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PM que atirou durante confusão em bar de Goiânia continuará preso, decide Justiça

Victor Lemes Vaz passou por audiência de custódia na terça-feira (24). Para juiz, prisão, por ora, é medida imprescindível

Modificado em 26/12/2024, 16:31

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar (Reprodução/TV Anhanguera)

O Policial Militar de folga que foi preso suspeito de atirar para cima e agredir colegas de farda chamados para conter uma confusão em um bar de Goiânia, deverá continuar preso, decidiu a Justiça. Victor Lemes Vaz passou por audiência de custódia na terça-feira (24). Nas imagens obtidas pela TV Anhanguera, é possível ver o momento em que o suspeito é contido pelos militares e entra em luta corporal com eles.

Em nota, a defesa de Victor Lemes Vaz informou que questionará a decisão que manteve a prisão preventiva de seu cliente. "O caso atual trata de um fato isolado, que não condiz com a trajetória profissional de Victor, marcada pela dedicação à segurança pública e pela promoção por atos de bravura em defesa da sociedade", diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem) .

Na decisão, o juiz Flávio Fiorentino de Oliveira afirmou que em casos de disparo de arma de fogo, é necessária a "ação enérgica estatal", com o objetivo de preservar a ordem pública, diante da prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e do perigo gerado pela liberdade de Victor Lemes Vaz.

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O magistrado também ressaltou que a prisão cautelar se justifica para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que o policial não comprovou residência fixa e nem o exercício de atividade laboral lícita antes de sua prisão. O juiz Flávio Fiorentino de Oliveira destacou ainda que a prisão, por ora, é medida imprescindível.

Entenda o caso

A confusão aconteceu no fim da noite de domingo (22) em um bar que fica na rua João Pessoa, no bairro Alto da Glória. A Polícia Militar (PM) foi acionada após o sargento, que estava de folga, sacar uma arma de fogo e atirar para cima.

Ao chegar no local, os policiais inicialmente conversaram com o suspeito, que não acatou a ordem dos militares, tendo empurrado e ofendido com palavrões os agentes. Ao ser dada voz de prisão, foi preciso ser usada força física para conter o sargento Victor Lemes.

De acordo com a PM, ele estava carregando um revólver calibre 38, o qual foi apreendido e deixado na Corregedoria da Polícia Militar do estado de Goiás. Em nota, a PM informou que o sargento Victor Lemes foi autuado em flagrante, preso e encaminhado ao Presídio Militar (leia íntegra ao final da reportagem) .

Victor Leme Vaz recentemente foi absolvido em um júri popular por ter matado um jovem durante uma abordagem em Anápolis.

Nota de defesa de Victor Lemes Vaz

"Fabrício Póvoa, defensor de Victor Lemes, informa que questionará a decisão que manteve a prisão preventiva de seu cliente, proferida de forma genérica. A defesa entende que a manutenção da prisão reflete um tratamento desproporcional, muitas vezes influenciado pela exposição midiática pelo fato de Victor ser policial militar, o que desvirtua o devido processo legal. O caso atual trata de um fato isolado, que não condiz com a trajetória profissional de Victor, marcada pela dedicação à segurança pública e pela promoção por atos de bravura em defesa da sociedade. Fabrício Póvoa destaca, ainda, que a absolvição pelo Tribunal do Júri, em um caso anterior, não pode e não deve ser desvirtuada ou utilizada de forma inadequada para influenciar o caso atual.

Fabrício Póvoa Defensor de Victor Lemes"

Veja a nota da Polícia Militar na íntegra:

"A respeito da ocorrência registrada em um Bar no Setor Alto da Glória, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que os dois militares envolvidos foram detidos e prontamente encaminhados à Corregedoria da PM para as providências cabíveis de acordo com as condutas individuais praticadas, sendo autuados em flagrante, presos e encaminhados ao Presídio Militar, onde permanecem à disposição da justiça. A PMGO reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros, e o caso será apurado com o rigor devido."

Assessoria de Comunicação / 5ª Seção do Estado-Maior Estratégico da PMGO"

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PM morto por homem que fazia família refém é enterrado em Aparecida de Goiânia

Sepultamento aconteceu no Cemitério Jardim da Paz e foi marcado por forte comoção e diversas homenagens

undefined / Reprodução

O policial militar Paulo Vitor Coelho Campos, de 32 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira (12) no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia. Paulo Vitor, que era cabo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), morreu após ser baleado por um homem que fez a própria família como refém. O sepultamento reuniu várias pessoas, entre familiares, amigos, colegas de profissão e autoridades (assista acima).

O vídeo começa com o caixão sendo levado por policiais do Bope. Depois, houve salva de tiros, orações e toque de trombeta, entre outras homenagens. Um helicóptero da Polícia Militar de Goiás (PMGO) também sobrevoou o local. O enterro foi marcado por forte comoção.

