Geral

Semana do idoso chama atenção para os cuidados com a saúde dessa população

Perda do equilíbrio e perda da audição são males que colocam em risco a qualidade de vida das pessoas idosas

Modificado em 04/11/2024, 08:49

Semana do idoso chama atenção para os cuidados com a saúde dessa população

(iStok)

Em 1º de outubro, é celebrado o Dia Nacional do Idoso, data instituída a partir da aprovação da Lei 10.741, em 2003, que estabelece o Estatuto da Pessoa Idosa, no qual são reconhecidos os direitos à saúde, alimentação, cultura, lazer, cidadania e liberdade dos idosos. A data é celebrada ao longo desta semana inteira e chama a atenção para os cuidados com a saúde.

De acordo com o Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira acima de 60 anos de idade atingiu a quantidade de mais de 32,1 milhões de pessoas, totalizando 15,8% do total da população do País.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a pessoa idosa a partir dos 60 anos, nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil; e com 65 anos ou mais, nos países desenvolvidos. É importante ressaltar que algumas doenças são mais frequentes nesta fase e afetam significativamente a qualidade de vida.

A médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta destaca algumas delas, como a perda de audição, os distúrbios do equilíbrio e os distúrbios do sono. A especialista fala sobre a prevenção, os cuidados e os tratamentos adequados.
Distúrbio de equilíbrio
A perda de equilíbrio é um problema que pode ocorrer com pessoas de qualquer faixa etária, sendo mais comum após os 50 anos. Diversos fatores contribuem para isso, incluindo a perda da função labiríntica decorrente do próprio envelhecimento; a polifarmácia, que é o uso concomitante de quatro ou mais medicamentos simultaneamente; e o sedentarismo.

Como algumas outras doenças, como hipertensão arterial e a diabetes, são mais comuns em idosos, o uso concomitante de várias medicações pode causar interações entre si, afetando diretamente o labirinto. Além disso, algumas medicações para tratamento de ansiedade, depressão e insônia, podem causar alterações do equilíbrio, mesmo se utilizadas isoladamente.

Um outro fator que pode agravar a situação são as alterações articulares, com o surgimento de artrite e artrose. Devido à dor, muitas pessoas têm sua mobilidade reduzida, o que diminui progressivamente a função do labirinto.

O maior problema da perda de equilíbrio são as quedas. Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a estimativa entre os idosos com 80 anos ou mais, é que 40% sofram quedas todos os anos. Dos que moram em instituições de longa permanência, asilos ou casas de repouso, a frequência de quedas é ainda maior: destes, 50% podem cair.

Muitas vezes as quedas podem ser ocasionadas por conta das condições do ambiente, mas geralmente são causadas por questões de saúde. Nessa faixa etária as quedas podem levar a fraturas, com necessidade de internação e cirurgias. Esses eventos desencadeiam uma série de intervenções que pioram a qualidade de vida, diminuem a mobilidade e a independência do paciente, explica Juliana Caixeta.
Como tratar a perda de equilíbrio
O tratamento da tontura só é possível a partir do diagnóstico da causa desse sintoma. É importante lembrar que, apesar de popularizado, o termo labirintite só se aplica a algumas situações muito específicas e que são a minoria dos casos.

O tratamento pode incluir a retirada parcial e progressiva de algumas medicações, uso de medicações próprias para o equilíbrio, mudanças na alimentação e, também, tratamentos com o fonoaudiólogo e fisioterapeuta.

O objetivo da reabilitação é reduzir o uso de medicamentos. Muitas vezes é possível administrar os medicamentos somente nos momentos de crise e, aos poucos, trabalhar apenas com os exercícios e a reabilitação para oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente.
<br /> Quando procurar ajuda médica
É importante trabalhar com a prevenção quando o assunto está relacionado às doenças do equilíbrio. Principalmente no caso dos idosos, essa é uma atitude que pode evitar problemas mais graves causados pelas quedas. Por isso, sempre que o paciente perceber que está com dificuldade de caminhar e se sentir inseguro, deve realizar uma avaliação labiríntica.

Existem diversos exames que podem ser utilizados para a avaliação do labirinto, como a vectoeletronistagmografia, comumente associada à audiometria, uma vez que os nervos da audição e do equilíbrio estão intimamente relacionados anatomicamente.

