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Passe Livre Estudantil inicia cadastro e recadastro nesta segunda-feira

Prazo para solicitar o benefício termina no dia 30 de abril

Modificado em 19/09/2024, 00:07

Tem início nesta segunda-feira (9) o cadastramento e recadastramento do Passe Livre Estudantil: estudantes de Goiânia e região Metropolitana receberão novos cartões

Tem início nesta segunda-feira (9) o cadastramento e recadastramento do Passe Livre Estudantil: estudantes de Goiânia e região Metropolitana receberão novos cartões (Divulgação / Seds)

Tem início nesta segunda-feira (9) o prazo para cadastramento e recadastramento do programa Passe Livre Estudantil (PLE) para o ano letivo de 2023, em Goiás. O procedimento de cadastro segue até o dia 30 de abril e os cartões do ano anterior já estão inativos.

Para alunos das escolas de Goiânia e Região Metropolitana, é necessário aprovação num cadastro prévio feito pelo site www.juventude.go.gov.br . O estudante deve ser informado via e-mail sobre a aprovação do cadastro. O novo cartão estará disponível em até 15 dias após adesão obrigatória feita em uma unidade Vapt-Vupt. Nesse sentido, é necessário agendar uma data para retirada do cartão pelo site www.vaptvupt.go.gov.br/agendamento .

Para aqueles que estudam na Universidade Federal de Goiás (UFG) e na Universidade Estadual de Goiás (UEG), os cadastros do ano passado serão revalidados automaticamente, já que o ano letivo de 2022 ainda não terminou. O estudante receberá um aviso por e-mail, a partir do dia 10 de janeiro, com informações sobre a retirada do novo cartão. Os ingressantes de 2023 deverão realizar inscrição no programa caso queiram acesso ao benefício.

Anápolis

Em Anápolis, o processo funciona de forma diferente. Quem já é cadastrado deve procurar a sua instituição de ensino para a renovação, enquanto os alunos novatos devem procurar a empresa de Mobilidade Urbana do município (Urban) para se cadastrarem.

Para a inserção dos alunos novatos no programa, é necessário levar cópias do RG e CPF do estudante, além de comprovante de endereço, foto 3x4 e comprovante de matrícula em instituição de ensino da cidade.

Para retirada do cartão, é só ir no terminal urbano da cidade, no setor Central, sete dias após o cadastro. Para ativar o benefício é só comparecer a uma unidade do Vapt-Vupt mediante agendamento prévio no site www.vaptvupt.go.gov.br/agendamento .

Responsáveis pelos órgãos de educação no Estado recomendam que os estudantes façam esses procedimentos o quanto antes, a fim de evitar atrasos e possíveis prejuízos.

O programa Passe-Livre Estudantil

No ano de 2022, o benefício alcançou mais de 84 mil jovens, enquanto o Estado prevê uma capacidade de 110 mil estudantes cadastrados. São disponibilizadas 48 viagens por mês (garantido a ida e a volta da instituição de ensino), e o saldo não é cumulativo.

O PLE funciona nos municípios de Abadia de Goiás, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.

Para mais informações é só acessar os seguintes contatos: (62) 3201-9788 (Ligação), (62) 3201-9748 (WhatsApp), (62) 98306-0294 (WhatsApp), 0800.648.2222 (Redmob).

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Paço vai instalar semáforos para priorizar ônibus

Prefeitura vai fechar parceria com consórcio das empresas do sistema de transporte coletivo, que vai assumir e controlar a semaforização inteligente na capital. Projeto começa pelo Eixo Anhanguera, em março

Modificado em 25/01/2025, 11:17

Na Avenida Anhanguera, ônibus pegam “onda verde”: sincronização a ser implantada deve agilizar transporte

Na Avenida Anhanguera, ônibus pegam “onda verde”: sincronização a ser implantada deve agilizar transporte (Wildes Barbosa / O Popular)

A instalação de semáforos inteligentes em Goiânia, que deverão priorizar os ônibus dos principais eixos de transporte da capital, deve começar em março, no Eixo Anhanguera (Leste-Oeste), a partir de parceria com o consórcio das empresas concessionárias do sistema de transporte coletivo metropolitano (Redemob). O modelo, no sistema BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês para "trânsito rápido de ônibus"), vem sendo chamado de metronização, visto que se assemelha com o transporte via metrô, com paradas apenas nas estações. A cidade não possui sincronização semafórica desde 2019, quando também começou a falar na instalação dos semáforos inteligentes, o que nunca ocorreu. A gestão anterior tentou licitar a aquisição dos equipamentos e a construção da central de controle, mas os processos foram vistos como irregulares pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO).

