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Motorista de aplicativo teve papel crucial na elucidação em caso de envenenamento

Homem procurou polícia e apresentou informações que ajudara ma elucidar morte de duas pessoas em Goiânia

Modificado em 19/09/2024, 01:16

Leonardo Pereira Alves e Luzia Alves ingeriram alimento com veneno

Leonardo Pereira Alves e Luzia Alves ingeriram alimento com veneno (Arquivo de família)

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) revelou o papel importante que um motorista de aplicativo de carona teve na elucidação do envenenamento de duas pessoas em Goiânia. A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, é apontada como a responsável pelas mortes por envenenamento de Leonardo Pereira Alves, de 58, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86.

Com a divulgação do caso, um motorista de aplicativo relatou à polícia que fez a entrega da encomenda para a advogada um dia antes do crime, no dia 16 de dezembro. A substância havia chegado na residência dela no dia 15, em Itumbiara. No mesmo dia, a mulher entrou em contato com o profissional solicitando o trajeto da encomenda para Goiânia dizendo se tratar de uma "medicação". No depoimento, o motorista contou que o produto era de uma indústria de produtos químicos e farmacêuticos e que teria nota fiscal.

O delegado Ernane Cázer afirmou à imprensa que a secretária da casa de Amanda afirmou ter recebido a encomenda no dia 15 de dezembro. Ela apresentou uma foto da encomenda que teria enviado para a advogada no ato do recebimento.

Com a quebra de sigilo fiscal, a PC-GO conseguiu localizar a nota no nome, CPF e endereço de Amanda Partata. A compra da substância tóxica foi no dia 8 de dezembro.

O envenenamento das vítimas ocorreu durante um café da manhã de domingo, no dia 17 de dezembro. Naquele mesmo dia, Amanda fez compras de alimentos e bebidas em um mercado do Setor Marista, mesma região onde estava hospedada desde o dia 14, e levou para a casa onde moravam Leonardo e Luzia. O marido da idosa, João Alves, foi o único que não fez a refeição, por ser diabético.

As ações da suspeita foram registradas em imagens câmeras de segurança, obtidas pela PC-GO. O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, aponta que são mais de 50h de gravações.

A mesma substância comprada por Amanda foi encontrada nos corpos das vítimas e em bolos em potes apreendidos pela perícia ainda na residência, no dia seguinte ao crime. Laudos da Polícia Técnico-Científica do Estado de Goiás (PTC-GO) confirmaram que o veneno "altamente letal e tóxico" foi colocado em grandes quantidades em dois potes, ingeridos por Leonardo e Luzia durante o café da manhã junto com a advogada.

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (29), o investigador explicou que a primeira suspeita foi levantada no dia seguinte do crime. Leonardo morreu ainda na noite do dia 17. Luzia, na madrugada do dia 18. Naquele dia, Amanda esteve na residência das vítimas durante o trabalho policial e pericial. Ela foi conduzida à Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), onde prestou o primeiro interrogatório formal.

"Em entrevistas que fazemos com as pessoas no local do crime, ela já disse que estava no café da manhã. As três pessoas que participaram da mesa de café da manhã foram Amanda, Leonardo e Luzia", comenta. Durante o depoimento, os investigadores questionaram o motivo de ela estar na casa da família naquele dia. À polícia, a advogada relatou que era ex-namorada de Leonardo Pereira Alves Filho, filho e neto das vítimas, e que estava grávida dele desde agosto. Por isso, mantinha relação com os familiares.

"A família a recebia de braços abertos", conta Alfama. Ainda no primeiro interrogatório, a suspeita contou ter comprado os alimentos e levado à residência do ex-sogro. Ao questioná-la sobre como foi o trajeto até a cena do crime, Amanda informou que teria ido por corrida de motorista de aplicativo. No entanto, explica o delegado, ao tentar verificar o trajeto no celular da advogada, ela teve um comportamento suspeito.

