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Semana da Conciliação de Dívidas para MEIs, micro e pequenas empresas é realizada em Goiânia

Estimativa é de que 53% das 670 mil MEIs, micro e pequenas empresas tenham alguma dívida já vencida ou a vencer no Estado

Modificado em 20/09/2024, 03:50

Semana de Negociação é realizada na Acieg, em Goiânia

Semana de Negociação é realizada na Acieg, em Goiânia (Reprodução Google)

Começou nesta segunda-feira (29), a Semana da Conciliação de Dívidas para microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas de Goiás. O evento, realizado pela Associação Comercial, Industrial e Serviços de Goiás (Acieg) em parceria com a Secretaria da Retomada do Governo de Goiás, segue até a sexta-feira (2) das 8h às 17h, no Setor Oeste, em Goiânia. A estimativa é de que 53% das 670 mil MEIs, micro e pequenas empresas tenham alguma dívida já vencida ou a vencer no Estado o que indica mais de 355 mil empresas endividadas. Com as renegociações além de descontos, se torna possível a negociação de créditos.

O evento, que já foi realizado em 2020, tem como objetivo auxiliar na negociação das dívidas além de disponibilização de crédito e, por fim, vagas de emprego, com foco em pessoas com deficiência (PCDs) por meio do programa Mais Empregos. O Sebrae Goiás marca presença com serviços de consultoria e a lista de parceiros conta ainda com Cartório de Protestos, Goiás Fomento, Garanti Goiás, Enel e Saneago.

Presidente da Acieg, Rubens Fileti afirma que com o fim de ano se aproximando, as empresas que estão com CNPJ nos órgãos de proteção de crédito não conseguem comprar ou garantir crédito. "A inadimplência com as empresas está muito alta. A ideia é que o Sebrae ajude fazendo um raio-X e avaliar se há problemas de estoque, fluxo de caixa, se há inadimplência alta. Primeiro uma consultoria e depois uma mediação para negociar débitos. Aí então, se for o caso, avaliar sobre pegar um novo crédito", completa.

Fileti explica que em 2020, na 1ª edição da Semana de Conciliação, mais de R$ 30 milhões foram concedidos em empréstimos, mas que se não houvesse esse cuidado do Sebrae e da mediação, o valor poderia chegar a R$ 50 mil. "Não é só pegar o dinheiro, mas arrumar a casa", finaliza.

Desde 2020 foram 3,2 mil empresas salvas

Secretário da Retomada, César Moura afirma que desde a 1ª edição do evento, pelo menos 3,2 mil empresas foram salvas graças à negociação. "É importante lembrar que quando eu salvo a pequena empresa, eu salvo empregos. Mais de 90% da mão de obra de Goiás está em pequenas empresas. Por isso esse esforço é grande e importante. Caso as empresas precisem de crédito, precisam primeiro renegociar dívidas. Aqui já temos um cartório que retira a negativação do CNPJ para então esse empresário conseguir um crédito", completa.

No mês passado, o Governo de Goiás disponibilizou, por meio da Secretaria de Retomada, a opção de contratação de R$ 5 mil de financiamento pelo programa Mais Crédito. Acontece que as empresas com débito não poderiam aderir ao empréstimo. "Para MEIs temos disponibilização de R$ 5 mil sem juros. Outras operações pela Goiás Fomento chegam a R$ 51 mil. Quem quiser antecipar um problema que já sabe que vai ter, passe aqui, mas converse antes com o Sebrae. O planejamento é fundamental para passar por esse momento de crise e crescer mais ainda", finaliza o secretário.

Diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Lima acredita que Sebrae tem papel determinante nesse processo. "Falta muito planejamento. Muitos empresários se envolvem pela paixão e possuem dificuldades financeiras no dia a dia. Certamente um movimento como este, liderado por uma associação forte com parceria direta de todos os atores envolvidos, pode auxiliar muito e fazer com que micro e pequenas empresas se fortalecerem. O cenário é de expectativa muito positiva nesse segundo semestre", finaliza.

