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Fiocruz prevê aumento de internações e mortes em Goiás

Boletim epidemiológico aponta tendência de alta de casos de síndromes respiratórias em regionais de Goiás que incluem os polos de Catalão, Itumbiara e Aparecida. Na capital, ocupação no HCamp saltou de 82% para 94%. Cidade de Goiás lotou leitos de UTI

Modificado em 21/09/2024, 01:00

Secretário Ismael acredita em repique da segunda onda da Covid-19

Secretário Ismael acredita em repique da segunda onda da Covid-19 (Fabio Lima/O Popular)

Goiás está entre as 17 unidades da federação com pelo menos uma Macrorregião de Saúde de alta tendência de aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) em curto ou longo prazo, ou seja, nas próximas três ou seis semanas.

Isso significa que nos próximos dias poderá haver um aumento na quantidade de hospitalizações por coronavírus (Sars-CoV-2), seguido pelo crescimento no número de mortes ocasionada pelo vírus. Os números são do último boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de sexta-feira (21).

A Macrorregião de Goiás com alta tendência de aumento de Srag, segundo a Fiocruz, é a Centro-Sudoeste, que inclui as regiões de Estrada de Ferro, polo Catalão; Centro Sul, polo Aparecida de Goiânia; e Sul, polo Itumbiara. Atualmente, segundo cálculo da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), as três regiões estão na classificação "crítica", considerada como de gravidade intermediária, a partir de índices como Srag, ocupação de leitos, óbitos e velocidade de transmissão.

Levantamento da Rede Análise Covid-19 já mostra aumento de pessoas com sintomas típicos da Covid-19 no Estado, a partir de estatística da Universidade de Maryland em conjunto com o Facebook.

O boletim da Fiocruz também coloca Goiás entre as unidades da federação com sinais de interrupção da tendência de queda de notificação de Srag. Para a Fiocruz, estes sinais pedem cautela na flexibilização de medidas de distanciamento social para redução da transmissão do vírus.

As notificações de Srag são um dos indicadores utilizados para monitorar a pandemia do coronavírus. Segundo o titular da SES-GO, os casos de Srag pararam de cair na semana passada, enquanto a velocidade de transmissão do coronavírus, o chamado "Re", tem subido.

Além disso, a procura na porta de unidades de saúde teria aumentado. Na semana passada, a ocupação do Hospital de Campanha (HCamp) de Goiânia saiu de 82% para 94%, segundo o secretário.

No entanto, ele considera que isso não vai refletir necessariamente no aumento de mortos, embora deva aumentar a taxa de ocupação dos hospitais. "Não se trata de terceira onda, mas repique de segunda, pois a segunda onda não baixou ainda", avalia.

O cientista de dados e coordenador na Rede Análise Covid-19, Isaac Schrastzhaupt, aponta para o que chama de reversão de tendência de queda em Goiás e no País.

"A gente teve esse pico forte ali atrás (março), a gente conseguiu reverter com as medidas de restrição de mobilidade. Começou a cair, só que essa velocidade de queda começou a desacelerar, começou a cair cada vez mais devagar, até que começou a estabilizar e agora já está revertendo. Ou seja, já está querendo virar aumento de novo", explica o pesquisador.

Além de tendências de novos casos e mortes, a Rede Análise também trabalha com uma pesquisa da Universidade de Maryland em parceria com o Facebook, em que são feitas perguntas sobre a pandemia pela internet.

"Esses dados de sintomáticos acabam prevendo o que vai acontecer lá na frente. Essa reversão de queda de sintomáticos começou a aparecer muito claramente também em todos o Estados, inclusive Goiás. Isso significa que essas pessoas, lá na frente, vão virar casos notificados, depois, infelizmente, internações hospitalares e depois óbitos. Aquele caminho triste que a gente já conhece."

No caso de Goiás, o gráfico dessa pesquisa da universidade com o Facebook mostra não só a interrupção da queda de sintomas reportados, como também uma tendência de aumento.