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Durante o sepultamento, o comandante-geral da PMGO, coronel Marcelo Granja, afirmou que a corporação perdeu um valoroso guerreiro.

Hoje, aqui no plano terrestre, nós perdemos um policial militar, mas lá de cima do céu, ele estará conduzindo as nossas ações aqui, estará sempre protegendo os valorosos guerreiros. Não queríamos de forma alguma entregar ele para a família nessa situação, mas temos absoluta certeza que Deus e ele estão agora olhando por nós", compartilhou.

O chefe do estado-maior estratégico da PMGO, coronel Durvalino Câmara, destacou que o cabo Paulo Vitor era um profissional acima da média.

Um dos nossos melhores operadores e não era à toa que ele era o ponto da patrulha na nossa operação. É o nosso melhor tirador, nosso melhor instrutor na nossa base, um ser humano ímpar", afirmou.

Relembre o caso

Paulo Vitor Coelho Campos morreu após ser baleado por um homem que fez a própria família como refém em Niquelândia, no norte goiano. O agressor, segundo a PM, era Fábio Bernardo dos Santos, de 37 anos, que já tinha uma extensa ficha criminal. Ele também morreu na operação que aconteceu nessa terça-feira (11). Outro policial militar foi baleado, mas já recebeu atendimento e não corre risco de morte.

Após a morte do cabo Paulo Vitor, diversas autoridades e instituições postaram notas de pesar nas redes sociais. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse que Paulo Vitor era considerado um dos melhores atiradores e rastreadores do Bope. O vice-governador do estado, Daniel Vilela, afirmou que o policial dedicou sua vida à missão de proteger a sociedade goiana, atuando com coragem e honra.

Colaborou Yanca Cristina

Enterro do policial militar Paulo Vitor, em Aparecida de Goiânia. (Diomício Gomes/O Popular)

Enterro do policial militar Paulo Vitor, em Aparecida de Goiânia. (Diomício Gomes/O Popular)

Enterro do policial militar Paulo Vitor, em Aparecida de Goiânia.

Enterro do policial militar Paulo Vitor, em Aparecida de Goiânia. (Diomício Gomes/O Popular)

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Defesa de policial militar preso após confusão em bar diz que manutenção de prisão é desproporcional

Sargento foi preso suspeito de atirar para cima e agredir colegas de farda

Modificado em 26/12/2024, 20:35

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar (Reprodução/TV Anhanguera)

A defesa do policial militar Victor Lemes Vaz, de 36 anos, diz que a manutenção da prisão dele reflete "um tratamento desproporcional". O sargento foi preso suspeito de atirar para cima e agredir colegas de farda chamados para conter uma confusão em um bar de Goiânia. Ao passar por audiência de custódia, ele teve a prisão convertida em preventiva.

Fabrício Póvoa, advogado do policial, acredita que o tratamento desproporcional à que se refere muitas vezes é influenciado pela exposição midiática do caso e pelo fato de Victor ser policial militar. O defensor aponta ainda que a absolvição pelo Tribunal do Júri em caso anterior não pode e não deve ser desvirtuada ou utilizada de forma inadequada para influenciar o caso atual (leia íntegra ao final da reportagem) .

Victor Lemes Vaz foi um dos acusados de matar o jovem Douglas Araújo da Silva, de 19 anos, com 15 tiros em Anápolis, em abril de 2022.

Policial de folga é preso suspeito de agredir colegas chamados para conter briga em bar de Goiânia; vídeo
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Confusão em bar

A confusão aconteceu no fim da noite do último domingo (22) em um bar que fica na rua João Pessoa, no bairro Alto da Glória. A Polícia Militar (PM) foi acionada após o sargento, que estava de folga, sacar uma arma de fogo e atirar para cima.

Ao chegar no local, os policiais inicialmente conversaram com o suspeito, que não acatou a ordem dos militares, tendo empurrado e ofendido com palavrões os agentes. Ao ser dada voz de prisão, foi preciso ser usada força física para conter o sargento Victor Lemes.

De acordo com a PM, ele estava carregando um revólver calibre 38, o qual foi apreendido e deixado na Corregedoria da Polícia Militar do estado de Goiás. Em nota, a PM informou que o sargento Victor Lemes foi autuado em flagrante, preso e encaminhado ao Presídio Militar (veja íntegra do posicionamento ao final da reportagem) .

Manutenção da prisão

Na decisão proferida em audiência de custódia realizada no último dia 24, o juiz Flávio Fiorentino de Oliveira afirmou que em casos de disparo de arma de fogo, é necessária a "ação enérgica estatal", com o objetivo de preservar a ordem pública, diante da prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e do perigo gerado pela liberdade de Victor Lemes Vaz.

