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Fabiana Pulcineli

Jornalista e bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás. Repórter de Política do POPULAR desde 2006 e colunista da CBN Goiânia.

Quatro presos por atos golpistas foram candidatos em Goiás

Dos 39 goianos detidos nas ações de vandalismo no dia 8 de janeiro, em Brasília, quatro disputaram eleições municipais em Goiânia, Goianápolis, Inhumas e Jandaia

Fabiana Pulcineli

Modificado em 19/09/2024, 00:12

Wilson Fernando Gomes: candidatura em Jandaia

Wilson Fernando Gomes: candidatura em Jandaia (Divulgação)

Presos sob suspeita de atacar as instituições em Brasília e não aceitar o resultado das urnas, quatro dos goianos que estão no complexo da Papuda, na capital federal, já disputaram as eleições no estado. De acordo com listas divulgadas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), atualizadas no dia 30 de janeiro, há 39 goianos presos pelos ataques do dia 8 de janeiro na capital federal, sendo 29 homens e 10 mulheres. Outros 15 foram liberados com uso de tornozeleira eletrônica.

Os quatro já tentaram ser vereadores, em Goiânia, Goianápolis, Inhumas (ambas da Região Metropolitana) e Jandaia (Oeste Goiano), e um deles também se candidatou a vice-prefeito em Goianápolis. A reportagem já havia mostrado outros dois casos de ex-candidatos que participaram dos ataques às sedes dos três Poderes, no dia 8 de janeiro, segundo postagens feitas por eles próprios nas redes, mas não foram presos.

Da turma que está detida, Fabrício Nelio Feitoza, de 47 anos, pleiteou cadeira de vereador por Goiânia, em 2020, pelo DC, partido que lançou Gustavo Gayer candidato a prefeito da capital. Gayer hoje é deputado federal pelo PL. Feitoza, que foi presidente da Cooperativa de Motoristas Particulares do Estado de Goiás e fez campanha como representante dos condutores de serviços de aplicativos, teve 370 votos e ficou em 301º lugar na briga pelas 35 cadeiras.

Duarte Irias Franco Queiroz, 39, também foi candidato em 2020, a vice-prefeito de Goianápolis (a 40 quilômetros da capital), pelo Pros, na chapa de Marcio Carretel (PDT). A chapa ficou em sexto lugar, com apenas 87 votos. Duarte também havia sido candidato a vereador da cidade em 2008, pelo PRB.

Pelas redes sociais, ele postou vídeo de Brasília no dia 1º de janeiro afirmando que "a luta não terminou". "Estamos firmes na resistência civil. Estamos aqui até o último soldado voltar para casa", diz Duarte. Antes disso, em dezembro, ele mostrou imagens do acampamento dos bolsonaristas em Goiânia. Duarte também compartilhava mensagens religiosas e repostagens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-candidato é servidor do município de Goianápolis, na função de operador de motoniveladora da Secretaria de Obras, Serviços Urbanos e Rurais. No Portal da Transparência do município, a informação é que ele é alvo de processo administrativo por abandono de serviço. Por isso, está afastado desde 1º de dezembro. O salário dele é de R$ 2,9 mil, calculado pela média dos valores pagos no ano passado.

Romeu Alves da Silva, 49, tentou cadeira na Câmara de Inhumas (a 48 quilômetros de Goiânia) em 2008 e 2016, as duas vezes pelo PTdoB. Na mais recente, teve 61 votos. Foi assessor parlamentar na Casa e conselheiro da Criança e Adolescente, segundo informações do perfil dele nas redes sociais.

Romeu compartilhou imagens dos detidos no ginásio da Polícia Federal em Brasília. "Estão todos aqui de cabeça erguida", diz, para então acusar "provas criminosas" contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Wilson Fernando Gomes, 52, policial militar reformado, tentou ser vereador de Jandaia em quatro eleições (2004 a 2016), como Soldado Gomes - duas vezes pelo PSDB e as últimas duas pelo PDT.

Na campanha de 2012, ele foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por um suposto esquema de abuso de poder econômico. Segundo o MPE, o então candidato a prefeito do PDT ofereceu carros e dinheiro em troca de apoio de vereadoriáveis. Gomes entrou na lista de quatro candidatos que teriam aceitado a oferta.

