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Siamesas separadas recebem visita de cães em terapia assistida no hospital

Animais terapeutas visitaram os pacientes internados no Hecad em comemoração ao aniversário de um ano da unidade

Modificado em 19/09/2024, 00:14

Visita de cães em terapia assistida no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente

Visita de cães em terapia assistida no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Divulgação/Marco Monteiro/Hecad)

Em comemoração ao seu primeiro ano de funcionamento, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) promoveu, nesta terça-feira (7), um dia de atividades especiais para as crianças internadas. Entre elas, a Visita Pet, que contou com a presença de cães terapeutas. As siamesas que foram separadas na unidade em janeiro deste ano, Heloá e Valentina, foram duas das crianças que receberam a visita dos caninos.

Conforme o Hecad, as crianças e adolescentes receberam a visita especial no leito de internação, "fator considerado de alto impacto emocional salutar para a recuperação deles".

A terapia assistida com animais é aprovada, inclusive, pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. A prática "envolve o contato do doente com animais, em busca do processo de melhora ou cura. O procedimento é acompanhado por profissionais da área da saúde" e contribui para a recuperação do paciente", afirma a entidade.

A cadela Sky foi um dos cães que alegraram o dia no Hecad. O animal visitou todos os internados e passou pelo leito de Heloá e Valentina, que se recuperam na unidade após serem separadas cirurgicamente.

De acordo com a diretora-geral, Mônica Costa, a unidade "já realiza cirurgias pediátricas de alta complexidade de forma minimamente invasiva, com equipamento de videolaparoscopia, por exemplo".

Para ela, a humanização também faz parte do cotidiano do hospital, "com os projetos semanais Cineminha, Abraçar e Oficinas Dirigidas, dentre outras ações sazonais comemorativas e pedagógicas."

Visita de cães em terapia assistida no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente

Visita de cães em terapia assistida no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Divulgação/Marco Monteiro/Hecad)

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Siamesas unidas pelo abdômen morrem uma semana após nascerem em hospital de Goiânia

Nathaly e Rhadassa tiveram uma sequência de paradas cardíacas e não resistiram

Modificado em 22/02/2025, 21:30

Gemeas siamesas Nathaly e Rhadassa (Reprodução/Redes sociais)

Gemeas siamesas Nathaly e Rhadassa (Reprodução/Redes sociais)

As gêmeas siamesas que nasceram unidas pelo tronco e abdômen morreram na sexta-feira (21), uma semana após nascerem no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia. Nathaly e Rhadassa tiveram uma sequência de paradas cardíacas e não resistiram. O médico Zacharias Calil, cirurgião pediátrico que acompanhou o caso, publicou uma nota de pesar.

Com profundo pesar, recebo a notícia do falecimento das pequenas Nathaly e Rhadassa. Desde o nascimento, enfrentaram desafios que fazem parte da complexidade dos casos de gêmeos siameses, e, apesar de todos os esformos, infelizmente não resistiram. Meu coração está com a família neste momento de dor. Que Deus conforte a todos", escreveu o médico.

Nascimento

As gêmeas eram filhas de Valdinéia Satil Camargo Buiarski, de 23 anos, que é de Rondônia e veio para Goiânia em busca de tratamento com Zacharias Calil, que referência na área. O parto, realizado no dia 13 de fevereiro, foi considerado delicado e o quadro clínico das irmãs piorou no dia 18.

Nathaly e Rhadassa na UTI (Reprodução/ Zacharias Calil)

Nathaly e Rhadassa na UTI (Reprodução/ Zacharias Calil)

Caso extremamente complexo

Apesar do caso de Valdinéia ser classificado como extremamente complexo, a mãe da jovem encarou a situação com gratidão devido as dificuldades para percorrer de um estado para o outro e encontrar tratamento de qualidade. Nas redes sociais, ela agradeceu a todos que acompanharam o caso e disse que as pequenas partiram "deixando um legado de amor e força".

Valdinéia Satil Camargo Buiarski, será mãe das gêmeas Nathaly e Rhadassa (Arquivo Pessoal/Rosiane da Paixão)

Valdinéia Satil Camargo Buiarski, será mãe das gêmeas Nathaly e Rhadassa (Arquivo Pessoal/Rosiane da Paixão)

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Grávida de gêmeas siamesas viaja a Goiânia para fazer exames e se preparar para o parto

Conforme médico Zacharias Zalil, o parto está previsto para fevereiro

Valdinéia Satil Camargo Buiarski, de 23 anos e Rosiane da Paixão Satil Camargo (Arquivo Pessoal/Rosiane da Paixão)

Valdinéia Satil Camargo Buiarski, de 23 anos e Rosiane da Paixão Satil Camargo (Arquivo Pessoal/Rosiane da Paixão)

Uma jovem grávida de gêmeas siamesas está fazendo acompanhamento no Hospital Estadual da Mulher (Hemu) em Goiânia. Valdinéia Satil Camargo Buiarski,de 23 anos, veio acompanhada da mãe Rosiane da Paixão Satil Camargo de Buritis, em Rondônia, até a capital goiana em busca de tratamento. O médico Zacharias Calil, referência na área e que acompanhará a família com sua equipe, classificou o caso como extremamente complexo.