O magistrado também ressaltou que a prisão cautelar se justifica para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que o policial não comprovou residência fixa e nem o exercício de atividade laboral lícita antes de sua prisão. O juiz Flávio Fiorentino de Oliveira destacou ainda que a prisão, por ora, é medida imprescindível.

Absolvição de processo anterior

Os policiais militares Victor Lemes Vaz e Rodrigo Troiani Ruela foram acusados de matar o jovem Douglas Araújo da Silva, de 19 anos, em abril de 2022. Os dois foram absolvidos em júri popular, que entendeu que os dois agiram em legítima defesa. O julgamento aconteceu no último dia 5, ocasião em que o juiz Lázaro Martins Júnior determinou que os policiais fossem colocados em liberdade.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o crime teria acontecido quando Douglas ia para a casa de um amigo levar uma pistola de brinquedo, usada em airsoft. No caminho, foi parado por uma viatura da PM, em que estavam o sargento Victor Lemes Vaz e o cabo Rodrigo Troiani, e não esboçou nenhuma reação.

Os policiais disseram em depoimento que abordaram Douglas porque viram um volume suspeito por baixo da camiseta do rapaz. Na versão dos PMs, quando pediram para levantar a roupa, Douglas sacou a arma e fez menção de atirar.

Diante disso, os PMs alegaram ter agido "na antecipação do confronto" e efetuaram 16 disparos contra Douglas. Mesmo depois do jovem cair ao chão, os policiais continuaram atirando e 15 tiros atingiram a vítima.

Presos desde março de 2023, em outubro passado houve a pronúncia que mandou os PMs para o júri popular. Eles eram acusados de homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, na forma consumada.

Nota de defesa Victor Lemes Vaz

"Fabrício Póvoa, defensor de Victor Lemes, informa que questionará a decisão que manteve a prisão preventiva de seu cliente, proferida de forma genérica. A defesa entende que a manutenção da prisão reflete um tratamento desproporcional, muitas vezes influenciado pela exposição midiática pelo fato de Victor ser policial militar, o que desvirtua o devido processo legal. O caso atual trata de um fato isolado, que não condiz com a trajetória profissional de Victor, marcada pela dedicação à segurança pública e pela promoção por atos de bravura em defesa da sociedade. Fabrício Póvoa destaca, ainda, que a absolvição pelo Tribunal do Júri, em um caso anterior, não pode e não deve ser desvirtuada ou utilizada de forma inadequada para influenciar o caso atual.

Fabrício Póvoa Defensor de Victor Lemes"

Veja a nota da Polícia Militar na íntegra:

"A respeito da ocorrência registrada em um Bar no Setor Alto da Glória, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que os dois militares envolvidos foram detidos e prontamente encaminhados à Corregedoria da PM para as providências cabíveis de acordo com as condutas individuais praticadas, sendo autuados em flagrante, presos e encaminhados ao Presídio Militar, onde permanecem à disposição da justiça. A PMGO reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros, e o caso será apurado com o rigor devido."

Assessoria de Comunicação / 5ª Seção do Estado-Maior Estratégico da PMGO"

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Policial de folga é preso suspeito de agredir colegas chamados para conter briga em bar de Goiânia; vídeo

Segundo o boletim de ocorrências, a Polícia Militar foi acionada após o suspeito ter sacado uma arma de fogo e atirado para cima

Modificado em 28/12/2024, 15:30

Um policial militar de folga foi preso suspeito de agredir colegas de farda chamados para conter uma confusão em um bar de Goiânia. Nas imagens obtidas pela TV Anhanguera, é possível ver o momento em que o suspeito é contido pelos militares e entra em luta corporal com eles (assista ao vídeo acima).

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Segundo o boletim de ocorrência, o agressor é o sargento Victor Lemes Vaz, de 36 anos, que recentemente foi absolvido em um júri popular por ter matado um jovem durante uma abordagem em Anápolis.

Em nota, a defesa de Victor Lemes Vaz informou que questionará a decisão que manteve a prisão preventiva de seu cliente. "O caso atual trata de um fato isolado, que não condiz com a trajetória profissional de Victor, marcada pela dedicação à segurança pública e pela promoção por atos de bravura em defesa da sociedade", diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem) .

A confusão aconteceu no fim da noite deste domingo (22) em um bar que fica na rua João Pessoa, no bairro Alto da Glória. A Polícia Militar (PM) foi acionada após o sargento, que estava de folga, sacar uma arma de fogo e atirar para cima.

Ao chegar no local, os policiais inicialmente conversaram com o suspeito, que não acatou a ordem dos militares, tendo empurrado e ofendido com palavrões os agentes. Ao ser dada voz de prisão, foi preciso ser usada força física para conter o sargento Victor Lemes.

De acordo com a PM, ele estava carregando um revólver calibre 38, o qual foi apreendido e deixado na Corregedoria da Polícia Militar do estado de Goiás. Em nota, a PM informou que o sargento Victor Lemes foi autuado em flagrante, preso e encaminhado ao Presídio Militar.