"Quando eu pego o celular, ela entra em desespero bloqueia, e fala que só vai falar na presença do advogado. Surge uma suspeita inicial pelo comportamento defensivo", explica o delegado. Ao mesmo tempo, a polícia buscou ameaças contra Leonardo e Luzia. Ambos, entretanto, não tinham inimizades ou dívidas. Já o filho de Leonardo, o ex-namorado de Amanda, recebia ameaças desde o fim de julho por perfis falsos nas redes sociais e por ligações feitas por números distintos.

Naquela época, o casal terminava um relacionamento de cerca de um mês e meio. "Depois não adianta chorar em cima do sangue deles", disse ela, em uma das ameaças, se referindo aos familiares de Leonardo Filho. Amanda também ameaçava a si, em terceira pessoa, para tentar se livrar de qualquer suspeita. A família não suspeitava que as intimidações eram feitas por ela.

A PC-GO conseguiu confirmar que os perfis falsos que faziam ameaças a Leonardo eram ligados à Amanda Partata, com o envio de informações pela empresa Meta, responsável pelo Instagram e Facebook. Os números distintos também estavam ligados a um contato do irmão da advogada, mas que era utilizado por ela. A mulher fazia uso de um aplicativo para mascarar o contato original e gerar números distintos.

Com as provas de que Amanda ameaçava de morte o ex-namorado e os familiares dele, além de ela ter sido a única pessoa a ter contato direto com os alimentos envenenados, a corporação solicitou a prisão temporária da advogada. O mandado foi cumprido no dia 20 de dezembro. Naquele dia, a suspeita estava internada em uma clínica psiquiátrica de Aparecida de Goiânia após ter, supostamente, atentado contra a própria vida. Ao ser detida, Amanda negou ter cometido o crime e disse que "amava" as vítimas.

Dia 8 de dezembro foi o mesma em que a mulher questionou a Leonardo, via aplicativo de mensagens, se ele tinha "mais medo de morrer que de perder (no sentido de morrer) quem você ama". Conforme o delegado, a motivação do crime foi o sentimento de rejeição pelo término de namoro e a "vontade de causar o maior sofrimento possível ao ex-namorado."

Câmeras de segurança do hotel no Setor Marista, onde ela esteve hospedada, registraram a mulher com uma caixa pequena de papelão no mesmo dia relatado pelo motorista de aplicativo. Na embalagem, estava a substância utilizada para envenenar as vítimas. Não se sabe, entretanto, se ela colocou o produto em líquido ainda no hotel, ao retornar com os alimentos comprados em um mercado, ou se foi na casa da família.

Suspeita forjava gestações, diz delegado

A advogada Amanda Partata Mertoza, de 31 anos, se relacionou por cerca de um mês e meio com o médico Leonardo Pereira Alves Filho. No início de agosto, mesma época do fim do relacionamento, ela informou que estava grávida. Por isso, manteve contato direto com o ex-namorado e com a família dele. A gestação, entretanto, nunca aconteceu. É o que afirma a Polícia Civil.

Ao ser internada depois do crime, alegando estar com mal-estar por ter ingerido os mesmos alimentos que as vítimas, Amanda fez um exame de gravidez que "deu zerado". Isso significa que ela não estava gestante há pelo menos um mês. Mas, no dia 14 de dezembro, a investigada enviou ao ex-namorado um exame de ultrassonografia mostrando a idade gestacional de 23 semanas. O exame era falso.

A polícia também confirmou que ela nunca esteve grávida. A constatação ocorre após ela localizar, durante diligências na casa dela nesta quinta-feira (28), exames de agosto e de dezembro que tiveram resultado negativo. "Era um artifício para se manter próxima da família", destaca o delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama.

