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Sargento que matou Robertinho responde por deserção da PM

Paulo Antônio de Souza Júnior escapou do presídio militar no dia 21 de outubro. Ele foi condenado em junho pela morte de estudante de 16 anos em 2017

Modificado em 19/09/2024, 01:12

Robertinho, de 16 anos, foi morto com 11 tiros

Robertinho, de 16 anos, foi morto com 11 tiros (Arquivo pessoal)

O sargento Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado pela morte em 2017 do estudante Roberto Campos da Silva, o Robertinho, de 16 anos, e foragido da Justiça desde que escapou no dia 21 de outubro deste ano do presídio militar localizado no Batalhão da PM no Setor Marista, em Goiânia, vai responder pelo crime de deserção. A Polícia Militar apresentou à Justiça Militar o termo de deserção após não localizá-lo por uma semana.

O estudante foi morto na noite do dia 17 de abril de 2017, quando Paulo Antônio, acompanhado dos policiais militares Cláudio Henrique da Silva e Rogério Rangel Araújo Silva, invadiram à paisana a residência em que o adolescente se encontrava com o pai, Roberto Lourenço, de 48 anos, no Residencial Vale do Araguaia. Robertinho foi atingido por 11 disparos e o pai, que sobreviveu aos ferimentos, por cinco.

Durante o processo, o sargento pode ter a patente suspensa. O pedido foi feito pela 6ª Seção da Polícia Judiciária Militar em 13 de novembro. Se for localizado ou se apresentar, seguirá detido independentemente de haver ou não mandados de prisão por outros crimes. Além da condenação pela morte de Robertinho, o policial teve a prisão preventiva decretada em 16 de novembro por ter causado o adiamento de um júri no qual é acusado de uma tripla tentativa de homicídio.

Os documentos encaminhados à Justiça Militar apontam que uma equipe do presídio militar esteve na casa do sargento por três vezes entre os dias 25 e 28 de outubro em diligência para verificar se ele estava presente ou se havia algum parente ou conhecido no local, mas ninguém teria sido localizado. Vizinhos relataram à equipe não terem visto nenhum movimento na residência.

Paulo Antônio se encontrava detido desde julho e no dia da fuga estava trabalhando na limpeza do Comando de Missões Especiais (CME), que está instalado no mesmo batalhão. O serviço contava como remissão de pena. Como ele não voltou para a cela no horário estipulado, policiais foram até o CME e não o encontraram. Não foi divulgado até o momento se houve testemunhas ou se câmeras captaram o momento em que ele deixou o quartel.

O processo se encontra com a juíza Bianca Melo Cintra, da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Até agora não houve uma decisão dela sobre o caso.

Mais um mandado

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, decretou a prisão preventiva de Paulo Antônio por estar foragido e atrapalhar o prosseguimento de um outro caso pelo qual responde pela tentativa de homicídio contra o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Leonardo Alves de Oliveira Rodrigues, de 33 anos, de sua mulher, Ana Paula Ribeiro, de 36, e da filha do casal, Ana Luísa Ribeiro Rodrigues, de 9, na tarde de 25 de agosto de 2018, na GO-020, em Goiânia.

Consta na denúncia deste caso, que tanto o acusado como as vítimas estavam de folga no dia, transitando pela rodovia no sentido Senador Canedo - Goiânia, quando o sargento se irritou com a velocidade do carro em que estava a família durante uma ultrapassagem e passou a segui-los, até se aproximar o suficiente para efetuar uma série de disparos. Quando Leonardo deu ré para escapar dos tiros, Paulo Antônio teria descido e atirado mais vezes. Os três escaparam ilesos.

O sargento chegou a ficar 30 dias preso na ocasião, mas depois passou a responder o processo em liberdade. A defesa do policial alega que em nenhum momento houve disparos, que no carro da vítima estava outro homem além do agente e que Paulo Antônio não viu a mulher e a criança, que o sargento estava, este sim, acompanhado da esposa e da filha e que o que houve foi uma briga de trânsito motivada pela postura agressiva de Leonardo seja no volante, quase acertando o carro do sargento, seja durante uma discussão entre os motoristas em seguida.

No dia 21, a sessão do júri chegou a ser iniciada, mas foi adiada tanto pela ausência do sargento como das testemunhas de defesa. Apenas as de acusação compareceram. Não foi marcada ainda uma nova data.

Caso Robertinho

Após uma série de adiamentos, Paulo Antônio e os outros dois policiais foram condenados pela morte de Robertinho e pela tentativa de homicídio contra seu pai. Cláudio e Rogério foram condenados a 10 anos e 8 meses e aguardam em liberdade pela decisão sobre os recursos peticionados. O sargento -- que na época era soldado assim como os outros dois -- levou uma pena maior por ter sido o autor confesso dos disparos.