Veja a nota da Polícia Militar na íntegra:

"A respeito da ocorrência registrada em um Bar no Setor Alto da Glória, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que os dois militares envolvidos foram detidos e prontamente encaminhados à Corregedoria da PM para as providências cabíveis de acordo com as condutas individuais praticadas, sendo autuados em flagrante, presos e encaminhados ao Presídio Militar, onde permanecem à disposição da justiça. A PMGO reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros, e o caso será apurado com o rigor devido."

Assessoria de Comunicação / 5ª Seção do Estado-Maior Estratégico da PMGO

Nota de defesa de Victor Lemes Vaz

"Fabrício Póvoa, defensor de Victor Lemes, informa que questionará a decisão que manteve a prisão preventiva de seu cliente, proferida de forma genérica. A defesa entende que a manutenção da prisão reflete um tratamento desproporcional, muitas vezes influenciado pela exposição midiática pelo fato de Victor ser policial militar, o que desvirtua o devido processo legal. O caso atual trata de um fato isolado, que não condiz com a trajetória profissional de Victor, marcada pela dedicação à segurança pública e pela promoção por atos de bravura em defesa da sociedade. Fabrício Póvoa destaca, ainda, que a absolvição pelo Tribunal do Júri, em um caso anterior, não pode e não deve ser desvirtuada ou utilizada de forma inadequada para influenciar o caso atual.

Fabrício Póvoa Defensor de Victor Lemes"

(Colaborou Diego Itacaramby, TV Anhanguera)

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar (Reprodução/TV Anhanguera)

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que aparece nas imagens cometendo as agressões se trata de um policial militar (Reprodução/TV Anhanguera)

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PM agiu em legítima defesa ao balear pai e filho durante briga em bar de Goiânia, conclui polícia

Segundo delegado, vítimas dos disparos mudaram a versão do caso em depoimento após as imagens da confusão se tornarem públicas. Pai e filho já tinham envolvimento com outros casos de agressão

Modificado em 19/09/2024, 00:23

Câmeras filmaram briga que acabou com duas pessoas baleadas

Câmeras filmaram briga que acabou com duas pessoas baleadas (Reprodução/TV Anhanguera)

A Polícia Civil (PC) concluiu que o PM suspeito de balear pai e filho em bar de Goiânia agiu em legítima defesa e pediu à Justiça que ele seja solto. Segundo a investigação, o militar deu disparos apenas para conter pai e filho, após uma tentativa de agressão com uma garrafa.

A confusão aconteceu do no dia 30 de abril e, inicialmente, pai e filho denunciaram o militar por lesão corporal após terem sido baleados pelo sargento da PM Caio César de Souza Dias. O militar está preso desde então.

"Conseguimos concluir a investigação, confirmando que o PM agiu em legítima defesa, uma vez que, após a discussão, houve uma agressão por parte do pai e do filho utilizando uma garrafa de cerveja" disse o delegado Eduardo Gomes.

Gomes ainda informou que a conclusão da investigação se deu após análise detalhada das imagens, que comprovaram a legítima defesa do sargento Caio César, além do histórico de ocorrências registradas em nome dos acusadores.

Segundo o delegado, o vazamento das imagens que mostram a briga no bar fez com que o empresário e o filho mudassem a versão dos depoimentos dados previamente à imprensa.

"Na primeira oportunidade que eles tiveram de depor, as imagens já haviam sido divulgadas, então na delegacia eles mudaram as versões, alegando que não se recordavam dos fatos", informou Eduardo.

A reportagem entrou em contato com o pai e o filho baleados no bar para que se posicionassem sobre o assunto, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem.

Liberação do policial

Ainda segundo o delegado, foi solicitado a liberação imediata de Caio César para responder em liberdade, após a conclusão do inquérito. O pedido agora será analisado pelo Ministério Público (MP) para acatar ou não o pedido da polícia.

Para a reportagem, Ricardo Naves, advogado do PM, informou que a defesa de Caio César iria protocolar nesta terça-feira (9) o pedido de liberdade provisória.

"Hoje ainda nós vamos protocolar o pedido de liberdade provisória, independente do posicionamento do Ministério Público. Fica muito claro no relatório o que de fato aconteceu, ele reagiu contra ações injustas e, portanto, sua conduta se resume a legitima defesa", disse o advogado.

Os procedimentos administrativos sobre a conduta de Caio César, que utilizou arma da corporação em local indevido, é de responsabilidade da Polícia Militar (PM). O POPULAR pediu um posicionamento da corporação sobre o assunto por e-mail, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Câmeras filmaram briga que acabou com duas pessoas baleadas

Câmeras filmaram briga que acabou com duas pessoas baleadas (Reprodução/TV Anhanguera)