Esporte

Começo do Brasileirão impõe dificuldades ao Atlético-GO após três derrotas em três jogos

Diomício Gomes
Ronaldo vai na bola, mas não defende pênalti cobrado por Luciano, que marcou o segundo gol do São Paulo

O começo do Brasileirão tem mostrado para o Atlético-GO que o nível na elite é alto. O Dragão foi goleado pelo São Paulo, por 3 a 0, neste domingo (21) e perdeu a terceira partida seguida em três jogos no seu retorno à Série A. As derrotas no início da competição acabaram com sequências históricas, de vitórias e invencibilidade da equipe atleticana. Sem pontuar, o time segue na zona de rebaixamento.

Antes da Série A começar, o Atlético-GO tinha 15 vitórias consecutivas na temporada. A marca, que era a maior de triunfos seguidos do clube na história, acabou na polêmica derrota de 2 a 1 para o Flamengo na 1ª rodada, no Serra Dourada, em jogo em que o Dragão reclamou bastante da arbitragem.

No Accioly, o período de invencibilidade era de 22 jogos. Em partidas oficiais, era a maior sequência invicta do Atlético-GO em seu estádio particular na história. Ela foi encerrada neste domingo (21) com a goleada para o São Paulo.

O fim das sequências é um exemplo que mostra ao Atlético-GO que a vida na Série A não é fácil. O Dragão terá de se habituar com pouco tempo de recuperação entre os jogos e nível técnico mais elevado de adversários em comparação com o que vinha encarando na temporada, o Goianão em especial, ou em relação ao ano passado na Série B.

Contra o São Paulo, a postura ofensiva que marcou o começo de ano do Atlético-GO não foi vista praticamente em nenhum momento no Accioly.

O Dragão não teve a bola, como costuma ter, foi pressionado pelo time paulista, que passou por uma mudança de técnico nos últimos dias e foi comandado por interino. O time da casa também viu seus principais jogadores em noite ruim seja na criação, no caso de Shaylon, ou na conclusão de jogadas, como Luiz Fernando e Emiliano Rodríguez.

Pela frente, o Atlético-GO tem dois jogos pesados. O clube goiano terá sequência como visitante diante de Internacional (4º colocado) e Juventude (6ª posição). Entre as partidas, o Dragão deve fazer o duelo de ida da 3ª fase da Copa do Brasil, fora de casa, contra o Brusque.

“Hoje foi um dia sofrível”, resumiu o presidente Adson Batista. “Queríamos a manutenção do momento invicto em casa, mas é passado”, acrescentou o técnico Jair Ventura, que sempre enaltece números positivos em suas entrevistas. O artilheiro Luiz Fernando, com 12 gols no ano, disse ao Premiere que o início do Brasileirão “preocupa” e que a equipe está “devendo na Série A”.

O Atlético-GO, nos pontos corridos da Série A, não pontuou após três jogos pela segunda vez em sete participações. O registro anterior foi em 2017, ano em que o clube foi rebaixado à Série B.

Dirigente, técnico e jogadores do Atlético-GO deixaram o Accioly com discurso de que o São Paulo foi melhor, se impôs e que o Dragão não teve reação contra a boa atuação da equipe paulista. Todos, porém, frisaram que a equipe goiana precisa se recuperar.

“Agora, temos que ser fortes, juntar o nosso time. Temos capacidade (de sair deste momento). Eu confio no time, ele não desaprendeu a jogar. Na minha concepção, nós tivemos três jogadores lúcidos: Alix, Luiz Fernando e Romão, mas ninguém deixou de prestar. O time tem qualidade. Hoje (domingo), nos perdemos emocionalmente e precisamos tirar reflexões para reagir”, comentou Adson Batista.

Como na estreia, o Atlético-GO voltou a ter jogadores expulsos. Desta vez, não houve reclamações contra a arbitragem. Há o entendimento que as expulsões do zagueiro Luiz Felipe e do atacante Gabriel Barros foram justas. Ambas ocorreram no segundo tempo, quando o Dragão perdia por 1 a 0.

“É momento de passar confiança. O Luiz (Felipe) não vai ter uma noite fácil. Não adianta vir aqui, massacrar o cara e falar que foi o vilão. Ele nos ajudou ano passado, errou como todo mundo erra. Não é igual tênis, um jogador, são 11. Quando começamos o ano bem, tudo estava maravilhoso e todos eram responsáveis. Agora, no momento ruim, todos nós somos responsáveis”, salientou o técnico Jair Ventura, que também perdeu sua invencibilidade de 21 jogos no Accioly, por Atlético-GO, Juventude e Goiás, que foram as equipes que ele comandou no Castelo do Dragão.

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