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Tecnologia é importante para deficiência auditiva

Aparelhos que auxiliam na escuta ajudam a pessoa a ter uma vida normal e são forma de inclusão

Modificado em 04/11/2024, 08:49

Tecnologia é importante para deficiência auditiva

(Divulgação)

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 5% da população brasileira é composta de pessoas que apresentam alguma deficiência auditiva. Essa porcentagem significa que mais de 10 milhões de cidadãos apresentam a deficiência e 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não escutam nada.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a principal diferença entre surdez e deficiência auditiva está na intensidade do problema auditivo. Deficiência auditiva significa a diminuição na capacidade de ouvir sons, que varia de leve a grave, já a surdez é definida como a perda completa da capacidade de ouvir.

O Dia Nacional do Surdo é em 26 de setembro e busca refletir sobre os direitos e inclusão dessas pessoas na sociedade. Uma forma de proporcionar maior qualidade de vida para aqueles que possuem alguma deficiência na audição é através do uso de aparelhos auditivos.

Estudo publicado na revista The Lancet Healthy Longevity, em janeiro, aponta que o uso de aparelhos auditivos pode ajudar a reduzir em até 25% o risco de uma morte prematura.

"Os aparelhos auditivos são indicados para todos os graus de perdas auditivas, das leves às profundas. E todas devem ser tratadas o mais precocemente possível, a partir do diagnóstico. Por ser uma deficiência invisível e indolor, muitas pessoas postergam o tratamento, o que compromete o desempenho das habilidades auditivas e estimulação deste sentido tão importante à comunicação humana", destaca Juliana Borges de Moura, gerente técnico-comercial da loja Opimed Saúde, situada no Shopping Órion, em Goiânia.

Tecnologias
Ela explica que as tecnologias desses instrumentos que auxiliam na audição são de última geração, componentes pequenos e precisos. "Atualmente os aparelhos auditivos são dotados de Inteligência Artificial, com redução de ruído em tempo real, localizador e intensificador de fala, detector de movimento, processamento de som HD, sempre focado em audibilidade, conforto e máximo desempenho auditivo. O processamento de sinal é rápido e com baixo tempo de espera (delay). Os ruídos ambientais são tratados ativamente dando enfoque ao sinal de fala. Isso favorece um som natural e muito semelhante ao som original".

Sobre a escolha da opção ideal para cada caso, Juliana Borges pontua que isso é feito com orientação de especialistas. "Os modelos de aparelhos auditivos são ergonômicos, confortáveis e discretos. Na Opimed temos desde os aparelhos auditivos até implantes cocleares e próteses de vibração óssea. A seleção e indicação do modelo será realizada pelo fonoaudiólogo, de acordo com a audibilidade e conforto auditivo do paciente", detalha. "A fala é entendida com clareza e os ruídos ambientais são confortáveis. Hoje, os usuários de aparelhos auditivos, nem percebem que usam", completa a gerente.

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Empresa faz primeiro voo de carro voador em escala real no Brasil

A Gohobby realizou, nesta sexta-feira (20), o primeiro voo do carro voador. A aeronave decolou por volta das 11h30 desta sexta e sobrevoou o Aeroquadra, aeroclube localizado em Quadra (SP), a cerca de 40 metros de altitude. O voo durou cerca de cinco minutos

Modificado em 04/11/2024, 08:57

Voo, a 40 metros de altura, durou cerca de cinco minutos

Voo, a 40 metros de altura, durou cerca de cinco minutos (Reprodução: Redes Sociais)

A Gohobby realizou, nesta sexta-feira (20), o primeiro voo do carro voador EH216, da fabricante chinesa EHang, em solo brasileiro. A empresa havia conseguido, ainda em setembro, autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para fazer voos-teste com o eVtol (veículo de pouso e decolagem na vertical).

A aeronave decolou por volta das 11h30 desta sexta e sobrevoou o Aeroquadra, aeroclube localizado em Quadra (SP), a cerca de 40 metros de altitude. O voo durou cerca de cinco minutos.

Segundo a Anac, até o momento, autorizações de voos para teste no Brasil foram concedidas somente para a aeronave da Eve (empresa controlada pela Embraer) e para o modelo da EHang. A agência diz que o voo realizado pela Gohobby é o primeiro com eVtol em escala real.

A autorização emitida pela Anac é voltada para pesquisa e desenvolvimento. Por isso, a empresa ainda não está autorizada a transportar passageiros.

