<ul>
	<li class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3283068" attr-version="policy:1.3283068:1751370603" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3283068/rasível.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /></li>
</ul>

Rasível relembrou que o país é modelo internacional por conta do Programa Nacional de Imunização (Wildes Barbosa / O Popular)

O secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, afirmou que as fake news (informações falsas) atrapalharam a vacinação contra a gripe e outras doenças respiratórias em Goiás. Conforme o último boletim, o estado registrou 6.753 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 406 mortes pela doença somente neste ano. Por conta do cenário epidemiológico por Srag, o governo decretou situação emergência em saúde pública.&nbsp;

<cite>Tem que ser combatida a fake news, e para combater fake news é com informação. As vacinas são seguras, trazem uma proteção muito grande. As pessoas que tomam vacinas, mesmo que fiquem doentes, peguem uma virose mais branda, ela não se interna. E quando se interna, muitas vezes ela não morre”, afirmou.&nbsp;</cite>

<ul>
	<li>Ouça entrevista do secretário de Saúde na CBN: <a href="https://www.cbngoiania.com.br/tarde-cbn/aumento-no-numero-de-casos-graves-de-srag-ate-fim-do-periodo-de-seca-motiva-goias-a-decretar-emergencia-diz-ses-1.3282753" target="_blank">Cobertura vacinal contra gripe está baixa</a></li>
</ul>

O titular relembrou que o país é modelo internacional por conta do Programa Nacional de Imunização. Segundo ele, a declaração de emergência em Goiás aconteceu em virtude do aumento de internações por Srag, cuja taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está acima de 85%. Isso, para ele, está atrelado à baixa cobertura vacinal.&nbsp;

<cite>Uma das questões que precisamos chamar a atenção de todos é em relação a vacinação. Taxa de cobertura muito baixa nos grupos prioritários. São 21% de cobertura das gestantes, 33% de cobertura das crianças e 42% dos idosos. Nós precisamos de estar com mais de 90% da cobertura, mas o índice geral está em 39%”, apontou.&nbsp;</cite>

Rasível ainda disse que não faltam vacinas no estado, que possui em torno de 700 salas de imunização: “Tem vacina, tem a sala e tem os profissionais”.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/sindrome-respiratoria-aguda-grave-mata-402-pessoas-em-goias-1.3283048" target="_self">Síndrome Respiratória Aguda Grave mata 402 pessoas em Goiás</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/goias-decreta-situac-o-de-emergencia-apos-alta-de-casos-de-sindrome-respiratoria-aguda-grave-diz-saude-1.3282551" target="_self">Goiás decreta situação de emergência após alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, diz Saúde</a></div>

<h2>Situação de emergência</h2>

O decreto, assinado na última quinta-feira (26), foi publicado no Diário Oficial do Estado desta segunda (30), com validade de 180 dias.&nbsp;

<cite>Percebemos que tem 7 semanas epidemiológicas seguidas com o aumento sustentado dos casos de Influenza e Síndrome Respiratória Aguda Grave. Tivemos um aumento de 57% no número de casos em comparação com o mesmo período do ano passado. E um aumento de 33% nas internações, também comparando com o mesmo período do ano anterior. Nossa taxa de ocupação das UTIs está acima de 85%, então é preciso que a gente tome medidas para dar resposta adequada à população”, afirma o secretário de saúde.</cite>&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3282719" attr-version="policy:1.3282719:1751295733" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3282719/WhatsApp Image 2025-06-30 at 10.46.39.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Medida, assinada na última quinta-feira (26), foi publicada no Diário Oficial desta segunda (30) e tem validade de 180 dias (Yanca Cristina/g1 Goiás)

O subsecretário de Políticas e Ações de Saúde, Luciano Carvalho, disse que, no momento, estão disponíveis 163 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e pouco mais de 50 leitos com suporte ventilatório nas unidades de saúde espalhadas pelo estado.&nbsp;

“Esses leitos são dedicados ao cuidado dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave. Esses leitos estão disponíveis em unidades de saúde onde houve ampliação desse número de leitos ou houve a conversão, isso é leitos de UTI ou leitos de suporte ventilatório que atendiam outras doenças e a partir de agora passam a atender os casos de síndrome respiratória aguda grave. Estamos em um estado de alerta, mas não estamos próximo de um colapso na rede assistencial”, explicou Luciano.&nbsp;