Alertas sobre essa reversão de tendência de queda foram feitos por Isaac no mês de janeiro, o que acabou se concretizando, no caso de Goiás, no mês de março com recorde de mortes, hospitalização e fila de espera por Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O cientista de dados aponta que a cobertura vacinal no País, o que inclui Goiás, atualmente é muito baixa e não é suficiente para evitar um aumento de casos. Isaac lembra que para a vacinação ser efetiva, ela deve ser coletiva.

Para ilustrar, ele cita o processo de imunização como um jogo de futebol. A vacina seria um ótimo goleiro, que segura quase todas as bolas, que seriam a doença.

No entanto, quando poucas pessoas são vacinadas, os que estão imunizados podem receber uma grande pressão, com mais "bolas" tentando entrar e talvez com jogadores melhores, o que seriam as novas variantes mais agressivas.

O pesquisador explica que sem vacinação em massa, a solução para evitar mais mortes são medidas restritivas, evitando que as pessoas tenham contato umas com as outras. Ele defende que isso deve ser feito como prevenção, antes do aumento descontrolado de casos.

No entanto, segundo Isaac, as medidas restritivas no País têm sido de forma reativa, depois que a doença já se espalhou muito. "Quanto antes fizer isso, menos mortes você gera."

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Livre de Covid-19, Ana Maria Braga volta ao 'Mais Você' na segunda (2)

Modificado em 17/09/2024, 17:23

Livre de Covid-19, Ana Maria Braga volta ao 'Mais Você' na segunda (2)

(Divulgação TV Globo)

Por meio das redes sociais, Ana Maria Braga contou que fez um novo teste de Covid e que, o resultado deu negativo. A apresentadora adiantou, então, que retorna ao comando do "Mais Você" na próxima segunda-feira (2).

Em sua ausência, o programa foi apresentado por Tati Machado e Fabricio Battaglini.

"Estava ansiosa aqui e repeti o teste todos os dias e... Hoje não deu nada! Finalmente!", escreveu a loira.

Essa foi a quarta vez que a apresentadora testou positivo para doença. A última havia sido em fevereiro deste ano.

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Goiás vive nova onda de Covid e registra 14 mortes em 2024, diz SES

Modificado em 17/09/2024, 15:53

Goiás vive nova onda de Covid e registra 14 mortes em 2024, diz SES

(Wildes Barbosa)

Goiás vive uma nova onda de aumento de casos de Covid-19, segundo a Secretária de Estado da Saúde (SES-GO). Entre janeiro e fevereiro deste ano, mais de 8 mil pessoas foram infectadas e 14 morreram em decorrência de complicações da doença. A maior parte dos óbitos foi entre idosos. Já em 2023, de acordo com a SES, nas cinco primeiras semanas foram registrados 28.359 casos e 73 mortes.

De acordo com a SES-GO, se comparados os casos confirmados nas últimas cinco semanas de 2023 e as primeiras cinco semanas de 2024, houve um aumento de 389% nos registros de Covid-19, em Goiás. Já quando a comparação é feita entre as cinco de semanas deste ano com o mesmo período do ano passado, houve uma diminução de 70% nos registros da doença no estado.

O avanço da doença e as festas de carnaval, preocupam a secretaria, que reforçam as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção da doença.

"Se a pessoa está com sintomas respiratórios, use máscara, evite locais com aglomeração de pessoas e, principalmente, a vacinação. Antes do carnaval procure um posto de saúde. Se não completou o esquema vacinal, complete", explica a Superintendente de Vigilância Sanitária em Saúde, Flúvia Amorim.

Com o aumento do número de casos, quatro cidades goianas cancelaram as festas de carnaval, são elas: Guapó, Itapuranga, Petrolina de Goiás e São Francisco de Goiás. Entretanto, importantes pontos turísticos do Estado devem receber milhares de pessoas nos quatro dias de festa.

De acordo com a superintendente, já é esperado um aumento no número de casos após os festejos de carnaval, porém, se a população se vacinar, não deve haver registro de casos graves.

