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UFG entra em lista de melhores universidades do mundo

Instituição se destaca pelo número de estudantes e citações em publicações de outras faculdades

Modificado em 20/09/2024, 00:55

Parque Tecnológico no Câmpus Samambaia, em Goiânia

Parque Tecnológico no Câmpus Samambaia, em Goiânia (Diomício Gomes)

Os estudantes e professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) têm mais um motivo para se orgulhar de fazer parte da instituição, visto que ela está presente na lista das melhores universidades do mundo. O QS World University Ranking 2023, divulgado nesta semana, avaliou diversos critérios e colocou a UFG na 1.201ª posição no ranking mundial e na 123ª colocação na América Latina.

Entre os critérios de classificação, a instituição goiana se destacou pela participação na rede internacional de pesquisa, com nota igual a 26.7, pelo número de estudantes docentes, nota 7.8, e pela influência dela em citações de outras faculdades, nota 4.4. Também foi avaliada pela qualidade de ensino e publicações, empregabilidade dos ex-alunos e pelo reconhecimento dos professores.

Infelizmente, a QS Top Universities não divulgou a pontuação geral da UFG, mas destacou no site que a instituição tem um Centro Integrado de Aprendizagem em Rede (CIAR), que trata de extensão online, graduação e pós-graduação, o Centro de Idiomas, a Rádio e TV da universidade e "uma pluralidade de laboratórios em diversas áreas".

A reitora da Universidade, Angelita Pereira de Lima, afirma que a UFG está entre as melhores em um universo de mais de 10 mil universidades, que, segundo ela, muitas são seculares, "enquanto a UFG tem só 61 anos". Além disso, fala que o rankeamento contribui para mostrar o trabalho desenvolvido pela instituição e que também dá parâmetros sobre o que "está bom e o que precisa ser aperfeiçoado".

"A UFG tem a capacidade de atrair jovens cientistas devido ser uma universidade aberta à pesquisa e que estimula o conhecimento. Apesar dos cortes de gastos orçamentários do governo, investimos na manutenção de laboratórios, o que mantém ativa a pesquisa na universidade. Somos uma universidade inclusiva e que inviste nos alunos e professores para mantê-los na instituição", afirma.

Além da UFG, outras 33 instituições brasileiras estão no ranking, a maioria delas é pública, exceto as Pontifícias Universidades Católicas (PUCs) do Rio, São Paulo, Campinas, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas, além da Mackenzie. A melhor colocada é a Universidade de São Paulo (USP), no 115º lugar, e o topo da lista é liderado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

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Sete dos 10 cursos mais concorridos na UFG são da área de saúde

Graduação em Psicologia ocupa o topo da lista desde 2024, seguida por Fisioterapia e Medicina. Cálculo considera número de inscrições por vaga ofertada

Ministrado pela Faculdade de Educação, curso de Psicologia tem maior relação candidato/vaga da UFG

Ministrado pela Faculdade de Educação, curso de Psicologia tem maior relação candidato/vaga da UFG ( Wildes Barbosa / O Popular)

Dentre os dez cursos de graduação mais concorridos da Universidade Federal de Goiás (UFG) no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 2025, sete pertencem à área da saúde. O curso de Psicologia lidera a lista pelo segundo ano consecutivo, com 191 candidatos por vaga, seguido por Fisioterapia e Medicina, que, apesar de ter o maior número de inscrições na universidade, registra uma disputa de 137 candidatos por vaga, já que oferta mais do que o triplo em comparação com os dois primeiros colocados.

Além dos três primeiros cursos, que pertencem à área da saúde, a lista dos dez cursos com a maior relação de candidatos por vaga inclui também os cursos de Biomedicina (118 por vaga), Enfermagem (88), Odontologia (84) e Nutrição (70). No meio da lista, contudo, há ainda o tradicional curso de Direito -- com duas posições, divididas para a oferta nos períodos matutino e noturno, sendo 107 e 98 candidatos por vaga disponibilizada, respectivamente --, além de Engenharia de Software (81).

Nos últimos dois anos, o quadro de graduações que aparecem dentre as mais disputadas não sofreu grandes alterações. A única mudança foi a saída de Medicina Veterinária, presente em 2023 e 2024, com sua substituição por Nutrição em 2025. Entretanto, houve reposicionamentos: Biomedicina, antes na 5ª colocação, ultrapassou Direito e assumiu a 4ª posição. Medicina, que já foi o curso mais concorrido, cedeu o topo para Psicologia, e Fisioterapia que estava em terceira subiu para a segunda colocação (veja mais no quadro abaixo).