O documento assinado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) estabelece algumas medidas, como: dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços destinados ao atendimento da emergência; remanejamento emergencial de profissionais e insumos; e a contratação em caráter temporário para profissionais e serviços indispensáveis no combate à&nbsp;Srag.&nbsp;

Um ponto importante do decreto é a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave, em substituição à Sala de Situação de Vírus Respiratórios, instalada em 15 de maio de 2025 pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O Centro de Operações de Emergências acompanhará em tempo real os dados de ocupação hospitalar e a evolução dos casos, realizando reuniões semanais e articulando diferentes áreas da SES na definição de medidas preventivas e assistenciais.&nbsp;

Durante todo o ano de 2024, foram registrados 7.477 casos, sendo 905 por Influenza e 960 por Covid-19. Segundo a Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Fluvia Amorim, esses números contribuíram para a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde.&nbsp;

<cite>Aqui em Goiás, a gente sabe que esse período crítico que vai até agosto e setembro, por conta da baixa umidade relativa do ar, as queimadas, aumento de partículas suspensas no ar, há o aumento das chances de doenças respiratórias. Por isso, a decretação dessa emergência para que possamos alertar a população das consequências da baixa cobertura vacinal. Estudos mostram que a vacinação quando alcança 90% de cobertura, ela diminui em 80% a internação, mas infelizmente não é isso que estamos vendo”, declarou. &nbsp;</cite>

De acordo com Fluvia Amorim, a decretação de situação emergência em saúde pública significa além da situação epidemiológica, por conta do aumento de casos de Srag, a existência de uma pressão maior nas unidades de saúde.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3282720" attr-version="policy:1.3282720:1751368393" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3282720/WhatsApp Image 2025-06-30 at 10.32.15.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Goiás enfrenta aumento de casos e internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) (Yanca Cristina/g1 Goiás)

Cobertura vacinal&nbsp;

A vacinação contra a gripe (Influenza) foi iniciada no dia 1º de abril e, após 45 dias de vacinação voltada para os grupos prioritários, a vacinação foi aberta, no dia 16 de maio, para toda a população a partir de 6 meses de idade.&nbsp;&nbsp;

“Estamos trabalhando para mobilizar a população para a questão da vacinação contra a Influenza. Estamos fazendo campanha no estado todo chamando a população para se vacinar e não chegar na situação que chegamos agora com a declaração da situação de emergência. A vacinação não protege só a gente. Vacinar é importante para toda a coletividade e se vacinar é um exercício de cidadania”, disse o secretário estadual de saúde, Rasível Santos.&nbsp;

A cobertura vacinal no país está em 42,10% e em Goiás em 39%, com 1.512.197&nbsp;doses aplicadas. A SES&nbsp;já distribuiu aos municípios goianos 2.207.980 doses da vacina para os municípios. Em 2024, a cobertura em Goiás ficou em 48,74% para os grupos prioritários.&nbsp;

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Secretário de Saúde diz que fake news atrapalham vacinação contra gripe em Goiás

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situação de emergência

<img attr-cid="policy:1.3286713" attr-version="policy:1.3286713:1752159481" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3286713/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-07-10T115653.625.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Governador Ronaldo Caiado (União), vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o secretário de Saúde Rasível Santos na coletiva de lançamento do canal digital. (Wesley Costa / O Popular)

O governo lançou o Canal Saúde Goiás, um serviço digital que visa aprimorar a comunicação com os goianos. Nele, a população pode acompanhar sua posição na fila de espera para realizar consultas, exames, cirurgias e internações, entre outros assuntos. O projeto já está funcionando, sendo que os detalhes foram apresentados nesta quinta-feira (10) em um encontro no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.

Além disso, a Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) vai usar o canal para fazer alertas gerais à população, como o combate ao mosquito Aedes aegypti e a vacinação contra a gripe. A fim de evitar possíveis golpes, o órgão reforçou que não pede doações e nem solicita dados sensíveis, como senhas.