Serviço:
Semana da Conciliação de Dívidas
Data: de 29 de agosto a 2 de setembro
Local: Acieg - Endereço: R. 14, 50 - St. Oeste
Horário: das 8h às 17h

IcEconomia

Emprego

Ficomex 2025 espera receber mais de 170 empresas e movimentar cerca de R$ 500 milhões

Evento será realizado de 4 a 6 de setembro, no Centro de Convenções de Goiânia

Modificado em 30/01/2025, 14:10

Evento de lançamento da Ficomex 2025.

Evento de lançamento da Ficomex 2025. (Yanca Cristina/g1 Goiás)

O lançamento da Feira Internacional do comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex) 2025 aconteceu nesta quinta-feira (29) em Goiânia. O evento foi realizado na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), que fica no Setor Sul, e trouxe algumas novidades para a edição deste ano.

É um evento que não é uma simples feira. É um evento que representa geração de emprego, mão de obra mais qualificada, atração de investimentos para as cidades e regiões goianas. O setor produtivo vem movimentar todas as áreas da economia e isso é muito importante para atrair investidores nacionais e do mercado exterior", disse o presidente da Acieg, Rubens Fileti.

Desta vez, a feira será realizada durante três dias, de 4 a 6 de setembro, no Centro de Convenções de Goiânia. Além disso, a expectativa da Acieg é receber mais de 170 empresas e movimentar cerca de R$ 500 milhões em negócios.

De acordo com a vice-presidente de comércio exterior da associação, Ana Bastos, o objetivo da Ficomex é conectar os empresários goianos com os cases de sucesso do comércio. "Estamos em contato com câmaras de comércios, embaixadas, grandes grupos empresariais para que eles possam vir para Goiânia compartilhar conosco essas grandes tecnologias e invocações", disse.

Para os empresários que queiram participar, as pré-inscrições já estão abertas e podem ser feitas por meio do site da Ficomex . Já para os visitantes, o evento será gratuito e não precisa de inscrição. Basta que a pessoa vá ao local nos dias da feira.

Dentro do evento, haverá rodadas de negócios entre empresas que queiram vender seus produtos e serviços e aquelas que desejam comprar. A Ficomex é realizada pela Federação das Associações (Faciest), com co-realização da Acieg, em parceria com o Governo de Goiás.

Geral

Sem receber da prefeitura, hospital de 70 anos fecha as portas

Unidade com 70 anos de existência no Setor Campinas fornecia 6 leitos de UTI à rede municipal. Diretoria alega dívida de R$ 4 milhões por parte administração municipal

Modificado em 24/01/2025, 06:33

Enfermaria desativada: dos 52 leitos do Hospital Santa Rosa, 18 eram destinados à SMS, sendo 6 de UTI

Enfermaria desativada: dos 52 leitos do Hospital Santa Rosa, 18 eram destinados à SMS, sendo 6 de UTI (Wildes Barbosa / O Popular)

O Hospital Santa Rosa, localizado no Setor Campinas, anunciou o encerramento das atividades depois de 70 anos de existência em Goiânia. De acordo com comunicado divulgado nesta quinta-feira (23), o motivo é a dificuldade financeira decorrente da não quitação de débitos por parte da Prefeitura de Goiânia. Segundo a direção do hospital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deve cerca de R$ 4 milhões à unidade de saúde. O Santa Rosa era responsável por ofertar 6 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) adulto e 12 leitos de enfermaria para a rede municipal de Saúde.

No momento, o hospital já não recebe nenhum novo paciente e as 10 pessoas que ainda estão internadas na unidade de saúde, sendo seis delas via Sistema Único de Saúde (SUS) e quatro via particular, aguardam transferência. A perspectiva é de que as atividades sejam totalmente encerradas nos próximos dias. Ao todo, serão fechados 52 leitos, sendo 10 deles de UTI. Somente a clínica de diagnósticos, que fica ao lado do hospital, será mantida em funcionamento.