Na casa de Amanda, também foram encontradas roupas e acessórios de bebês. "Ela realmente não estava grávida, mas simulava a gravidez. Tinha todas as coisas relacionadas", comenta o delegado Ernane Cázer, que efetuou as diligências na residência da suspeita, em Itumbiara. Ele acrescentou ainda que ela tinha "estrutura financeira muito boa", morava em condomínio de alto padrão, e com uma família influente no município.

Após a divulgação do caso, outros cinco ex-namorados de Amanda formalizaram denúncia à PC-GO alegando terem sido vítimas de golpes. A mulher supostamente forjava testes positivos de gravidez para persuadir e chantagear os homens a lhe darem dinheiro ou permanecerem em relacionamentos. Além destes, outros relataram a mesma ação, mas preferiram não registrar ocorrência. A defesa de Amanda informou que vai se pronunciar somente nos autos.

IcMagazine

Gata do Daqui

Carolina Dieckmann diz que Leila é 'sonsa' e garante mudanças em novela

Na releitura, ela vive Leila, interpretada por Cássia Kis em 1988

Carolina Dieckmann diz que Leila é 'sonsa' e garante mudanças em novela

(Divulgação)

Carolina Dieckmann já sabe que não será a sua personagem quem matará Odete Roitman, como na versão original de "Vale Tudo". Desfecho, aliás, que ela já desconfiava desde que soube de sua escalação no remake escrito por Manuela Dias. Na releitura, ela vive Leila, interpretada por Cássia Kis em 1988.

"Espero um destino surpreendente. Leila merece", diz a loira. Ex-mulher de Ivan (Renato Góes), Leila é formada em Psicologia, mas não tem grande interesse pela profissão nem pelo trabalho. "Foi criada para se casar com um homem rico e levar uma vida de conforto", ressalta.

"Ela vai ser rica e ter a vida que sempre sonhou... Não posso adiantar, mas será diferente da primeira versão. As mulheres vão gostar, e tem muito a ver com o feminino, com empoderamento", diz a atriz.

Carolina descreve Leila assim: "Ela é uma mulher escorregadia, que acha que merece mais da vida. Tem soberba, ganância e uma insatisfação constante".

"Se eu tivesse que defini-la com um único adjetivo, seria 'sonsa'. Leila é sonsa demais. Não sei se vocês viram uma chamada em que ela diz para Bartolomeu (Luís Melo): 'A minha mãe diz que sou muito bonita para trabalhar'. Gente! É muita cara de pau", reforça.

(Reprodução/Instagram)

(Reprodução/Instagram)

(Divulgação/Globo)

(Divulgação/Globo)

Geral

Passageira que estava com casal de professores e que morreu em acidente tinha agendado viagem com carona compartilhada

Marcella Bárbara Costa Rodrigues, 31 anos, agendou a viagem por plataforma de carona compartilhada com família goiana

Marcella Bárbara pegou carona com a família que retornava para Aparecida de Goiânia (Montagem O Popular (Reprodução/Instagram e Divulgação/Corpo de Bombeiros Minas Gerais))

Marcella Bárbara pegou carona com a família que retornava para Aparecida de Goiânia (Montagem O Popular (Reprodução/Instagram e Divulgação/Corpo de Bombeiros Minas Gerais))

A passageira que estava com casal de professores e morreu no acidente na BR-365, havia agendado a viagem por uma plataforma de carona compartilhada chamada BlaBlaCar. Em nota enviada ao Daqui , o aplicativo de viagens confirmou que a jovem identificada como Marcella Bárbara Costa Rodrigues viajava de carona junto à família goiana.
A BlaBlaCar lamenta profundamente o acidente ocorrido com Marcella Bárbara Costa Rodrigues. Nossos sentimentos estão com as famílias das vítimas neste momento de dor. Estamos tentando contato com os familiares para oferecer assistência psicológica e nos colocamos à disposição das autoridades para colaborar com eventuais investigações do caso, nos termos da lei", disse a empresa.