Segundo o Portal da Transparência do Estado de Goiás, Gomes recebe R$ 7 mil de salário como PM reformado. Na redes sociais, o perfil dele tem uma bandeira do Brasil em que se lê "Censura e Regresso".

Defesas

Soldado Gomes foi reformado em 2001 por ser considerado "incapaz definitivamente para o Serviço Policial Militar", por questões psiquiátricas. A defesa dele em outra ação, na área cível, diz estranhar que ele esteja preso, mas não soube informar os advogados dele que atuam no caso dos ataques em Brasília. A reportagem tentou contato por meio de todos os telefones disponíveis nos registros de candidatura, mas não conseguiu localizar familiares nem assessores de Gomes.

A reportagem também buscou o posicionamento da defesa dos outros três ex-candidatos, por meio dos números informados à Justiça Eleitoral, por contatos de advogados ou por telefones de familiares, mas não conseguiu respostas.

Duarte tem um advogado de Goiânia como representante no inquérito de atos terroristas em Brasília, segundo informações do processo. A reportagem entrou em contato com o escritório dele, cuja atendente informou que daria retorno, o que não ocorreu.

O advogado de Fabrício Feitoza é do Tocantins, mas o número de telefone fixo informado não atendeu. A defesa do ex-candidato em outra ação disse não saber do representante na área criminal. A reportagem conseguiu o telefone da mulher de Fabrício, mas ela também não atendeu.

A reportagem não conseguiu contato do advogado de Romeu Alves. O telefone informado no registro de candidatura foi informado como inexistente.

Participantes

A reportagem havia mostrado que João Paulo Cavalcante, que foi candidato a deputado estadual em Goiás em 2018 pelo antigo PSL e a vereador de Goiânia pelo DC em 2020, gravou vídeos durante os ataques do dia 8 em Brasília afirmando que "o Brasil faz história". Nas imagens, os vândalos sobem a rampa do Congresso.

Cavalcante teve 2.807 votos para deputado e 1.523 para vereador. Fundador de um dos grupos de WhatsApp em que bolsonaristas divulgam informações falsas e teorias conspiratórias sobre a democracia brasileira, ele disse à reportagem que defendia protestos pacíficos e que não imaginava que haveria vandalismo.

Mário Celso Abrantes Curado, que disputou a eleição para vereador pelo antigo PFL (depois DEM e agora UB) em Corumbá de Goiás (Entorno do Distrito Federal) em 2004, foi afastado do cargo de oficial de Justiça da comarca da cidade por conta da participação nos atos em Brasília. A decisão ocorreu no dia 13 de janeiro pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho, que determinou também a criação de uma comissão de sindicância para apurar o caso. O servidor apareceu em um vídeo dentro de um ônibus, a caminho de Brasília, com defesa dos atos antidemocráticos.

Ações anteriores

Além de Gomes, um outro nome da lista já foi alvo de ação movida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Trata-se de Lucélia Maria Ferreira da Silveira, de Catalão (Sudeste Goiano), que trabalhava para um vereador e foi acusada, junto com ele, de empregar servidora fantasma na Câmara e reter parte do salário dela.

Lucélia era administradora da Igreja Pentecostal Rosa de Saron em Catalão, mas o estabelecimento aparece como inativo no site da Receita. Ela também aparece no Portal da Transparência do município como servidora inativa. No telefone que aparece como contato da igreja, um escritório de contabilidade informou não ter conhecimento a respeito dela e da igreja. A reportagem também não conseguiu contato em uma outra empresa de que Lucélia é dona.
Nove nomes da lista de presos de Goiás receberam auxílio emergencial do governo federal, segundo dados do Portal da Transparência.

Embora o GDF informe que os presos são de Goiás, a reportagem encontrou dados que apontam que pelo menos oito moram em Brasília. A Seape não informou se consideram o local de nascimento dos presos ou se há possíveis erros nas listas divulgadas no site.