Atualmente, segundo a SES-GO, apenas 77,39% da população recebeu as duas doses do imunizante que protege contra a doença e apenas 13,81% foi vacinada com a Bivalente, que protege contra as variantes da Covid.

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Saúde disponibiliza nova dose de reforço da vacina bivalente contra Covid-19 em Goiás

Medida segue recomendação do Ministério da Saúde, diante da identificação de novas sublinhagens do vírus no país. Atualmente, contudo, não há registro das subvariantes JN.1 e JG.3 no estado

Modificado em 19/09/2024, 01:14

Reforço da vacina bivalente é recomendado para idosos acima de 60 anos e imunocomprometidos a partir de 12 anos

Reforço da vacina bivalente é recomendado para idosos acima de 60 anos e imunocomprometidos a partir de 12 anos ( Iron Braz)

Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, o governo de Goiás passa a disponibilizar a dose de reforço da vacina bivalente contra Covid-19 para idosos acima de 60 anos e imunocomprometidos a partir de 12 anos. A orientação consta na nota técnica nº 83/2023, publicada pelo órgão ministerial na última terça-feira (5).

O documento foi emitido após a identificação de duas sublinhagens de uma variante da covid-19 no Brasil (JN.1 e JG.3). "O estado do Ceará identificou essa nova variante da Omicron, que fez com que o número de casos naquele estado aumentasse. E por isso essa recomendação para que idosos e imunodeprimidos tomem mais uma dose da vacina bivalente. Lembrando que a orientação é para quem já tomou a última dose há seis meses ou mais", explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim.

Em Goiás, já foram registrados ao longo de 2023 um total de 110.463 casos confirmados de Covid-19, com 452 óbitos pela doença. Até o momento, contudo, não há registro das subvariantes JN.1 e JG.3 no estado, conforme o último sequenciamento genômico realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-Go), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atualmente, a XBB.1 é a subvariante com maior representatividade em Goiás.

O imunizante está disponível nas 989 salas de vacinação em todo o estado. Hoje, a cobertura vacinal para a bivalente em Goiás é de 13,22%. Além dos idosos, transplantados, pessoas vivendo com HIV, portadores de doença renal crônica em hemodiálise e pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico podem buscar a dose de reforço. "Se você está nessa situação, a recomendação é procurar um posto de vacinação no seu município e atualizar sua caderneta", completa a superintendente.

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Goiás é o estado com maior aumento de casos de Covid-19 em agosto, aponta pesquisa

Apesar de ser o estado com maior aumento de casos, Goiás ocupa a segunda posição no ranking de positividade para a infecção pelo novo coronavírus, com 20,4%

Modificado em 19/09/2024, 01:10

Instituto Todos pela Saúde (ITpS) usou no levantamento dados de 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023

Instituto Todos pela Saúde (ITpS) usou no levantamento dados de 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 (Tchelo Figueredo)

Um relatório feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) revelou que Goiás teve o maior crescimento de resultados positivos para a Covid-19 no mês de agosto, passando de 8% para 20%. Em um contexto geral, a taxa de positividade no Brasil dobrou em um mês, passando de 7% para 15,3% entre as semanas de 22 de julho e 19 de agosto.

Apesar de ser o estado com maior aumento de casos, Goiás ocupa a segunda posição no ranking de positividade para a infecção pelo novo coronavírus, com 20,4%. O primeiro colocado é Minas Gerais, com 21,4%. Foram analisados também: Distrito Federal, com positividade de 19,45%; Mato Grosso, com 13,64%; Pernambuco, 3,74%; São Paulo, 14,11%; Paraná, 15,69% e Santa Catarina, com 4,67%.

De acordo com o levantamento, os percentuais mais elevados são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). Já as taxas mais baixas estão entre crianças menores de 4 anos (2,74%).

O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) usou no levantamento dados de 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin. O ITpS também analisou as taxas de positividade para outros vírus, como os da influenza A e B, e todas seguem em baixa.