O acidente aconteceu no domingo (13), por volta das 15h10, na altura do km 693 da BR-365, sentido Uberlândia, no município de Monte Alegre de Minas. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que o acidente aconteceu após o carro da família bater na parte de trás de um caminhão que estava no acostamento da rodovia.

Dinâmica do acidente

De acordo com informações repassadas à reportagem, pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o veículo no qual estavam a família goiana e a jovem chocou-se violentamente contra uma carreta que estava estacionada no acostamento da rodovia. O impacto causou a morte dos cinco ocupantes do automóvel.

No carro estavam a professora Luciene Padilha de Aquino Campos de 45 anos, que conduzia o automóvel, o seu marido Richard Henrique Pereira Campos, de, no banco traseiro, junto com as duas filhas gêmeas Raissa Padilha Aquino e Melissa Padilha Aquino, de 9 anos. No banco do passageiro dianteiro, estava Marcella Bárbara Costa Rodrigues, de 31 anos.

Aos bombeiros, o condutor da carreta relatou que havia parado o veículo para verificar a calibragem dos pneus, utilizando um martelo de borracha para a checagem. Porém, cerca de um minuto após a parada, percebeu o acidente e acionou imediatamente a concessionária Ecovias do Cerrado, responsável pelo trecho.

Homenagens

Pai, mãe e filhas gêmeas morrem em acidente de carro na BR-365, em Minas Gerais (Reprodução/Instagram)

Pai, mãe e filhas gêmeas morrem em acidente de carro na BR-365, em Minas Gerais (Reprodução/Instagram)

Richard Henrique era professor na Escola Municipal Monteiro Lobato e Luciene Padilha era professora na Escola Municipal João Cândido da Silva. As i nstituições de ensino nas quais o casal trabalhava publicaram notas de pesar (confira abaixo).

Em nota, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia lamentou as mortes e pontuou que a família deixa "muitos colegas, professores e funcionários entristecidos com a partida tão precoce" (leia a nota na íntegra ao fim da matéria).

Nas redes sociais, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), disse que a "perda deixa uma lacuna irreparável na comunidade escolar" e se solidarizou com todos os familiares, amigos e colegas de trabalho.

Nota Prefeitura de Aparecida de Goiânia

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação, lamenta profundamente a tragédia que tirou a vida de uma família da nossa cidade, em um grave acidente neste fim de semana.

O casal Richard Henrique Padilha de Aquino Campos, Luciene Padilha de Aquino Campos eram servidores da Rede Municipal de Ensino e as filhas Raissa Padilha Aquino e Melissa Padilha Aquino, estudavam na Escola Municipal Monteiro Lobato, onde deixam muitos colegas, professores e funcionários entristecidos com a partida tão precoce.

Diante da perda irreparável, as aulas na unidade estão suspensas nesta segunda-feira, 14 de abril, em sinal de respeito e luto.

Que Deus possa confortar o coração de todos os familiares, amigos e membros da comunidade escolar. Que encontrem força e resiliência neste momento tão difícil.

Nota Escola Municipal João Cândido da Silva

Com enorme pesar, comunicamos o falecimento da servidora Luciene Padilha.

Nesse momento de dor, nós da Escola Municipal João Cândido da Silva solidarizamos com os familiares e amigos e expressamos os nossos sinceros sentimentos.

Nota Escola Municipal Monteiro Lobato

É com imensa tristeza que comunicamos o falecimento do professor Richard, de sua esposa Luciene e de suas filhas Raissa e Melissa, alunas da EMEI Monteiro Lobato.

Neste momento de profunda dor, nos solidarizamos com familiares, amigos e toda comunidade escolar. Que encontrem conforto e força para enfrentar essa perda irreparável.

