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Retirada de árvores de avenida em Pirenópolis deixa moradores indignados

Prefeitura alega que medida foi necessária para a construção de ciclovia e para obras da Saneago. Companhia nega

Modificado em 17/09/2024, 16:34

Prefeitura de Pirenópolis informa que foram suprimidas 12 árvores na Avenida Meia Lua. Via dá acesso aos principais atrativos naturais do município

Prefeitura de Pirenópolis informa que foram suprimidas 12 árvores na Avenida Meia Lua. Via dá acesso aos principais atrativos naturais do município
 (Wildes Barbosa)

A retirada de árvores de grande porte na Avenida Meia Lua, em Pirenópolis, causou indignação de moradores da via e de guias turísticos da cidade. A avenida, com duas pistas divididas por um canteiro central, dá acesso aos principais atrativos naturais do município e abriga o Museu Rodas do Tempo. A prefeitura alega que as árvores foram retiradas para dar lugar a uma pista de ciclismo e à obra de esgoto, já aprovada pela gestão local e pela Saneago.

Os cortes começaram na sexta-feira (5) e continuaram nesta segunda-feira (8). Mensagens condenando a ação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo rapidamente foram disseminadas em grupos de moradores nas redes sociais. "Como assim, gente? Não existe projeto no mundo que justifique esse crime", comentou um morador em uma das postagens sobre uma foto do que restou de uma árvore.

À frente da pasta do Meio Ambiente e Urbanismo, César Augusto Feliciano Triers preferiu não dar entrevista. Em nota, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que a Avenida Meia Lua sofrerá uma série de intervenções urbanísticas. Em um trecho, conforme o comunicado, a rede de esgoto "está em fase de implantação", e no canteiro central serão construídas calçadas e uma ciclovia em toda a extensão da via.

Presidente da Associação dos Guias e Condutores de Aventura da Região dos Pireneus, Cristiano Costa explicou que é pela Avenida Meia Lua que se chega ao Parque Estadual da Serra dos Pireneus e a cachoeiras como Lázaro, Abade, Usina Velha, Meia Lua, Santa Maria, Coqueiros e Garganta. "As pessoas estão muito chateadas. Recebi várias reclamações e não entendo a necessidade dessa ciclovia, um projeto que apareceu de uma hora para outra. Além de o espaço no canteiro central ser estreito para caminhantes e ciclistas, é muito melhor fazer essas atividades à sombra."

A Prefeitura de Pirenópolis informou que ao todo foram suprimidas 12 árvores. Adair Teodoro de Amorim, gerente da cachoeira Usina Velha e também guia turístico, está indignado com a medida. "No canteiro central da avenida havia árvores grandes, tanto frutíferas como espécies do Cerrado, entre elas ipê e copaíba. Na roça, para tirar uma árvore é preciso pedir licença, e na cidade cortam assim, do nada? Ainda mais no período de seca", afirmou.

Morador da Avenida Meia Lua desde 2005, Oscar Severiano da Conceição, 75 anos, não esconde a tristeza. Ele já estava vendo os frutos da mangueira, do abacateiro, do tamarindeiro e do ingazeiro que plantou fazerem a festa de muita gente que passava por ali, principalmente operários de construções perto de sua casa. "E não é só isso. Ficamos sem as sombras das árvores. Sempre tinha muito carro por aqui aproveitando as sombras."

Saneago não está com obras na cidade

Na nota encaminhada, a Prefeitura de Pirenópolis explicou que os cortes foram necessários porque as árvores da Avenida Meia Lua apresentavam "anomalias nas raízes e estavam comprometendo a infraestrutura do local". Conforme o comunicado, "serão plantadas outras espécies de menor porte, ideais ao ambiente urbano." A administração de Pirenópolis informou ainda que a malha asfáltica da avenida será integralmente recapeada, mas não detalhou o projeto da ciclovia no canteiro central da Avenida Meia Lua que, segundo a nota, foi um dos motivos que levaram à supressão das árvores, assim como obras de esgotamento sanitário pela Saneago.

A companhia de águas e saneamento explicou, entretanto, que no momento não estão sendo realizadas obras sob sua responsabilidade em Pirenópolis. "Em junho de 2021, a Saneago entregou obras de esgotamento sanitário no município, com investimentos de mais de R$ 9,3 milhões e atendendo todos os requisitos de preservação do patrimônio histórico da cidade". Ainda segundo a empresa, "na ocasião foi realizada a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto e implantados 18,6 km de redes coletoras". A Saneago explicou que há estudos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em andamento visando, através de parceria público-privada, a universalização do sistema de esgotamento sanitário, no prazo estabelecido pelo Marco Legal do Saneamento.

O jornal recebeu informações não oficiais de que as árvores na Avenida Meia Lua foram retiradas pela empresa Gav Resorts, para interligação de esgotamento sanitário do empreendimento de luxo Pyreneus Residence. A empresa confirmou que está realizando trabalhos de interligação da rede de esgoto na cidade, mas sem a necessidade de remover árvores. Conforme nota da assessoria de imprensa, a Gav está "implementando melhorias externas ao empreendimento, conforme exigido pela prefeitura da cidade, incluindo a construção de uma pista de caminhada para os moradores locais".