Outro exame completo que pode avaliar as doenças relacionadas à falta de equilíbrio é o V-HIT. Este, além da avaliação labiríntica, associa manobras para melhorar acurácia diagnóstica.
Perda auditiva
A perda auditiva é mais comum a partir dos 50 anos, sendo um processo natural de envelhecimento do sistema auditivo. Os sintomas da perda auditiva no idoso, chamada de presbiacusia, incluem dificuldade de compreensão da fala em ambientes ruidosos e ao conversar ao telefone, zumbido e maior dificuldade em ouvir vozes femininas em comparação às masculinas.

Segundo Juliana Caixeta, é comum que os pacientes não percebam a conexão entre esses sintomas. "Os primeiros sintomas da perda auditiva não são relacionados pelos pacientes como a sensação de surdez". Infelizmente, a maioria dos pacientes se adapta a esses sintomas, procurando ajuda médica quando o sintoma de perda auditiva já se instalou.

Dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia revelam que as pessoas demoram cerca de sete anos para procurar um especialista após perceberem algum dano à audição e mais de dois anos para escolherem um tratamento.

"A perda auditiva proveniente do envelhecimento não tem cura, mas existem tratamentos", informa a médica. Além disso, segundo a OMS, a perda auditiva é a principal causa prevenível de demência. Diversos estudos já demonstram uma associação entre ouvir mal e alterações cognitivas, de raciocínio e memória.

Os tratamentos variam de acordo com o grau da perda auditiva, podendo incluir acompanhamento médico e fonoaudiológico para a realização de exames periódicos, até o uso de aparelho auditivo e cirurgias.

Vale ressaltar que hoje, a indicação de uso de aparelhos auditivos está cada vez mais precoce, e isso se deve a dois fatores: a modernização dos equipamentos e a necessidade em manter a viabilidade das vias centrais da audição.

Quanto mais tempo privado de som, mais dificuldade o paciente terá em se adaptar aos aparelhos e maior a chance de perda de capacidade cognitiva, interação social e memória. Por isso é tão importante procurar ajuda assim que os primeiros sintomas aparecerem, frisa Juliana Caixeta.

Geral

Comida estragada e idosos dopados: Clínica clandestina é interditada por condições insalubres e maus-tratos, diz polícia

Internos alegaram que sofriam violência psicológica e passavam fome. Idosos eram cuidados por dois ex-dependentes químicos sem nenhuma formação, segundo a polícia

Havia fezes e urina no colchão, além de idosos dopados (Divulgação/Polícia Civil)

Havia fezes e urina no colchão, além de idosos dopados (Divulgação/Polícia Civil)

Uma clínica clandestina foi interditada por condições insalubres e maus-tratos contra idosos, em Joanápolis, distrito de Anápolis, de acordo com a Polícia Civil (PC). Durante a visita, os policiais notaram que o local estava infestado de fezes e urina, tinha comida estragada e havia internos dopados. O dono da clínica, que é advogado, está foragido, segundo a PC.

Por não ter o nome divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dele para que pudesse se posicionar. A reportagem pediu posicionamento para a Ordem dos Advogados do Brasil -- Seção Goiás (OAB-GO), mas a instituição disse não ter sido informada da ocorrência e que ainda não sabe o nome do suspeito.

A inspeção ocorreu na manhã desta sexta-feira (21) após a Delegacia do Idoso de Anápolis (Deai) receber uma denúncia anônima de uma família que resgatou uma interna. A idosa teria conseguido fazer uma ligação, no dia anterior, para seus parentes e contado a situação que estava vivendo.

À TV Anhanguera, o delegado responsável pelo caso, Manoel Vanderic, descreveu que os agentes se surpreenderam quando entraram no abrigo a viram as condições do local.

Estava caótico. Muitas fezes, muita urina nos colchões, mau cheiro. A geladeira sem alimento, produtos vencidos, comida muito fermentada já na panela na cozinha para o dia seguinte. A gente percebeu que alguns idosos estavam meio dopados. [...] Alguns idosos estavam com muita coceira, com muita ferida no braço. A gente não sabe se é sarna ou se é uma reação alérgica ou de medicação", explicou

Segundo o delegado, idosos reclamaram que sofriam violência psicológica, fome e a comida não era apropriada: "Alguns não conseguiam mastigar e ficavam sem comer. Eles reclamaram que no lanche da tarde era bolacha e a janta às vezes era só macarrão", disse Vanderic.

