “Acrescente um whey protein de sua preferência, faça smooths, salada de frutas com pasta de whey, chocolate 70% para cima tem mais antioxidantes, ótimo para nossa imunidade, porém tudo sem exageros”, ressalta.&nbsp;

O especialista explica que 20g de chocolate 70% tem em média 100 calorias. Essas mesmas 20g de leite condensado, conforme Damiani tem apenas 61 calorias. "Assim, morangos com 20g de doce de leite, pós almoço, mata a vontade de doce, evita picos de glicemia e aumenta a ingestão de fibras, no inverno é mais do que válido”, completou o nutricionista.&nbsp;

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Doces de amendoim feitos pela confeiteira (Arquivo pessoal/Camila Oliveira Máximo)

Por que no frio temos mais vontade de comer doce? Especialista explica

'gera energia'

O cardápio de escolas e creches municipais de Goiânia contará com novidades durante o mês de junho. Trata-se dos tradicionais pratos de festas juninas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), as unidades de ensino passaram a servir aos alunos pipoca, canjica, arroz doce, bolo mané pelado e milho.&nbsp;

O município ressalta que esses cardápios são elaborados por nutricionistas da SME e que seguem recomendações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além dos guias alimentares do Ministério da Saúde e legislação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A nutricionista da SME Nair Augusta contou ao&nbsp;POPULAR&nbsp;que a iniciativa é "enriquecer nutricionalmente a alimentação dos estudantes, com hábitos saudáveis, de forma educativa e saborosa". Além de promover o resgate cultural a partir da compreensão das diversidades e costumes regionais.&nbsp;

<div class="p-readmore-box" style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/prepare-a-bota-e-o-chapeu-de-palha-1.3269510" target="_self">Prepare a bota e o chapéu de palha</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/concurso-comida-di-buteco-celebra-25-anos-com-participac-o-de-47-bares-em-goiania-e-aparecida-1.3245301" target="_self">Concurso Comida di Buteco celebra 25 anos com participação de 47 bares em Goiânia e Aparecida</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/metade-dos-brasileiros-diz-ter-reduzido-o-cafe-apos-alta-de-precos-segundo-datafolha-1.3252328" target="_self">Metade dos brasileiros diz ter reduzido o café após alta de preços, segundo Datafolha</a></div>

Apesar de serem alimentos típicos da data comemorativa, a nutricionista ressalta que todas as orientações em relação à questão nutricional são analisadas pela equipe.&nbsp;&nbsp;

<cite style="font-style: normal;">É feito todo um cálculo das necessidades tanto de energia quanto nutricional necessárias para o crescimento e desenvolvimento adequado por tipo de atendimento e por faixa etária. É encaminhado esse cardápio para que seja cumprindo", pontua Nair Augusta.&nbsp;</cite>

No entanto, segundo a nutricionista, a alimentação nas unidades educacionais são feitas alternando entre os pratos típicos de festas juninas e a alimentação regular.&nbsp;

<cite style="font-style: normal;">Dentre as preparações que compõem o cardápio, vamos incluindo essas com características das festas juninas", destaca a especialista.&nbsp;</cite>

Outros alimentos complementares são o milho refogado e a pipoca. No entanto, esses alimentos são direcionados apenas para crianças com idade a partir de três anos. Ela salienta ainda que pela primeira vez é oferecido em um dia do cardápio como sobremesa um doce de leite feito com receita própria da SME.&nbsp;

<cite style="font-style: normal;">Tanto é que é algo que comumente não tem no nosso cardápio. Foi meio que uma exceção que a gente abriu para uma vez no mês de junho para completar isso. Acaba sendo um doce que é feito na instituição. A gente já testou a receita, anteriormente, é de leite, não é algo industralizado", garante a nutricionista.&nbsp;</cite>

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Cardápios</h2>

SME especificou que as tabelas de cardápio mensal das instituições são divididas por semana, de segunda a sexta-feira. Assim, os Cmeis têm dois cardápios diferentes, com cinco refeições: um para crianças de seis a 11 meses e outro para crianças de um a cinco anos.&nbsp;

Já para as escolas, há três cardápios diferentes: um para escolas integrais, onde são feitas três refeições; outro para alunos que estudam em período parcial e um para o estudantes do período noturno. Esses com apenas uma refeição nas unidades de ensino.

