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Ritual de circuncisão pode se tornar ilegal na Islândia

Projeto de Lei prevê prisão de até seis anos para quem realizar procedimento em bebês por razões não médicas. País pode tornar-se o primeiro declarar o rito ilegal

Modificado em 26/09/2024, 00:53

Ritual de circuncisão pode se tornar ilegal na Islândia

(Pixabay)

Um Projeto de Lei quer tornar a circuncisão ilegal na Islândia. A proposta prevê prisão de até seis anos para quem praticar o rito em bebês por motivos que não sejam estritamente médicos. O PL foi proposto pela deputada Silja Dögg Gunnarsdóttir, do Partido Progressista (PP), conservador, no início do mês, e agora está sendo analisado pelo parlamento Islandês.
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Judeus e muçulmanos, que praticam o ritual há milhares anos, condenam o projeto, alegando que ele interfere a liberdade religiosa. Estima-se que a Islândia -- com população de 334 mil pessoas em 2016, pouco mais que a cidade de Boa Vista, em Roraima, com 332 mil - tenha aproximadamente 250 judeus e 1.500 muçulmanos.

Em entrevista à BBC Brasil , Ahmad Seddeeq, imã do Centro Cultural Islâmico da Islândia, retrucou alegando que a circuncisão "é de fato parte da nossa fé. É algo que concerne à nossa religiosidade e acho que (proibir) seria uma violação, um ataque à liberdade religiosa".

Já os apoiadores do projeto defendem que a circuncisão viola os direitos das crianças, estabelecidos pela convenção das Nações Unidas, além de que "implica em intervenções permanentes no corpo de uma criança e que podem provocar dor severa".

O projeto ainda compara a circuncisão com a prática da mutilação genital feminina, que em 2005 foi declarada ilegal pelo País.

Geral

Bebê morre à espera de cirurgia cardíaca

Rede estadual só tem 10 leitos intensivos em hospital que faz esse tipo de cirurgia

Modificado em 31/01/2025, 06:32

Segurando roupas de bebê, Miriam e Ercisio choram por Samuel: morte aos 47 dias de vida à espera de cirurgia

Segurando roupas de bebê, Miriam e Ercisio choram por Samuel: morte aos 47 dias de vida à espera de cirurgia (Wildes Barbosa / O Popular)

Os bebês com cardiopatias congênitas -- ou seja, com anormalidades na função ou estrutura do coração -- que nascem em Goiás sofrem com a demora para acessar cirurgias cardíacas. Na última segunda-feira (27), Samuel Belém Moura, de apenas 47 dias de vida, morreu à espera de uma operação corretiva. Miguel Pereira da Silva, de 2 meses e 22 dias, está em uma UTI de um hospital privado desde que nasceu, enquanto aguarda uma vaga em um leito especializado para depois entrar na fila de espera pelo procedimento cirúrgico.

Samuel sofria com uma malformação no septo do coração. Miguel tem o mesmo problema. A condição só pode ser corrigida por meio de cirurgia que, dependendo da condição do bebê, tem indicação para acontecer nas primeiras semanas de vida ou então entre o terceiro e o sexto mês de idade. Em Goiás, apenas uma unidade de saúde faz esse tipo de operação pelo Sistema Único de Saúde (SUS): o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Entretanto, a unidade conta só com dez leitos de UTI especializados para atender todo o Estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), atualmente 50 crianças esperam pelo procedimento.

Em Goiás, o serviço especializado para operar crianças cardiopatas foi criado em 2020. Em 2022, foi definido o fluxo de atendimento atual. Os que precisam de cirurgia imediata são prontamente levados para o Hugol. No caso daqueles que podem aguardar pelo procedimento, os recém-nascidos (até 28 dias de vida) são acompanhados ambulatorialmente no Hospital Estadual da Mulher (Hemu) e aqueles com idade superior vão para o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).

A artesã Miriam Bernardes Belém, de 40 anos, mora em Goiânia e, em 2024, engravidou do terceiro filho. Apesar de algumas complicações no início da gestão, a gravidez da mulher seguiu de forma tranquila. Durante o pré-natal, feito na rede municipal de Saúde de Goiânia, ela não conseguiu fazer o exame de ecocardiograma fetal. Quando Samuel nasceu, na Maternidade Maria da Cruz Gomes Santana, em Aparecida de Goiânia, foi descoberto que o bebê tinha síndrome de Down e uma cardiopatia chamada defeito do septo átrio ventricular total, conhecida pela sigla DSAVT.