A empresa ainda informou que "no mês de junho, algumas árvores de pequeno porte foram removidas apenas no Anel Viário, com todas as atividades realizadas com licença específica".

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Iphan confirma modificação

Imagem de nossa senhora das dores, em Pirenópolis, recebeu pintura sem autorização do órgão nacional

Modificado em 11/04/2025, 08:52

Imagem de Nossa Senhora das Dores passou por várias intervenções

Imagem de Nossa Senhora das Dores passou por várias intervenções (Fábio Lima / O Popular)

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) confirmou ontem que a imagem de Nossa Senhora das Dores, que data do século 18 e pertence ao acervo tombado da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis, passou por modificações recentes, como uma repintura, e seu estado de conservação é considerado precário. As alterações na imagem estão no centro de uma grande polêmica que há uma semana tem movimentado a cidade.

A irmandade guardiã do patrimônio sacro da Matriz da cidade tem negado qualquer modificação, entretanto as mudanças foram comprovadas por uma perita levada pelo Iphan até a igreja na última terça-feira (8).

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Chefe do Serviço de Gestão da Conservação de Bens Móveis e Integrados da Coordenação Geral de Conservação do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan (Depam/Iphan), a restauradora Virgynia Corradi Lopes da Silva também descobriu que outras imagens, não só a de Nossa Senhora das Dores, sofreram alterações que comprometem a integridade delas e também se encontram em situação precária.

Foram analisadas as imagens de Nossa Senhora do Rosário e do Senhor Morto. Chegou ao Iphan também denúncia de modificações na imagem de São Sebastião, mas o mesmo não foi identificado no cadastro de bens tombados do instituto.

Precariedade

Sobre a imagem de Nossa Senhora das Dores, a perita informou que o estado de conservação é precário, "tanto em seu suporte quanto na camada pictórica". Ela encontrou "danos significativos", como rachaduras na madeira entalhada, sinais de acidificação e umidade na base e nos tecidos de linho.

Também foi constatada uma "repintura" que cobriu toda a policromia original e isso, segundo Virgynia, compromete a leitura e estabilidade da imagem. Ainda de acordo com a restauradora, foram encontrados indícios de intervenções anteriores "incompatíveis com os princípios da conservação".

Virgynia diz que a repintura prejudicou a compreensão e apreciação estética e histórica da imagem e que a sobreposição de camadas de tinta, "muitas vezes aplicada com materiais e técnicas distintas das originais", não apenas descaracteriza o bem tombado, mas também "pode comprometer a estabilidade da policromia subjacente, ao criar tensões físicas ou químicas entre as camadas". Para ela, as intervenções foram significativas, sem critério.

Massa

Também foram identificadas linhas de preenchimento com massa de aproximadamente um centímetro de largura, "possivelmente aplicadas para cobrir rachaduras na madeira", a presença de pequenas gotas translúcidas, representando lágrimas, o que não tinha no trabalho original e áreas ocas na madeira indicativas de ataque por insetos.

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Procissões não vão parar

Agremiação religiosa confirma uso de imagem que foi restaurada na Semana Santa

Patrimônio sacro, imagem de Nossa Senhora das Dores do século 18 teria sofrido intervenções não autorizadas

Patrimônio sacro, imagem de Nossa Senhora das Dores do século 18 teria sofrido intervenções não autorizadas (Fábio Lima/O Popular)

As procissões com a imagem de Nossa Senhora das Dores, que pertence ao acervo da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis, estão mantidas para amanhã e domingo (13), mesmo após a polêmica envolvendo uma restauração não autorizada. Os eventos estão dentro da programação da Semana Santa da cidade histórica.

Responsável pelas celebrações religiosas quaresmais, a Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento, a mais antiga agremiação religiosa de leigos de Goiás, com 297 anos, contesta a denúncia de que a imagem do século 18 que integra o patrimônio sacro tenha sido alterada.

Não houve nada. Ninguém mexeu na imagem. Falar que ela está maquiada é maldade. As denúncias são feitas por pessoas que nem na igreja vão, não participam de nada", afirma Isaías Dias Filho, o Dedé, presidente da Irmandade do Santíssimo Sacramento.

Segundo ele, há um grupo de senhoras que preparam Nossa Senhora das Dores para as procissões, um trabalho que é feito anualmente. "Foi apenas uma limpeza". Isaias explica que não chegou a ser ouvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por não estar na cidade, entretanto irá aguardar o relatório da perícia do órgão "para tomar as providências necessárias."

Por enquanto, há um compasso de espera. A imagem secular de Nossa Senhora das Dores é tombada pelo Iphan. O órgão vai aguardar o relatório da especialista que esteve na cidade para analisar a obra. "Só poderemos nos pronunciar após o relatório da perícia feita pela técnica especialista em conservação", disse o superintendente do Iphan em Goiás, Gilvane Felipe. A Diocese de Anápolis, conduzida por dom João Wilk, responsável pela Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, também espera uma manifestação do Iphan.

