Vendedora denuncia que foi agredida por GCM durante confusão em fiscalização na Região da 44
Segundo ela, um dos guardas civis chegou a ameaçar atirar para cima caso não conseguisse passagem e, na sequência, fez uso de um cacetete
Maiara Dal Bosco
18 de maio de 2023 às 18:09
Modificado em 19/09/2024, 00:27

Vendedora foi socorrida com fortes dores na região lombar (Fábio Lima/O Popular)
Uma vendedora que trabalha na Região da 44, em Goiânia, denuncia que foi agredida por um guarda civil metropolitano durante a confusão que ocorreu durante uma fiscalização que visava encontrar mercadorias falsificadas, na manhã desta quinta-feira (18).
A reportagem procurou a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia para solicitar um posicionamento sobre o fato denunciado pela vendedora. A GCM manteve o posicionamento que foi enviado mais cedo pela corporação. No comunicado, a GCM afirmou que não compactua com qualquer ação irregular por parte de seus agentes.
A reportagem, a vendedora contou que a agressão aconteceu quando ela, após fechar uma das lojas da marca para qual trabalha, se dirigia a outra unidade da marca, em outra galeria, porque esta estaria mais segura e com menos tumulto.
Entretanto, a jovem relatou que, ao entrar na galeria, alguns guardas civis metropolitanos pediam passagem junto a um homem. Segundo ela, um dos guardas civis chegou a ameaçar atirar para cima caso não conseguisse passagem e, na sequência, fez uso de um cacetete.
"Nessa hora começou um empurra-empurra e eu empurrei minha amiga para que ela não fosse atingida pelo cacetete, que acabou me atingindo na lombar, justamente na região em que tenho um cisto", afirmou.
Ao chegar na loja da marca em que trabalha, localizada mais ao fundo da galeria, ela relatou que não estava aguentando de tanta dor. "Eu não conseguia sentar, e nem me mexer, por conta da dor. Então deitei no chão e a dona da loja ligou para o Corpo de Bombeiros", destacou.
Assim que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou, a jovem foi encaminhada ao Hospital, onde foi atendida.
"O médico me passou três dias de medicação. Ainda estou sentindo dor, e caso não melhore, precisarei voltar ao médico", relatou.
Mais cedo, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), também se posicionou sobre os acontecimentos registrados na manhã desta quinta-feira. "A AER44 esclarece ainda que não compactua com qualquer prática ilícita que seja, mas também presa para que o trabalho de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis ocorra dentro da legalidade, sem excessos e abusos de autoridade", diz um trecho da nota.
Nota da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia na íntegra:
NOTA - GCM
"A propósito da solicitação deste veículo de comunicação, a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM) informa o que se segue:
Guarda Civil Metropolitana de Goiânia - Prefeitura de Goiânia"
Nota da Associação Empresarial da Região da 44 na íntegra:
"NOTA DE ESCLARECIMENTO AER44
Sobre o trabalho de fiscalização contra mercadorias falsificadas feito pela Guarda Municipal de Goiânia na Região da 44, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER) esclarece que a ação ocorreu em um shopping não filiado à entidade.
A AER44 esclarece ainda que não compactua com qualquer prática ilícita que seja, mas também presa para que o trabalho de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis ocorra dentro da legalidade, sem excessos e abusos de autoridade. A Associação estará acompanhando o desenrolar dos fatos para que tudo seja devidamente esclarecido e o clima de harmonia e tranquilidade na região seja mantido."