O serviço contempla mensagens de texto, via WhatsApp, que serão enviadas por três números: (62) 3413-2700, (62) 3201-3797 e (62) 3201-3768. O telefone com final 2700 também realizará ligações. Além disso, a população receberá mensagens via SMS pelo número 27399. Para isso, o orgão usará os telefones contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), uma plataforma segura que faz parte do&nbsp;Sistema Único de Saúde (SUS).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/casos-de-sindrome-respiratoria-disparam-este-ano-em-goias-1.3286580" target="_self">Casos de síndrome respiratória disparam este ano em Goiás</a> 
 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/julho-amarelo-diagnostico-precoce-de-hepatites-virais-pode-salvar-vidas-1.3286181" target="_self">Julho Amarelo: diagnóstico precoce de hepatites virais pode salvar vidas</a> 
 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/maternidades-de-goiania-tem-25-organizac-es-sociais-concorrendo-a-gest-o-1.3285725" target="_self">Maternidades de Goiânia têm 25 Organizações Sociais concorrendo à gestão</a></div>

​Caso deseje, a própria pessoa pode acessar o canal da SES-GO enviando uma mensagem de WhatsApp para o número (62) 3201-3797. Em seguida, basta escolher uma das opções apresentadas na conversa para dar prosseguimento. O atendimento funciona 24 horas, em todos os dias da semana.

Durante a coletiva de imprensa, o governador Ronaldo Caiado (União) reforçou o objetivo do canal digital.

<cite>É uma comunicação direta com o cidadão. Você já tem a nossa plataforma digital [do governo]. Agora, ao abrir o WhatsApp, você tem aquela mensagem. Essa mensagem vai servir para orientar as pessoas, dizer [por exemplo] onde tem a sala de vacinação, qual o período, qual a faixa etária. Essa central vai trabalhar para simplificar a vida da pessoa", explicou.</cite>

Além disso, o governador deu detalhes sobre a estrutura que permitirá que o serviço seja acessado em diferentes partes do estado.

<cite>Nós [o governo] estenderemos 10 mil quilômetros de fibra ótica [em Goiás], sendo que todas as cidades terão na praça principal o serviço de internet a custo zero. É um projeto que será entregue à população até o mês de março do ano que vem. Isso vai dando acessibilidade às pessoas no interior e, principalmente, nas regiões mais carentes", revelou.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3286708" attr-version="policy:1.3286708:1752158111" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3286708/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-07-10T113456.498.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Imagem ilustrativa do Canal Saúde de Goiás. (Reprodução/Saúde Goiás)

&nbsp;

Governo lança canal digital onde população pode acompanhar consultas, exames e mais serviços na área da saúde em Goiás

INTERAÇÃO

Contabilizando até o início deste mês, o total de casos de <a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/sindrome-respiratoria-aguda-grave-mata-402-pessoas-em-goias-1.3283048" target="_self">síndrome respiratória aguda grave</a> (Srag) em Goiás já se assemelha ao registrado em todo o ano passado. Neste ano foram 7 mil registros em todo Estado no primeiro semestre; nos 12 meses de 2024, foram menos de 7,5 mil casos.

A alta taxa de incidência da condição nas últimas semanas, associada à baixa cobertura vacinal e à pressão por leitos de internação, tem preocupado gestores públicos. Somente na rede estadual, 163 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) foram destinados exclusivamente ao tratamento de pacientes com a síndrome.

A Srag abrange casos de infecções que evoluem com comprometimento da função respiratória, levando à hospitalização. Dentre os principais agentes etiológicos responsáveis pelas ocorrências, estão os vírus influenza, causador da gripe; SARS-CoV-2, que causa a Covid-19; o vírus sincicial respiratório (VSR); e o rinovírus.

<ul>
	<li>Assista vídeo da TV Anhanguera sobre casos de Srag:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/anapolis-lidera-ranking-de-casos-de-sindrome-respiratoria-aguda-em-goias-13632396.ghtml" target="_blank">Anápolis lidera ranking de casos de síndrome respiratória aguda em Goiás</a></li>
</ul>

Neste ano, entre os 7.069 pacientes registrados com a condição, 1.510 tiveram o agravamento pelo VSR; 1.230, pelo influenza; 722, pelo rinovírus; e 315, por Covid-19. A maior parte, que abrange 2.379 dos casos, não teve o organismo responsável pela doença especificado.