Pró-reitor de Graduação da UFG, Israel Trindade explica que não é sempre que o curso mais disputado terá a maior nota de corte. Isso ocorre porque a concorrência é calculada pela divisão entre o total de inscrições no curso, incluindo ampla concorrência e disputa pela lei de cotas, e o número de vagas ofertadas. Já a nota de corte é a pontuação do último candidato que entrou por meio de ampla concorrência, ou seja, a nota mínima para o ingresso. No entanto, ele cita que quando os cursos têm grande competição, as notas também não devem ficar tão baixas. Neste ano, dos dez cursos com as maiores notas de corte, cinco estão entre aqueles que possuem as maiores relações de candidatos por vaga ofertada: Engenharia de Software, Medicina, Direito (matutino e noturno) e Psicologia.

"Inteligência Artificial (IA) teve o ponto de corte mais alto neste ano, então as pessoas acabam achando que teve mais concorrência. Mas, quando se joga o número de inscrições por vaga ofertada, não é o mais disputado: ficou em 31ª posição", explica. Enquanto a maioria dos cursos mais concorridos é da área da saúde, as maiores notas de corte estão justamente nas graduações voltadas à tecnologia da informação. No fim de janeiro, a reportagem já havia mostrado que o curso de IA superou pela primeira vez a pontuação mínima para ingressar no curso de Medicina. Este, por sua vez, ficou na 3ª posição, logo após Engenharia de Software (2ª) e seguido por Ciência da Computação (4ª).

"Embora surjam cursos novos, os tradicionais, em especial da saúde, seguem sendo os mais buscados", reflete Israel. Conforme ele, isso ocorre porque tanto como cursos na universidade quanto como profissões são "mais consolidados", além de haver mais oportunidades de emprego. "De certa forma, é um atrativo. O estudante quando vai escolher o curso é influenciado por uma série de fatores. Pode ser por uma influência familiar, mas também pela paixão dele mesmo, assim como pelo mercado de trabalho. Então ele quer saber se tem um bom salário, boas condições de trabalho, de empregabilidade. E o mercado de Medicina e Fisioterapia, por exemplo, sobretudo depois da pandemia de Covid-19, se firmou bastante", acrescenta.

Surpresa

Para ele, contudo, é uma "surpresa" Medicina ter ido para o terceiro curso mais concorrido, mesmo tendo 15.081 inscrições registradas no Sisu, mais do que o dobro do segundo colocado -- Biomedicina, com 7.091. "Sempre está entre os mais procurados. E, como tem uma demanda consolidada, sempre se espera que ocupe o topo da maior nota de corte e da relação de candidatos por vaga. É uma surpresa neste ano, mas isso não tira em nada o mérito do curso, que é um dos pioneiros da UFG", complementa. Para ter ideia, em nível nacional o curso de Biomedicina também foi o mais concorrido neste ano. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi registrada uma relação de 261,33 candidatos por vaga. Contudo, foram apenas seis vagas abertas ao todo, para 1.568 estudantes. Por outro lado, logo em seguida aparece o curso de Medicina.

Israel Trindade explica ainda que há diferenças entre a quantidade de inscrições e inscritos, já que um único estudante (inscrito) pode se inscrever em mais de uma opção. Por isso, o total é maior do que o registrado nos anos anteriores, a exemplo de Medicina, que em 2024 teve pouco mais de 6 mil candidatos. E, como nos dois anos anteriores o quantitativo era de inscritos e não de inscrições, a reportagem elencou apenas a lista dos dez mais concorridos, sem demonstrar qual a relação de cada curso. O quantitativo de vagas, por outro lado, segue uma tendência. Mas mesmo com uma metodologia diferente, vale lembrar que os cursos se apresentam em uma dinâmica semelhante. "É bem parecido. O topo fica oscilando entre Medicina, Fisioterapia e Psicologia", define.