Um dos primeiros hospitais de Goiânia, o Santa Rosa foi fundado em 1955. O responsável foi Said Rassi, que se formou na Faculdade Nacional de Medicina, da Universidade do Brasil (RJ), em 1953. O médico estagiou em Cirurgia Geral na Santa Casa do Rio de Janeiro em 1954 e, em seguida, retornou para Goiânia. O hospital foi construído em um local de grande importância histórica para a capital, já que Campinas já existia antes mesmo da fundação de Goiânia. Após o falecimento de Said, o Santa Rosa passou a ser gerido pelos filhos dele: Elias Rassi, Roberto Helou Rassi, Cristiane Rassi da Cruz e Rosa Rassi.

Em nota, a direção da unidade de saúde lamentou o fechamento e explicou que "os diversos esforços empregados não foram suficientes para suplantar os transtornos decorrentes dos débitos da administração municipal". O hospital ainda compadeceu-se dos trabalhadores, fornecedores e prestadores de serviço que serão afetados e agradeceu a confiança dos pacientes que já passaram pela unidade de saúde.

A decisão traz impacto para a rede municipal de Saúde, já que, ao todo, o Santa Rosa ofertava 18 leitos para a SMS. No final do ano passado, a Saúde de Goiânia passou por uma crise justamente por conta da escassez de leitos. Na penúltima semana de novembro de 2024, ao menos quatro pessoas internadas na rede municipal morreram à espera de um leito de UTI. A situação foi normalizada depois da criação de um gabinete de crise e de uma intervenção estadual na Saúde de Goiânia.

Sindicato

Em nota, o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) lamentou o fechamento do hospital e disse que não se trata de um caso isolado. "Nos últimos anos, outras grandes instituições de saúde de Goiás, como o Hospital Santa Genoveva e o Hospital Lúcio Rebelo, também fecharam suas portas, sucumbindo à crise que afeta o setor e a precarização dos serviços de saúde no estado", destaca trecho da nota.

O Sindhoesg ainda se solidarizou com os proprietários, colaboradores e pacientes do Santa Rosa e informou que "espera que medidas sejam adotadas pelos gestores públicos e pelos compradores de serviços de saúde para evitar que outros hospitais da capital e do interior tenham o mesmo fim."

Prefeitura

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (20) mostrou que hospitais, clínicas, laboratórios e entidades filantrópicas que prestam serviço à SMS receberam parte da dívida que se acumulou em cerca de R$ 600 milhões na última gestão municipal. Com recursos recebidos do governo federal na última semana, a Prefeitura efetuou o repasse de R$ 33,5 milhões a cerca de 160 prestadores de serviços do SUS. O prefeito Sandro Mabel (UB) promete que, agora, todos os pagamentos serão feitos "em dia", assim que os valores forem repassados ao Paço. O Santa Rosa não integra essa lista de cerca de 160 prestadores de serviços que receberam repasses.

Em nota, a SMS lamentou o fechamento do hospital e informou que "a prioridade da atual gestão é definir um cronograma de pagamento dos débitos acumulados nos últimos quatro anos, e renegociar os contratos e convênios firmados com a secretaria, em busca de reequilíbrio financeiro, considerando o estado de calamidade orçamentária e da assistência em saúde do município."

A secretaria também lamentou a decisão judicial que bloqueou as contas do Fundo Municipal de Saúde (FMS), o que "inviabiliza qualquer novo repasse tanto ao Hospital Santa Rosa quanto aos demais fornecedores do município". Questionada, a SMS não respondeu se o fechamento dos leitos de UTI do Santa Rosa irão impactar a rede municipal de Saúde.

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Esporte

Goiás e Mateus Gonçalves negociam rescisão de contrato

Atacante estava suspenso após cometer uma “infração inadmissível”, como definiu o diretor de futebol Lucas Andrino

Modificado em 04/11/2024, 08:51

Mateus Gonçalves deixa o Goiás após dez jogos disputados

Mateus Gonçalves deixa o Goiás após dez jogos disputados
 (Wesley Costa)

Goiás e Mateus Gonçalves negociam um acordo para uma rescisão de contrato de maneira amigável. Nos próximos dias, as partes vão concluir acertos da rescisão antes do clube esmeraldino oficializar a saída do jogador.

