A inauguração do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), em setembro deste ano, em Goiânia, traz uma nova possibilidade para crianças e adolescentes com câncer. Antes, eles precisavam deixar o estado para realizar tratamento agora podem passar o Natal perto de casa.&nbsp;

A família de Fabiana Santos&nbsp;Maiada, de 31 anos, também vai passar o Natal junto de alguns parentes pela primeira vez desde que o filho Mário Francisco Santos da Silva, de 15, recebeu o diagnóstico de leucemia, no ano passado. “Duas sobrinhas vieram para cá passar o Natal com a gente”, celebra a dona de casa, com um misto de alívio e esperança.&nbsp;

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Liliane Borges, mãe de Yury Gabriell, de 11 anos: "Optei ficar por aqui mesmo. Ainda bem que deu certo” (Fábio Lima / O Popular)

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Fabiana e o filho são de Araguatins, no Tocantins, a 1,3 mil quilômetros de Goiânia. A doença de Mário começou a se revelar quando ele perdeu peso, passou a sentir dores nas pernas e a dormir mais do que o habitual, há pouco mais de um ano. Desde então, ele já enfrenta o tratamento há pouco mais de um ano. “Parece que meu mundo caiu. A gente fica em desespero sobre como vai ser o tratamento. A médica disse que lá (no Tocantins) não tinha”, lembra Fabiana, recordando os dias de incerteza e medo.&nbsp;

Posteriormente, Mário foi transferido para Porto Velho, em Rondônia. Assim que o Cora foi inaugurado, tentaram a transferência. O Cora ainda não recebe pacientes de outros estados – o caso de Mário foi uma exceção.

Em Porto Velho, o marido de Fabiana estava desempregado. “A situação financeira já estava nas últimas”. Em Goiás, ele, que é pedreiro, conseguiu retomar trabalhos de diárias. Atualmente, a família mora em Senador Canedo, e a vida começa a ganhar um ritmo menos apertado.&nbsp;

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Fabiana Maiada, mãe de Mário Francisco, de 15 anos, sobre apoio da família e amigos: "Você se sente bem, como se estivesse em casa” (Fábio Lima / O Popular)

Perda da Visão&nbsp;

Há um ano, após uma súbita perda de visão a dona de casa, Liliane Borges, de 28, descobriu que o filho, Yury&nbsp;Gabriell&nbsp;Gonçalves de Oliveira, de 11, tinha um tumor cerebral. Morador de Indiara, ele iniciou uma travessia por diferentes unidades de saúde, até passar por uma cirurgia em janeiro. Após ficar internado por quatro meses recebeu alta e necessita de acompanhamento contínuo.&nbsp;

Hoje, Yury frequenta o Cora até três vezes por semana, onde realiza sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, além de consultas. Liliane lembra do Natal de 2024, que foi atravessado pelos corredores do Hospital das Clínicas. Já neste Natal, a celebração ganha outro cenário: será na casa da avó materna, com gosto de esperança. “No ano que vem, ele já deve voltar para a escola”, alegra-se.&nbsp;&nbsp;

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Hallendhone Santiago, pai de Rhômullo Apinajé, de 18 anos: "Estar perto ajuda muito no processo de cura” Isso ajuda muito no processo de cura” (Fábio Lima / O Popular)

O diretor-geral do Cora, Rafael Mendonça, conta que, assim que a unidade foi aberta, sentiu o impacto da fila de pacientes graves que aguardavam atendimento havia muito tempo. “Algumas famílias não tinham condição ou não queriam sair daqui para fazer o tratamento em Barretos ou qualquer outro estado”, relata. Atualmente, segundo ele, o cenário está mais controlado.&nbsp;

A maioria dos pacientes atendidos pelo Cora é do interior de Goiás (79,37%). Atualmente, a unidade conta com 60 leitos em operação, sendo 37 de enfermaria, 11 de UTI e 12 de observação do pronto-socorro. Para 2026, a proposta é expandir, com o início do transplante de medula óssea nos próximos três meses e funcionamento das casas de apoio em outubro do ano que vem.&nbsp;

Pacientes do Cora passam Natal com famílias

Geral

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Matéria - Geral Daqui

Esperança

Goiás será atingido pela onda de calor que avança pelo Brasil? Veja a previsão para o Natal

Verão começa neste domingo e deve ter calor acima da média e risco de tempestades

<img attr-cid="policy:1.3170629" attr-version="policy:1.3170629:1759919281" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3170629/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Homem se hidratando em um dia de calor intenso (Wesley Costa/O Popular)

A onda de calor que atua em algumas regiões do Centro-Sul do Brasil não deve atingir Goiás. Mesmo assim, por conta de um bloqueio atmosférico, o estado terá temperaturas um pouco altas neste Natal e nos próximos dias. Os detalhes foram passados ao POPULAR pelo gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim.