Então, ele foi encaminhado para uma UTI da unidade e Miriam foi informada de que Samuel precisava de uma cirurgia corretiva. Segundo ela, depois disso foi solicitada a transferência do bebê para o Hemu. Depois que ele completou 28 dias de vida, passaram a pedir um leito para o Hecad. "Eu fui pessoalmente na Secretaria de Saúde (de Goiás) e algumas vezes no Ministério Público", conta. A vaga no Hecad só saiu na sexta-feira (24), 44 dias após a data em que ele nasceu. Três dias depois de chegar ao hospital especializado, Samuel morreu. "Falaram que foi sepse, o problema cardíaco dele e uma infecção aguda nos rins", explica Miriam.

A artesã, que é mãe de uma jovem, de 20 anos, e de um adolescente, de 12, e o marido, Ercísio Oliveira Moura, de 46 anos, enterraram Samuel nesta terça-feira (28). "Eu estou com o coração sangrando. Indignada com essa situação. Gritei por socorro e não fui atendida. Meu filho sofreu uma negligência, uma injustiça. Ele era tão lindo", desabafa Miriam em meio às lágrimas e abraçada às roupas de Samuel que foram compradas e nunca usadas.

Em nota, a SES-GO disse que o sistema de regulação estadual só recebeu o pedido de vaga especializada para Samuel na quinta-feira (23), sendo que o leito foi cedido no dia seguinte. A pasta lamentou a perda do paciente, disse que ele recebeu todo o tratamento necessário e ressaltou que "as programações cirúrgicas nem sempre podem ser realizadas em determinadas condições clínicas, cabendo aos médicos as decisões sobre o processo assistencial e medidas necessárias durante a internação e tratamento dos pacientes, conforme estabilidade clínica e evolução." A versão da SES-GO diverge da apresentada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, que afirma que o leito especializado foi solicitado em 30 de dezembro de 2024.

Miguel

Outra mãe vive um drama semelhante ao de Miriam. A dona de casa Lucenília Pereira Cardoso, de 32 anos, saiu de Monte Alegre de Goiás, cidade a cerca de 570 quilômetros de Goiânia, para ter o filho, Miguel, no Hemu. De acordo com ela, assim que o bebê nasceu, em 8 de janeiro de 2024, ele foi transferido para o Hospital Jacob Facuri. Miguel possui a mesma cardiopatia de Samuel e, de acordo com a mãe, aguarda uma vaga no Hecad.

Enquanto a vaga especializada não sai, Lucenília está em Goiânia, hospedada na casa da irmã, e visita Miguel quando consegue pagar a viagem via transporte de aplicativo. Em casa, ela deixou outros cinco filhos, que têm idades entre 3 e 16 anos. "Eu me preocupo com ele não conseguir a cirurgia e também com meus outros filhos. Meu marido parou de trabalhar para cuidar deles enquanto eu estou aqui. Como vamos sustentá-los assim? Somos fracos de situação", desabafa. Ela conta que procurou o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), mas até agora não conseguiu uma solução via órgão ministerial.

De acordo com a SES-GO, não há, neste momento, nenhum pedido de vaga da Central de Regulação de Goiânia, responsável pelos leitos SUS do Hospital Jacob Facuri, para a secretaria. Questionada sobre o assunto, a SMS de Goiânia contra-argumentou e esclareceu que realizou solicitação de transferência do paciente para UTI pediátrica com suporte de cardiopediatria. A pasta ainda comunicou que a regulação estadual pediu ao município atualização do caso e envio de informações sobre o paciente, demanda que foi repassada ao Jacob Facuri.

Já o MP-GO comunicou que a família entrou em contato com o órgão ministerial no dia 15 de janeiro deste ano e, na mesma data, foi impetrado um mandado de segurança no Juizado da Infância e Juventude em favor do bebê, sendo que a Justiça concedeu uma liminar no mesmo dia, dando prazo de 48 horas para que fosse providenciada a UTI pediátrica solicitada. Diante do não cumprimento no prazo, o MP-GO entrou em contato com a mãe do bebê para que fosse apresentado um orçamento do custo da UTI que Miguel precisa visando garantir o bloqueio de valores para atendimento da medida, mas até o momento ela não havia dado retorno ao órgão ministerial.

Cirurgias têm janela de oportunidade

Apesar de existir uma classificação de risco que precisa ser respeitada, dando prioridade para os casos mais graves, as cirurgias de pacientes com cardiopatia congênita precisam ocorrer dentro de uma janela de oportunidade para que tenham bons resultados. "Antes de qualquer coisa, é preciso ressaltar a importância do diagnóstico precoce", pondera Mirna de Sousa, cardiopediatra e diretora da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP).