Na clínica havia alimentos vencidos na geladeira e tinha comida "fermentada" para o outro dia (Divulgação/Polícia Civil)

Na clínica havia alimentos vencidos na geladeira e tinha comida "fermentada" para o outro dia (Divulgação/Polícia Civil)

Funcionários

A polícia apontou que os dois funcionários que trabalhavam na clínica eram ex-dependentes químicos, que já foram internos do dono do abrigo. Eles ficavam responsáveis pelos idosos, inclusive pela entrega da medicação.

Eles estavam em uma outra clínica desse dono e então ele os levou para trabalhar lá, com a promessa de que iria pagar um salário mínimo, mas não pagou. Eles ficavam 24 horas na clínica. [...] Quem dava medicação para os idosos, muita coisa pesada psiquiátrica, era um ex-dependente químico que não tem nenhuma formação.", disse o investigador.

De acordo com PC, os internos foram resgatados e enviados para dois abrigos de Anápolis, São Vicente e Guardalupe. Ao POPULAR, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que enviou uma equipe para acompanhar a ocorrência e dar suporte às vítimas, que foram encaminhadas para uma instituição de longa permanência do município, onde aguardam a chegada dos familiares.

Foragido

Conforme a polícia, o dono da clínica soube da operação e fugiu do local. Ele não foi encontrado nos endereços dele e é considerado foragido.

O delegado citou que o suspeito já havia sido preso e indiciado por cárcere privado, maus-tratos, apropriação de aposentadoria, retenção de documentação do idoso e trabalho análogo à escravo, devido às clínicas que ele tinha em Anápolis e Abadiânia. Agora, poderá responder pelos mesmos crimes, conforme o investigador.

O local onde a clínica funcionava foi alugado há três meses, mas o aluguel não foi pago e a proprietária já havia pedido o despejo, segundo a polícia. O caso segue sendo investigado.

(Colaborou Elisângela Nogueira, da TV Anhanguera - Anápolis)

Geral

População idosa cresce e cuidados com crimes precisam aumentar

Especialista comenta os problemas mais comuns para pessoas da terceira idade e orienta sobre precauções e denúncias

Modificado em 04/11/2024, 08:49

Qualquer situação suspeita relacionada aos idosos precisa ser denunciada para que a vítima possa ser amparada

Qualquer situação suspeita relacionada aos idosos precisa ser denunciada para que a vítima possa ser amparada (Freepik)

Em 2022, a população idosa de 60 anos ou mais é de 32.113.490 (15,6%), um aumento de 56,0% em relação a 2010, quando era de 20.590.597 (10,8%, revela os resultados do universo da população do Brasil desagregada por idade e sexo, do Censo Demográfico 2022. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê que em 2030 haverá mais brasileiros idosos (idade superior a 60 anos) do que crianças.

Neste 1º de outubro é o Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade, data que onde podemos refletir os cuidados necessários com quem atingiu a terceira idade. Entre eles está a precaução com crimes e golpes. As ocorrências de agressões contra idosos tiveram aumento de quase 50 mil casos em 2023 na comparação com o ano anterior.

De 2020 a 2023, as denúncias notificadas chegaram a 408.395 mil, das quais 21,6% ocorreram em 2020, 19,8% em 2021, 23,5% em 2022 e 35,1% no ano seguinte. Os números fazem parte da pesquisa Denúncias de Violência ao Idoso no Período de 2020 a 2023 na Perspectiva Bioética.

Para o advogado criminalista Gabriel Fonseca, que integra o escritório Celso Cândido de Souza (CCS) Advogados, os agressores se aproveitam da situação de vulnerabilidade dos idosos, seja pela vantagem na expressão física, em conhecimentos tecnológicos e demais situações em que as pessoas conseguem brechas para enganá-los.

"Considerando as condições de vulnerabilidade dos idosos, principalmente quando tratamos de questões tecnológicas e inovadoras, percebemos o maior cometimento de crimes relacionados a golpes".

