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Onça-pintada é vista em reserva no Norte Goiano

Modificado em 20/09/2024, 06:35

Onça-pintada é vista em reserva no Norte Goiano

(Legado Verdes do Cerrado)

O maior felino selvagem das Américas, a onça-pintada foi registrada pela quinta vez no Legado Verdes do Cerrado -- Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), localizada em Niquelândia, no norte de Goiás. O animal é um macho adulto que, pela aparência física, indica estar em boa saúde.

É a quinta aparição da espécie, que teve o registro realizado em agosto deste ano pelas câmeras de monitoramento de fauna, por meio do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade, conduzido pela Reserva desde novembro de 2020 para o levantamento de espécies no território. O primeiro registro em vídeo da espécie no Legado Verdes do Cerrado aconteceu em 2019.

Nos anos seguintes, pegadas do animal foram vistas em diferentes pontos da Reserva, indicando que a espécie ainda estava presente no território. A confirmação veio em agosto deste ano, quando as chamadas "armadilhas fotográficas" fizeram um novo registro do felino. As armadilhas fotográficas, também conhecidas como câmera traps ou câmeras de monitoramento de fauna, têm se destacado entre os métodos de registro de animais na Reserva.

Esses equipamentos possuem uma câmera digital embutida com um sensor de temperatura e movimento. Quando eles detectam a movimentação de algum animal, ao mesmo tempo em que identificam uma temperatura diferente daquele ambiente, a câmera começa a capturar imagens -- em vídeo ou foto, sem qualquer contato ou interferência com o animal.

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Atirador de elite do Bope foi morto com três tiros em ação policial

Cabo Paulo Vitor Coelho Campos era exímio atirador e foi alvejado por foragido que fez mulher e enteada reféns. Militares estavam em ocorrência em Niquelândia para prendê-lo quando foram surpreendidos

O cabo PM Paulo Vitor Coelho Campos, prestes a completar 33 anos, era considerado um exímio atirador. Instrutor de tiro, era membro reverenciado do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar de Goiás (PM-GO). Não foi por acaso que integrava o grupo de elite que se deslocou para Niquelândia, no Norte goiano, para prender Fábio Bernardo dos Santos, 37, de extensa ficha criminal e vivendo clandestinamente no povoado de Garimpinho, a 70 km da sede do município. Ambos morreram na operação na madrugada desta terça-feira (11). O militar foi baleado três vezes e seu corpo está sendo velado na Academia da PM-GO, no Setor Leste Universitário, com sepultamento previsto para as 9 horas desta quarta-feira (12), no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia.

Dezenas de policiais do Bope, que é baseado em Goiânia, se deslocaram para a zona rural de Niquelândia após o serviço de inteligência identificar a presença na região de Fábio dos Santos, conhecido como Fábio Cigano. Mesmo preparados, os policiais não contavam com a astúcia do fugitivo, apontado como um contumaz criminoso, com participação em assaltos a bancos, a carros-fortes e executor de homicídios -- cinco, pelo menos. Com mandado de prisão em aberto expedido pela Vara do Júri da comarca de Juazeiro (BA), por assalto a mão armada e uso ilegal de arma de fogo, ele estava disposto a matar ou morrer.

De dentro da residência onde vivia com a mulher e a enteada, Fábio percebeu que o Bope tinha feito o cerco. Era madrugada, mas ele notou a movimentação por câmeras de monitoramento que tinha instalado na parte externa da casa. Segundo a PM, como tinha armamento pesado em casa, como fuzis calibres 5.56 e 7.62, Fábio começou a atirar. Ao menos 60 tiros foram disparados, conforme a PM. Foi nesse momento que três deles atingiram o cabo Paulo Vitor Coelho Campos, além do sargento José Carlos Rodrigues Mendes. Ambos foram socorridos, mas o primeiro não resistiu aos ferimentos; o segundo foi atingido de raspão no braço, sem maior gravidade.