Ela vai passar primeiro com a equipe de obstetrícia, é o primeiro passo. Ela está com sete meses de gestação, são gêmeas siamesas, caso extremamente complexo e ela optou por vir para cá por causa da nossa referência. Ela está aguardando e fazendo exames com programação de dar à luz aqui para avaliarmos as crianças", informou o médico Zacharias Calil.

Rosiane encontrou menções sobre o médico pelas redes sociais. "Descobri o trabalho do doutor Zacharias Calil através de pesquisa sobre o caso no TikTok e Kwai foi aí que encontrei mãezinhas que já tiveram filhas siamesas e ele fez a cirurgia. Então conversei com essas mães e elas me passaram o contato da secretaria dele", informou a avó das gêmeas.

O plano se concretizou. Segundo Rosiane da Paixão, as duas chegaram em Goiânia na última terça-feira (14) e estão acolhidas na casa de apoio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Neste período Valdinéia Satil e as gêmeas Nathaly e Rhadassa passarão pelo acompanhamento médico e ficarão em Goiânia até as crianças nascerem para poder fazer a cirurgia de separação.

Ainda na espera, a família tem previsão que no dia 29 de janeiro seja realizado um ultrassom e há uma possibilidade de marcar a data do parto. Conforme o médico, o ideal é que chegue a 37 semanas. No entanto, ele informa que casos como este normalmente entram em trabalho de parto prematuro. O médico informa haver possibilidade de nascer, caso siga o cronograma normal, que as crianças nasçam no final de fevereiro.

A equipe médica se prepara para atender Valdinéia Satil e as gêmeas com uma grande equipe. "Elas estão unidas do tórax até a bacia. Na hora de fazer o parto cerca de doze pessoas. O parto normal é geralmente o médico e um auxiliar", informou Zacharias Calil.

Nós já atendemos vários casos, essa classificação de gêmeas siamesas é a mais grave delas, só perde para os que são unidos pela cabeça", informou o médico.

Valdinéia Satil Camargo Buiarski, será mãe das gêmeas Nathaly e Rhadassa (Arquivo Pessoal/Rosiane da Paixão)

Valdinéia Satil Camargo Buiarski, será mãe das gêmeas Nathaly e Rhadassa (Arquivo Pessoal/Rosiane da Paixão)

Apesar da complexidade do caso, Roseane da Paixão informou que está lidando com a situação com gratidão devido a todas as dificuldades para percorrer um estado para o outro e encontrar tratamento em Goiânia. Além dos desafios financeiros que já enfrentam e os que podem vir pela frente.

Eu quero agradecer primeiramente. Sempre agradeço a Deus porque sem ele não somos nada. Em segundo, agradeço as pessoas que estão orando por nós e que estão contribuindo. A gente não sabia se iria ficar na casa de apoio (OVG) e conseguimos. Graças a Deus fomos muito bem recebidas, são pessoas excelentes", agradeceu Rosiane da Paixão.

Além da gratidão, a família também conta com uma realidade de instabilidade devido aos recursos financeiros que precisa para arcar com a estádia em Goiânia e com o futuro enxoval das crianças.

Depois que as nenês nascerem vamos ter um custo maior porque vai precisar de completar o enxoval das bebês que não trouxemos e o enxoval completo, até porque a gente não podia trazer muita coisa e pelo jeito que elas estão. Então os gastos pessoais comigo e com a minha filha. Tem pessoas nos ajudando, contribuindo, tem o esposo dela que vai precisar vir quando as nenês nascerem, ele ficou lá no trabalho dele, mas ele vai precisar vir. Então tudo tem gasto".

Para conseguir lidar com todos os percalços, Rosiane concluiu a situação. "É uma coisa que a gente fica assim: nossa, estou mesmo passando por isso? Estou suportando isso mesmo? Mas só com ajuda de Deus mesmo para gente conseguir passar e com o apoio das pessoas", informou a mãe de Valdinéia.

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Meu Bichinho

Cavalos e cães: Parceiros na recuperação e alegria dos pacientes do HDT

A magia da interação entre humanos e animais no ambiente hospitalar

Modificado em 04/11/2024, 08:55

Cavalos e cães: Parceiros na recuperação e alegria dos pacientes do HDT

(Divulgação)

Cavalos e cachorros trouxeram alegria e conforto aos pacientes do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Estado de Goiás gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG). Na última quinta-feira (26) e sexta-feira (27), os pacientes tiveram a oportunidade de deixar temporariamente seus leitos e receber uma assistência terapêutica diferenciada.

