Esporte

Atlético-GO faz rodízio no ataque e, sem sucesso, tem piores números do Brasileirão

Wesley Costa
Janderson marcou o último gol do Atlético-GO, na vitória sobre o Fluminense

A derrota de 2 a 0 para o Criciúma-SC, na quinta-feira (3), expôs fragilidades táticas e técnicas do Atlético-GO, cada vez mais próximo do rebaixamento à Série B com 21 pontos e carregando a lanterna da competição.

No Brasileirão, a equipe atleticana é dona do sistema ofensivo com pior aproveitamento nos jogos. São 22 gols marcados em 29 rodadas, contra os mesmos 22 gols do Fluminense, que tem um jogo a menos (28 vezes).

O ataque do Dragão pouco tem incomodado os adversários, principalmente fora de casa. O goleiro Gustavo, do Criciúma, poucas vezes trabalhou diante do time atleticano em jogo pela 29ª rodada da Série A.

Na média, o Dragão marcou 0,75 gol por jogo no Brasileiro, enquanto o Fluminense tem a média de 0,78 gol a cada partida. O Cuiabá-MT, próximo adversário do Dragão no dia 18 deste mês, marcou 23 gols em 27 rodadas e tem média superior – 0,85 gol por jogo.

O Atlético-GO cria chances, mas tem marcado poucos gols e facilitado a vida dos adversários. Até a rodada final da Série A, terá nove partidas para elevar a média.

“É a eficácia (para fazer gols). No futebol, você constrói, mas precisa, na última bola, na finalização, ter um melhor aproveitamento. Então, foi o que falamos. Nós conseguimos entrar no último terço do adversário”, apontou o técnico Umberto Louzer, após mais um revés na competição. O treinador testou algumas opções de ataque e ainda não encontrou a formação ideal. Balançar as redes adversárias é uma dor de cabeça para a comissão técnica na Série A.

Mesmo que defensivamente o rendimento deixe a desejar – o time sofreu 47 gols nos 27 jogos disputados e tem a defesa mais vazada da Série A -, o sistema ofensivo não tem correspondido e passou pela saída de alguns atacantes, ao contrário da defesa, que praticamente não teve trocas ou dispensas de defensores. A dupla de zaga, formada por Alix Vinícius e Adriano Martins, atuou na maioria das partidas.

No ataque, o rodízio é superior. No início desta semana, o Atlético-GO rescindiu contrato com o uruguaio Emiliano Rodríguez e aumentou para dez o número de atacantes que não fazem mais parte do elenco nesta temporada.

Além de Emi Rodríguez, já saíram: Vagner Love (principal contratação do clube no começo do ano, acertou a rescisão e está no Avaí-SC), Max (revelação do Sampaio Corrêa-RJ, foi dispensado), os colombianos Yony González (dispensado, está no Paysandu) e Mateo Zuleta (não rendeu e está no América de Cali, da Colômbia), Gabriel Barros (veio do Inter, não deu certo e está no Avaí).

Três atacantes foram emprestados: Airton (Guarani), Thayllon (Ferroviária-SP) e Daniel (Operário-PR).

Há uma perda prevista para depois da temporada. Luiz Fernando, artilheiro do clube com 19 gols neste ano, não ficará no clube, conforme informado pelos representantes dele. O que se comenta é que o jogador vai reforçar o Cruzeiro em 2025.

Janderson voltou ao Atlético-GO, emprestado pelo Ceará. Fez o gol da vitória sobre o Fluminense, mas não atuou bem diante do Criciúma. O costarriquenho Joel Campbell, os venezuelanos Matías Lacava e Jan Hurtado vêm atuando, mas oscilaram nos jogos. O uruguaio Alejo Cruz se tornou opção para a lateral esquerda, no lugar de Guilherme Romão, suspenso. Outro atacante do elenco é Derek, que fez um gol sobre o Inter e não se firmou.

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