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Reflexo da pandemia aparece em casos de câncer de próstata

Consultórios têm recebido pacientes com quadros mais avançados que demandam tratamentos mais complexos. Médicos orientam procura por prevenção. Só em 2021 foram 915 casos e 516 mortes

Modificado em 19/09/2024, 01:22

Diagnóstico tardio: Randolfo Moreira trata um câncer de próstata

Diagnóstico tardio: Randolfo Moreira trata um câncer de próstata
 (Fábio Lima)

As previsões negativas feitas durante os anos de pandemia estão se concretizando em relação aos casos de câncer de próstata. Médicos têm encontrado pacientes com casos mais avançados, reflexo das medidas necessárias de distanciamento social tomadas à época.

O vácuo nos diagnósticos é evidente nos dados do Ministério da Saúde (MS). Estes registros somaram 1.052 em Goiás em 2019, mas reduziram para 747 em 2020. Somente no ano passado o indicador superou o ano pré-pandêmico. Foram 1.104 em 2022.

A informação precisa ser olhada com atenção, sobretudo neste mês, no qual é celebrado o Novembro Azul, campanha visa a chamar a atenção de homens para realizar acompanhamento médico. O câncer de próstata é o mais prevalente nesta parcela da população.

"O que nós temos vivenciado hoje é exatamente o reflexo da pandemia. Um grande número de homens deixou de ir ao médico. Estamos diagnosticando um número muito maior de casos avançados e vamos ver aumento da mortalidade", explica o chefe do Setor de Urologia do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), Adriano Augusto Peclat.

O médico acrescenta que ainda vai levar tempo para uma situação de normalidade. "O impacto na mortalidade não vai ser visto de imediato. Possivelmente vamos ver dentro de três ou quatro anos. É o que esperemos de acordo com a história natural da doença, que conhecemos."

O médico urologista Rodrigo Rosa de Lima tem a mesma percepção de Peclat. "2022/2023 passaram sem rastreamento, aquele caso que pode ter surgido em fase inicial agora é visto em estágio mais avançado. Isto vai ter impacto, na verdade já temos visto isto."

Os médicos afirmam que além de os pacientes terem mais chances de cura quando o câncer é identificado em estágio inicial, o tratamento é mais simples e o paciente passa por menos transtornos.

"Quando temos o caso de um câncer metastásico ou avançado, ele precisa de um tratamento sistêmico, um bloqueio de hormônios e muitas vezes associado à quimioterapia. É um tratamento mais sofrido, mais penoso e as chances de cura são muito menores", explica Peclat.

Tratamentos mais complexos e, eventualmente, mais invasivos podem contribuir para aumentar a conta dos gastos públicos e privados com saúde.

Se os casos deixaram de ser registrados, as mortes não. De 2018 a 2021 elas continuaram crescendo e chegaram a 516 em 2021 (veja quadro).

A orientação, conforme os especialistas, é para que se o homem for negro ou tiver pelo menos um familiar em primeiro grau (pai ou irmão) que tenha sido acometido pelo câncer de próstata, a visita ao urologista deve ser feita aos 40 anos. Nos demais casos, esta deve se concretizar aos 45 anos.

O organizador Randolfo Moreira Trindade, de 67 anos, não seguiu a recomendação. Atualmente ele faz tratamento no Araújo Jorge contra um câncer de próstata. O diagnóstico veio em 2022. "Eu não estava fazendo xixi. Me preocupei, sentia muita dor ao tentar urinar. Fiz os exames e o médico constatou a doença", relata.

Randolfo conta que fez 39 sessões de radioterapia e agora recebe, a cada 30 dias, uma injeção com hormônios, o que deve acontecer até 2025. "Eu me sinto curado. Estou 100%."

O desleixo masculino com a saúde é cultural, mas os médicos defendem que é preciso mudar. "Costumo receber homens que vêm pela primeira vez aos 40/45 anos e a última vez que teve uma consulta médica foi com o pediatra", relata Lima.

O diagnóstico precoce proporciona chances de cura que chegam a até 95%. Um dos motivos que levam à procura tardia por um rastreamento é o preconceito contra o exame de toque. Embora o exame de sangue (PSA) tenha importância na leitura do quadro, assim como a avaliação clínica, não é possível desperdiçar chances de identificar um câncer.

"Tem uma frase que a gente usa muito é que 'homem forte é homem que se cuida'. Nossa sociedade não aceita mais esses preconceitos em relação ao diagnóstico. O exame do toque é importante, entre 10% e 15% dos casos o tumor não vai afetar o exame de sangue", explica Lima.

Para 2024, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que os diagnósticos possam ultrapassar a marca dos 60 mil em todo o País. Para este ano o número é um pouco menor.

