O corte das árvores na Marginal Botafogo vem chamando a atenção de quem passa pela via expressa na região sul de Goiânia. Com exceção do trecho do bosque formado nas imediações do Viaduto Mauro Borges, no encontro dos córregos Botafogo e Areião, e na parte alargada na extremidade norte, praticamente não há mais árvore em pé entre as duas pistas. Muitos espécimes foram retirados também na parte externa das pistas. O que ocorreu não é o que está no parecer técnico emitido pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), o órgão responsável pelas autorizações de corte e poda. Em tese, as orientações deveriam ter sido seguidas à risca, já que a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) não tem autonomia para decidir o que deve ser cortado. O jornal teve acesso ao documento da Amma, que é bem detalhado e preciso nas determinações: foi autorizado o corte de todas as leucenas – espécie exótica e que se comporta como praga no ecossistema – e, além disso, apenas de exemplares específicos, os quais foram identificados no parecer com fotografia e localização, para facilitar o trabalho e não haver confusão.