<h2>Aumento</h2>

Os dados, que integram o painel da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), também mostra um aumento de pacientes com Srag por influenza nos últimos anos, enquanto a Covid-19 segue sendo menos responsável pelo agravamento dos quadros clínicos.&nbsp;

Em 2024, quando 7.477 foram registrados, 960 eram por Covid-19; 941, por rinovírus; 905 por influenza; e 891, por VSR. Um ano antes, com 8.586 ocorrências, 1.817 eram por Covid-19, enquanto 612 por influenza – além de 861 por vírus sincicial respiratório e 448 por rinovírus.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/sindrome-respiratoria-aguda-grave-mata-402-pessoas-em-goias-1.3283048" target="_self">Síndrome Respiratória Aguda Grave mata 402 pessoas em Goiás</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/secretario-de-saude-diz-que-fake-news-atrapalham-vacinac-o-contra-gripe-em-goias-1.3283383" target="_self">Secretário de Saúde diz que fake news atrapalham vacinação contra gripe em Goiás</a> 
<a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/goiania-tera-26-pontos-de-vacinac-o-no-primeiro-sabado-de-cada-mes-anuncia-prefeitura-1.3284615" target="_self">Goiânia terá 26 pontos de vacinação no primeiro sábado de cada mês, anuncia prefeitura</a></div>

Mesmo com a redução de Srag por Covid-19, o aumento de casos por outros vírus nas 27 semanas epidemiológicas, contabilizadas até o último dia 5, fez Goiás ter quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando 4.325 pacientes foram confirmados com a condição grave.&nbsp;

Dessa forma, houve um aumento de 63% no comparativo entre os dois anos. E, em relação ao número de pedidos para internação, também houve alta: de 8.011 entre janeiro e junho de 2024, passou para 10.676 solicitações no primeiro semestre de 2025.

Os quadros com agravamento e, portanto, com pedidos de internação, atingem principalmente crianças com menos de 2 anos, e idosos com mais de 60 anos. Esses dois grupos foram responsáveis, respectivamente, por 2.731 e 1.524 dos casos já registrados neste ano, ou seja, por 60% do total.&nbsp;

Já entre os óbitos, que somam 434 até o momento, mais da metade ocorreu em pacientes com mais de 60 anos, com 285 ocorrências. No ano passado, das 820 mortes, 478 foram de enfermos nessa faixa etária.&nbsp;

Médica infectologista do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Marina Roriz explica que as crianças e idosos são os mais acometidos por terem, as primeiras, o sistema imunológico não desenvolvido totalmente e, os últimos, esse sistema estar enfraquecido.

Secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis também lista a cobertura vacinal insuficiente como um ponto de preocupação. Hoje, em Goiás, 40% do público alvo recebeu o imunizante contra a influenza. Na capital, 43%. O ideal, contudo, é de 95%.

<h2>Emergência</h2>

O governo estadual decretou, no dia 30 de junho, estado de emergência em relação à Srag. A medida foi adotada após ter sido observada, durante sete semanas epidemiológicas consecutivas, uma taxa de incidência de casos acima da média esperada.&nbsp;

Com o decreto, em vigor por 180 dias, ficam autorizadas ações excepcionais, como aquisição de insumos e materiais, contratação de serviços e trabalhadores, bem como remanejamento de servidores.&nbsp;

Além disso, permite que seja solicitado ao Ministério da Saúde incentivo financeiro para custeio de leitos de internação utilizados no atendimento de adultos.

Casos de síndrome respiratória disparam este ano em Goiás

ALTA INCIDÊNCIA 

As hepatites virais fazem parte da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que, entre outros objetivos, tem como meta a eliminação de doenças como problema de saúde pública até 2030.

Dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais divulgados pelo Ministério da Saúde em julho do ano passado mostram que entre 2020 e 2023 foram 785.571 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 171.255 (21,8%) são referentes a hepatite A, 289.029 (36,8%) a hepatite B, 318.916 (40,6%) a casos de hepatite C, 4.525 (0,6%) de hepatite D e 1.846 (0,2%) s de hepatite E.

O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é em 28 de julho, mas o mês todo ganha a cor amarela para conscientizar as pessoas sobre essa doença. 
O hepatologista Rafael Ximenes, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância desta campanha. “O Julho Amarelo é uma campanha nacional que visa alertar a população sobre os riscos das hepatites virais, incentivar o diagnóstico precoce, promover a vacinação e orientar sobre a prevenção. A conscientização pode salvar vidas e ajudar no controle de uma das principais causas de cirrose e câncer de fígado no Brasil e no mundo”, afirma. 
Segundo o especialista, quando não tratadas, alguns tipos da doença podem gerar complicações. Por isso, o médico explica ponto a ponto sobre as hepatites.

<h2>Saiba mais sobre as hepatites virais e previna-se:</h2>

FREQUÊNCIA

“As hepatites virais mais comuns no Brasil são as causadas pelos vírus A, B e C. A hepatite A leva a quadros agudos (geralmente autolimitados) e é transmitida através de água e alimentos contaminados, estando, portanto, relacionada a condições precárias de saneamento e higiene. A hepatite B pode ser transmitida através de relações sexuais desprotegidas, sangue ou material contaminado com sangue (como tatuagens, piercings, uso de drogas injetáveis, transfusões, hemodiálise, cirurgias, procedimentos odontológicos, procedimentos estéticos, manicure/pedicure) e de mãe para filhos. Já a hepatite C é transmitida principalmente por sangue ou material contaminado com sangue. Estas duas últimas são mais preocupantes por poderem se tornar crônicas e evoluir para complicações graves, como cirrose &lt;CL9.9&gt;e câncer de fígado”, detalha o médico.

SINTOMAS

O hepatologista lembra que as hepatites virais não apresentam sintomas na fase inicial. “Quando presentes, os sinais podem incluir cansaço excessivo, febre, enjoo, dor abdominal, urina escura, fezes claras e pele e olhos amarelados (icterícia)”, elenca. “Em fases avançadas, especialmente nos casos de cirrose e câncer de fígado, podem surgir sintomas graves, como aumento da barriga por acúmulo de líquido (ascite), confusão mental (encefalopatia hepática) e sangramentos digestivos (vômitos com sangue ou sangue nas fezes)”, completa.

DIAGNÓSTICO

“Por serem silenciosas, as hepatites &lt;/CL&gt;muitas vezes são descobertas por acaso, em exames de rotina ou durante doações de sangue. Por isso, é fundamental que pessoas com fatores de risco façam testes sorológicos, que estão disponíveis nos laboratórios privados e gratuitamente na rede pública e são rápidos, simples e confiáveis. É recomendado que todas as pessoas com mais de 40 anos e/ou com histórico de exposição às formas de transmissão mencionadas acima conversem com seu médico para que ele solicite tais exames”, pontua o especialista.

TRATAMENTO

“Na maioria dos casos as hepatites virais têm cura ou controle efetivo da doença. A hepatite A tem resolução espontânea, sem necessidade de medicação específica, sendo o tratamento apenas de suporte e, nos raros casos de evolução mais grave, transplante de fígado. A hepatite B pode ser controlada com medicamentos antivirais que evitam a progressão da doença e que na maioria dos casos são mantidos pela vida toda. Já a hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos com tratamentos modernos, seguros, de curta duração e disponíveis gratuitamente pelo SUS”, destaca Rafael Ximenes.

PREVENÇÃO

“As principais formas de prevenção incluem vacinas contra as hepatites A e B, uso de preservativos nas relações sexuais, não compartilhar agulhas, seringas, escovas de dente ou lâminas de barbear. Cuidados em procedimentos com risco de contato com sangue (tatuagens, piercings, manicure). Acesso a água tratada e boa higiene para prevenir a hepatite A”, detalha o hepatologista. 
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Julho Amarelo: diagnóstico precoce de hepatites virais pode salvar vidas

SAÚDE PARA VOCÊ

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