Depois do diagnóstico, é necessário que o tratamento adequado seja feito no tempo certo. Nesse sentido, Mirna destaca que as cardiopatias se dividem, principalmente, em dois grupos. O primeiro causa uma sobrecarga do pulmão, o que ocasiona uma hipertensão pulmonar. "Se eu ultrapasso (o tempo adequado para a cirurgia), essa hipertensão pode se tornar definitiva", pontua. O segundo grupo causa uma baixa oxigenação no coração. "Quando isso se prolonga, ocorre o comprometimento de cérebro, rins, entre outros órgãos", explica.

A presidente da Associação Amigos do Coração, Martha Camargo, esclarece que, antes de crianças cardiopatas acessarem as cirurgias, o ideal é que elas fiquem internadas em UTIs especiais, que disponham de suporte de ecocardiograma e monitoramento de cardiopediatras, o que, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Goiás, só é realizado nas três unidades de referência: Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Hospital Estadual da Mulher (Hemu) e Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).

Martha avalia que, em Goiás, o problema no atendimento às crianças cardiopatas já começa quando elas tentam marcar consultas ambulatoriais no Hecad e não conseguem ou demoram até meses para acessar o serviço. "Após isso, enfrentam outra fila para conseguir uma UTI adequada e, depois, fazer a cirurgia. É vergonhoso que um Estado como Goiás, que investe tanto em outras áreas, tenha só dez leitos para operar crianças com cardiopatias", comenta.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que, atualmente, o Estado dispõe de toda a assistência necessária às crianças que necessitam de intervenção cirúrgica pediátrica e que a pasta tem trabalhado para ampliar o serviço, sendo que, de 2020 para cá, já houve um aumento no número de cirurgias cardiopediátricas realizadas. A pasta ainda detalhou que não existem pacientes aguardando consultas na especialidade, "uma vez que todas as solicitações pendentes foram agendadas para a próxima semana no Hecad".

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Famílias descobrem 3 anos depois que filhos foram trocados na maternidade, em Inhumas

Pais descobriram troca após exame de DNA

Modificado em 05/12/2024, 17:23

Pais descobriram troca após exame de DNA (Rodrigo Melo/ O Popular)

Pais descobriram troca após exame de DNA (Rodrigo Melo/ O Popular)

Duas famílias denunciam que seus filhos de 3 anos foram trocados após o parto em um hospital particular de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. A suspeita veio veio após um dos casais, em processo de separação, realizar um exame de exame de DNA e o resultado apontar que a criança não era compatível com nenhum dos dois.

Os partos aconteceram no dia 15 de outubro de 2021, no Hospital da Mulher de Inhumas. Segundo as famílias, Yasmin Kessia da Silva, de 22 anos, e Isamara Cristina Mendanha, de 26, chegaram a ficar juntas na enfermaria antes dos partos, mas depois que foram submetidas as cesarianas por equipes médicas diferentes não se viram mais.

Depois das cirurgias, os pais não puderam acompanhar o processo de limpeza e preparo dos bebês e também não ficaram juntos no mesmo quarto devido aos protocolos adotados em razão da pandemia de Covid-19, segundo afirmaram as famílias.

A descoberta da troca dos garotos ocorreu durante o processo de separação de Cláudio Alves, de 30 anos, e Yasmin. Ele conta que havia percebido que alguns traços da criança não pareciam ser dele e, no momento da separação, pediu o teste de DNA. Contudo, a esposa retrucou dizendo que se não fosse dele, também não seria dela. O casal viveu conviveu por cinco anos.

 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

O resultado do exame de DNA saiu no dia 31 de outubro e apontou que o menino criado pelo casal não era compatível nem com o pai nem com a mãe. Nesse momento, Yasmin ficou desesperada e foi buscar esclarecimento sobre o caso e lembrou da família que também fez o parto no mesmo dia.

Yasmin afirmou que conseguiu contato com outra família por meio de um pastor. Segundo ela, o pai da outra família é um professor conhecido na cidade, mas foi aconselhada a buscar o contato por intermédio do pastor desse segundo casal, que também é advogado. Foi quando Isamara e o professor Guilherme Luiz de Souza, de 27, também fizeram o exame de DNA com o filho, que se apresentou incompatível.

O exame de DNA cruzado entre as duas famílias ainda não foi realizado e depende de autorização judicial, segundo os advogados que representam as famílias. O caso segue sendo investigado em sigilo pela Polícia Civil (veja íntegra da nota da polícia abaixo).