Prevenção

Lima afirma que há estudos clínicos que mostram que maus hábitos de vida contribuem para favorecer a ocorrência de câncer. "Entre os fatores de risco há a obesidade, inclusive para casos mais agressivos. É importante uma alimentação pobre em gordura e açúcar. Tudo que faz bem para o coração, como atividade física e dormir bem, também protege a próstata."

Embora o estresse seja considerado a "doença do século 21", não há estudos que conectem o problema às substâncias inflamatórias, que influenciam na ocorrência de câncer.

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Ação com serviços de saúde gratuitos e simulador de corrida acontece neste sábado (23)

Evento com orientações sobre o câncer de próstata e cuidados com a saúde do homem acontece das 8h às 17h, na sede da Concessionária Saga, situada na BR-153

Ação com serviços de saúde gratuitos e simulador de corrida acontece neste sábado (23)

(Freepik)

A Unimed Goiânia -- Cooperativa de Trabalho Médico -- realizará neste sábado (23), das 8h às 17h, o evento "Pit Stop da Saúde", na sede da Concessionária Saga, localizada na BR-153. A ação gratuita, aberta ao público, faz parte das iniciativas do Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, e tem como objetivo promover o diagnóstico precoce e o cuidado com a saúde masculina.

Durante o evento, profissionais da saúde da Unimed Goiânia oferecerão uma série de serviços, como aferição de pressão arterial, testes de glicemia, cálculo do índice de massa corporal (IMC) e orientações sobre exames de próstata. Além disso, os participantes terão a oportunidade de vivenciar uma experiência em um simulador de corrida, tornando o evento não apenas educativo, mas também interativo.

O "Pit Stop da Saúde" busca conscientizar os homens sobre a importância de realizar exames preventivos regularmente, destacando a importância da detecção precoce no sucesso do tratamento do câncer de próstata. Serão distribuídos materiais informativos que abordam hábitos saudáveis e cuidados específicos para a saúde masculina.

Campanha especial do Novembro Azul
A Unimed Goiânia lançou a campanha "Homem, não deixe sua revisão para depois. Sua saúde é o que te faz seguir rodando", que traça um paralelo entre o funcionamento do corpo humano e o de um automóvel, incentivando os homens a cuidarem da saúde com a mesma dedicação que têm com seus veículos.

O urologista e diretor de mercado da Unimed Goiânia, Dr. Frederico Xavier, reforça a importância de quebrar os desafios que impedem os homens de cuidar da saúde. "É urgente quebrar o tabu que ainda afasta os homens dos consultórios médicos. A saúde masculina não pode ser negligenciada. Cuidar de si mesmo é o maior ato de responsabilidade e amor-próprio que um homem pode ter. Assim como cuidamos de nossos carros para evitar quebras, precisamos realizar exames preventivos para evitar problemas graves e garantir uma vida saudável."

Além disso, a cooperativa também disponibilizou uma página exclusiva sobre o Novembro Azul, com informações úteis e dicas de prevenção para o público masculino. O conteúdo pode ser acessado neste link .

Serviço: Pit Stop da Saúde Data : 23 de novembro
Horário : 8h às 17h
Local : Concessionária Saga BR-153, localizada na Rodovia BR-153, S/N, Qd. C27, Lote 1/34 Parte 5 - Jardim Goiás

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Brasil deve registrar quase 72 mil casos de câncer de próstata em 2025

Especialista explica que a alta incidência de câncer de próstata no Brasil reflete tanto o envelhecimento populacional quanto a importância de monitorar fatores de risco

Novembro azul

Novembro azul (Freepik)

O câncer de próstata é uma das maiores preocupações para a saúde dos homens no Brasil e no mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país registrará cerca de 71.740 novos casos de câncer de próstata anualmente até 2025.

Esse aumento de 8,5% em relação à estimativa anterior, que era de 65.840 casos, coloca esse tipo da doença como a segunda mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em termos de mortalidade, é a segunda causa de óbito por câncer na população masculina, reforçando sua importância como um problema de saúde pública.

Dados como esses reforçam a relevância de campanhas como o Novembro Azul, que visam a trazer esclarecimentos sobre a importância da prevenção e os riscos da doença. "A alta incidência de câncer de próstata no Brasil reflete tanto o envelhecimento populacional quanto a importância de monitorar fatores de risco e estilos de vida," explica o urologista Rodrigo Lima.

"A maioria dos casos ocorre em homens com mais de 60 anos, mas fatores genéticos e o estilo de vida desempenham um papel importante."

Fatores de risco e detecção
Os fatores de risco para o câncer de próstata incluem idade avançada, histórico familiar, excesso de peso, tabagismo e exposição a substâncias químicas, como aminas aromáticas e arsênio, comuns em certas indústrias.