Não há previsão no curto prazo para que a aeronave seja certificada no país, de acordo com a Anac. A certificação é necessária para que o modelo possa ser usado para voos comerciais.

O carro voador vendido pela Gohobby tem 1,93 metros de altura e 5,73 metros de largura e possui até um compartimento que funciona como porta-malas. A velocidade máxima chega a 130 km/h, e a distância máxima a ser percorrida pelo eVtol é de 30 quilômetros.

A aeronave é avaliada no Brasil em cerca de US$ 600 mil (quase R$ 3,4 milhões). Em meados de junho, havia 16 pessoas na lista de espera para compras, segundo a Gohobby.

O EH216 é fabricado no modelo S, voltado para o transporte de passageiros, e no modelo F, produzido para ser usado por bombeiros.

A Gohobby, que comercializa o modelo da EHang no Brasil, já levou o modelo da EHang para eventos do setor neste ano, como a Expo eVTOL, feira que foi realizada na capital paulista em maio, e o Catarina Aviation Show, organizado pelo aeroporto executivo Catarina, em São Roque (SP), em junho.

Como ainda não há regulamentação para eVtols no país, o carro voador da EHang, que é comercializado no Brasil pela Gohobby, está enquadrado no regulamento de drones, o RBAC-E 94. O tipo de autorização emitida pelo órgão regulador já foi expedido outras vezes para outras empresas, como a Xmobots, especializada em drones, por exemplo.

"A aviação sempre foi glamorosa, mas não muito acessível. O eVtol vem para democratizar a aviação para todos, para que você possa ir trabalhar voando. Com certeza vai ser a maneira pela qual nós vamos nos transportar em grandes cidades e entre cidades", disse o CEO da Gohobby, Adriano Buzaid.

Também presente no evento, a COO para Europa e América Latina da EHang, Victoria Jing Xiang, disse à reportagem que a fabricante conversa com a CAAC (autoridade de aviação da China) e a Anac para que o veículo possa obter o certificado no Brasil. As agências dos dois países trabalham juntas no processo.

Concorrente brasileira da EHang, a Eve revelou seu primeiro protótipo do eVtol em escala real em julho durante uma feira do setor em Farnborough, no Reino Unido. Segundo a empresa, o modelo, que foi produzido na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (interior de São Paulo), vai para uma próxima fase que envolve uma série de testes para avaliar operação e desempenho da aeronave, desde as capacidades de voo até recursos de segurança.

Assim que todos os testes em solo forem concluídos, o protótipo fará seu primeiro voo, disse a Eve em nota para reportagem. Em paralelo, a empresa diz continuar as conversas com a Anac para obter a certificação da aeronave.

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Mais 506 cidades vão poder receber sinal 5G a partir de segunda-feira (5)

Modificado em 17/09/2024, 17:29

Mais 506 cidades vão poder receber sinal 5G a partir de segunda-feira (5)

(Zack Stencil/MCom)

A partir da próxima segunda-feira (5), as operadoras prestadoras que adquiriram lotes na faixa de 3,5 GHz poderão solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), entidade vinculada ao Ministério das Comunicações, o licenciamento e ativação de estações de 5G nessa faixa em mais 506 municípios.

"A implantação do 5G está avançando a passos largos e estamos nos esforçando ao máximo para conseguir antecipar os prazos previstos no leilão. O sinal já está disponível em todas as capitais e a nossa missão é levá-lo até as pequenas cidades, para que toda a população brasileira para usufruir dos benefícios desse serviço", disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

A liberação da faixa não significa que redes do 5G serão instaladas de imediato nas localidades. A instalação depende do planejamento individual de cada prestadora. A informação foi divulgada nesta semana, após reunião do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi).

Ao todo, são 19 unidades da federação contempladas: Acre (AC), Alagoas (AL), Amazonas (AM), Amapá (AP), Distrito Federal (DF), Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Maranhão (MA), Mato Grosso do Sul (MS), Paraíba (PB), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ), Rondônia (RO), Roraima (RR), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Sergipe (SE), São Paulo (SP) e Tocantins (TO), com todos os municípios liberados.

Veja aqui a lista completa de cidades.

Com essa liberação, serão 4.808 os municípios com a faixa de 3,5 GHz disponível para utilização por estações do 5G standalone, nos quais vivem aproximadamente 197 milhões de brasileiros, o que corresponde a pouco mais de 92% da população do Brasil.