Segundo a previsão do órgão, nesta quinta-feira (25), em Goiás, haverá predomínio de sol com possibilidade de chuvas isoladas. As regiões norte e oeste podem chegar a 35°C; as regiões sudoeste, central e sul, a 34°C; já a região leste, a 33°C. A situação será parecida na capital.

Em Goiânia, a temperatura máxima nesta quinta-feira pode atingir 33°C. Enquanto isso, a umidade do ar deve variar entre 45% e 90%.

Ainda conforme Amorim, o bloqueio atmosférico deve começar a perder intensidade a partir do próximo domingo (28). Com isso, a previsão é de que ocorram chuvas mais frequentes, tanto em Goiás quanto no Brasil.

<cite>No dia 30 [de dezembro], você começa a observar áreas de instabilidade acontecendo. A nebulosidade começa a invadir todo o Brasil. [E] volta a ter chuva", explicou o especialista.</cite>

Segundo o Ministério da Saúde (MS), ondas de calor são eventos climáticos caracterizados por temperaturas extremamente altas, que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano. Esses períodos podem durar dias ou até semanas. O fenômeno se torna mais perigoso em áreas urbanas onde há concentração de prédios, concreto e asfalto.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/gata-do-daqui/virginia-fonseca-antecipa-o-natal-e-curte-balada-em-goiania-com-vini-jr-1.3353486" target="_self">Virginia Fonseca antecipa o Natal e curte balada em Goiânia com Vini Jr.</a> 
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&nbsp;</div>

Os principais sinais de alerta são transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia. Caso a pessoa tenha um ou mais desses sintomas, o MS recomenda procurar a unidade de saúde mais próxima.

<div attr-cid="policy:1.3353725" attr-version="policy:1.3353725:1766603713" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3353725" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3353725', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3353725">Goiás será atingido pela onda de calor que avança pelo Brasil? Veja a previsão para o Natal (1.3353725)</a></div>

Ainda conforme o órgão, existem alguns cuidados simples que ajudam a aliviar a onda de calor. As ações incluem usar roupas leves, beber bastante água, planejar atividades ao ar livre para os horários mais frescos do dia e ingerir alimentos de fácil digestão, entre outras.

<div attr-cid="policy:1.3352593" attr-version="policy:1.3352593:1766319596" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3352593" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3352593', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3352593">Verão começa neste domingo e deve ter calor acima da média e risco de tempestades (1.3352593)</a></div>

TEMPO QUENTE

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) deve adquirir a antiga casa onde morava o escritor e folclorista Bariani Ortêncio, no Centro de Goiânia. A compra foi aprovada dentro de um projeto que visa implantação do Centro Cultural do Legislativo Goiano na residência de traços da arquitetura modernista, cuja proposta é também manter e preservar o acervo histórico de Bariani. O imóvel já chegou a ter a venda anunciada em R$ 5,9 milhões, mas o valor a ser pago pela Alego à família do escritor falecido em 2023 ainda não está fechado.&nbsp;

De autoria do deputado estadual Mauro Rubem (PT), presidente da Comissão de Cultura, Esporte e Lazer da Assembleia, o projeto aprovado na segunda-feira (22) prevê a criação do Centro Cultural do Legislativo Goiano e do Centro de Comunicação Pública, Democracia e Direitos do Legislativo Goiano, em dois imóveis distintos. O primeiro, que deve abrigar a sede da Diretoria de Cultura da Casa, será instalado na antiga casa de Bariani Ortêncio, situada na Rua 82, em frente à Praça Cívica, após articulações entre a família e parlamentares.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/famosos/ze-felipe-apresenta-x-tudo-goiano-para-ana-castela-em-feirinha-de-condominio-1.3353028" target="_self">Zé Felipe apresenta X-tudo goiano para Ana Castela em feirinha de condomínio</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/papa-le-o-14-esta-na-lista-dos-mais-bem-vestidos-de-2025-segundo-a-vogue-1.3351275" target="_self">Papa Leão 14 está na lista dos mais bem-vestidos de 2025, segundo a Vogue</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/predios-historicos-no-centro-de-goiania-ser-o-revitalizados-1.3348409" target="_self">Prédios históricos no centro de Goiânia serão revitalizados</a></div>

