A passagem de ano é marcada por rituais. Há quem pinte a parede que está rachada ou troque a toalha para começar o novo ciclo com prosperidade e bem-estar. De alguma forma, a limpeza sempre acompanha esse momento. Isso porque, além do ritual, é comum as pessoas receberem visitas, familiares e amigos para ceias de Natal e Ano-Novo. Porém, apesar de as limpezas ritualísticas terem raízes históricas e religiosas, elas não devem se tornar fontes de estresse. "É muito mais lógico fazer uma limpeza básica antes de uma festa e uma mais pesada depois", diz Carolina Ferraz, pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) sobre bagunça e organização nas casas brasileiras. A pesquisa de Ferraz surgiu para compreender o fenômeno cultural e socioeconômico por trás da bagunça. "A gente vive em um país cuja bandeira traz as palavras 'ordem e progresso', e uma das frases que mais usamos é ‘não repara a bagunça’."