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Polícia indicia tios por tortura contra criança de 1 ano em Goianira

Mãe teria deixado o bebê com a irmã e viajado para o Maranhão; a criança sofreu traumatismo craniano

Modificado em 20/09/2024, 00:15

Criança teve traumatismo craniano e, diante da gravidade dos ferimentos, foi encaminhada para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia

Criança teve traumatismo craniano e, diante da gravidade dos ferimentos, foi encaminhada para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia (Divulgação/Conselho Tutelar)

Um casal foi indiciado pela Polícia Civil por crime de tortura contra uma criança de um ano, em Goianira, na região central de Goiás. A mulher, tia da vítima, é denunciada como provável autora das agressões, e seu marido, tio da criança, poderá responder por omissão. O caso aconteceu em abril deste ano.

Segundo as investigações, a mãe teria deixado o bebê com a irmã e viajado para o Maranhão. Os vizinhos, notando o choro constante, chegaram a acionar a polícia. No último dia 28 de abril, a tia levou a criança até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade alegando que ela havia caído da escada, o médico notou que as lesões não eram recentes e acionou o Conselho Tutelar que, por sua vez, acionou a Polícia Militar. O caso foi registrado na delegacia do município.

A criança teve traumatismo craniano e, diante da gravidade dos ferimentos, foi encaminhada para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Como o nome da criança não foi divulgado, não foi possível atualizar o seu estado de saúde. A defesa do casal indiciado também não foi localizada.

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Espetáculos circenses gratuitos acontecem em Goianira e Nova Veneza

Modificado em 17/09/2024, 15:43

Chocolate e Pimentinha

Chocolate e Pimentinha (Divulgação Secult)

A Turnê Tradicionais do Picadeiro - Circo Show chega em Goianira e Nova Veneza neste sábado (24), às 10h, e no domingo (25), às 19h, no ginásio de esportes de ambas cidades. Os espetáculos são gratuitos e contam com o apoio do Governo de Goiás, por meio do Programa Goyazes, mecanismo de fomento gerenciado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

O projeto é uma fusão dinâmica entre o circo tradicional e o contemporâneo e conta com dez artistas profissionais das trupes Asas de Picadeiro, Chocolate & Pimentinha e Reality Circus. O roteiro traz para o palco personagens que variam entre palhaços, mágicos, malabaristas, acrobatas, equilibristas e contorcionistas.

Com início em 16 de fevereiro e após visitar sete cidades do interior goiano, o grupo chega às cidades com objetivo de democratizar o acesso à cultura.
Serviço: Turnê Tradicionais do Picadeiro - Circo Show Entrada gratuita Dia (24)
Cidade:Goianira
Horário: 10h
Local: Ginásio de Esportes de Goianira
Dia (25)
Cidade: Nova Veneza
Horário: 19h
Local: Ginásio de Esportes de Nova Veneza

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Pastores são indiciados por tortura e cárcere privado de 73 pessoas

Casal é acusado de internar de dependentes químicos a portadores de deficiências em locais insalubres. Vítimas eram agredidas e ameaçadas

Modificado em 19/09/2024, 01:09

Suelen e Ângelo tinham pelo menos duas clínicas clandestinas em Anápolis

Suelen e Ângelo tinham pelo menos duas clínicas clandestinas em Anápolis (Arquivo Pessoal)

O casal de pastores Ângelo Mário Klaus Júnior e Suelen Amaral Klaus foi indiciado junto com mais quatro pessoas por sequestro e cárcere privado e crime de tortura contra 73 pessoas, entre dependentes químicos a portadores de deficiências diversas, internadas contra a vontade em dois estabelecimentos que funcionavam irregularmente como clínicas de reabilitação na zona rural de Anápolis. Ângelo e Suelen, segundo a Polícia Civil, são os donos destes locais.

O caso veio à tona em uma operação da Polícia Civil no dia 30 de agosto, após um homem de 96 anos ser internado no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (Heana) com diversos ferimentos, mau cheiro, sinais de agressão física e outros indícios de maus tratos. Ao ouvir parentes desta pessoa, uma equipe da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai) de Anápolis chegou ao primeiro estabelecimento e encontrou 43 internos.

O delegado Manoel Vanderic Correa Filho, titular da Deai, afirma em seu relatório final que os indiciados mantinham os internos em um espaço pequeno e insalubre, submetendo-os a "intenso sofrimento" físico e psicológico, mediante violência e ameaças, "como forma de castigo e para evitar que fugissem" ou contassem a familiares, "mantendo o controle do local clandestino".

"O local era completamente inapropriado e insalubre, com urina pelo chão, sem ventilação, úmido, com comida vencida e sem espaço suficiente para tantos homens, alguns com deficiência intelectual", afirmou o delegado em seu relatório final. Ainda segundo ele, o local não possuía alvarás e licenças necessárias para funcionamento, nem atuação de médico e outros profissionais exigidos para a atividade prometida.