"Homens com histórico familiar de câncer de próstata devem estar ainda mais atentos. Sabemos que o risco é maior quando há casos na família antes dos 60 anos", alerta Rodrigo.

Em muitos casos, o câncer de próstata evolui de forma silenciosa, sem sintomas iniciais evidentes. Quando presentes, os sinais podem ser confundidos com problemas benignos da próstata, como dificuldade de urinar ou a necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite. Nos casos avançados, podem surgir dores ósseas e, em estágios mais críticos, insuficiência renal.

A detecção precoce do câncer de próstata pode ser feita através do toque retal e do exame de PSA (antígeno prostático específico), procedimentos simples que podem identificar alterações na próstata.

O INCA, entretanto, não recomenda o rastreamento de rotina devido ao debate sobre os riscos e benefícios desse procedimento. "É importante que cada paciente entenda os riscos e os benefícios do rastreamento. Decisões informadas, com o acompanhamento médico, são essenciais para determinar a melhor estratégia individual", esclarece o urologista.

Tratamentos e conscientização
O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença. Em casos localizados, que não se espalharam além da próstata, as opções incluem cirurgia, radioterapia e, em situações específicas, a observação vigilante.

Para casos localmente avançados, a radioterapia ou a cirurgia combinada com tratamento hormonal são frequentemente indicados. Nos casos metastáticos, onde o câncer já atingiu outras partes do corpo, a terapia hormonal se destaca como a abordagem mais recomendada.

"Hoje temos várias alternativas de tratamento, e cada uma delas deve ser discutida cuidadosamente entre médico e paciente, considerando os riscos e benefícios," destaca o urologista.

Segundo ele, a individualização do tratamento é essencial para alcançar os melhores resultados e para preservar a qualidade de vida do paciente.

"Ter um olhar atento e cuidar da própria saúde é a melhor forma de prevenir o avanço do câncer de próstata. Quando diagnosticado cedo, as chances de cura são muito maiores," conclui Rodrigo Lima, lembrando que a parceria entre o paciente e o médico é essencial para o sucesso no combate a essa doença que, ainda hoje, desafia a saúde masculina em todo o mundo.

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Maio vermelho alerta sobre formas de prevenção ao câncer de boca

Durante a campanha, especialistas compartilham principais meios para se prevenir e se diagnosticar precocemente contra o câncer bucal

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Maio vermelho alerta sobre formas de prevenção ao câncer de boca

(Freepik)

Um dos tumores mais comuns entre os brasileiros, com estimativa de 15 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de boca e orofaringe teve ligeiro crescimento em sua incidência nos últimos anos. Em todo o mundo, o Brasil é o terceiro País com o maior número de casos da doença, por isso a campanha Maio Vermelho, alusiva ao dia 31 de maio, data o Dia de Luta Contra o Câncer Bucal.

O câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, pode afetar lábios, gengivas, bochechas, céu da boca, língua (nas bordas, principalmente), amígdalas e a região embaixo da língua. Segundo a cirurgiã dentista Angélica Siqueira, apesar de poder apresentar diferentes tipos de manifestação, os principais sinais são nódulos, caroços ou ínguas no pescoço, alteração na voz, manchas brancas ou vermelhas na boca, feridas ou aftas que não cicatrizam há mais de 15 dias e dores na boca e na face ao engolir.

A maior taxa de incidência da doença está entre homens acima dos 40 anos. Entre as principais causas do tumor está o tabagismo, tanto com o cigarro convencional quanto com o eletrônico, que vem se mostrando cada vez mais nocivo à saúde. Além disso, conforme explica Angélica Siqueira, o consumo de álcool em excesso, a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e, em alguns casos, o histórico da doença na família também são fatores de risco.

Tratamento e prevenção
A higiene bucal, o autoexame e a vacina contra o HPV são as principais formas de prevenção, aliadas a visitas regulares ao cirurgião dentista ou médico, estando sempre atento para os possíveis sinais da doença. "Quando falamos de autoexame, é sobre procurar e identificar tudo o que é incomum na boca para buscar o tratamento precocemente. Consultar o dentista regularmente também é uma forma de diagnosticar o câncer de boca nos estágios iniciais da doença, o que aumenta as chances de cura", informa Angélica Siqueira.

A escolha do melhor tratamento para o câncer de boca é feita após o diagnóstico da doença, que ocorre por meio de exame clínico (visual), com confirmação da biópsia. "Após esse processo, o cirurgião especializado irá avaliar o estágio da doença associado a exames complementares, que determinarão o tratamento mais indicado", explica o médico oncologista clínico do Centro de Oncologia IHG, Augusto Rodrigues Araújo Neto.

De acordo com o médico, a cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. "Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. No entanto, quando o quadro do paciente é mais complexo, a radioterapia e a quimioterapia são indicadas, pois a cirurgia não é possível ou pode trazer sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação e a qualidade de vida do paciente", esclarece Augusto Rodrigues.