Nota do Hospital São Sebastião de Inhumas [razão social do Hospital da Mulher de Inhumas]

O Hospital São Sebastião de Inhumas Ltda, informa que recentemente tomou conhecimento de uma situação envolvendo uma suposta troca de bebês ocorrida em sua maternidade há cerca de três anos. Assim que os fatos foram trazidos ao conhecimento da instituição pelos próprios familiares, medidas imediatas foram adotadas para garantir a apuração completa e transparente do ocorrido.

O hospital voluntariamente oficiou a Polícia Civil, oferecendo todas as informações e documentos necessários para que as investigações sejam conduzidas com rigor e imparcialidade. A instituição reitera que está colaborando ativamente com as autoridades e que tem todo o interesse em esclarecer os fatos e identificar qualquer eventual responsabilidade.

Por se tratar de um caso sensível e que envolve dados sigilosos, o processo de investigação está sendo conduzido em conformidade com a lei, resguardando a privacidade e o direito das famílias envolvidas. Nesse sentido, o hospital pede a compreensão da sociedade e da imprensa, reforçando o compromisso com a ética, a segurança e a transparéncia.

O Hospital São Sebastião de lnhumas reafirma o seu empenho em revisar e aprimorar continuamente seus protocolos de segurança, garantindo a qualidade e a confiança em seus serviços, tendo total interesse nas investigações realizadas.

Informa ainda que existe uma sindicância interna para apurar eventual erro ocorrido e seus responsáveis.

Ainda, por se tratar de um caso sensível que envolve menores de idade, bem como dados protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o hospital está legalmente impedido de fornecer informações detalhadas à imprensa neste momento.

Agradecemos a compreensão e reforçamos que todas as ações estão sendo conduzidas com o máximo respeito à privacidade das famílias e à legislação vigente.

Nota da Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás informa que a Delegacia de Inhumas - 16ª DRP investiga possível crime previsto no artigo 229 do Estatuto da Criança e do Adolescente (deixar o médico de identificar corretamente o neonato e a parturiente por ocasião do parto), em que dois bebês teriam sido trocados no hospital da cidade. O fato foi descoberto após um dos casais envolvidos resolver se separar, tendo feito exames de DNA que comprovaram que o filho não era biologicamente compatível com nenhum dos dois. Os envolvidos já foram ouvidos e o inquérito policial prossegue com diligências em andamento para esclarecer a dinâmica do fato e sua autoria.

Goiânia, 05 de dezembro de 2024. Gerência de Comunicação e Cerimonial / PCGO

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Pediatra alerta sobre a importância dos testes rápidos em recém-nascidos

Exames realizados nos primeiros dias de vida podem identificar doenças graves

Teste do pezinho é responsável por identificar várias doenças no bebê

Teste do pezinho é responsável por identificar várias doenças no bebê (Ascom Fundahc/UFG )

Os primeiros dias de vida de um bebê são fundamentais para garantir que ele tenha um desenvolvimento saudável. Para isso, os chamados testes rápidos realizados após o nascimento desempenham um papel essencial.

A pediatra Ana Paula Barbosa, do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), destaca que os testes do olhinho, da orelhinha, da linguinha, do pezinho e coraçãozinho são obrigatórios e possibilitam identificar precocemente condições que podem impactar significativamente a saúde do recém-nascido.

"São testes de triagem que permitem detectar, de forma precoce, alterações no bebê. Quanto mais cedo identificarmos e intervirmos, melhor será o impacto na vida dele", afirma Ana Paula. A médica explica que cada teste tem prazos específicos para serem realizados.

"O Teste do Coraçãozinho, por exemplo, deve ser feito entre 24 e 48 horas de vida, antes de o bebê receber alta. Ele serve para identificar cardiopatias críticas que, se não tratadas desde cedo, podem trazer sérios riscos à vida", esclarece Ana Paula.

Já o Teste da Orelhinha, que verifica a saúde auditiva do bebê, também deve ser feito até o 30º dia de vida. "O procedimento é simples: uma pequena sonda é colocada no ouvido do bebê para emitir sinais sonoros, e o retorno desses sinais indica se a via auditiva está saudável", esclarece Ana Paula.

A pediatra orienta que o Teste do Pezinho, deve ser realizado preferencialmente entre o 3º e o 7º dia de vida, para detecção de doenças metabólicas e genéticas. "Embora possa ser coletado até os 30 dias de vida, o ideal é que seja realizado o mais cedo possível. No SUS, esse tipo de teste identifica condições como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, entre outras.", destaca a médica.