As clínicas clandestinas foram fechadas nos dias 30 e 31 de agosto. Na segunda, havia mais 30 vítimas. Suelen foi presa no primeiro dia de operação, junto com Jhonathan Alexandre Silva Santos, Francisco Carlos Lira Júnior, Jonas da Silva Geraldo e Ruimar Márcio Silva Qualhato. O pastor fugiu assim que viu a equipe da Deai e se entregou na manhã do dia 2 de setembro. Na segunda clínica, dois suspeitos fugiram, mas um deles já foi identificado pela Polícia Civil.

Apesar de em seu depoimento o pastor negar o envolvimento da esposa com as clínicas, o inquérito aponta que ela se apresentou como dona do espaço ao receber os policiais no dia 30 e que os internos foram unânimes em afirmar que o casal sabia das agressões e dos maus tratos que ocorriam lá dentro.

"O tratamento era tão desumano que muitos estavam feridos, precisaram de hospitalização e apresentavam hematomas, queimaduras, infecção, desnutrição, conforme laudo, relatórios e prontuários (feitos após a soltura deles pela Polícia) anexados nos autos", informou o delegado no relatório.

Relatos
Manoel tomou o depoimento de internos e familiares e descobriu que o casal prometia "tratamento completo, incluindo assistência médica" e que restringiam as visitas com a desculpa de que poderia atrapalhar o atendimento, além de cobrar de um salário mínimo a R$ 2,5 mil por mês de cada família.

Porém, além da situação presenciada pela Polícia Civil, os internos afirmam que eram agredidos, amarrados e torturados, xingados, humilhados pelos quatro funcionários da clínica. Os relatos das vítimas, segundo Manoel, foram "detalhistas e contundentes".

A situação da segunda clínica era ainda pior, segundo o relato policial. Os internos ficavam a maior parte do tempo trancados em quartos escuros, sem ventilação adequada e obrigados a fazer apenas duas refeições por dia, muitas vezes com alimentos vencidos.

Para o delegado, as provas juntadas a partir de depoimentos e de vídeos feitos no local, somados a um relatório feito pela Vigilância Sanitária de Anápolis na primeira clínica comprovam a materialidade e autoria dos crimes pelos quais os presos estão sendo indiciados. A equipe da vigilância não vistoriou a segunda clínica porque o espaço foi devolvido ao proprietário e reformado.

Eles vão responder por sequestro e cárcere privado, com agravantes punitivos para os casos de vítimas adolescentes e idosos, os de vítimas que estavam presas há mais de 15 dias, e que foram alvo de maus-tratos. Também responderão por tortura, com os mesmos agravantes. Foi pedida a prisão preventiva de um dos dois suspeitos da segunda clínica, identificado pela Polícia Civil.

As defesas de Jhonathan e Francisco alegam na Justiça que eles eram na verdade internos e, portanto, deveriam ser tratados como vítimas pela polícia e não como acusados. Já a de Suelen pediu a liberdade dela após a prisão do marido e alega que ela precisa de tratamento médico não disponibilizado na cadeia. A reportagem não localizou a defesa dos outros envolvidos.

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Pastores são donos de clínica clandestina com pacientes de 14 a 96 anos em situação precária

O pastor Junior Klaus, está foragido. Já a esposa dele, Suelen Klaus, que é servidora da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), está presa

Modificado em 19/09/2024, 01:08

Pastor Junior Klaus e a esposa Suelen Klaus

Pastor Junior Klaus e a esposa Suelen Klaus (Reprodução / Redes Sociais)

Donos de clínica clandestina suspeita de maus-tratos, tortura e cárcere privado, são pastores de uma igreja evangélica em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com o delegado Manoel Vanderic, o homem, que se identifica como pastor Junior Klaus, está foragido.

Já a esposa dele, Suelen Klaus, que é servidora da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), foi presa durante a operação na noite desta terça-feira (29). Por meio de nota, a prefeitura de Anápolis informou que ao "tomar conhecimento da situação irá exonerar a servidora no Diário Oficial desta quarta-feira, 30."

Conforme o delegado, ao ver as equipes da Polícia Civil (PC), durante a operação que resgatou 50 pacientes com lesões e desnutridos, Júnior teria fugido por uma mata. Os agentes chegaram a procurar na região, mas ele ainda não foi localizado. O líder religiosos da Igreja Batista Nova Vida de Anápolis é acusado pelos crimes de tortura e cárcere privado.

Além da pastora, outros quatro funcionários, investigados por agredir as vítimas, foram presos. Segundo a Polícia Civil, "todos responderão por tortura e cárcere privados qualificados e foram recolhidos na cadeia pública, com exceção de um, que fugiu durante a diligência e segue sendo procurado."

Investigação
Vanderic informou que as investigações começaram após um idoso de 96 anos, dar entrada no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (Heana) com sinais de maus-tratos. "Ele estava com várias lesões no corpo, desnutrido, desidratado e com mau cheiro", contou o delegado.