Para evitar o desenvolvimento e os estágios mais avançados do tumor, a prevenção é de extrema importância. O oncologista destaca que além de evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso corporal dentro dos limites da normalidade, com uma alimentação mais natural; garantir a boa higiene bucal e usar preservativo na prática do sexo oral, para evitar a infecção por HPV, também são recomendações médicas para prevenção ao câncer de boca.

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Exames de prevenção continuam sendo a melhor forma de evitar o câncer de colo uterino

99% dos casos de câncer de colo do útero são ocasionados pela presença do Papilomavírus Humano, o HPV

Modificado em 17/09/2024, 16:08

Exames de prevenção continuam sendo a melhor forma de evitar o câncer de colo uterino

(Freepik)

O câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente entre as mulheres. No Brasil, estima-se que sejam registrados mais de 17 mil novos casos da doença por ano até 2025, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença pode ser diagnosticada a partir de exames de rotina, como o Papanicolau, e tem altas chances de recuperação. Por isso, a prioridade é que o diagnóstico seja dado o mais cedo possível.

A médica ginecologista oncológica e mastologista, Larissa Cunha Morais, do Centro de Oncologia IHG, destaca que certos indícios devem trazer um estado de alerta e podem ser sinais da doença. Entre eles estão sangramento vaginal irregular, especialmente após as relações sexuais; corrimento persistente; dor abdominal constante; dor contínua nas pernas, quadris ou costas; rápida perda de peso; cansaço excessivo e inchaço nas pernas. Ao perceber os sinais, recomenda-se que a paciente procure assistência médica.

De acordo com estudos, 99% dos casos de câncer de colo do útero são ocasionados pela presença do Papilomavírus Humano, o HPV. Chamam atenção os resultados obtidos pelo Ministério da Saúde (MS), que apontam que mais de 75% das mulheres sexualmente ativas entrarão em contato com o vírus ao longo da vida; dessas, 5% irão desenvolver o tumor maligno em um prazo de dois a dez anos.

"Por ser considerado um tumor silencioso, muitas vezes os sinais e sintomas só surgem em cenário de doença avançada, além de não existirem sintomas precisos em relação à doença, já que alguns sinais também estão relacionados a outras doenças ginecológicas", afirma Larissa Cunha. Embora essa estatística seja assustadora, esse é um tipo de câncer que pode ser evitado.

A médica ressalta que é necessário o uso de preservativos nas relações sexuais, vacinação e consultas periódicas. "Os cuidados devem ser seguidos durante o decorrer do ano inteiro", assegura a ginecologista, apontando que é importante realizar o exame de Papanicolau, já que nele é possível descobrir lesões que podem levar ao desenvolvimento da doença.

"Apesar da campanha Março Lilás, em que se promove a importância da prevenção do câncer de colo de útero, os cuidados devem ser seguidos durante o decorrer do ano inteiro", acrescenta Larissa Cunha, apontando que é importante realizar o exame de Papanicolau periodicamente. "O exame deve ser realizado em mulheres na idade de 25 a 64 anos que já tiveram relações sexuais", orienta.

Vacinação
As vacinas também são um método efetivo na prevenção da doença, observa o médico oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago, do Centro de Oncologia IHG: "Hoje é possível se imunizar contra o HPV. A vacina deve ser realizada em meninas de 9 a 14 anos no SUS e pacientes de 9 a 45 anos no serviço particular. Se aderida corretamente, a vacina é capaz de prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais. No entanto, a imunização não tem eficácia para quem já desenvolveu a doença", alerta.

Ainda de acordo com o MS, em 2022, entre as meninas, a cobertura vacinal contra o HPV alcançou 77,37% na primeira dose. Em 2023, a cobertura aumentou em 30% em todo o território nacional.

Os médicos reforçam que a prevenção é a melhor forma de evitar o câncer de colo de útero. No entanto, existem meios para tratar pacientes que já apresentam a doença, como quimioterapia, radioterapia e procedimento cirúrgico. "Os tratamentos medicamentosos, como a imunoterapia, são alternativas inovadoras que auxiliam no combate ao câncer. O desafio está em reduzir a mortalidade e promover qualidade de vida para as pacientes", ressalta Gabriel Santiago.

Segundo ele, nos últimos anos, houve progressos importantes em cirurgia, com um número crescente de mulheres, mesmo com tumores mais avançados, que podem ser operadas com chance de cura, evolução em cirurgias minimamente invasivas, melhor classificação de cada subtipo da doença, descoberta de marcadores que predizem resultado ao tratamento e outros avanços que propiciam a medicina de precisão e melhor qualidade de vida da mulher em tratamento, como, por exemplo, técnicas de preservação de fertilidade.