Fábio Bernardo dos Santos, de 37, tinha extensa ficha criminal (Reprodução)

Fábio Bernardo dos Santos, de 37, tinha extensa ficha criminal (Reprodução)

Fábio Cigano não se entregou e continuou resistindo, apesar do grande número de policiais do Bope nas proximidades da casa. Ele optou por fazer reféns a mulher e a enteada. Mais tarde, em depoimento informal à PM, ela contou que ele estava disposto "a matar ou morrer". E foi o que aconteceu. Após cinco horas de negociação, outros atiradores de elite entraram em ação. Em nota, a PM explicou que foram "mobilizados todos os recursos necessários" e adotados "protocolos técnicos de gerenciamento de crise, incluindo o isolamento do local e a tentativa de negociação". Conforme o comunicado, "mesmo após intensas tratativas, o agressor permaneceu resistente e, diante da ameaça cada vez maior de violência contra as vítimas, foi alvejado e veio a óbito".

Fábio mantinha em casa um verdadeiro arsenal. A PM apreendeu diversos armamentos, como vários fuzis e espingardas, além de munições e bananas de dinamite. Segundo sua mulher, eles tinham saído da Bahia em 2023 e se deslocado para Garimpinho. O distrito, cercado de serras, fica depois do distrito do Muquém, que agosto sempre recebe a romaria religiosa em homenagem a Nossa Senhora da Abadia do Muquém. E foi com oração que o Bope homenageou o colega morto, no mesmo local onde tudo aconteceu, tendo como testemunha o armamento apreendido. Abraçados, os policiais fizeram a oração do Bope.

Em entrevista à TV Anhanguera, o delegado Cássio Arantes disse que Fábio Bernardo foi baleado em uma tentativa de evadir do local. "Ele teria utilizado a companheira como escudo para sair e verificar a situação do lado de fora e, dentro da janela de oportunidade, o sniper (atirador de elite) do Bope conseguiu efetuar um disparo e neutralizar a ameaça antes de acontecer um mal maior", informou. Em vídeo dos policiais sobre a ocorrência e divulgado pela emissora, a mulher dizia que havia solicitado ao marido para que a deixasse sair junto com a filha. "Pedi várias vezes para sair, para ele deixar a gente ir embora, por causa da minha filha. Ele disse não, porque se eu saísse não tinha jeito para ele."

Planejamento

Durante coletiva de imprensa no velório do cabo nesta terça-feira, na Academia da PM, em Goiânia, o chefe do Estado-Maior Estratégico da PM de Goiás, coronel Durvalino Câmara dos Santos Júnior, relatou que havia indícios de que Fábio Bernardo "estava se preparando para diversas ações" na região. Contudo, tal suspeita está sendo investigada pela Polícia Civil. "Ele era morador da região havia quatro anos e, nesse intervalo, tivemos diversas ações na Bahia e em todo o Nordeste de roubos a carro-forte e novo cangaço."

O coronel ponderou ainda que houve "surpresa" pela reação de Fábio Bernardo. "Cabo Campos era um homem com curso de ações de comandos, operador tático do Bope e altamente treinado, e estava portando o melhor de equipamento. Mas infelizmente tínhamos um agressor que nos surpreendeu pela agressividade. Sabíamos que ele estava com a mulher e filha, então não acreditávamos que teria uma reação tão violenta. Mas, da mesma forma, a resposta foi à altura", acrescentou. (Colaborou Gabriella Braga)

Cabo é homenageado em velório na Academia da PM

O corpo do cabo Paulo Vitor Coelho Campos começou a ser velado durante a tarde desta quinta-feira (11) no auditório do Comando da Academia de Polícia Militar, em Goiânia. A cerimônia no local teve início após um cortejo que saiu de uma funerária no Setor Bueno, passando pela Praça Cívica até à Academia da PM, no Setor Leste Universitário. Logo após o cortejo feito pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO), o caixão foi levado para o auditório por oito militares do Bope. O espaço foi lotado por familiares e amigos, os colegas de farda, além de policiais federais, policiais rodoviários federais e membros da Polícia Técnico-Científica.