O atacante de 29 anos estava suspenso pelo clube esmeraldino e recebeu uma multa salarial, mas após alguns dias a definição foi pela conclusão do vínculo, que era válido até o final de 2025.

O anúncio do afastamento de Mateus Gonçalves foi feito pelo diretor de futebol, Lucas Andrino, no dia 13 de setembro após a vitória do Goiás, por 2 a 1, sobre o Avaí. O dirigente explicou que o atacante cometeu uma "infração inadmissível".

O jogador já estava afastado há pelo menos três dias depois de ter sido flagrado em uma festa em Pirenópolis no final de semana (dias 7 e 8 de setembro) que antecedeu o revés do Goiás, por 1 a 0, para o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto.

O clube esmeraldino divulgou que o atacante estava fora da partida por ter apresentado uma virose. Em entrevista ao podcast Identidade Esmeraldina, o jogador confirmou que estava em uma festa na cidade no interior goiano.

Nos últimos dias, o time goiano chegou a recuar na intenção de rescisão por justa causa, mas conseguiu um acordo com o atleta, que deixa o Goiás após dez jogos disputados. Ele marcou um gol e distribuiu uma assistência pela equipe esmeraldina.

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Esporte

Goiás encaminha acerto com zagueiro e avalia nomes para a Série B

Diretoria do time esmeraldino segue a busca por reforços

Modificado em 17/09/2024, 15:50

Lucas Ribeiro, zagueiro

Lucas Ribeiro, zagueiro
 (Felipe Santos/Cearasc.com)

Enquanto o técnico Márcio Zanardi comanda treinos no Goiás visando à estreia na Série B, a diretoria de futebol trabalha na busca por reforços e encaminhou o acerto com o zagueiro Lucas Ribeiro, do Ceará. O jogador de 25 anos deve rescindir com o Vozão e assinar vínculo até o final da Segundona com a equipe goiana.

Lucas Ribeiro está em Goiânia e passou por exames na segunda-feira (8). Caso seja aprovado, ele deve ser anunciado ainda neste início de semana e começar os treinos com os demais companheiros.

O zagueiro está no Ceará desde 2022, mas perdeu espaço com o técnico Vagner Mancini. Neste ano, Lucas Ribeiro jogou seis partidas. Ele é formado pelo Vitória, tem passagem pelo Hoffenheim (Alemanha) e Internacional.

Antes do defensor, o Goiás contratou o volante Marcão, que foi apresentado na segunda-feira. O jogador de 33 anos explicou que voltou ao Brasil para recuperar a competitividade no futebol. Ele atuava no futebol do Vietnã e entende que não encontrou o nível que esperava.

"É sonho de todo atleta jogar fora do Brasil. Depois de um ano, eu pensei em retomar porque cheguei a um país que senti falta de competitividade. Senti falta de matar um leão por dia. Quando surgiu a oportunidade de vir para o Goiás, com projeto que tem de retornar para a Série A, isso me fez pensar em voltar ao Brasil", contou o volante.

O diretor de futebol Lucas Andrino acredita que nos próximos dias mais atletas chegarão ao Goiás. Nomes como do atacante Dellatorre e do meia Alex Teixeira foram ventilados no clube esmeraldino.

Na contramão dos atletas que estão chegando, há saída praticamente confirmada. O atacante Vinícius se despede dos companheiros, não treinou nos últimos dias e partiu para Belo Horizonte. Ele fez exames médicos no América-MG e aguarda a evolução das negociações para se transferir para o Coelho.

A ideia inicial era ceder o jogador por empréstimo, mas agora há possibilidade do contrato com o Goiás ser rescindido e ele assinar em definitivo com o América-MG.

Em três temporadas pelo Goiás, Vinícius disputou 99 jogos, marcou 13 gols e distribuiu 18 assistências. Ele foi campeão da Copa Verde e participou das campanhas dos vices do Goianão de 2022 e 2023.