Conforme a proposta, a aquisição da casa “representa uma oportunidade ímpar de preservação histórica e fomento à projetos culturais e continuidade de projetos educacionais de interesse público e, também ao turismo”. “É a representação física da herança intelectual de um dos maiores nomes da Cultura Goiana. Adquirir esse espaço é garantir a preservação integral de um patrimônio vivo, um testemunho da vida e obra de Ortêncio que, de outra forma, poderia ser disperso ou perdido”, defende Mauro.&nbsp;

Residência&nbsp;

O&nbsp;imóvel foi a residência de Bariani Ortêncio de 1969 até dezembro de 2023, quando faleceu. Em uma área de 800 metros quadrados (m²), a casa cujo projeto é assinado pelo arquiteto goiano Eurico Calixto de Godoi foi erguida em 1962, em uma época em que a arquitetura modernista estava em alta. Ao longo das décadas, o térreo foi transformado em escritório, biblioteca e museu, onde é mantida uma coleção com mais de 10 mil títulos raros, além de fotos, materiais audiovisuais, objetos e acervos históricos.&nbsp;

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Marca da arquitetura modernista em Goiânia, casa do escritor Bariani Ortêncio está à venda

Casa histórica de Bariani Ortêncio será centro cultural

Patrimônio

Com cinco votos contrários e seis a favor, a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) aprovou nesta terça-feira (23) as mudanças na gestão do sistema de transporte da Região Metropolitana de Goiânia. A aprovação ocorreu um dia depois de o prefeito Sandro Mabel (UB) pedir ao governador Ronaldo Caiado (UB) reunião com os prefeitos para afastar as divergências em relação ao tema. A princípio, não há disposição do governador de fazer a reunião por acreditar que o assunto já foi exaustivamente debatido.Votaram contra o projeto na CDTC os quatro representantes da prefeitura de Goiânia: Ana Carolina Nunes de Souza Almeida, secretária de Planejamento e Urbanismo; Valdivino de Oliveira, secretário de Finanças; Francisco Elísio, secretário de Infraestrutura; e Tarcísio de Abreu, secretário de Transporte e Mobilidade. O voto contrário de Senador Canedo foi do secretário de Finanças, Alessandro Rodrigues.Votaram a favor, Andrey Azeredo, secretário de Planejamento de Aparecida de Goiânia; Wellington Lima, secretário estadual de Desenvolvimento Social; Marcos Tadeu, controlador-geral do Estado; e Miguel Pricinote, subsecretário de Políticas para Cidades e Transportes da Secretaria da Governadoria. Com o empate em 5 a 5, coube ao secretário Geral da Governadoria e presidente da CDTC, Adriano da Rocha Lima, o desempate a favor do projeto.Depois da reunião, a prefeitura de Senador Canedo divulgou uma nota à imprensa em que afirma ver como “natural o ajuste realizado no sistema” e que “aceita a decisão da Assembleia Legislativa e da Câmara Deliberativa em função da nova realidade financeira adotada”, em referência ao aumento da participação do estado no subsídio do transporte. Em entrevista ao quadro Na Trilha da Política, na CBN Goiânia nesta terça, o prefeito Fernando Pellozo (UB) foi questionado sobre essa contradição entre o voto e a nota.Pellozo justificou que Senador Canedo se alinhou a Goiânia em defesa do municipalismo na votação na Câmara Deliberativa. Mas ressalvou que, como a proposta foi aprovada pela CDTC, ele acha que o melhor a fazer é seguir com as mudanças no transporte e não se prender a essa discussão. O prefeito afirmou que Senador Canedo não participará de eventual judicialização da futura lei, conforme defendeu o prefeito Mabel.A prefeitura de Aparecida de Goiânia também divulgou manifestando “apoio integral ao projeto de lei que reformula a gestão da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC)”. Segundo a nota, a gestão municipal participou ativamente da construção do novo modelo, “elaborado de forma conjunta com os municípios”. Para o segundo maior município da região metropolitana, o novo formato fortalece a governança do sistema sem retirar dos municípios o poder de decisão.Mabel disse, em entrevista ao POPULAR, ter sido pego de surpresa em relação à estadualização da CDTC. No entanto, o secretário Adriano da Rocha Lima destacou a quantidade de reuniões para debater o tema. Afirmou que o item da pauta referente à mudança na governança do transporte foi adiado há dois dias, a pedido da prefeitura de Goiânia. Segundo ele, o assunto foi debatido na segunda-feira e sua decisão novamente transferida para esta