Pela agilidade de conseguir ter o serviço sem a licitação, a gestão atual decidiu pela parceria com a Redemob, o que depende ainda de resolver pendências jurídicas. A principal questão é como colocar o serviço de semaforização como elemento do transporte coletivo, visto que atualmente ele é ligado à Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET). A ideia inicial seria fazer uma alteração na Lei Complementar 169/2021, que reformula e disciplina a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), para inserir a parte semafórica como um elemento da rede.

Após isso, seria necessário fazer um termo de convênio enFtre o município de Goiânia com a RedeMob, via Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). Será um acréscimo no contrato que a Prefeitura já possui com o consórcio para a realização do serviço de transporte e, mais recentemente, de revitalização da infraestrutura do sistema, como dos pontos de embarque e dos terminais de ônibus do Eixo Anhanguera. A previsão é que os ônibus no Eixo Anhanguera, que hoje possuem velocidade média de 15 km/h, possam chegar a até 21 km/h em média com a implantação do novo modelo semafórico.

O prefeito Sandro Mabel (UB) explica que, com esse sistema, os ônibus dos corredores de Goiânia vão parar nas estações e os semáforos próximos já se prepararão para abrir o fluxo para o transporte coletivo. "Ele encosta na estação, vai ter tempo de parada, tem tempo de saída, como funciona no metrô. Ele vai ter um monitor que vai dizer se é para acelerar ou para ele atrasar, porque o sinaleiro já enxergou que ele saiu. Todos os caminhos até a próxima estação ele já enxergou e sabe que o ônibus está vindo. Ele começa a abrir os sinais para que o ônibus possa passar naquela velocidade, com isso o trânsito anda na mesma velocidade, toda a semaforização estará sincronizada", relata.

Mabel estima que toda a semaforização será sincronizada em dois anos e também dentro do acordo com a Redemob, que usará sua central de controle operacional, que atua no sistema de transporte coletivo, incrementada com a semaforização. Já durante a campanha, o então candidato a prefeito negociou com as concessionárias e havia uma ideia de até mesmo incluir a semaforização de Aparecida de Goiânia. Não está definido ainda como será a remuneração do sistema, se o custo será incluído na tarifa técnica, que é o meio de remuneração do sistema, com uma complementação para a capital ou se será feito um acordo à parte. Há a ideia de utilizar receitas, como do estacionamento rotativo pago (Área Azul), para ajudar a pagar esse complemento.

Segundo a Secretaria de Engenharia de Trânsito de Goiânia (SET), o projeto é para que a cidade tenha "o parque semafórico mais moderno e tecnológico do País, dando prioridade para o transporte público". "O transporte coletivo irá comandar o trânsito em nossa cidade e para isso novas tecnologias para criar soluções que tragam fluidez ao trânsito, como a tão pedida onda verde, por exemplo", informa a SET. No momento, os técnicos da secretaria estão "fazendo levantamento, conversando com fornecedores e fazendo uma apuração no que diz respeito a custos" para o serviço.

O acordo a ser realizado com a RMTC Goiânia tem como vantagem, de acordo com a SET, "justamente os investimentos no processo de compra, manutenção e operação, sendo feito por uma entidade privada", o que, para a secretaria, agiliza, traz inovação e redução drástica de custos. Atualmente, Goiânia tem 863 interseções com controle semafórico, que são controladas por 820 equipamentos, sendo que alguns são controlados por um mesmo equipamento, em parte dos setores Bueno e Marista. Há a intenção também de ampliar a quantidade de pontos semaforizados na capital.