TV Aberta
A decisão tomada pelo Gaspi segue diretrizes do edital do 5G e abrange municípios em que a Entidade Administradora de Faixa (EAF) já iniciou a migração da recepção do sinal de televisão aberta. Quem recebe as transmissões pela antena parabólica precisa adaptar o equipamento para evitar eventuais interferências com o 5G.

Inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) podem solicitar o kit gratuito para a adaptação do equipamento à Siga Antenado, nome fantasia da EAF. Mais informações podem ser obtidas no site www.sigaantenado.com.br ou pelo telefone 0800-729-2404.

O Gaispi deliberou, ainda, que a EAF realize a redistribuição gratuita dos Kits das antenas parabólicas na banda Ku à população que perdeu ou ficou com o kit sem funcionamento devido às chuvas no Rio Grande do Sul.

Mais de 3,35 milhões de kits de recepção de TV aberta na banda Ku já foram instalados e tem a capacidade de instalar cerca de 10 mil kits por dia.

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Saiba como usar a tecnologia como aliada no Ensino; Veja dicas

Modificado em 19/09/2024, 01:04

Saiba como usar a tecnologia como aliada no Ensino; Veja dicas

(Divulgação)

Não é novidade que as tecnologias digitais na educação promovem uma nova abordagem sobre a forma como se ensina e aprende. As novas gerações são nativas digitais e têm um perfil bastante diferente de quem frequentava a escola nos anos 1990 e início do novo milênio -- e antes disso, é claro.

O modelo tradicional de ensino já não atendia mais à forma como essas crianças e adolescentes assimilam novos conhecimentos. Dessa forma, as escolas precisaram se adaptar e acompanhar as tendências que estavam chegando -- e que agora já fazem parte de currículos e diretrizes curriculares.

Novos tempos trouxeram metodologias como o ensino híbrido, a educação a distância, metodologias ativas, gamificação (dinâmicas com jogos, para ensinar de forma lúdica) e uma série de recursos tecnológicos.

Isso ainda é um processo em andamento, pois apesar de as escolas já implementarem novos modelos de ensino, ainda há muito a alcançar. Também não podemos esquecer que muitas escolas em nosso país sofrem com a falta de recursos, além daquelas que ficam em lugares remotos ou de difícil acesso e que não têm tanto acesso à tecnologia.

Com a popularização da internet, as tecnologias se tornaram indispensáveis para o ensino e aprendizagem. Veja no quadro cinco dicas que a escola pode adotar para melhorar o ensino.

1) Utilizar a internet para pesquisar - A web é uma ferramenta fantástica para o ensino. Os alunos podem usá-la para pesquisar sobre um determinado tópico e obter mais informações;

2) Criar vídeos educativos - Os vídeos são uma ótima maneira de ensinar conteúdos de forma dinâmica e atrativa. Além disso, os alunos podem assistir aos vídeos em qualquer lugar e a qualquer hora;

3) Utilizar as redes sociais - As redes sociais são uma ótima maneira de interagir com os alunos e compartilhar conteúdos educacionais. Elas também permitem que os alunos se conectem uns com os outros e troquem ideias;

4) Jogar jogos educativos - Os jogos são uma ótima maneira de ensinar conteúdos de forma lúdica e divertida. Eles também ajudam a desenvolver habilidades importantes, como raciocínio lógico e problem-solving;

5) Explorar realidade virtual e aumentada - As tecnologias de realidade virtual (VR) e aumentada (AR) estão cada vez mais presentes na educação. Elas permitem que os alunos explorem um ambiente virtual ou real de forma interativa e imersiva, o que pode ser extremamente enriquecedor para o aprendizado.

Fonte: Educa Mundo

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Hospital de Goiás usa nova técnica de parto e IA contra mortalidade

Anestesia peridural walking alivia sofrimento sem reduzir a força muscular da gestante. Procedimento faz parte de projeto para avanço dos partos humanizados na rede estadual de saúde

Modificado em 19/09/2024, 01:10

Tecnologia de cruzamento de dados avalia cuidado com recém-nascido

Tecnologia de cruzamento de dados avalia cuidado com recém-nascido
 (Wesley Costa)

As gestantes que vivenciarem o parto no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), localizado em Uruaçu, poderão se beneficiar de uma técnica de analgesia peridural que permite que a mulher em trabalho de parto tenha a dor amenizada sem diminuir a força muscular, facilitando a viabilização dos partos normais. O uso da técnica faz parte do projeto Parto Adequado, adotado pela unidade, que tem como intuito promover o avanço dos partos humanizados.