terça, daí a reunião realizada nesta manhã.Na reunião de hoje os representantes de Goiânia apresentaram argumentos jurídicos contrários à proposta, rebatidos pela Procuradoria-Geral do Estado e pelo secretário Andrey Azeredo, de Aparecida. “Eles foram enfáticos na total legalidade e constitucionalidade e que o modelo de governança adotado é o mais adequado por caber ao estado e não a um município, a gestão do sistema.Críticas de MabelO prefeito Mabel discorda de o estado assumir o controle total da gestão do transporte, retirando o poder dos municípios e reclama de não ter sido ouvido. A proposta chegou na Assembleia no fim da tarde da quinta-feira (18), foi apreciada e aprovada pela Comissão Mista no mesmo dia e pelo plenário em definitivo nesta segunda. Mabel reclama da urgência com que a proposta foi aprovada.O prefeito chegou a dizer que não foi consultado, informação negada por Adriano da Rocha Lima e pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB). Nesta terça-feira, fontes da prefeitura confirmaram ao programa Plural, da rádio CBN Goiânia, que o prefeito participou dessas reuniões para discutir a minuta do projeto de lei, mas ressalvaram que Mabel esperava ver o projeto de lei pronto antes de ele ser enviado ao Legislativo, mas que ele só tomou conhecimento de seu conteúdo depois que ele já tinha sido aprovado em primeira votação.A prefeitura de Goiânia considera que o Estado fará uma “intervenção branca” no transporte da região metropolitana. Assessores do prefeito apontam que não procede o argumento de que o estado vai pagar a maior parcela e que, por isso, tem o direito de fazer a gestão.É que o estado ficará responsável por 47,6% do subsídio ao transporte público (era 41,6%). A prefeitura de Goiânia, que antes pagava os mesmos 41,6% do Estado, ficará responsável por 36,7%. Na nova divisão do subsídio, Aparecida de Goiânia pagará 8,4%; Senador Canedo, 4,3%; Trindade, 1,9% e Goianira 1,1%. Mabel soma a participação de todas as prefeituras (52,4%) para argumentar que o estado não paga a maior parte do subsídio, mas as prefeituras.Adriano da Rocha Lima admite que o estado terá mais peso nas decisões, mas disse que o governo sozinho não decidirá absolutamente nada. “Primeiro, porque tem menos de 50% de participação, segundo porque o fórum das decisões é qualificado, exigindo dois terços dos votos para aprovar as matérias. Com isso, nós mantemos a governança do sistema de maneira equilibrada, com correspondência com o que cada ente custeia do sistema”, disse me vídeo encaminhado à imprensa.Em resposta à coluna Giro, a Prefeitura de Goiânia reafirmou a intenção de questionar na Justiça as mudanças na gestão do transporte coletivo assim que elas forem sancionadas. Conforme apurado pela coluna, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) já está praticamente pronta e vai questionar, junto ao Tribunal de Justiça (TJGO), principalmente o fim do revezamento do comando da CMTC). (Leia mais na página 2)

Estado passa a comandar o transporte coletivo da Grande Goiânia

Novo comando

A cobrança da taxa do lixo em Goiânia para 2026 ainda depende do fechamento da contabilidade dos serviços de limpeza urbana para a definição dos valores finais. Mesmo sem os dados definitivos dos custos, alguns parâmetros já estão estabelecidos. A taxa mínima, que em 2025 foi de R$ 21,50, está estimada em R$ 22,45 para 2026. O aumento é referente à inflação deste ano de 4,46%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor já foi calculado, embora o lançamento oficial ainda dependa de simulações para verificar o impacto na arrecadação, considerando inflação, número de imóveis e diferentes faixas de cobrança.

Em 2025, a taxa contou com subsídio de 75%, porcentual que reduziu o valor pago pelos moradores. O decreto que regulamentou a Lei da Taxa de Limpeza Urbana (TLP), publicada em maio deste ano, prevê, em 2026, subsídio de 65%, ou seja, menos 10 pontos porcentuais (pp). O secretário de Fazenda de Goiânia, Valdivino Oliveira, ressalta que somente após a consolidação de todos os custos será possível confirmar o porcentual de subsídio e o valor que será rateado entre os contribuintes. Se o decreto não for alterado e o subsídio continuar em 65% o valor da taxa do lixo pode subir 40% no ano que vem, sem contar o valor da inflação, o que elevaria ainda mais a taxa final. “Acredito que vamos manter o subsídio de 75% porque o prefeito quer dar o maior subsídio possível.”