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Paço faz proposta final a moradores por desapropriação

Prefeitura oferece área no Setor Faiçalville a ocupantes irregulares da Avenida Rio Verde, no Parque Amazônia, para abrir espaço para corredor exclusivo

Modificado em 04/11/2024, 08:59

Área na Avenida Rio Verde, no Setor Parque Amazônia, entre a Rua Muiraquitã e a Avenida José Rodrigues de Morais Neto, onde cerca de 20 famílias estão em situação irregular

Área na Avenida Rio Verde, no Setor Parque Amazônia, entre a Rua Muiraquitã e a Avenida José Rodrigues de Morais Neto, onde cerca de 20 famílias estão em situação irregular (Wesley Costa)

A Prefeitura de Goiânia fez a última oferta por um acordo com os moradores de uma área na Avenida Rio Verde, no Setor Parque Amazônia, entre a Rua Muiraquitã e a Avenida José Rodrigues de Morais Neto. As moradias são irregulares, mas as ocupações ocorrem há cerca de 40 anos. No entanto, há a necessidade de retirar as construções do local para a realização do trecho 1 do BRT Norte-Sul, entre os terminais Isidória, em Goiânia, e Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia. O Paço Municipal se comprometeu a ceder uma área no Setor Faiçalville, a 6,5 quilômetros do local. A área, de 4 mil metros quadrados (m²), geraria lotes de 200 m² para cerca de 20 famílias que estão em situação irregular.

Os moradores têm até o próximo dia 7 para responder se aceitam ou não a proposta. No entanto, eles relatam que não possuem condições financeiras para construir novas residências e que, por isso, receber apenas o lote faria com que eles tivessem que morar com situações improvisadas, como barracas de lona. "A Prefeitura está criando uma favela, praticamente. Essas pessoas vão morar em pedaços de madeira ou lona, não possuem condições de construir. Muitas famílias lá recebem auxílios do governo. Vão dar um lote seco e mais nada", conta Wagner Ferreira, advogado de três moradores do local. Ele relata que ainda tenta que as pessoas recebam casas prontas ou um recurso financeiro para a construção.

A dona de casa, Eula dos Santos Cordeiro da Silva, de 53 anos, está há 42 no local, onde se mudou ainda criança com sua mãe. "Quando me casei, morei de aluguel aqui perto, mas quando minha mãe faleceu, me mudei para a casa dela porque não conseguia pagar mais o aluguel", conta ela, que recebe Bolsa Família, além da renda do trabalho do marido e do filho mais velho. "É difícil eles darem só o lote e mais nada. A gente não consegue construir, não temos dinheiro para o material e teria que pagar alguém para construir também", relata. O irmão, Edvaldo dos Santos Cordeiro, também mora no mesmo lote, em uma casa no fundo. "Ele também não consegue construir, tem enfisema pulmonar. A gente queria ter uma casa, para sair daqui e ir direto para lá."

Eula relata que a maioria dos moradores dos lotes na região não possuem condições de construir uma casa do zero, e que muitos possuem problemas de saúde. "Coloquei nas mãos de Deus e estou confiando nele. Não vamos resolver nada mesmo, não adianta preocupar. Minha casa está toda rachando, não iam pagar nem R$ 20 mil por ela", diz a moradora. Ferreira explica que se os moradores não aceitarem a proposta do Paço, os processos voltam para as áreas de origem, em que muitos já possuem ordem de despejo. O procurador geral do município (PGM), José Carlos Issy, lembra que o cadastro municipal para moradia tem 40 mil pessoas e que ceder residências para os moradores da Avenida Rio Verde seria injusto com as que estão esperando.

Negociação

"Existe um limite do que a gente consegue conceder, se não vou estimular invasões. A proposta é para que a gente resolva isso mais rápido e sem que ocorra traumas", salienta o procurador ao explicar que, juridicamente, não haveria necessidade de ceder nada aos moradores do local, já que ocupam uma área pública irregularmente. O procurador que acompanha o caso, Brenno Kelvys, reforça que o município ofereceu lotes com infraestrutura já instalada para as famílias, além do devido acompanhamento social. "Lembrando que é uma conciliação, sendo que se as partes não aceitarem, os processos de reintegração de posse retomarão seu regular trâmite. É uma boa possibilidade de acordo para as famílias afetadas para que haja uma desocupação voluntária."

Kelvys ressalta que não há condições do município ceder algo além do que está propondo. "A região é bem localizada e, em regra, quem invade área pública não tem direito a indenização, nos termos da súmula 619 do Superior Tribunal de Justiça. O que o município tem por objetivo é conciliar e conceder imóvel a essas famílias para que a desocupação seja voluntária e menos traumática. Infelizmente, não há recursos orçamentários e também não há possibilidade na lei local de concessão de valores para essas situações", explica. Issy afirma ainda que o BRT Norte-Sul é uma construção metropolitana, como o sistema de transporte coletivo, que beneficia toda a região, mais especificamente Aparecida de Goiânia.