Durante as investigações, a polícia descobriu que as todas as vítimas são do sexo masculino e possuem entre 14 e 96 anos. A maior parte com deficiência intelectual, deficiência física, autista e alguns dependentes químicos. Todos foram levados para o local de forma ilegal e involuntária ao local, onde eram confinados mediante pagamento de, no mínimo, um salário mínimo mensal.

Lá, eles eram mantidos trancados, em ambiente insalubre, com alimentação precária, sem medicação e nenhum acompanhamento médico ou psicológico. No momento do resgate, várias vítimas apresentavam lesões graves, desnutrição e confusão mental compatível com sedação.

Em um vídeo, uma das vítimas, identificado apenas como Marcos Vinícius, disse que os funcionários do local agrediam e amarravam os internos para contê-los. E mostra a situação de uma menor, que é portador de deficiência,

"Eles amarram ele, essa aqui é a corda que eles usam para amarrar ele. Esses são os hematomas que eles fazem nele. São as pessoas que cuidam daqui que batem nele, ele é deficeinte", contou.

As vítimas foram acolhidas pelos serviços de saúde mental e assistência social da Prefeitura de Anápolis,que montaram uma força-tarefa para recebê-los no estádio da cidade. Na madrugada desta quarta-feira (30), eles receberam alimentação, higiene e primeiros socorros. Os servidores realizam, ainda, a identificação das vítimas e ações para localizar familiares, já que muitos são de outros estados.

Alguns precisaram de hospitalização e foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu). Como os nomes das vítimas não foram revelados, a reportagem não conseguiu atualizar o estado de saúde deles. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos acusados para um posicionamento.

Nota prefeitura de Anápolis
"A Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de Integração, informa que deu suporte à operação policial acionando os conselhos Tutelar e Antidrogas e enviou transporte para o resgate dos internos. Comunica ainda que, imediatamente, equipes da assistência social foram ao local para triagem e avaliação do perfil de cada pessoa e encaminhamento aos abrigos conveniados com o município visando ao acolhimento de forma digna, com atendimento por equipes especializadas, avaliação da condição de saúde e busca por familiares. A Prefeitura de Anápolis ao tomar conhecimento da situação irá exonerar a servidora no Diário Oficial desta quarta-feira, 30."

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Mulher é presa suspeita de matar amiga por dívida de R$ 550 e esconder corpo em fossa, em Goiânia

Suspeita disse à Polícia Militar que a vítima não queria pagar as roupas que tinha comprado

Modificado em 19/09/2024, 00:11

Fossa onde o corpo da mulher foi encontrado

Fossa onde o corpo da mulher foi encontrado (Divulgação / PMGO)

O corpo de uma mulher foi encontrado em fossa de uma casa neste sábado (4), em Goianira, informa a Polícia Militar (PM). Uma mulher foi presa, suspeita de ter cometido o crime. À polícia, suspeita disse que cometeu o crime porque a vítima não queria pagar uma dívida de R$ 550, referente a umas roupas que tinha comprado dela. Um homem, suspeito de ajudar a esconder o corpo, foi preso e dois adolescentes apreendidos suspeitos por crimes análogos ao de roubo.

Em depoimento à polícia, a mulher presa informou que estava em casa, na madrugada do dia 28 de janeiro, com a vítima, identificada apenas como Débora. "Tínhamos bebido quatro litros de vinho e usado drogas. Ela queria descontar o valor que me devia na bicicleta que eu comprei dela. Depois ela pegou uma tesoura dizendo que não ia pagar e ia me furar. Acalmamos e aí peguei ela por trás, com o fio de alta tensão", informou a mulher.

À PM, a suspeita disse ainda que a vítima teria desmaiado e ela teria colocado o joelho em cima de Débora, enforcado-a até a morte. "Cobri o corpo dela com tapete e joguei no fundo [da casa]. Já era umas 8h30 quando arrastei e joguei o corpo dela na fossa. Fiz tudo sozinha, não tive ajuda de ninguém", relatou.

Segundo a mulher, o marido dela, que é pedreiro, não sabia do caso. "Eu só pedi para ele concretar a fossa. Só matei ela porque ela disse que ia me matar. Foi legítima defesa", concluiu.

A Polícia Militar disse que chegou até o local do crime depois de ter visto o portão da casa aberto, com uma moto que, após pesquisa, contataram que era roubada. Ao entrar na residência, a equipe sentiu um forte cheiro vindo de uma fosse recém concretada.

Ao retirar uma parte da tampa, a equipe da PM encontrou o corpo de uma mulher que já estava desaparecida desde o dia 29 de janeiro. A Polícia Civil (PC) foi chamada ao local para realizar a perícia, e o corpo encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

Durante a ocorrência a PM prendeu o marido da suspeita por suposta ajuda na ocultação do cadáver e apreendeu dois adolescentes suspeitos por crimes análogos ao de roubo. Um carro e uma moto foram recuperados.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, não foi possível localizar a defesa dos mesmos. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para saber se o homem e mulher permanecem presos, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.

Fossa onde o corpo da mulher foi encontrado

Fossa onde o corpo da mulher foi encontrado (Divulgação / PMGO)