O ITpS ressalta que o aumento da positividade para Covid-19 serve como alerta de que o vírus SARS-CoV-2 continua circulando e a população deve estar com a vacinação em dia, sendo que crianças e adolescentes de até 18 anos têm que tomar três doses da vacina e adultos e idosos, quatro.

Segundo dados do "vacinômetro" do Ministério da Saúde, menos da metade dos brasileiros tomaram dose de reforço da vacina contra covid-19. Dos cerca de 214 milhões de brasileiros, apenas 105 milhões, aproximadamente, compareceram aos postos de saúde para reforçar a imunização contra a doença.

Em Goiás, foram aplicadas 15.595.478 doses da vacina, sendo que somente 2.835.276 de pessoas tomaram o reforço.

Alerta em Goiás
Dez municípios goianos estão em situação de alerta, depois que a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) identificou um salto de 9% para 15% na taxa de positividade para Covid-19 em Goiás, no mês de agosto. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, os protocolos sanitários a serem seguidos permanecem os mesmos, sendo que o principal ainda é a vacinação.

Um dos municípios que apresentou aumento expressivo de notificações da doença foi a Cidade de Goiás. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o número de casos confirmados saltou de 24 para 75, o que representa um crescimento de 212%.

Contudo, a secretária municipal de saúde, Ivone Marques, ressaltou que não há nenhum caso de internação e nenhum caso grave, ou de maior complexidade. "Em todos os casos que apresentaram maior gravidade ou que o paciente teve um tempo maior de sintomas, não foi diagnosticada nenhuma cepa diferente, às vezes apenas um comprometimento de H1N1 associado", pontuou.

A cidade de Avelinópolis também teve um salto expressivo no número de confirmações, saindo de 20 casos, em uma semana, para 50, na semana seguinte. Isso representa um aumento de 150%.

Há duas semanas, a Prefeitura de Avelinópolis chegou a suspender as aulas nas escolas da cidade durante sete dias por causa do aumento de casos de Covid-19. Na ocasião, o prefeito da cidade, Adriano Araújo, afirmou que a gestão estaria buscando orientação da Secretária de Estado de Saúde (SES-GO) para saber o que deveria ser feito diante da situação.

Os demais municípios que também estão em estado de alerta são: São João da Paraúna, Palmeiras de Goiás, Santa Rosa, Araçu, Campo Limpo de Goiás, Barro Alto, Heitoraí e Anicuns.

Baixa cobertura vacinal
De acordo com a superintendente, até o momento, foram aplicadas 714.233 doses do imunizante bivalente no estado, o que representa uma cobertura vacinal de apenas 12%. Vale lembrar que a vacina bivalente promove a imunização para novas variantes do coronavírus, além da cepa original."Esse número é muito aquém do que a gente precisa. Então, a gente vem aqui chamar todos os goianos com 18 anos ou mais e que ainda não receberam a vacina bivalente para que procurem um posto de vacinação. Mesmo que tenhamos novas subvariantes, novos aumentos de casos, a gente vai ter uma população mais protegida contra formas graves e óbitos", explica.

Veja como está funcionando o esquema vacinal contra covid-19 hoje :

Crianças de 6 meses a 2 anos de idade: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3);

Crianças de 3 a 4 anos de idade: esquema básico iniciado com Pfizer Baby são 3 aplicações de Pfizer Baby (D1 + D2 + D3). Esquema básico iniciado com Coronavac são 2 aplicações (D1 + D2). Depois das doses do esquema básico, todas devem tomar uma dose de reforço;

Crianças de 5 a 11 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço;

Adolescentes de 12 a 17 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, mais uma dose de reforço;

Adultos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço com Pfizer Bivalente;

Idosos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de Reforço com Pfizer Bivalente;

Pessoas imunossuprimidas com 5 anos ou mais: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço comum para crianças de 5 a 11 anos ou uma dose de reforço com Pfizer Bivalente para pessoas com 12 anos ou mais.