O trio trabalhava no serviço reservado à paisana quando resolveram entrar na casa de Roberto. Antes, desligaram o relógio da energia. Por causa de um assalto anterior, o pai de Robertinho adquiriu uma arma e quando percebeu que apenas as luzes de sua casa estavam apagadas, ele deu um disparo para cima, temendo um novo roubo. A seguir, os militares iniciaram os disparos ainda do lado de fora. Os policiais alegaram que estavam em patrulhamento e que receberam uma denúncia de movimentação suspeita na casa.

Geral

Avó e neta são encontradas mortas dentro de casa no Paraná

Caso foi registrado em Jataizinho. Segundo PM, corpos tinham sinais de violência. Duas pessoas foram levadas à delegacia e liberadas em seguida

Marley tinha 53 anos e a neta, Ana Carolina, 11

Marley tinha 53 anos e a neta, Ana Carolina, 11 (Redes sociais/SAF Bom Pastor)

A Polícia Civil do Paraná investiga as circunstâncias das mortes de Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e sua neta Ana Carolina de Almeida Anacleto, de 12 anos, encontradas mortas dentro de casa na noite do último sábado (22), em Jataízinho, município localizado na região norte do estado.

Segundo a polícia, as duas vítimas estavam deitadas em uma cama no quarto, cobertas por um edredom, com sinais de violência e lenços amarrados ao pescoço.

Em uma das paredes do cômodo, havia uma mensagem, com um pedido de desculpa, escrita com sangue. O texto continha erros de ortografia, conforme foi registrado no boletim de ocorrência: "Deculpa mae (sic)".

Segundo a Polícia Militar, um familiar acionou as autoridades após chegar à residência e encontrar a porta e o portão apenas encostados. Ao entrar na casa, ele encontrou as vítimas e percebeu a presença de sangue espalhado pelo cômodo.

O local foi isolado para o trabalho da perícia, que constatou manchas de sangue nas roupas de cama, no chão e nas paredes.

Equipes da Polícia Científica foram acionadas para realizar exames técnicos. Aparelhos celulares de familiares foram apreendidos e devem passar por perícia.

Não foram divulgados detalhes sobre suspeitos ou a possível motivação do crime. A Polícia Civil informou que as investigações seguem sob sigilo "para garantir a coleta segura de provas" e evitar que a divulgação de informações comprometa o andamento das apurações.

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VÍDEO: Policial dá tapa no rosto de homem durante abordagem em posto de combustível

Caso aconteceu durante ocorrência em Colinas do Tocantins. Polícia Militar afirmou que investiga conduta do agente

Modificado em 17/03/2025, 19:30

undefined / Reprodução

Um policial militar foi flagrado dando um tapa no rosto de um homem durante uma abordagem. A agressão aconteceu em um posto de combustíveis em Colinas do Tocantins, no norte do estado, e foi registrada por uma câmera de segurança. A Polícia Militar (PM) informou que apura a conduta do agente.

A situação aconteceu na madrugada de sábado (15). Conforme a PM, os policiais foram ao local para atender uma ocorrência de perturbação do sossego. Ao ser abordado, segundo o relato policial, o homem teria desacatado, desobedecido e ameaçado os militares.

As imagens mostram o homem próximo a uma porta com as mãos atrás do corpo. Em determinado momento, um dos militares se aproxima e dá um tapa no rosto dele.

O homem que aparece nas imagens tem 33 anos e preferiu não se identificar. Ele contou à reportagem que chegou ao posto de combustível e ligou o som da caminhonete enquanto bebia na conveniência. Algumas pessoas se incomodaram com o volume e pediram para desligar o som.

Ele afirma que houve discussão com um funcionário do local e em seguida desligou o som. Também afirma que continuou bebendo até a chegada da polícia.

"Os policiais chegaram, me pediram para sair e eu dizendo que não precisava daquilo, que já tinha encerrado tudo, não precisava daquilo. Os outros policiais todos foram tranquilos, só um que estava mais alterado comigo, não sei o que ele viu comigo que me deu o tapa na cara", contou.

A PM informou que tomou conhecimento do vídeo que mostra a abordagem e a conduta dos envolvidos e a ocorrência está sob apuração interna. (veja íntegra da nota abaixo)

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o boletim da ocorrência afirma que o homem foi preso em flagrante por ameaça, desacato e resistência. Ele nega a acusação de ameaça e afirmou que pretende entrar com ação na Justiça contra a abordagem dos policiais.

Também contou que chegou a ser levado para o presídio, mas foi solto pela Justiça após pedido apresentado pelo advogado de defesa.

PM dá tapa no rosto de homem durante abordagem (Reprodução)

PM dá tapa no rosto de homem durante abordagem (Reprodução)

Íntegra da nota da Polícia Militar

A Polícia Militar do Estado do Tocantins informa que ao atender uma solicitação por Perturbação do Sossego Público na cidade de Colinas-TO, conforme registrado em Boletim de Ocorrência, o autor desacatou, desobedeceu e ameaçou os policiais militares durante a abordagem, sendo conduzido para a delegacia em flagrante.