"Nós estamos cedendo a parte mais cara, que é o lote. Estamos tentando chamar os outros entes para essa situação, acho que tem de ser um esforço coletivo. Seria mais fácil se o judiciário fizesse essa convocação, do Estado e até da União, que ambos possuem programas para essa situação", afirma o procurador geral sobre a expectativa dos moradores de ter algo além do lote. A área cedida pela Prefeitura, caso seja aceita pelos moradores, é localizada na Rua F51, com destinação inicial para ser um bosque. Mais abaixo há outra área municipal, de cerca de 7 mil m² com a previsão de ser uma praça.

Obra

Para a construção deste trecho do BRT Norte-Sul, já foi desapropriada área do antigo Colégio Estadual Parque Amazônia, também na Avenida Rio Verde, ainda em 2015. O caso foi polêmico à época, já que o local havia acabado de receber uma nova quadra de esportes e, além disso, os estudantes tiveram de mudar de localização para estudar e nem todos para uma mesma instituição. A negociação para a desapropriação da área ocupada irregularmente pelos moradores já ocorre há tempos e o município alega que esta é uma das razões para a demora da construção do trecho 1 do BRT Norte-Sul.

A obra, no entanto, chegou a ser licitada e iniciada em 2020, mas abandonada em dezembro de 2021, com 8% de execução. Desde então, o Paço Municipal trabalha para lançar um novo processo licitatório. Apenas em abril deste ano houve a aceitação da Caixa Econômica Federal para que o certame fosse realizado, já que ele possui verba federal, via Orçamento Geral da União (OGU). O processo está na Secretaria Municipal de Administração para ser publicado.

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Terminal Praça da Bíblia muda pontos de embarque para passar por reforma

Passageiros terão de utilizar novos locais para tomar e deixar ônibus a partir deste sábado (21). Obra terá duração de 1 ano

Modificado em 04/11/2024, 08:46

Terminal Praça da Bíblia: intervenção integra projeto de reestruturação

Terminal Praça da Bíblia: intervenção integra projeto de reestruturação
 (Wesley Costa)

++GABRIELLA BRAGA++

Passageiros do transporte coletivo que utilizam o Terminal da Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia, terão de utilizar novos pontos de embarque e desembarque a partir deste sábado (21), quando terá início a reforma do espaço. A previsão é que seja finalizada em um ano. A intervenção faz parte do projeto de reestruturação do transporte público, anunciado em janeiro, com proposta de reforma nos terminais e estações do Eixo Anhanguera.

A estrutura provisória para atendimento dos usuários está montada nas proximidades do terminal. Serão oito áreas, contadas de A a H, entre a Avenida Independência, Praça da Bíblia, e a Avenida Laurício Pedro Rasmussem (veja quadro). Além disso, uma linha especial estará em funcionamento para levar os passageiros, gratuitamente, para a Estação Universitária, situada em frente à Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), entre a Avenida Anhanguera e a 5ª Avenida.

De acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivo (CMTC), as estruturas provisórias serão todas cobertas, com iluminação fotovoltaica, câmeras de monitoramento, base do Batalhão de Terminais da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), além de banheiros e serviços de compra de créditos e recarregamento do Bilhete Único. Também haverá profissionais para orientação dos passageiros.

"Toda estrutura de informação também foi preparada para que os passageiros tenham o mínimo de contratempos. Mapas com orientação dos locais de parada das linhas, placas e totens de informação nos locais de parada dos ônibus e em seus arredores foram instalados, além de distribuição de panfletos explicativos por uma equipe do RedeMob Consórcio", cita a CMTC, em nota conjunta com a Secretaria-Geral de Governo de Goiás (SGG). Também não é descartada a possibilidade de ajustes nos primeiros dias de operação na estrutura provisória.

Ainda conforme a companhia, haverá mudanças para o embarque nos ônibus nos novos pontos. A entrada, agora, será pela porta dianteira, com validação da viagem no sistema do ônibus. Já no Eixo Anhanguera, os usuários terão a opção de se deslocar até a Estação Vila Bandeirantes, entre as ruas 5 e 6, no setor homônimo, a cerca de 400 metros. Há também a opção de utilizar a linha especial até a Estação Universitária.