Há ainda dados que apontam três moradores do Tocantins, dois de Mato Grosso e um de Minas Gerais. A reportagem encontrou informações de sete moradores de Goiânia, um em Trindade, um de Quirinópolis e um de Águas Lindas de Goiás. Na relação, a reportagem identificou pelo menos quatro dos presos que possuem empresa - dois em Goiânia, um em Trindade e um em Quirinópolis.

Prisões

No dia 20 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) informou que o ministro Alexandre de Moraes havia concluído a análise de 1.406 custodiados, decidindo pela conversão da prisão em flagrante em preventiva de 942 pessoas. Outras 464 obtiveram liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica. Todos os nomes foram divulgados pelo Supremo e pela Seape e estão disponíveis nos sites oficiais.

As mulheres presas estão na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) e os homens no Centro de Detenção Provisória II (CDPII), no Complexo da Papuda.

Depois da análise do dia 20, houve outras prisões de envolvidos nos ataques, em sucessivas fases da Operação Lesa Pátria, determinadas por Moraes. A última atualização do site da Seape é do dia 30 de janeiro, às 11 horas.

Goianos presos

Detidos por suposta participação em atos terroristas em Brasília, segundo listas divulgada pelo GDF

- Presos preventivamente

Homens

ADRIANO MARINHO STEFANI
CARLOS ANTONIO SILVA
DALVIDES AIRES DOS SANTOS
DIVÂNIO NATAL GONÇALVES
DUARTE IRIAS FRANCO QUEIROZ
EDER APARECIDO JACINTO
EDIMAR MACEDO E SILVA
ERLANDO PINHEIRO FARIAS
FABRICIO NELIO FEITOSA
GIBRAIL PEREIRA DE SOUZA
HELIO DE SOUZA MATOS
JESSE LANE PEREIRA LEITE
JOÃO BATISTA BORGES CORRÊA
JOÃO SIRQUEIRA ARAÚJO
JOSÉ MARTINS DE MOURA JÚNIOR
JOSE RAIMUNDO MUNIZ SILVA
JULIO CEZAR BATISTA MENDES
LAURO HENRIQUE SOUZA XAVIER
LUIS CARLOS DA SILVA
MARCOS LUIZ DE SOUZA
MARCOS ROBERTO BARRETO
NELSON FERREIRA DA COSTA
PAULO CESAR RODRIGUES DE MELO
ROBINSON LUIZ FILEMON PINTO JUNIOR
ROMEU ALVES DA SILVA
RONALDO RIBEIRO DO VALE
THIAGO TELES DE TOLEDO
WELYSON DEYLER AMARAL DOS SANTOS
WILSON FERNANDO GOMES

Mulheres

ADRIANA CAMARGO DA SILVA LEMES
EDNA APARECIDA DE ARAUJO FRADE
ELISANGELA MARIA DE JESUS MOURA
GEISSIMARA ALVES DE DEUS
LUCELIA MARIA FERREIRA DA SILVEIRA
MARIA APARECIDA LIMA ALENCAR
MARIA GOMES DA SILVA
ROSANA MACIEL GOMES
SARAH GABRIELA OLIVEIRA MESQUITA
ZILDA ANTONIO DE JESUS

- Liberados com uso de tornozeleira eletrônica

ARTHUR ANDRE SILVA MARTINS
DONIZETE PAULINO DA PAZ
FERNANDO BATISTA LEMES
IGOR DIVINO DUARTE MENEZES
JOSÉ CARLOS MARTINS
KARINE DE PAULA SILVA MARTINS
LUIS CARLOS DE SOUSA FERREIRA
MARCILENE GAMA NUNES
MIGUEL CARLOS VENANCIO
PAULO ALVIS DOS SANTOS
REGINA APARECIDA SILVA
ROSÁRIO LUCAS PEREIRA
ROZILEIS DOS SANTOS CUNHA
SALETE COSTA APARICIO
VERANIR ROSA RODRIGUES

Fonte: Site da Secretaria de Administração Penitenciária do Governo do Distrito Federal (atualizada em 30/01/2023)

Wilson Fernando Gomes: candidatura em Jandaia

Wilson Fernando Gomes: candidatura em Jandaia (Divulgação)

