Uma estudante de medicina, de 25 anos, foi presa suspeita de integrar um grupo criminoso que furtou mais de R$ 138 mil de clientes de um banco, em Vianópolis, região central de Goiás. O crime ocorreu por meio da instalação de um dispositivo conhecido como “chupa-cabra” no caixa eletrônico, segundo a Polícia Civil (PC). Outro suspeito, identificado como Francisco Alison Vieira de Andrade, de 33 anos, também foi preso por executar o crime. Mais duas pessoas são investigadas por participar do grupo. O jornal não conseguiu o contato da defesa de Francisco para que pudesse se posicionar. Por não terem os nomes divulgados, a reportagem não localizou os advogados da estudante presa e dos outros dois suspeitos. Os crimes ocorreram entre os dias 5 e 25 de abril deste ano. Na ocasião, os suspeitos coletaram os dados de cooperados do banco, entre eles, produtores rurais, por meio da instalação do “chupa-cabra” no terminal de autoatendimento da agência bancária. De acordo com PC, após 20 dias obtendo os dados das vítimas, o grupo realizou os saques e as transferências dos valores, o que resultou em um prejuízo total de R$ 138.699,88. As investigações apontaram que Francisco retornou à região no início de junho e praticou outros furtos bancários em cidades vizinhas. O delegado responsável pelo caso, Kennet Andersson de Souza, explicou qual era o papel da estudante de medicina no grupo criminoso."O envolvimento dessa mulher teria sido a locação de veículos em seu nome, para que posteriormente o investigado Francisco se deslocasse até a cidade e praticasse esse tipo de furto”, relatou o delegado. Prisões A estudante, que faz o 9º período de medicina em uma Universidade Federal do Piauí, foi presa, nesta terça-feira (24), no mesmo estado. Já o mandado de prisão contra Francisco foi cumprido em Cratéus, no Ceará. Outros dois suspeitos foram identificados, sendo um homem, de 24 anos, e outra mulher, de 26. Ao jornal, o delegado explicou que as contas bancárias deles foram utilizadas para receber os valores furtados das vítimas.De acordo com o delegado, há indícios de que os suspeitos integram uma associação criminosa que atuava nesse mesmo tipo de fraude, cujos crimes foram praticados também nos estados de Pernambuco, Mato Grosso e Minas Gerais. Eles poderão responder pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, concurso de pessoas e associação criminosa, conforme o investigador.