Corpo do cabo Campos chega à Academia da PM para o velório (Wildes Barbosa / O Popular)

Corpo do cabo Campos chega à Academia da PM para o velório (Wildes Barbosa / O Popular)

Governador em exercício devido à viagem de Ronaldo Caiado (UB) à Índia, Daniel Vilela (MDB) esteve na cerimônia para prestar solidariedade à família e amigos e, ao falar com a imprensa, lamentou o ocorrido, classificando Paulo Vitor como "um grande policial". "Sentimos muito, porque os nossos policiais literalmente doam a vida para garantir a segurança da nossa sociedade. E situações como essa nos trazem uma profunda tristeza porque perdemos um grande profissional, um grande policial que, ao combater um caso de alta periculosidade que se escondia aqui no nosso Estado, acabou sendo abatido. Venho reforçar nossa posição de garantir com que Goiás continue sendo um Estado seguro", disse Vilela.

Chefe do Estado-Maior Estratégico da Polícia Militar de Goiás, o coronel Durvalino Câmara dos Santos Júnior também teceu elogios ao companheiro de corporação ao falar com a imprensa. "Paulo Vitor era um homem vocacionado e que tinha uma vontade muito grande de fazer a diferença na vida do cidadão. A sociedade goiana hoje reconhece nosso suor, nosso trabalho e nossas lágrimas, e reconhece o quanto nós nos sacrificamos e o quanto somos capazes de doar o bem mais precioso, que é nossa vida, por quem não conhecemos. É uma perda irreparável para nossa instituição, mas sabemos que estamos no caminho certo. Somos uma instituição que não recua para o crime e hoje estamos aqui honrando o nosso irmão de farda que deu a vida por vocês", destacou.

Homenagens

A operação, que mobilizou cerca de 200 policiais, repercutiu em todo o País pela morte do atirador de elite da PM goiana. O cabo Paulo Vitor Coelho Campos, que deixa dois filhos menores, foi homenageado pela corporação e pelo governador Ronaldo Caiado, que está em viagem à Índia. "Ele faleceu cumprindo sua missão de proteger os cidadãos goianos e será lembrado por sua coragem e dedicação", afirmou, em nota. Daniel Vilela também expressou condolências ao cabo Paulo Vitor que, conforme ele, "dedicou sua vida à missão de proteger a sociedade goiana, atuando com coragem, honra e comprometimento no Bope". "Sua bravura e espírito de serviço permanecerão como legado para todos que integram a segurança pública do nosso Estado", disse, em nota publicada nas redes sociais.

Nas páginas do Batalhão de Operações Especiais (Bope), mais homenagens ao cabo Paulo Vitor. "Hoje nos despedimos de um guerreiro que dedicou sua vida à proteção da sociedade. CB Campos tombou em combate, cumprindo sua missão com honra, coragem e lealdade. Não foi apenas a tropa que perdeu um irmão -- a sociedade perdeu um defensor incansável, um combatente que jamais hesitou em enfrentar o perigo para garantir a segurança de todos. Seu sacrifício jamais será esquecido. Seu nome será lembrado nas fileiras do Bope e na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo." E até mesmo a PM Rodoviária de Santa Catarina fez um tributo ao goiano. Em vídeo publicado nas redes sociais, os militares catarinenses bateram continência ao colega de farda.

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PM morre após ser baleado por homem que faz família refém, em Niquelândia, diz polícia

Outro policial ficou ferido durante a ocorrência, mas não corre risco de morte

Policial militar foi morto durante cumprimento de uma operação para prender um suspeito de alta periculosidade

Policial militar foi morto durante cumprimento de uma operação para prender um suspeito de alta periculosidade ((Reprodução/ TV Anhanguera))

O policial militar Paulo Vitor Coelho Campos morreu após ser baleado por um homem que faz a própria família como refém, em Niquelândia, no norte goiano. Outro policial foi baleado no braço. Ele já recebeu atendimento médico e não corre risco de morte. As informações foram confirmadas ao Daqui pelo batalhão da cidade. O caso aconteceu nesta terça-feira (11) na zona rural do município.

Segundo a Polícia Militar de Goiás (PMGO), a ocorrência segue em andamento e o agressor está mantendo membros da própria família como reféns. A PMGO também informou que o local já foi isolado pela corporação e está aplicando protocolos de gerenciamento de crise (leia na íntegra abaixo).

Paulo Vitor era cabo do Batalhão de Operações Especiais (Bope), segundo a PMGO. Ainda não se sabe as motivações e o histórico do suspeito. Conforme a polícia, assim que chegou na propriedade, a equipe foi recebida com tiros de fuzil.
Nota da PMGO

A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que, na madrugada desta terça-feira, durante uma ocorrência na zona rural do município de Niquelândia, dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foram alvejados.