Duarte Irias Queiroz: candidaturas em Goianápolis

Duarte Irias Queiroz: candidaturas em Goianápolis (Divulgação)

Romeu Alves da Silva: candidatura em Inhumas

Romeu Alves da Silva: candidatura em Inhumas (Divulgação)

Fabrício Nelio Feitoza: candidatura em Goiânia

Fabrício Nelio Feitoza: candidatura em Goiânia (Wesley Costa / O Popular)

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Morre policial civil que teve mal súbito durante treinamento no DF

Polícia Civil de Goiás publicou uma nota nas redes sociais lamentando o falecimento de Rafael

Policial Civil Rafael da Gama Pinheiro que morreu após sofrer mal súbito durante um curso da PC

Policial Civil Rafael da Gama Pinheiro que morreu após sofrer mal súbito durante um curso da PC (Reprodução/Redes sociais)

O policial civil Rafael da Gama Pinheiro, de 35 anos, que sofreu um mal súbito durante um curso de Operações Táticas Especiais do Grupo Tático 3 (GT3), da Polícia Civil de Goiás, morreu neste domingo (9) em um hospital particular em Brasília. A Polícia Civil de Goiás publicou uma nota nas redes sociais lamentando o falecimento de Rafael.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) manifesta profundo pesar pelo falecimento do policial civil Rafael da Gama Pinheiro. Neste momento de dor, a PCGO se solidariza com familiares e amigos, desejando força e conforto para seus corações. Que Deus ampare a todos", escreveu.

Rafael da Gama deixou a esposa e uma filha de 2 anos.

O caso aconteceu durante uma instrução aquática realizada no Lago Paranoá na tarde da última quarta-feira (26), nas dependências do Grupamento de Busca e Salvamento (GBSAL), do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, localizado na Vila Planalto, em Brasília.

De acordo com os bombeiros, no momento do incidente, os instrutores contavam com todo o aparato de segurança e atendimento médico de prontidão no local, para qualquer eventualidade.

Graças à rapidez no atendimento, o aluno recebeu suporte médico avançado e teve seus sinais vitais restabelecidos ainda no local", informou o Corpo de Bombeiros do DF à reportagem.

O policial foi levado para o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal, onde foi atendido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na última quinta-feira (27), ele foi transferido para um hospital particular no DF.

Como o nome do hospital em que Rafael da Gama estava internado não foi divulgado, a reportagem não conseguiu solicitar nota.

Ainda não há informações sobre o velório, horário e local de sepultamento de Rafael da Gama.

Foto do local onde estava sendo realizado o curso de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil de Goiás, em Brasília (DF) (Reprodução/GBSAL)

Foto do local onde estava sendo realizado o curso de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil de Goiás, em Brasília (DF) (Reprodução/GBSAL)

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Organização criminosa movimentou R$ 4,5 milhões em contas bancárias de parentes de presos, diz polícia

Operação da Polícia Civil investiga grupo suspeito de tráfico de drogas que atuava na região sul do Tocantins. Secretário municipal da Juventude de Figueirópolis está entre os presos e é exonerado do cargo

Grupo também é investigado por lavagem de dinheiro (Polícia Civil/Divulgação)

Grupo também é investigado por lavagem de dinheiro (Polícia Civil/Divulgação)

O grupo criminoso suspeito de tráfico interestadual de drogas utilizava contas bancárias de parentes de criminosos presos para lavar dinheiro, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). A organização movimentou cerca R$ 4,5 milhões ao longo de dois anos de atuação em Gurupi e outras cidades da região sul do estado.

Oito suspeitos foram presos durante a segunda fase da Operação 1º Coríntios 15:33, nesta terça-feira (21). Um dos alvos é Luan Elvio Barros de Oliveira, que estava ocupando o cargo de secretário municipal da Juventude de Figueirópolis e foi exonerado do cargo pelo município. O Daqui não conseguiu contato com a defesa dele.

Outro alvo foi preso em flagrante por tentar destruir um aparelho celular e um terceiro foi flagrado com drogas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os nomes não foram divulgados.

Segundo o delegado Rafael Fortes Falcão, após as prisões da 1ª fase da operação, em julho de 2024, foi verificado que alguns dos suspeitos realizaram muitas movimentações por meio de depósitos, saques e transferências fracionadas em contas de passagem.