Geral

Acusados de matar empresário na porta de casa são condenados a mais de 14 anos de prisão

Eles foram julgados por júri popular em Goiânia pela morte de Brunno Baylão. Juiz decidiu que ambos vão aguardar recursos presos

Modificado em 15/04/2025, 19:05

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Os acusados de matar o empresário Brunno Baylão Lobo na porta da casa dele, em Goiânia, foram condenados a mais de 14 anos de prisão. Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco de Almeida passaram por júri popular presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, na segunda-feira (14). Ao Daqui, o advogado de Edgar Primo informou que recorreu da sentença nesta terça-feira (15).
A defesa de Edgar Silva Primo, informa que protocolou nesta manhã de terça-feira, petição de recurso de apelação. Entende a defesa que a decisão dos jurados, condenando-o à pena de 15 anos de reclusão, foi manifestamente contrária à prova dos autos e acima de tudo injusta".

O Daqui entrou em contato com a defesa de Henrique Pacheco, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

Henrique, que foi condenado pelo execusão do crime, recebeu 15 anos de prisão. No caso de Edgar Silva, que também receberia o mesmo tempo de condenação, o juiz decidiu pela diminuição da pena dele em seis meses por ele ter "confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime". Assim, o condenado cumprirá 14 anos e seis meses de prisão.

De acordo com a sentença, os dois ficarão detidos em regime inicialmente fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Embora caiba recursos, Jesseir Coelho determinou que Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco irão aguardar o trânsito do processo presos.

Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco foram condenados pelo assassinato do empresário Brunno Baylão, em 2024. De acordo com a investigação, Edgar tinha uma dívida de R$ 320 mil com a vítima e, por não conseguir pagar, decidiu matá-lo.

Um vídeo de câmeras de segurança mostra o momento em que o empresário sai à rua e é atingido pelos disparos na porta de casa. Na sequência, o atirador foge do local em uma moto (assista abaixo).

Antes do julgamento, a família de Brunno cobrou por justiça. Em entrevista ao Daqui , a irmã dele, Roberta Baylão, contou

A sensação é péssima de reviver todo este sofrimento e frente a frente com estes monstros é muita tristeza, mas estamos confiantes que a justiça dos homens e a de Deus será feita", afirmou Roberta Baylão, irmã de Brunno, em entrevista.

Empresário Brunno Baylão Lobo (Arquivo pessoal) ()

Empresário Brunno Baylão Lobo (Arquivo pessoal) ()

Relembre o crime

Brunno Baylão foi assassinato em 15 de fevereiro do ano passado 2024, no Residencial Junqueira, em Goiânia. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) revelou que Edgar, proprietário de um laticínio, fornecia queijos para o empresário, que intermediava a troca de cheques do investigado com agiotas.

Devido a essa relação comercial, Edgar acumulou uma dívida com Brunno. Assim, para se livrar do débito, segundo o MP, ele contratou Henrique para executar o crime. Para esse serviço, foi oferecido R$ 15 mil como pagamento.

Ainda de acordo com a promotoria, os dois passaram a planejar o assassinato. Edgar ficou responsável por monitorar a rotina da vítima e por fornecer a arma que seria utilizada pelo executor.

Execução

Em 14 de fevereiro de 2024, conforme apuração policial, Henrique tentou matar Brunno pela primeira vez. Ele foi de moto até a empresa da vítima, se passou por entregador e disse que levava uma encomenda.

No entanto, na ocasião, foi atendido por um funcionário, que, desconfiado, alegou que Brunno não estava. Henrique deixou uma caixa com máscaras --- que não haviam sido encomendadas --- e foi embora.

Um dia depois, na manhã de 15 de fevereiro, por volta das 5h40, Edgar foi até a casa de Brunno com a desculpa de entregar queijos. Enquanto isso, Henrique o aguardava mais distante, em uma moto e armado.

Assim que Brunno abriu o portão da garagem para receber a entrega, Henrique se aproximou e efetuou diversos disparos, atingindo-o no braço esquerdo, no hemitórax e no rosto. Após o crime, ele fugiu do local.

Conforme o delegado João Paulo Mendes, Edgar ainda tentou simular uma tentativa de impedir a fuga do criminoso.