O jornal questionou à CMTC o valor da obra, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

Projeto Nova RMTC

A reforma do Terminal Praça da Bíblia integra o projeto Nova Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (Nova RMTC) anunciado pelo Governo de Goiás em janeiro deste ano. Ao todo, serão R$ 1,6 bilhão em investimentos do tesouro estadual, além de recursos das prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira, e das concessionárias do transporte público, para a reestruturação do serviço.

Durante o anúncio do investimento, foi apresentado que 1,2 mil veículos serão substituídos. Além disso, toda a frota do Eixo Anhanguera será eletrificada e os terminais e estações serão reformados. A previsão é que a reestruturação do Eixo será totalmente concluída até o fim de 2025. Além do Terminal Praça da Bíblia, o Terminal Novo Mundo já está em obras desde janeiro e deve ser concluído até dezembro. Outros quatro terminais -- Praça A, Padre Pelágio, Dergo e Senador Canedo -- também receberão a reforma.

Até o momento, foram concluídas as intervenções em cinco estações do Eixo Anhanguera, chamado também de BRT Leste Oeste, nos moldes das plataformas do BRT Norte Sul, inaugurado no fim de agosto. São elas a estação do Lago das Rosas, Anhanguera, Vila Bandeirantes, Universitária e Hemocentro. Na ocasião da entrega desta última, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) informou que "todas as 19 estações do Eixo Anhanguera serão reformadas ao longo dos próximos meses".

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Prefeitura fixa 31 de agosto para início da operação do BRT Norte-Sul

De 60 ônibus novos para o sistema, 10 são elétricos. Força-tarefa de duas secretarias municipais põe em funcionamento semáforos de cruzamentos do corredor

Modificado em 17/09/2024, 17:19

Ônibus novos chegam para compor frota do Sistema BRT da região metropolitana

Ônibus novos chegam para compor frota do Sistema BRT da região metropolitana
 (Fábio Lima)

Depois de idas e vindas durante anos e conforme havia anunciado para este mês, a Prefeitura de Goiânia bateu o martelo para 31 de agosto como a data de início da operação no corredor BRT Norte-Sul. Nesta terça-feira (20), foram entregues 60 ônibus novos para compor a frota que fará a rota pelos principais eixos. Dez dos veículos são elétricos, do modelo Super Padron, e os demais são a diesel. Todos têm portas de ambos os lados, para facilitar o embarque e desembarque nas diversas estações do sistema.

Segundo informações da Prefeitura, os ônibus novos já devem fazer o trajeto original do corredor, "de ponta a ponta" -- ou seja, do Terminal Recanto do Bosque, na região noroeste da capital, até o Terminal Veiga Jardim, já no município de Aparecida de Goiânia. A preocupação, no caso, recairia sobre a adaptação dos veículos para fazerem o trajeto fora das alturas estabelecidas pelas plataformas, já que nem todos os terminais estão concluídos.

A solução para esse desafio está nas portas de ambos os lados da carroceria: as duas portas do lado esquerdo (o do motorista) servirão para os embarques e desembarques nas plataformas, enquanto as três portas do lado direito atenderão as paradas convencionais.

Semáforos

Equipes de duas pastas da gestão municipal -- a Secretaria de Mobilidade (SMM) e a Secretaria de Obras (Seinfra) -- trabalhando para concluir as adequações no corredor BRT Norte-Sul, de modo que a entrega prevista ocorra sem transtornos. Ao longo do trajeto do Terminal Recanto do Bosque, já 100% concluído, até o Terminal Isidória, na região sul e entregue pela Prefeitura de Goiânia há dois anos, 120 semáforos foram instalados. A expectativa é de que o tempo do trajeto dos passageiros que usufruírem da linha entre os dois pontos seja bastante reduzido, já que os semáforos deverão priorizar o transporte coletivo.

A SMM colocou em operação semáforos em oito cruzamentos no entorno da Praça Cívica, no Consórcio BRT Norte-Sul. Segundo a pasta, a medida servirá para aumentar a segurança e a mobilidade tanto para pedestres quanto para motoristas que circulam pela região. A configuração semafórica prioriza o transporte coletivo e os pedestres, garantindo que as travessias se deem de forma mais segura e protegendo os usuários mais vulneráveis do trânsito.