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Inteligência Artificial tem maior nota de corte na UFG

Professores apontam interesse pela profissão e perspectiva financeira como diferenciais

Instituto de Informática abriga o curso de Inteligência Artificial, primeira graduação em IA do Brasil

Instituto de Informática abriga o curso de Inteligência Artificial, primeira graduação em IA do Brasil (Divulgação/UFG)

Em cinco anos de existência, a graduação em Inteligência Artificial (IA) da Universidade Federal de Goiás (UFG) passou a liderar o ranking da nota de corte do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2025. Para entrar em uma das 40 vagas disponibilizadas para o curso, o aluno pior colocado somou 811,01 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, o que desbancou pela primeira vez o tradicional curso de Medicina, líder ao menos nos últimos 10 anos. A nota de corte de Medicina na UFG foi de 798,15 pontos, ficando em terceiro lugar, atrás ainda de Engenharia de Software, em que a nota mínima para passar foi de 799, 89.

A mudança no ranking mostra uma disputa qualitativa nos cursos de tecnologia. Das sete maiores notas de corte, quatro foram da área. Em quarto aparece Ciência da Computação, com 781 pontos; em quinto Direito Matutino, com 773,99; seguido por Direito Noturno, com 760,78; e Sistemas de Informação, com 760,44.

O coordenador da graduação em IA, Anderson da Silva Soares, aponta que a perspectiva financeira e o interesse pela profissão são os chamativos para que mais alunos busquem o curso, que é o pioneiro no Brasil. "A demanda do mercado existe e é muito grande, os alunos são contratados com um ou dois anos na graduação e é uma profissão da qual se fala muito, há esse interesse e é o que vem na cabeça de quem tem 17 anos", conta. Segundo ele, a maior parte dos graduandos é de alunos provenientes do ensino médio, com idade entre 17 e 18 anos, e com bastante entusiasmo. "Nosso papel é mostrar para os alunos onde está o exercício dele com a profissão, é o nosso maior desafio."

Também professor no curso de IA da UFG, Celso Camilo reforça que "o mercado é grande e tem excelentes salários", o que cria o senso de oportunidade. "Além disso, as novas gerações já estão mais familiarizadas com as tecnologias e aprenderam a gostar. Isso também atrai o perfil mais inovador", relata. Soares lembra que a questão da concorrência nos cursos e o ponto de corte depende de vários fatores, como a demanda do mercado de trabalho e a referência da própria graduação. Assim, o fato de o Centro de Excelência em IA (CEIA) ser referência no cenário nacional, não apenas como formação de recursos humanos, faz com que o curso seja bastante procurado.

Camilo explica que há dois movimentos importantes para justificar a busca pelo curso. "O primeiro é a percepção ampla da sociedade sobre a evolução da IA e a revolução que está causando na sociedade. As pessoas já percebem que o mundo está mudando e rápido. Isso gera um senso de oportunidade", diz. O segundo ponto é o desenvolvimento da excelência dessa área na UFG, com o Instituto de Informática e o (CEIA), que "são reconhecidos dentro e fora do país como um grande centro de desenvolvimento de talentos e projetos aplicados". Para ele, isso acaba atraindo mais pessoas também para a UFG.

Soares lembra que o Ceia foi formado em 2019, com uma aliança com o Governo de Goiás, e uma das metas era a criação da graduação em IA com a formação de pessoas para atuar na área e abastecer o mercado, com a indução da demanda e a realização do ensino dos recursos humanos. "O Ceia é hoje o maior do Brasil, mesmo somando todos os outros centros não dá o nosso." Até por isso, o coordenador entende que ser o maior ponto de corte da UFG não altera a realidade do Ceia, mas que o fato muda a "perspectiva na procura por competências para uma sociedade melhor".

Retomada tecnológica

Soares explica que "a escolha no curso mostra uma mudança no balanço das múltiplas competências, fica mais equilibrado, o que é bastante positivo para o País, com essa retomada da procura por cursos de tecnologia e engenharias", diz. Para Camilo, ser o principal ponto de corte da UFG tende a ser um parâmetro de dedicação dos candidatos. "Pessoas mais engajadas e dedicadas costumam fazer uma melhor formação e apoiar a formação de outros alunos - favorecendo a cultura."

Presidente do Conselho Estadual de Educação e do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiás (Sepe-GO), Flávio Roberto de Castro conta que o fato dos cursos de tecnologia passarem a ser os principais pontos de corte da UFG não altera as perspectivas das escolas de Ensino Médio. "É o primeiro sinalizador dessa procura por outras profissões. Estamos vivendo momento de novas profissões, especialmente de IA, mas lógico que Medicina e Direito ainda são muito procurados e são relevantes." Para ele, como o Enem continua sendo a prova de entrada para todos os cursos, isso não muda a perspectiva das escolas, mas que já é percebido uma demanda dos alunos pela área, como a busca por cursos de robótica, por exemplo.

