A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) e o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) vão abrir procedimentos de investigação para averiguar supostos crimes cometidos por contratantes de trabalhadoras domésticas em Goiânia e região metropolitana. O caso se refere a existência de uma lista com nomes, telefones e comentários preconceituosos e difamatórios a respeito de babás, faxineiras e cuidadoras que atuam na capital e cidades próximas. O relatório, compartilhado em grupos de WhatsApp de mães e condomínios, é intitulado de “Lista de babás não indicadas” e existe há pelo menos três anos. O caso foi denunciado nesta terça-feira (18) pela repórter Giovana Dourado, da TV Anhanguera. Segundo a PC-GO, há pelo menos três denúncias feitas por trabalhadoras contra contratantes, sendo duas em distritos de Goiânia e uma em Aparecida de Goiânia, que estão em procedimento de investigação. Já o MPT informa que vai formalizar uma denúncia com base na matéria exibida pela TV Anhanguera, “para que as providências necessárias, no âmbito do Direito do Trabalho, sejam tomadas”. O órgão ministerial conclui que no primeiro momento serão realizadas investigações e audiências para averiguar as circunstâncias e ouvir as partes envolvidas. Para regularizar a situação, pode ser proposto um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para a solução administrativa ou, caso haja recusa, o ajuizamento de ação na Justiça do Trabalho.