O especialista comenta ainda sobre outras situações que as pessoas da terceira idade são vítimas. "Temos ainda as agressões físicas, verbais e emocionais que são cometidas contra pessoas idosas. No aspecto jurídico os crimes mais comuns são os de apropriação indébita, estelionato, furto, ameaça, discriminação, abandono e violência: física, psicológica, patrimonial e sexual", detalha ele.

Precauções
Gabriel Fonseca pontua ainda os cuidados que quem chegou nessa fase da vida precisa ter. "É de extrema importância que as pessoas de maior idade tenham ciência dos golpes que costumam acontecer em sua rotina, que não é uma possibilidade distante de sua realidade. Além das atualizações que todos devem se atentar, é necessário que familiares estejam sempre acompanhando suas ações, especialmente compras na internet, saques em banco, entre outras, justamente para prevenir qualquer tipo de atuação criminosa", destaca.

O especialista ressalta ainda a importância das denúncias. "Sempre que ocorrer uma situação com alguém de idade avançada ou até mesmo se houver suspeita de uma possível ação criminosa, a delegacia do idoso deve ser acionada e relatado todo o ocorrido. A polícia realizará um trabalho para tentar reaver os danos ocorridos, punir os criminosos ou até mesmo prevenir que um crime aconteça. A realização de denúncias e o acompanhamento familiar são fundamentais para que cada vez menos idosos sejam vítimas de delitos", ressalta.

Em casa
Infelizmente, entre os criminosos, muitas vezes estão pessoas próximas. "É bastante comum existirem crimes contra idosos dentro das famílias. Os que nós mais vemos na prática são violências físicas, discriminação, principalmente dos filhos contra os pais, abuso patrimonial e muitas vezes até chantagem emocionais. Quando esse tipo de situação acontece, o ideal é fazer a denúncia da mesma forma. O fato de ser um filho, de ser um parente, não interfere na pena que a pessoa deve cumprir, caso cometa um crime desse", destaca o advogado.

Gabriel Fonseca exemplifica com uma situação que acompanhou. "Tive um caso recente em que uma filha de 40 e poucos anos agredia a mãe de 70 e poucos há muito tempo e a mãe não queria tomar nenhuma atitude. Conseguimos uma medida de afastamento do lar contra a filha, ela se recusou a sair e a polícia usou da força para tirá-la e ainda a prendeu em flagrante. Ela se afastou de casa e a qualidade de vida da senhora melhorou significativamente", ressalta.

Quem convive com idosos precisa reparar nos detalhes. "A prevenção é ficar atento aos sinais. Aos familiares e amigos que se depararem com atitudes abruptas com o idoso, é necessário ter atenção redobrada. Entendo que câmeras de segurança, inclusive dentro da residência, é uma medida que ajuda não só a afastar condutas criminosas como produzir provas contra o agressor", orienta o advogado.

Geral

Ao menos seis pessoas caem na rua por dia em Goiânia

Atendimentos dos Bombeiros a queda da própria altura ou de menos de 3 metros no espaço público na capital somam 1.208 ocorrências desde janeiro deste ano

Modificado em 17/09/2024, 16:33

Ao menos seis pessoas caem na rua por dia em Goiânia

Pelo menos seis pessoas caem da própria altura ou de locais menores que 3 metros no espaço público de Goiânia a cada dia, o que demonstra a existência de buracos e obstáculos em ruas e calçadas. Entre janeiro e junho deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO) registrou 1.208 atendimentos deste tipo, um número maior do que no mesmo período do ano passado, quando houveram 1.120 ocorrências. A situação se tornou objeto de um projeto de pesquisa de extensão do engenheiro e professor Marcos de Luca Rothen, do curso de Engenharia de Transportes do Instituto Federal de Goiás (IFG). Ele analisou os dados somados entre janeiro e maio deste ano.

Segundo explica o professor, a pesquisa utiliza bibliografia estrangeira sobre avaliação de risco para usuários do transporte coletivo, que em boa parte do trajeto são pedestres. "Eles falam bastante da segurança do pedestre, tanto nas calçadas quanto nos demais espaços públicos como terminais, pontos de paradas e travessias. Alertado por isso, fui buscar se em Goiânia havia alguma ação dos órgãos públicos sobre a queda das pessoas nas ruas. No entanto, esse assunto não faz parte das preocupações das autoridades municipais", alerta o professor. Ele buscou dados no Corpo de Bombeiros, onde foi repassado a quantidade de atendimentos, e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que não teve a disponibilidade.