Essa estratégia tinha como objetivo dificultar o rastreamento do dinheiro. Solicitamos a prisão de uma das suspeitas após constatarmos que, mesmo desempregada, e com o marido preso após a primeira fase da operação, ela continuava movimentando quantias significativas", explicou.

Durante esta fase da operação foram apreendidos documentos, aparelhos celulares, cartões bancários, R$ 750,00 em dinheiro, um notebook, um automóvel, uma arma de fogo calibre 380, munições calibre 9m e aproximadamente 6kg de drogas.

A ação foi coordenada pela 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC- Gurupi) e realizada de forma simultânea em Gurupi, Formoso do Araguaia e Figueirópolis. A operação também contou com apoio da PRF e das polícias Civis de Goiás e do Rio de Janeiro, onde também estão sendo feitas ações.

Prisões

Nesta fase da operação foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão.

O secretário municipal da Juventude de Figueirópolis, Luan Elvio Barros de Oliveira, foi um dos presos. Conforme a SSP, ele é investigado por organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Luan Elivio havia sido nomeado para o cargo de secretário no dia 3 de janeiro deste ano.

Luan Elvio Barros de Oliveira, ex-secretário municipal da juventude de Figueirópolis (Reprodução/Redes sociais)

Luan Elvio Barros de Oliveira, ex-secretário municipal da juventude de Figueirópolis (Reprodução/Redes sociais)

O prefeito de Figueirópolis, José Fontoura Primo (Republicanos), informou em nota que o secretário foi exonerado do cargo. Segundo o prefeito, a administração municipal tomou conhecimento da operação somente nesta terça-feira, por se tratar de investigação sigilosa. Disse ainda que os fatos investigados não possuem qualquer vínculo com gestão pública municipal (veja nota na íntegra abaixo).

A SSP informou que um dos alvos da operação foi preso em trânsito entre São Paulo e Rio de Janeiro na sexta-feira (17). Durante a abordagem ao suspeito foram apreendidos um veículo e um aparelho celular, que estão sendo analisados pelas autoridades para auxiliar nas investigações.

Outro suspeito teve a prisão antecipada para segunda-feira (20), em Gurupi, após mudar de endereço.

1ª fase da operação

Em julho de 2024, três policiais penais foram alvos de mandados de busca e apreensão por suspeita de envolvimento com um grupo criminoso. Não foi informado qual seria o envolvimento deles no caso. Os nomes não foram informados e o Daqui não conseguiu contato com a defesa.

Na época, a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) informou que daria início a uma investigação preliminar para averiguar se os fatos estavam relacionados à atuação desses servidores, e que devido à presunção de inocência e necessidade de garantir um processo justo não seria determinado o afastamento dos policias penais.

Também foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva, seis pessoas foram presas em flagrante e mais oito pessoas presas em decorrência de mandados.

Um espaço de eventos, supostamente utilizado para a lavagem de dinheiro do tráfico, foi embargado. Houve a apreensão de documentos, drogas, armas, inclusive de calibre restrito, veículos e demais objetos de interesse para as investigações.

Íntegra da nota do prefeito de Figueirópolis
O prefeito de Figueirópolis-TO, José Fontoura Primo, vem a público informar e esclarecer a sociedade local que foi surpreendido com o cumprimento de um mandado de prisão contra o Secretário de Juventude, Luan Elvio Barros de Oliveira, ocorrido nesta manhã do dia 21 de janeiro de 2025. É fato ainda que o gestor municipal só tomou conhecimento de toda investigação na manhã dessa terça-feira, pois se trata de investigação sigilosa.

Ademais até que se prove algo deve se presumir a inocência de qualquer cidadão. Importante ressaltar que a Assessoria Jurídica do município informa que os fatos investigados não possuem qualquer vínculo com gestão pública municipal.

Ante ao fato, o prefeito Fontoura determinou a exoneração de Luan Elvio Barros de Oliveira do cargo de secretário.