Paralelamente à conclusão do BRT Norte-Sul, a Prefeitura tem implementado projetos de reordenamento viário, com foco na melhoria do trânsito para veículos particulares e transporte coletivo, promovendo uma organização eficiente das vias públicas e beneficiando todos os atores envolvidos na mobilidade urbana da capital.

Terminais

Os novos ônibus, entregues nesta terça-feira, terão na rota o Terminal de Integração Rodoviária Paulo de Siqueira Garcia, nas imediações da Praça do Trabalhador. Esse terminal tem cobertura de mais de 5 mil metros quadrados e capacidade para atender 12 mil usuários por dia, devendo se consolidar como o mais importante ponto de integração para o sistema de transporte público na região metropolitana.

Outro destaque para a mobilidade urbana é o Terminal de Integração Rodoviária Hailé Pinheiro, recentemente inaugurado, no Setor Urias Magalhães. Localizado no Complexo Viário Iris Rezende, Setor Urias Magalhães, no encontro da Goiás Norte com a Perimetral Norte, o terminal possui 5.539 metros quadrados e deve receber até 8 mil usuários por dia.

Apresentação de ônibus novos destaca tecnologia

Em solenidade na manhã desta terça-feira (20), o governo estadual fez a entrega de 60 novas unidades para a frota metropolitana de transporte coletivo. Os novos ônibus devem atender ao Sistema BRT, que engloba o Eixo Anhanguera e o Corredor BRT Norte-Sul. Dez deles são elétricos e têm uma velocidade máxima de 60 km/h, com capacidade para transportar até 94 passageiros, sendo 40 sentados e 54, em pé. Os veículos a diesel comportam até 103 pessoas, com 38 assentos disponíveis.

Os ônibus têm 23 metros de comprimento e são considerados pela gestão "altamente tecnológicos" -- são equipados com ar-condicionado, wi-fi e sistema de reconhecimento facial. Além disso, todos possuem sistemas modernos de segurança e conforto, incluindo climatização, revestimento antiderrapante no assoalho, bloqueador de portas, tomadas USB, campainha sem fio e monitoramento por câmeras internas. Também possuem um sistema de sonorização que anuncia a próxima parada, garantindo uma experiência mais segura e agradável para os usuários.

Durante a entrega, o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, disse que, com os novos ônibus, a frota do transporte coletivo "está sendo aumentada em cerca de 30% em relação ao que tem circulando", declarou.

A nova frota já havia sido anunciada pelo secretário em maio, quando ele disse que haveria a substituição dos ônibus da Metrobus, com a aquisição de 230 novos veículos, 80 deles elétricos. A expectativa é de que a frota do Eixo Anhanguera seja completamente substituída até dezembro.
À época, o secretário ainda explicou que não só os ônibus, mais outros veículos que atendem as demandas governamentais seriam substituídos por aqueles que funcionam à base de biocombustível, de forma elétrica híbrida com etanol ou biodiesel, ou completamente elétricos. A medida foi determinada na Política Estadual de Combustíveis de Goiás, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB). Rocha Lima esclareceu que a medida visa garantir a redução de emissão de carbono e estimular a produção desses veículos e utilização.

A nova frota integra uma das etapas de execução do projeto Nova Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (Nova RMTC), com investimentos de R$ 1,7 bilhão por parte do governo de Goiás, em parceria com as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade -- por meio do subsídio à tarifa do transporte -- e com contrapartida do consórcio das empresas que operam o sistema.

A aquisição dos ônibus elétricos, a infraestrutura e o custo operacional é entre 25% e 30% mais caro do que os veículos a combustão para o uso no sistema de transporte coletivo urbano na região metropolitana de Goiânia. Essa relação foi calculada após cinco meses de testes de dois ônibus elétricos que operaram na linha 025, que liga os terminais Isidória e Bandeiras, na capital. Mesmo assim, a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) aposta no uso da eletromobilidade para atrair passageiros ao transporte coletivo, sob as vantagens de ter veículos de menor desgaste ao meio ambiente e que proporcionam maior conforto ao usuário, sem aumento na tarifa, com os custos absorvidos pelo subsídio pago por governo e prefeituras.