A prefeitura lembra que o PNAE orienta que os municípios utilizem alimentos in natura ou minimamente processados, mas que atenda as necessidades nutricionais, os hábitos alimentares e a cultura alimentar local. Além da sustentabilidade, sazonalidade e diversificação agrícola.&nbsp;

Cardápio de escolas municipais de Goiânia terá pratos tradicionais de festas juninas

Alimentação especial

A população goiana está sofrendo com diarreia. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, 149 municípios possuem surtos ativos de Doença Diarreica Aguda (DDA) atualmente. O surto se caracteriza pela ocorrência de dois ou mais casos com relação de localização e tempo. No total, 26.756 casos foram notificados nos municípios no mês de agosto. Durante todo o ano de 2024, foram notificados em Goiás 168.488 casos.&nbsp;Segundo o monitoramento de doenças diarreicas, é esperado o aumento de casos nos meses de agosto e setembro em todo o país, contudo a SES informou que desde o final de junho começou a identificar os casos. A diarreia aguda é um problema causado pela ingestão de alimentos, bebidas e água contaminados por microrganismos como bactérias, vírus e parasitas. Segundo a pasta, nos municípios goianos o rotavírus é a causa predominante.&nbsp;A nutricionista Carolina Nobre, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, pontua como deve ser a alimentação para aqueles que estão na crise da diarreia. “Devem preferir as frutas sem casca e menos maduras e alimentos com mais amido como batata, arroz e macarrão. Além de vegetais cozidos. Evitar frituras, molhos, leite e derivados, frutas com casca, vegetais crus e todo e qualquer tipo de alimento industrializado”, destaca.&nbsp;Ela também salienta a necessidade de se hidratar. “Uma boa hidratação é muito importante nesses casos, pois na diarreia, além de água, se perde também muitos eletrólitos como sódio e potássio. A hidratação deve ser feita com água filtrada, água de coco e ainda com bebidas ou sachês com repositores hidroeletrolíticos. Em alguns casos, pode ser indicado o uso de soro endovenoso, cuja prescrição é médica”.Cuidados pré e pós contaminação Para quem tomar medicamentos durante o surto diarreico, Carolina Nobre orienta sobre o que fazer depois. “Geralmente o uso de antibiótico é necessário durante a crise diarreica. O antibiótico mata as bactérias ruins, mas também mata as bactérias boas que colonizam nosso intestino. Por isso, sempre recomendo o uso de probiótico 30 dias depois de suspender o uso do antibiótico. Essa orientação serve para repor a microbiota intestinal que foi muito acometida pelas crises de diarreia intensa”.A nutricionista aponta formas para diminuir as chances de se contaminar com a doença. “ A primeira é sempre lavar bem as mãos com água e sabão antes de manipular ou comer qualquer alimento. Durante esse período de surto é bom evitar comer fora de casa, pois a pessoa que manipula o alimento pode estar contaminada e não saber por ainda não ter desenvolvido os sintomas. Sugiro também sempre evitar comer alimentos crus, seja em casa ou fora, pois como o alimento não foi submetido a cocção fica mais difícil matar os microrganismos”.Higienizar os alimentos corretamente também diminui as chances de contrair essa e outras doenças. “As frutas, legumes e verduras devem ser levados em água corrente e em seguida imersos em uma bacia cobertos com solução clorada entre 10 e 15 minutos. Ela pode ser feita com água sanitária ou hipoclorito de sódio de 1,0%, sendo duas colheres de sopa do produto para cada litro de água. Em seguida enxaguar um a um em água corrente e própria para consumo”, explica a especialista. “Lembrando que água com vinagre não é suficiente para eliminar os microorganismos e o detergente não deve ser utilizado para esta finalidade”, completa.Já para fortalecer o organismo para que se evite ser contaminado pelo surto de DDA, Carolina Nobre destaca o consumo de alguns alimentos. “De uma forma geral, uma alimentação saudável e colorida que garanta todos os nutrientes, em especial zinco, selênio e vitamina A para o corpo. Alguns são: carnes vermelhas, castanhas e oleaginosas como fontes de zinco, castanha do Pará, feijão e ovos como fonte de selênio e abóbora cabotiá e cenoura como fontes de vitamina A”.