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Condenado por latrocínio e roubo a banco: Preso de 62 anos foge da ala de idosos da Papuda e é procurado pela polícia

Argemiro Antonio da Silva foi condenado por furto de R$ 1,3 milhão de um banco em Goiás. A fuga teria ocorrido durante a madrugada

Modificado em 05/01/2025, 14:17

Argemiro Antônio da Silva, de 62 anos, fugiu de penitenciária, em Brasília

Argemiro Antônio da Silva, de 62 anos, fugiu de penitenciária, em Brasília (Divulgação/Seape e Divulgação/PM-GO)

O preso Argemiro Antonio da Silva, de 62 anos, fugiu da ala destinada a idosos do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O homem é considerado de alta periculosidade e já foi condenado em sete processos criminais, incluindo latrocínio, extorsão mediante sequestro e o furto de R$ 1,3 milhão de um banco em Goiás, ocorrido em 2018. Diante da possibilidade do fugitivo vir para o estado, a Polícia Militar de Goiás (PM-GO) informou que está tentando recapturá-lo.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Argemiro para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

A fuga aconteceu durante a madrugada de sexta-feira (3). Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF), afirmou que a fuga foi constatada pela manhã, por volta das 7h, durante conferência de rotina realizada por policiais penais que estavam de plantão. No portal da Seape é informado que a fuga ocorreu por um "rompimento de obstáculo".

Quem tiver informações sobre o paradeiro do fugitivo deve entrar em contato com a Polícia Militar de Goiás pelo 190.

Condenado há mais de 135 anos

Em 2022, um desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou pedido de revisão das penas apresentado de forma manuscrita por Argemiro. No processo, a Defensoria Pública informou que ele havia sido condenado a penas que somavam cerca de 135 anos, tendo à época cumprido mais de 21 anos.

Argemiro estava preso em regime fechado, lotado no bloco destinado aos idosos no CIR (Centro de Internamento e Reeducação) da Papuda. O complexo penitenciário fica a cerca de 20 km do Palácio do Planalto, em Brasília.

(Com informações da Folhapress)

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Lula chega a hospital de SP para novos exames e aguarda liberação para retorno a Brasília

Lula recebeu alta hospitalar neste domingo (15) após seis dias de internação

Modificado em 20/12/2024, 14:43

Lula chega a hospital de SP para novos exames e aguarda liberação para retorno a Brasília

O presidente Lula (PT) chegou por volta das 9h10 desta quinta-feira (19) ao hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para uma nova bateria de exames. O presidente aguarda o resultado da tomografia para receber liberação médica para em seguida retornar a Brasília.

O petista pretende liderar uma reunião ministerial nesta sexta (20) com sua equipe de ministros.

Lula recebeu alta hospitalar neste domingo (15) após seis dias de internação. Ele permaneceu nesta semana em sua casa na região de Pinheiros, em São Paulo.

O mandatário fez uma cirurgia de emergência no último dia 10 em razão de um hematoma de três centímetros entre o cérebro e uma das membranas (meninges) que envolvem o órgão. O coágulo foi detectado após ele sentir fortes dores de cabeça, quando foi encaminhado para o hospital de São Paulo.

Segundo disse no domingo o cardiologista Roberto Kalil, médico do petista, ele terá algumas restrições nos próximos 30 dias, como de atividade física intensa e viagens internacionais. Lula ainda deve ter acompanhamento tomográfico até a completa cicatrização, o que pode levar de 45 a 60 dias.

Segundo os médicos, Lula pode tirar o curativo depois de chegar em casa neste domingo. O curativo não estava visível, pois o mandatário compareceu à entrevista de chapéu.

Também no domingo, Lula se emocionou ao falar de sua internação e disse ter ficado assustado. Agradeceu a Deus por ter cuidado dele, citando situações anteriores em que sua saúde ficou em risco, como quando teve câncer em 2011 e seu avião teve um problema no México.

"Eu nunca penso que vou morrer, mas eu tenho medo", afirmou o presidente, que disse ter ficado assustado com o quadro que levou à cirurgia de emergência na terça-feira (10).

O petista disse que estava cortando as unhas das mãos, em outubro deste ano, quando caiu e se machucou. "A única surpresa que eu tive é que eu achei que estava curado [depois da queda]".