Outros exames importantes são os testes da Linguinha e do Olhinho. "O Teste da Linguinha identifica a anquiloglossia, uma condição que pode prejudicar a amamentação e, futuramente, a fala e a mastigação. Já o Teste do Olhinho, ajuda a detectar problemas visuais, como catarata e glaucoma congênito, e deve ser realizado preferencialmente até o 30º dia de vida".

Segundo Ana Paula, quando essas condições são identificadas precocemente, é possível iniciar o tratamento no momento certo.

Acesso pelo SUS
Ana Paula destaca que todos esses exames são garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Quando não são realizados ainda na maternidade, o pediatra entrega os encaminhamentos necessários para que os responsáveis agendem os testes na rede pública. E, caso algum exame não tenha sido feito, a mãe deve procurar a unidade de saúde mais próxima para assegurar que o bebê seja avaliado o quanto antes", orienta a pediatra.

A boa notícia é que o SUS oferece suporte completo para os casos em que os testes apresentam alterações. "Para todas as doenças detectadas, existem centros de referência e profissionais especializados que garantem o acompanhamento e o tratamento necessários no SUS", explica a pediatra.

A profissional destaca ainda que o serviço vem sendo ampliado. "Nos próximos anos, por exemplo, o Teste do Pezinho incluirá a triagem de até 55 doenças, um avanço significativo para a saúde neonatal no Brasil. Em Goiânia, já implementamos uma das etapas dessa ampliação, e o cronograma prevê a inclusão gradual das novas doenças nos próximos cinco anos", detalha Ana Paula.

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CineMaterna exibe "É Assim que Acaba" nesta quarta-feira (25)

Modificado em 04/11/2024, 08:49

CineMaterna exibe "É Assim que Acaba" nesta quarta-feira (25)

(Divulgação)

Nesta quarta-feira (25), às 14h10, acontece a sessão CineMaterna na Cinemark do Flamboyant Shopping. Na sessão especial para famílias com bebês de até 18 meses, será exibido o filme "É Assim que Acaba".

Crianças acima de 18 meses e acompanhantes são bem-vindos! Verifique se a classificação indicativa do filme é adequada para a faixa etária.

Diferenciais das sessões CineMaterna :

  • Trocadores dentro da sala de cinema, equipados com fraldas e lenços umedecidos;
  • Estacionamento para os carrinhos de bebê;
  • Sala com ar-condicionado ameno;
  • Som do filme mais baixo;
  • Ambiente levemente iluminado para que o público possa circular durante a sessão com segurança;
  • Tapete EVA para bebês que já engatinham ou caminham.
  • Voluntárias CineMaterna que organizam a sessão, recebem e auxiliam as famílias com carinho.
  • Após cada sessão, as voluntárias convidam as famílias para um bate-papo descontraído próximo ao cinema.
  • Participar do CineMaterna vai muito além de apenas assistir a um filme. É fazer parte de uma rede de apoio e amor para as famílias que passam pelas transformações da parentalidade. Além disso, o encontro com outras famílias que passam pelas mesmas aflições e aprendizados, garante momentos de descontração, desabafo e alegria.

    Ingresso cortesia
    As 10 primeiras famílias com bebês de até 18 meses ganham cortesia. É limitada a uma cortesia por bebê para uso de um adulto: mãe, pai ou responsável. Bebês até os 2 anos participam gratuitamente. Esgotadas as cortesias, demais famílias e acompanhantes podem adquirir seus ingressos na bilheteria ou totens do cinema.

    Você ajuda na escolha da programação
    Os filmes são escolhidos pelas famílias cadastradas no site do CineMaterna através de votação em enquetes. As enquetes ficam abertas de quinta-feira a domingo. O resultado da votação é divulgado no site, na quinta-feira que antecede a sessão, para que todos possam se programar a tempo de participar.

    Clique aqui e cadastre-se agora mesmo

    Sobre o CineMaterna
    A Associação CineMaterna é uma organização sem fins lucrativos instituída por mães, pioneira em organizar sessões de cinema especiais para famílias com bebês de até 18 meses.

    Foi fundada em agosto de 2008 na cidade de São Paulo por mães que, a partir de uma necessidade pessoal, desenvolveram o programa feito especialmente para famílias com bebês de até 18 meses: sessões de cinema nas quais os filmes, em sua maioria, são direcionados ao entretenimento dos adultos, mas a sala de cinema é totalmente adaptada e acolhedora para os bebês.

    A ONG está presente em diversos cinemas espalhados por 47 cidades de 16 estados brasileiros. Em 15 anos de história, já levou mais de 238 mil famílias em mais de 10 mil sessões realizadas.