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) informa que a ocorrência na zona rural de Niquelândia ainda está em andamento. O agressor mantém membros de sua própria família como reféns em um local totalmente isolado pela corporação.

Todas as forças necessárias já foram mobilizadas para garantir uma resolução segura da situação. No local, equipes especializadas atuam com protocolos técnicos de gerenciamento de crise, visando preservar vidas e assegurar a segurança da população.

Matéria em atualização.

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Hábitat reduzido multiplica aparição de onças em Goiás

Constantes avistamentos dos felinos em vídeos que viralizam na internet reiteram o aumento das populações dos animais, de acordo com especialistas

Modificado em 17/09/2024, 15:51

Onça Apoena, no Instituto Nex, unidade de conservação do felino localizada na zona rural de Corumbá de Goiás, a 110 km de Goiânia

Onça Apoena, no Instituto Nex, unidade de conservação do felino localizada na zona rural de Corumbá de Goiás, a 110 km de Goiânia
 (Diomício Gomes )

Símbolo da biodiversidade brasileira, a onça pintada tem sido a estrela de diversos vídeos que circulam pela internet. Recentemente, o biológico goiano Leandro Silveira viralizou depois de postar imagens passeando com três felinos na zona rural de Mineiros, no Sudoeste de Goiás. "Toda minha vida é dedicada à pesquisa e conservação da espécie, que está constantemente ameaçada. Ainda há muito o que mudar para combater a matança", destaca o profissional.

Goiás é um dos estados brasileiros que mais possuem onças nas áreas de preservação ambiental do Cerrado e nos chamados "corredores ecológicos", como o Rio Araguaia. A constante presença dos animais em vídeos que são publicados na internet se justifica, primeiro, pelo fácil acesso aos equipamentos digitais e à internet e, segundo Silveira, por conta da diminuição da caça e aumento da conscientização, pesquisa e monitoramento dos animais.

"Quando esses animais começam a aparecer é porque, de certa forma, podemos dizer que as populações estão se recuperando, estão reproduzindo, mas não estão tendo um lugar para poder ficar. Isso acaba fazendo com que apareça mais onças nas cidades", explica o biólogo, fundador do Instituto Onça Pintada, que atua no trabalho de conservação da espécie em Mineiros, próximo ao Parque Nacional das Emas. Atualmente, o goiano está no Amapá em projeto de mapeamento na Estação Ecológica de Maracá-Jipioca.

Com o aumento da população de onças, e, ao mesmo tempo em que os índices de desmatamento do Cerrado crescem mês a mês, muitos animais migram para as zonas urbanas. "O lugar que as onças estão reproduzindo hoje já existe há muito tempo. Só que o bicho que nasceu ali vai procurar uma nova área, mas no meio do caminho tem uma cidade, uma vila, agricultura, pecuária. Não é que ela está perdendo hábitat, ela já perdeu. Agora, quando a população começa a aumentar, ela não tem para onde ir", reflete o pesquisador.

Algumas ações colaboram para o monitoramento e pesquisa dos felinos nas áreas ambientais de Goiás. Na região da Serra dos Pireneus, que abarca os municípios de Pirenópolis, Corumbá, Cocalzinho e Vila Propício, o médico e entusiasta da conscientização ambiental Leandro Carvalho Vitorino desenvolveu um projeto de armadilhas fotográficas para monitorar a vida da onça pintada e colher informações para instituições de pesquisa e defesa.

"Nossa intenção é entender o tamanho do território de cada onça, a frequência que se reproduzem e o tempo que o animal leva para tomar outro espaço da natureza", reitera Carvalho. Desde 2017 que o goiano começou a fazer o projeto, um dos pioneiros do Brasil na instalação e customização de estúdios de selva. "Em julho, eu e meu colega Lucas Gaehwiler vamos pegar algumas imagens para fazer uma exposição em Pirenópolis com o intuito de promover formas de conscientização. Também estamos finalizando um documentário sobre as onças pintadas na Serra dos Pireneus", destaca.