Ao fugir, o executor passa ao lado do Edgar, que estava em uma caminhonete, e para simular, arranca o tênis e finge que vai jogar no executor que passa por ele e vai embora tranquilamente", pontuou Mendes à época.

Crime aconteceu no Residencial Junqueira, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

Crime aconteceu no Residencial Junqueira, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

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Mãe é presa suspeita de espancar filha de 3 anos com cabo de vassoura

Segundo a investigação, agressões teriam sido motivadas pelo desaparecimento de uma escova de cabelo

Modificado em 15/04/2025, 18:28

Mulher sendo presa suspeita de agredir filhos em Bela Vista de Goiás (Divulgação/Polícia Civil de Goiás)

Mulher sendo presa suspeita de agredir filhos em Bela Vista de Goiás (Divulgação/Polícia Civil de Goiás)

Uma mulher de 29 anos foi presa nesta terça-feira (15) suspeita de agredir a filha de 3 anos com golpes de cabo de vassoura e chineladas, em Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a delegada da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Magda D'Avila, outra criança, de 1 ano, também foi encontrada na residência com lesões no corpo. A mulher foi encaminhada para a delegacia da cidade e pode responder por crime de tortura. As crianças estão sob responsabilidade do Conselho Tutelar.

Como o nome da suspeita não foi divulgado, o Daqui não localizou a defesa dela até a última atualização desta reportagem.

A polícia teve conhecimento do caso após uma denúncia feita ao Conselho Tutelar. Conforme a Polícia Civil, a mãe teria agredido a filha de 3 anos após o desaparecimento de uma escova de cabelo.

Teve uma denúncia anônima para o Conselho Tutelar. Imediatamente o conselho nos acionou e fomos até o hospital onde a criança estava. Presenciamos todas as lesões e, na sequência, nos deslocamos à casa da autora para prendê-la em flagrante. No local, encontramos também uma criança de 1 ano, com lesões visíveis", informou a delegada em entrevista à TV Anhanguera.

A mulher foi localizada e presa dentro da própria residência. Segundo a delegada, as agressões eram recorrentes. "Com certeza as agressões eram constantes, pois a lesão na mãozinha da criança é antiga", disse em entrevista.

Ferimentos atrás da orelha, muito graves. O rosto bastante inchado, com marcas nítidas de chinelo nas costas", detalhou a delegada em entrevista à TV Anhanguera.

Criança com ferimentos no rosto e orelha devido agressões (Divulgação/Polícia Civil de Goiás)

Criança com ferimentos no rosto e orelha devido agressões (Divulgação/Polícia Civil de Goiás)

As crianças estão no Hospital Municipal de Bela Vista. A menina de 3 anos será transferida para um hospital em Goiânia para realizar uma tomografia craniana, já que há suspeita de que tenha desmaiado após ser atingida na cabeça com um golpe de vassoura.

Elas estão hospitalizadas, inclusive a criança de 3 anos, que, segundo informações, desmaiou com a gravidade da agressão. O Conselho Tutelar está com a guarda provisória e tentando contato com familiares", relatou Magda D'Avila em entrevista à TV Anhanguera.

O Daqui tentou contato com o Conselho Tutelar às 14h20 para verificar se algum familiar foi localizado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Nós estamos lavrando o flagrante dela pelo crime de tortura, e ela será encaminhada ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP), onde ficam as mulheres presas em Bela Vista de Goiás", informou a delegada em entrevista à TV Anhanguera.

O Daquitambém entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para apurar se a mãe poderá manter a guarda das crianças, mas foi informado que o caso corre em segredo de justiça.

Polícia acredita que devido aos ferimentos já antigos, as crianças eram constantemente agredidas (Divulgação/Polícia Civil de Goiás)

Polícia acredita que devido aos ferimentos já antigos, as crianças eram constantemente agredidas (Divulgação/Polícia Civil de Goiás)