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Ao menos 179 pessoas morrem em acidente de avião na Coreia do Sul, diz agência

Aeronave da companhia aérea Jeju Air teve problema com trem de pouso, segundo apuração preliminar

Modificado em 29/12/2024, 14:30

undefined / Reprodução

Um avião que transportava 175 passageiros e 6 tripulantes saiu da pista, bateu contra um muro e explodiu no Aeroporto Internacional de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul, na noite deste sábado (28), já manhã de domingo no horário local (assista acima) .

De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, apenas duas pessoas sobreviveram. Todos os outros à bordo morreram, segundo informações dos bombeiros.

A aeronave, um Boeing 737-800, decolou de Bancoc, na Tailândia, com destino a Muan. Na lista de passageiros do voo 2216 aparecem 173 pessoas de nacionalidade sul-coreana e dois tailandeses.

A Coreia do Sul cancelou todos os voos domésticos e internacionais que tinham como origem ou destino o terminal envolvido no acidente.

O acidente aconteceu às 9h07 no horário local (21h07 no horário de Brasília). Segundo a polícia e os bombeiros, o avião, operado pela companhia aérea Jeju Air, tentava pousar em Muan, localizado a 288 km de Seul.

Uma apuração preliminar indicou que o acidente foi causado por "contato com pássaros, o que resultou em uma falha no trem de pouso" enquanto o avião tentava aterrissar.

Em vídeo compartilhado pela imprensa sul-coreana, é possível ver a aeronave derrapando pela pista, aparentemente sem o trem de pouso acionado, antes de se chocar contra uma parede do terminal, o que resultou na explosão.

Equipes de emergência trabalhavam para resgatar passageiros pela cauda da aeronave, informou a Yonhap. Ainda segundo a agência, autoridades tinham conseguido apagar o incêndio. Também iniciaram uma investigação para determinar as causas do acidente.

Uma imagem mostra a parte traseira do avião em chamas no que parece ser a lateral da pista, com bombeiros e veículos de emergência próximos aos destroços da aeronave. Outras fotos mostraram fumaça e fogo em pedaços do avião.

O presidente em exercício da Coreia do Sul, Choi Sung-mok, exigiu que todos os esforços se concentrem no resgate às vítimas, informou seu gabinete. Choi foi nomeado líder interino do país em meio à crise política após o impeachment de Yoon Suk Yeol, que tentou dar um autogolpe no último dia 3.

A aeronave, um Boeing 737-800, decolou de Bancoc, na Tailândia, com destino a Muan (Reprodução/Redes Sociais)

A aeronave, um Boeing 737-800, decolou de Bancoc, na Tailândia, com destino a Muan (Reprodução/Redes Sociais)

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Sisu terá mais de 6 mil vagas para universidades de Goiás em 2025

Quatro universidades ofertam vagas. Inscrições começam no dia 17 de janeiro

Modificado em 23/12/2024, 19:44

Fachada da Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Campus Samambaia, em Goiânia

Fachada da Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Campus Samambaia, em Goiânia (Wildes Barbosa / O Popular)

Goiás terá mais de 6 mil vagas disponibilizadas em universidades no estado aos estudantes que desejam tentar o acesso ao ensino superior em 2025 pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Para concorrer às vagas, os estudantes deverão se inscrever entre os dias 17 e 21 de janeiro de 2025, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior (veja cronograma ao final da reportagem) .

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As vagas estão distribuídas em quatro universidades públicas. A Universidade Federal de Goiás (UFG) lidera a lista com o maior número de vagas ofertadas. Ao todo, são 4.459. Na sequência, estão as Universidades Federais de Jataí (UFJ) e Universidade Federal de Catalão (UFCAT), com 1.080 vagas cada.

O Instituto Federal de Goiás (IFG) disponibilizou 630 vagas. Já o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e a Universidade Estadual de Goiás (UEG), não aderiram ao Sisu.

O Sisu utiliza as notas do Enem 2024 para calcular a nota de corte de cada curso, com base no número de vagas disponíveis e na quantidade de inscritos.

Cronograma do Sisu 2025

  • 17 a 21/01 -- Período de inscrições
  • 26 a 31/01 -- Manifestação em lista de espera
  • 26/01 -- Resultado chamada regular
  • 27/01 a 04/02 -- Período de ocupação da chamada regular
  • 11/02 -- Convocação da lista de espera