De acordo com Tainara Fagundes, gerente operacional interina, a iniciativa visa reduzir o estresse e promover o aumento da serotonina, conhecida como o hormônio da felicidade. "Essas ações facilitam a interação dos pacientes com o ambiente hospitalar, contribuindo para o tratamento por meio do fortalecimento dos vínculos afetivos. Muitos pacientes permanecem internados por longos períodos e, sendo de outros municípios, recebem poucas visitas."

Os equinos da Cavalaria Montada da Polícia Militar de Goiás (PMGO) foram utilizados na sessão de equoterapia com os pacientes. Já os cães, que fazem parte do grupo Terapia Assistida por Cães, alegria tanto para os pacientes quanto para os colaboradores.

Segundo Cleris Bisol, uma das coordenadoras do grupo Terapia Assistida por Cães, quem deseja participar deve ter um cachorro manso e dócil, e o processo começa com a avaliação do animal. O projeto é formado por um grupo de voluntários que realiza rigorosos testes nos cães.

O primeiro consiste em uma avaliação inicial, seguida de mais dois, que analisam a obediência, calma e tranquilidade do animal. "É fundamental que o cão responda bem aos comandos e não apresente comportamentos indesejados, como latidos excessivos ou pulos nas pessoas", explica.

Cleris ressalta que, geralmente, os cães que se tornam terapeutas já possuem características naturais para isso, embora alguns possam apresentar desvios de comportamento que dificultem a adaptação ao projeto.

"Os cães passam por uma série de testes durante as visitas, que ocorrem ao ar livre. Após várias visitas, se o cão demonstrar aptidão, ele é oficialmente integrado ao projeto, que promove visitas a hospitais, asilos e orfanatos, proporcionando momentos de alegria e descontração."

Internos
Pela primeira vez internada no HDT, Damiana Maria da Silva, que está há quase dois meses na unidade, expressa sua saudade da família. Ela foi uma das pacientes que interagiu com os cavalos. "O evento foi extremamente gratificante, especialmente porque ficamos muito isolados. Atividades como essa ajudam a aliviar a mente e oferecem um incentivo para a recuperação. As meninas cantando e tocando violão pelos corredores foi uma experiência emocionante. É reconfortante ver que as pessoas ainda se importam conosco. O atendimento aqui é excepcional; médicos, enfermeiras e toda a equipe são muito humanos. Estou extremamente satisfeita com o cuidado que recebemos. Eles realmente fazem a diferença."

A pequena Milena Ferreira da Silva, de 6 anos, teve a oportunidade de interagir com os cães durante a sessão. Internada há quinze dias, Milena veio de Catalão e, segundo sua mãe, Bruna Eduarda, sempre conviveu com três cachorros em casa. "É a primeira vez que ela fica internada e sem contato com seus animais. Após a interação com os cães, ela está visivelmente mais feliz e animada", relata Bruna.

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Siamesas Lara e Larissa, que nasceram unidas pelo tórax, abdome e bacia deixam hospital pela 1ª vez

A cirurgia de separação continua sem previsão, devido à necessidade das gêmeas siamesas ganharem peso

Modificado em 17/09/2024, 17:24

Kátia segurando suas filhas Lara e Larissa, que são gêmeas siamesas

Kátia segurando suas filhas Lara e Larissa, que são gêmeas siamesas (Reprodução/TV Anhanguera)

Após nove meses de internação, as gêmeas siamesas Lara e Larissa vão para casa nesta quarta-feira (7), em Aparecida de Goiânia. O caso é considerado o mais complexo já realizado em Goiás pelo fato das irmãs estarem unidas pelo tórax, abdômen e bacia, além de ter malformação no sistema urinário, segundo médico Zacharias Calil. Apesar disso, o retorno para o lar foi comemorado pela mãe.

"Agora elas irem para casa é a vitória maior, né?", Segundo a mãe, Kátia Cardoso.

A família veio de Parauapebas, no Pará para Goiânia para acompanhar o tratamento das irmãs no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Desde que nasceram, essa é a primeira vez que as irmãs poderão desfrutar do conforto do lar, mas com todos os cuidados necessários.

A mãe já se considera treinada para o novo estilo de vida para cuidar das filhas em casa. "Preocupações a gente tem, mas eu fui ensinada pela equipe da Unidade de terapia Intensiva (UTI), da enfermaria, todos me ajudaram já me treinando a ir fazendo. Agora sou eu sozinha em casa", afirmou.

As gêmeas estão retornando com 3,900 kg cada uma. Mesmo com os quilinhos a mais, a tão aguardada cirurgia de separação ainda não tem previsão, porque as siamesas necessitam ganhar mais peso.

"Foi feito um fechamento de um canal que ela apresentava que misturava o sangue no coração", informou o cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Após o nascimento, foi uma longa e desafiadora jornada. Uma das gêmeas, a Larissa, precisou fazer uma cirurgia no coração.

O caso da Lara e da Larissa é o mais complexo, porque elas têm várias outras más formações associadas, principalmente na parte do sistema urinário. Mas hoje nós temos uma tecnologia mais avançada, nós temos um hospital que tem todo o recurso necessário", ressaltou o o médico-cirurgião.