A peridural walking, conhecida também como "walking epidural" ou "peri walking", é uma forma de administração de anestésicos na medula espinhal, que proporciona o alívio da dor ao mesmo tempo que permite que a paciente mantenha a mobilidade e a sensibilidade. "Mesmo com a analgesia, a mulher permanece ativa. Ela vai conseguir andar, ter tônus muscular para fazer força e sentir o bebê nascendo. O intuito é promover um parto ainda mais seguro e mais confortável para a mãe e para o bebê", explica Luciano Dias, médico anestesiologista e diretor técnico do HCN.

O Parto Adequado, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério da Saúde, foi lançado em 2014 e tem o objetivo de identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas sem indicação clínica. "Na rede pública de Goiás, nós estamos dando o passo inicial", destaca Dias. Segundo a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), nas maternidades públicas municipais de Goiânia a peridural walking é uma técnica usual, mas a prioridade é para o parto normal com atendimento humanizado.

Em Goiás, de acordo com monitor do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) ligado ao Pacto da Primeira Infância, em 2021, 67,50% dos partos foram cesáreas, fazendo o estado despontar como o vice-líder brasileiro, perdendo apenas para Rondônia (68%). Desde 2013, a porcentagem tem variado entre 65% e 68%, se mantendo sempre acima da proporção nacional. O ideal é que o número permaneça abaixo dos 30%, sendo que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é que seja menor que 15%.

Caso a mãe esteja saudável, a primeira opção para abrandar as dores do trabalho de parto é por meios não farmacológicos. "São estratégias variadas, como o caminhar, que auxilia no progresso do parto, a presença de um familiar ou da doula para acalmar a gestante, técnicas de respiração, o uso da água quente ou fria e até a aromaterapia. Na grande parte das vezes, esse conjunto de estratégias faz com que o parto natural seja bem sucedido", explica o diretor técnico do HCN.

Entretanto, para algumas mulheres, a dor do parto é limitante. Nesses casos, entram os meios farmacológicos. "Nesse sentido, o peri walking é uma vanguarda", aponta Dias. Apesar das vantagens da peridural walking, fatores individuais, como a condição de saúde e a natureza do procedimento, devem ser considerados. Por isso, as pacientes precisam ser avaliadas por um médico anestesiologista que domina a técnica. A peridural walking se diferencia das anestesias utilizadas nas cesarianas pois, nesses casos, além da dor, a mulher também perde a sensibilidade e força motora.

A técnica da peridural walking já é feita na unidade há mais ou menos um mês. A moradora de Santa Terezinha de Goiás, Thauanne Xavier de Abreu, de 23 anos, foi uma das mulheres que usou a técnica. Ela deu à luz ao primogênito Henrique na última quarta-feira (23). "Assim que (eles) aplicam a analgesia, ficamos totalmente sem dor. Ficamos bem mais confortáveis. Eu não conhecia. Eu pensava que todo parto normal era com dor", relata a jovem.

Avanço

Inicialmente, o projeto vai ocorrer apenas no HCN, que costuma realizar de 100 a 120 partos por mês. O Centro Obstétrico do hospital possui equipe multiprofissional especializada para atendimento de gestantes e recém-nascidos de alto risco e conta com um pronto-socorro dedicado à assistência de gestantes e puérperas. Entretanto, Dias destaca que o HCN é um hospital escola e que o intuito é capacitar a maior quantidade possível de profissionais, já que eles poderão se aproveitar das técnicas aprendidas em outras unidades de saúde. "Somente na Região de Saúde Serra da Mesa (que inclui Uruaçu) são feitos cerca de 673 partos por mês", destaca.

O secretário estadual de Saúde, Sérgio Vencio, explica que a pandemia da Covid-19 fez com que a regionalização da Saúde avançasse mais rapidamente e que, posteriormente, a SES-GO buscou manter unidades de alta complexidade no interior do estado. "Buscamos sanar um vazio assistencial da obstetrícia, para aquelas gestantes que precisavam buscar atendimento na capital. É o caso do HCN, que atende o Norte goiano", destaca. Atualmente, os hospitais estaduais de Luziânia, Jataí e Formosa também oferecem atendimento obstétrico e todas as 17 policlínicas de Goiás ofertam consultas e exames para gestantes.