Sandro Mabel (UB) contou em entrevista que vai “colocar (subsídio) que for necessário”. Na lei, a cobrança é feita com base em critérios variáveis baseados na categoria (residencial, comercial, industrial e filantrópica) e também com base na classificação que varia de acordo com a metragem do imóvel. Mabel afirma que estuda “aumentar o valor para algumas pessoas que têm casas maiores e áreas comerciais, mas para as pessoas mais pobres, não”.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Veja mais informações sobre o programa na CBN Goiânia:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/tarde-cbn/ccj-da-camara-aprova-projeto-que-revoga-a-taxa-do-lixo-em-goiania-1.3305191" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">CCJ da Câmara aprova projeto que revoga a taxa do lixo em Goiânia</a></li>
</ul>

As isenções também serão mantidas. Todos os imóveis que possuem reconhecimento do IPTU Social continuam isentos da taxa do lixo. A estimativa da Secretaria da Fazenda é de que 97 mil imóveis se enquadrem nessa condição em 2026. Grandes geradores de resíduos, como hospitais, condomínios e estabelecimentos que realizam coleta própria, permanecem fora da cobrança, já que arcam diretamente com o custo do serviço. A estimativa é de aproximadamente 5 mil contribuintes nessa categoria.

A previsão orçamentária aprovada aponta arrecadação de cerca de R$ 181 milhões, estimativa elaborada ainda no primeiro semestre do ano. O valor é referente ao arrecadado por mês, que gira em torno de R$ 14,5 milhões, mais a inflação do período (4,46%). Esse valor também pode ser revisto. Valdivino argumenta que o valor é apenas uma proposta orçamentária e pode ser alterado. “Tenho uma série de taxas que não é a mínima. Eu tenho uma proposta, mas isso não quer dizer que vou arrecadar só isso. Pode ser mais ou menos. É apenas proposta orçamentária”, diz o secretário.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/retomada-de-licenca-ambiental-do-aterro-sanitario-e-ilegal-diz-mp-1.3353159" target="_self">Retomada de licença ambiental do aterro sanitário é ilegal, diz MP</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/mabel-reforca-veto-e-judicializac-o-da-revogac-o-da-taxa-do-lixo-1.3352432" target="_self">Mabel reforça veto e judicialização da revogação da taxa do lixo</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/comiss-o-de-financas-deve-confirmar-revogac-o-da-taxa-do-lixo-1.3323361" target="_self">Comissão de Finanças deve confirmar revogação da taxa do lixo</a></div>

A previsão orçamentária de maio para este ano foi de R$ 176 milhões, mas a cobrança só começou em julho. Os valores de inadimplência também têm impacto no valor final.

Em relação a 2025, a arrecadação com a taxa do lixo deve alcançar cerca de R$ 80 milhões. O balanço ainda não foi fechado porque existem pagamentos em processamento, inclusive nos últimos dias do ano. Segundo o secretário da Fazenda, o desempenho ficou “dentro do esperado, apesar das dificuldades iniciais”, como a falta de integração entre os sistemas da Prefeitura e da Saneago. Valdivino de Oliveira conta que, atualmente, cerca de 80% dos cadastros já estão sincronizados, o que tende a dar mais precisão à cobrança.

Ele explica ainda que a taxa do lixo funciona como rateio do custo total dos serviços de limpeza urbana. Entram nesse cálculo despesas com coleta, remoção, transporte e transbordo, triagem para reciclagem, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos. Todos os gastos realizados ao longo do ano são somados, e somente depois disso é definido o subsídio e o valor a ser dividido entre os imóveis.

A base de cobrança da taxa inclui cerca de 770 mil imóveis em Goiânia, número que ainda pode ser ajustado após a revisão cadastral. Para imóveis com hidrômetro, a cobrança ocorre junto à conta de água, com vencimentos distribuídos ao longo do mês. Já os lotes sem construção e sem ligação à rede de água terão a taxa lançada no carnê do IPTU.

Valdivino Oliveira reforça que os dados divulgados até o momento são estimativos e que a definição final depende exclusivamente do fechamento da contabilidade dos serviços de limpeza urbana. Segundo ele, somente após esse levantamento será possível confirmar o subsídio aplicado e o valor efetivo da taxa para 2026.