Informa, ainda, que tomou conhecimento de um vídeo que circula pelas redes sociais, relacionado a esta abordagem policial e está tomando as providências cabíveis ao caso. A conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência já está sob apuração interna, sendo respeitados os trâmites legais.

A PMTO reafirma seu compromisso com a legalidade, ética e respeito aos direitos humanos, treinando e fortalecendo em nossa cultura policial tais princípios, mantendo e fortalecendo a confiança da sociedade tocantinense, pautando sua conduta dentro dos mais altos padrões de profissionalismo e responsabilidade.

A corporação reafirma seu compromisso com a transparência e mantém abertos todos os canais de denúncias na Ouvidoria e Corregedoria da Instituição para coibir ações que se mostrarem em desacordo com os ditames legais.

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Emprego

Concurso da Polícia Militar do Tocantins tem mais de 600 vagas e cotas para negros, quilombolas e indígenas

Inscrições começam na próxima semana e os salários podem chegar a R$ 10.842,13. Processo seletivo prevê provas teóricas, testes de aptidão física e avaliações psicológicas e sociais.

Modificado em 11/03/2025, 15:11

Batalhão da Polícia Militar do Tocantins

Batalhão da Polícia Militar do Tocantins (Divulgação/PMTO)

O concurso da Polícia Militar do Tocantins terá cota para negros, indígenas e quilombolas. As inscrições vão iniciar no dia 17 de março, segundo o estado. Serão ofertadas 660 vagas para os cargos de soldados e aspirante oficial.

Conforme a lei estadual nº 4.344, de 27 de dezembro de 2023, do total de vagas, 10% serão reservadas para candidatos negros, 5% para indígenas e 5% para quilombolas.

A taxa de inscrição é de R$ 150. Candidatos terão até o dia 19 de março para solicitar isenção. O prazo de inscrição termina às 16h do dia 15 de abril. As aplicações das provas objetiva e dissertativa estão previstas para o dia 15 de junho.

Clique aqui e veja o edital.

O lançamento foi feito pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) na manhã desta segunda-feira (10). Serão 600 vagas para soldados e 60 para para aspirante oficial. O salários podem variar entre R$ 2.881,53 e R$ 10.842,13.

A banca que irá organizar o concurso será a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Durante o processo seletivo os candidatos irão passar por provas teóricas, testes de aptidão física e avaliações psicológicas e sociais.

Do total de vagas 60 serão destinadas ao Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar (PM), que prepara os cadetes para a vida militar e para o exercício da função policial. Nesse cargo é exigido o ensino superior. O salário inicial é de R$ 5.763,07, mas pode chegar a R$ 10.842,13 após a formação.

Outras 600 vagas são para soldados com salário inicial de R$ 2.881,53. Após o curso de formação, o valor será de R$ 5.763,07. Destas, 20 vagas serão destinadas para músicos.

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Emprego

Inscrições para o concurso da PMTO com salários de até R$ 10,8 mil iniciam na próxima segunda-feira (17)

Edital deve ser publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (10), anunciou governo estadual. A banca responsável pelo concurso será a Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Modificado em 10/03/2025, 15:07

Momento em que governador Wanderlei Barbosa assina edital de abertura do certame da PMTO (Governo do Tocantins/Divulgação)

Momento em que governador Wanderlei Barbosa assina edital de abertura do certame da PMTO (Governo do Tocantins/Divulgação)

O edital do concurso da Polícia Militar do Tocantins (PMTO) será publicado no Diário Oficial do Estado na noite desta segunda-feira (10). O lançamento feito pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) ao lado de militares no Quartel do Comando Geral da PMTO, em Palmas. Serão ofertadas 660 vagas, com salários que podem chegar a R$ 10,8 mil. As inscrições estão previstas para iniciar na próxima segunda-feira (17).

A banca responsável por organizar o concurso será a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No ano passado, o estado havia anunciado que seriam ofertadas 600 vagas para o cargo de soldado e 60 para Aspirante Oficial.

Segundo o estado, do total de vagas 60 serão destinadas ao Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar (PM), que prepara os cadetes para a vida militar e para o exercício da função policial. Nesse caso é necessário ter ensino superior, o salário inicial é de R$ 5.763,07, chegando a R$ 10.842,13 após a formação.

Outras 600 vagas são para soldados com salário inicial de R$ 2.881,53. Após o curso de formação, o valor será de R$ 5.763,07. Destas, 20 vagas serão destinadas para músicos.

O último concurso da PM ocorreu em 2021 e, na época, foram ofertadas 950 para soldados, 25 para músicos e 25 para a área da saúde. De acordo com a PM, os candidatos passaram por provas teóricas, testes de aptidão física e avaliações psicológicas e sociais.

Governador Wanderlei Barbosa e militares no anúncio do certame (Governo do Tocantins/Divulgação)

Governador Wanderlei Barbosa e militares no anúncio do certame (Governo do Tocantins/Divulgação)