Apesar do número de atendimento observar ao menos seis quedas de pessoas nas ruas da capital, Rothen alerta que é comum ter relatos das pessoas que sofrem quedas na rua, algumas com ferimentos graves. Segundo o professor, ao questionar pessoas nas ruas, a queda no espaço público é algo comum, mas que na maioria das vezes a pessoa é socorrida pelos populares e, apenas nos casos mais graves, é que é acionado o resgate. "Os relatos de queda normalmente falam sobre a deficiência das calçadas, o que leva as pessoas a perderem o equilíbrio e sofrerem as quedas. É de conhecimento geral que em Goiânia as calçadas em grande parte não oferecem segurança para os pedestres. Ficou clara a impressão, para mim, que o assunto é grave e não é considerado como tal pelas nossas autoridades."

Os principais problemas verificados pelo professor envolvem as condições das calçadas, mas ele relata que também verificou uma situação atípica, onde alguém deixou algum resíduo de obras, como pedras ou pedaços de concreto que se tornaram obstáculos aos pedestres. "Para a cidade os problemas são o custo de um acidente em que um morador precisa de atendimento médico por parte do poder público. Algumas pessoas precisam de cirurgia e ficam afastadas das suas atividades de trabalho ou de outra atividade", considera.

A intenção inicial era verificar a situação dos usuários de transporte coletivo já dentro do sistema, como nos ônibus, pontos de embarque ou terminais. No entanto, os dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros referentes a ocorrências no transporte público foram reduzidos e "não permitiu a percepção de problemas localizados, no entanto a mobilidade fornecida pelo transporte coletivo inclui, de forma muito importante, as condições de acesso aos pontos de parada (no embarque e no desembarque) e nos terminais".

Rothen reforça que um dos componentes principais da mobilidade é o espaço para o pedestre caminhar. "A qualidade da mobilidade é afetada diretamente pela qualidade das calçadas e dos locais de travessia. Normalmente as pessoas reclamam das dificuldades de caminhar por Goiânia, não há espaço, as calçadas são irregulares, muitas vezes obstruídas parcial ou totalmente. Uma frase que sempre se usa é a de todos somos pedestres, então todos perdem mobilidade por falta de espaço para caminhar. A falta de segurança nas calçadas muitas vezes leva as pessoas a optarem por usar os carros, ou até mesmo desistirem de fazer uma caminhada."

Nos dados recebidos pelo professor e separados por local de ocorrência, chamou a sua atenção os locais onde o estado de saúde da vítima exigiu o resgate. "Estão espalhados por toda a cidade, mas na Avenida Goiás, com as suas obras que estão sendo realizadas há anos, é o lugar com maior número de incidências. Também é importante destacar a grande quantidade de mulheres acima de 65 anos que precisaram de resgate. A queda das pessoas idosas, em geral, é algo mais grave do que num jovem. A recuperação dos idosos é mais lenta e as vezes traz outras complicações", explica. Além das calçadas ruins ou até mesmo inexistentes, ele conta uma situação descrita como pitoresco na Rua T-51 do Setor Bueno, onde foram colocados na calçada obstáculos de concreto, servindo como uma armadilha para os pedestres.

Geral

Arraiá promete tarde de diversão para idosos em Goiânia

Modificado em 17/09/2024, 15:47

Arraiá promete tarde de diversão para idosos em Goiânia

(Istock)

A Prefeitura de Goiânia realiza nesta quarta-feira (26), das 13h às 18h, o Arraiá São João - Alegria sem Idade 60+, no Clube do SindiGoiânia, localizado na Alameda Juazeiro do Norte, Parque Amazônia.

O evento é gratuito e voltado para a comunidade 60+. A iniciativa busca proporcionar uma tarde de diversão e confraternização, valorizando e promovendo o bem-estar dos idosos.

Durante o evento, os participantes poderão desfrutar de uma variedade de comidas típicas juninas, além de dançar e se alegrar ao som das músicas animadas do cantor Frank Vinny e sua banda.