Divulgação

As constantes aparições de onças em vídeos que viralizam na internet e o aumento das populações dos felinos se devem ao fato de que as pesquisas, trabalhos e projetos ambientais estão sendo mais divulgados e mostrados às pessoas. É essa a explicação de Cristina Gianni, presidente do Instituto Nex, que atua na conservação da espécie na zona rural de Corumbá de Goiás, a 113 km de Goiânia.

"Você não protege aquilo que não conhece. Abrimos o instituto há 23 anos e ninguém postava nada de onça, ninguém trabalhava com onça como a gente começou a trabalhar. Então nós divulgamos muito, sempre abrimos para a imprensa e ao público", reflete Cristina. Para a pesquisadora, ao mesmo tempo em que cresce a consciência, aumenta também a perda de hábitat. "Como as onças vão conseguir sobreviver? Elas se aproximam das zonas urbanas em busca de outros animais e do lixo", completa.

Uma das estrelas entre as onças que os profissionais do Instituto Nex cuidam é a Matí, que serviu de modelo para as imagens da novela Pantanal (TV Globo), exibida em 2023. "Nós recebemos onças em condição de risco, que não têm como voltar para a natureza. Atualmente há 24 animais sob nossos cuidados e que, por meio deles, podemos entender sobre esse animal símbolo da diversidade ambiental", diz Cristina.

Caça

A onça é um animal topo da cadeia alimentar e serve de termômetro para os pesquisadores na hora de realizar um diagnóstico de como aquele determinado hábitat está em relação à preservação de todas as outras espécies. A professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Luciana Batalha de Miranda Araújo, doutora em Animais Silvestres, explica que, quando existe um desequilíbrio no bioma, surge uma reação em cadeia que vai da zona rural às cidades, mudando as formas da natureza.

"Infelizmente, a gente ainda continua tendo bastante interação negativa entre a população e as onças. Ainda tem bastante caça no Centro-Oeste, uma região onde a prática começou como subsistência há vários anos, mas, mesmo com a modernização e tecnificação da produção de alimentos, ainda é tradicional", lamenta a pesquisadora da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG.

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Engenheiro filma onça nadando no meio de lago e se emociona: 'experiência única'

Daniel Rodrigues disse que a onça atravessava o lago de uma ilha para outra, em Minaçu

Modificado em 17/09/2024, 16:21

Onça foi flagrada nadando em lago de Minaçu

Onça foi flagrada nadando em lago de Minaçu (Arquivo pessoal/ Daniel Rodrigues)

Uma onça foi flagrada nadando no Lago de Cana Brava, em Minaçu, no norte de Goiás. O registro foi feito pelo engenheiro civil da prefeitura da cidade, Daniel Pinheiro Rodrigues, do 30 anos. Segundo o servidor, a onça atravessou de uma ilha para outra.

De acordo com o biólogo Edson Abrão, o animal visto por Daniel se trata de uma onça sussuarana ou parda, também conhecida como puma fora do país. Eles costumam nadar em busca de alimentos, abrigo e até para se reproduzir. Após analisar as imagens, o biólogo ainda afirmou se tratar de um filhote e que, provavelmente, a mãe estava por perto.

Daniel contou que o flagrante foi feito no final da tarde de domingo (25), quando ele voltava do rancho do pai dele. Esta foi a primeira vez que o servidor viu uma onça no local.

"Naquela região, eu já vi muita capivara atravessando. Aí quando eu fui chegando perto, peguei o celular e já comecei a filmar. Mas só quando cheguei mais perto percebi que era uma onça. Ando bastante nesse lago, conheço ele bem. Mas nunca tinha visto uma onça", contou o servidor.

Daniel ainda disse que ver o animal foi uma realização. E que nunca tinha visto uma onça em seu habitat natural, apenas em zoológicos.

"Quando eu cheguei perto, vi que era uma onça, a emoção foi grande. Poucas pessoas têm um privilégio desse. Eu já vi muitos animais ali. Já vi capivara atravessando o lago, macacos nas ilhas, mas onça eu nunca vi. Quando meu telefone deu sinal, a primeira coisa que fiz foi ligar para o meu pai, porque ele também é um apaixonado pela natureza", detalhou.

O servidor ainda relatou que após ver a onça nadando, se afastou e esperou terminar a travessia para, então, seguir viagem.