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Descontentamento

A denúncia de descaracterização da imagem barroca, que veio à tona no dia 4, continua mexendo com corações e mentes de Pirenópolis. Nem mesmo a Quaresma, um dos períodos mais sagrados do Cristianismo, tem evitado o falatório e as manifestações de indignação. Abertamente, nomes não são citados, mas questionamentos e provocações não cessam. Cerca de 40 denúncias chegaram à sede do Iphan local. Nas redes sociais são inúmeras as manifestações. A boataria é tamanha que até uma filha fez um vídeo em defesa da mãe que lavou a imagem e teria comentado "que nada tinha acontecido". "Quem falou é mentiroso e covarde", afirmou a filha.

O alarme sobre os "danos" provocados na escultura barroca de origem desconhecida foi dado por um membro da Irmandade Santíssimo Sacramento que acionou o Iphan.

Séfora de Pina foi à matriz para averiguar a denúncia e não escondeu a sua indignação.

A imagem foi maquiada e pintada por pessoas inadequadas", disse à reportagem na sexta-feira (4).

Áudios vazados expõem revolta de sacristão

Para o estudante Matheus de Mesquita, membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento, não há mistério algum envolvendo a saída da imagem da Matriz.

Nada sai da igreja sem autorização da paróquia, e a paróquia tem um sacristão, Eduardo Tadeu. Se a imagem saiu, ele sabe quem pegou.", diz

Eduardo, ex-presidente da Irmandade, prefere o silêncio. Séfora de Pina garante que, para o Iphan, o sacristão assumiu que não sabia que a imagem estava em inventário. Áudios de Eduardo Tadeu viralizaram. "O que mexeram na santa? O povo não tem o que fazer e ficam inventando 'trem'", diz em um deles.

Em outro, vai além: "Não estou vendo nada diferente em Nossa Senhora. Às vezes Deus vai mandar um castigo maior, cortar a língua. É falta do que fazer e de rezar mais". Para Matheus Mesquita, "qualquer criança percebe a diferença" da imagem.

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Retoques em imagem de santa revoltam moradores de Pirenópolis

Pirenepolinos denunciam intervenção não autorizada em imagem tombada pelo Iphan, que teve rosto modificado. Autarquia vai requisitar perícia para apurar caso

Imagem de Nossa Senhora das Dores é tombada desde 1941 e é levada às procissões em Pirenópolis

Imagem de Nossa Senhora das Dores é tombada desde 1941 e é levada às procissões em Pirenópolis (Fábio Lima / O Popular)

Moradores de Pirenópolis denunciam que a Nossa Senhora das Dores, que integra o acervo tombado da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, foi descaracterizada após sofrer uma intervenção não autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A descoberta da alteração na originalidade da obra bicentenária, ocorrida na última sexta-feira (4), foi feita por fiéis que frequentavam o local. Desde então, mais de 20 queixas foram feitas à autarquia, que cobrou resposta da Diocese de Anápolis, responsável pelo templo.

Construída há quase três séculos, a Igreja Matriz de Pirenópolis e todo o seu acervo foram tombados como patrimônio nacional em 1941. Situada na Praça da Matriz, no centro histórico, a igreja é tida como cartão postal do município e palco de celebrações religiosas tradicionais, como a Festa do Divino Espírito Santo e a Semana Santa. Durante as festividades da semana, a imagem de Nossa Senhora das Dores, construída em madeira, é levada às procissões. Diante de toda a relevância à comunidade católica, não foi difícil para fiéis identificarem alterações na escultura.

Presidente da Comissão Pirenepolina de Folclore, Séfora Pina explica que a santa esteve "sumida" por cerca de um mês e reapareceu na última semana, quando um integrante Irmandade do Santíssimo Sacramento teria observado tais mudanças. "A pele dela parecia uma louça de tão limpa. Fizeram cílios, mudaram a sobrancelha, parecia até uma harmonização facial. Todos os fiéis estão indignados. Mexeram nela inteira, não é pouca coisa que fizeram. Tirou toda a característica da imagem. Todo o acervo é patrimônio, ninguém pode botar a mão assim, tinha que ser algum especialista", lamenta.

Ainda na sexta-feira, foi à igreja e registrou, em fotos, o que foi alterado. E em imagens comparativas, as diferenças são destacadas. Na obra original, havia lágrimas vermelhas, ou seja, de sangue, haja vista que a santa representa as dores de Maria quando o filho, Jesus, foi crucificado. Agora, as lágrimas são transparente e, à distância, praticamente imperceptíveis. A sobrancelha antes mais fina foi engrossada, e os cílios -- que não existiam -- foram pintados. Até mesmo a boca tem um tom mais forte, e a santa, agora, tem as bochechas coradas. "A madeira dos pés também está toda cheia de tinta", acrescenta, ao citar ainda, uma nova posição das mãos entrelaçadas.

Advogado e membro da comissão, Adriano Dourado reforça que a imagem reapareceu "totalmente descaracterizada". "Parece que fizeram uma limpeza na imagem. Ela tinha uma variação na tonalidade de cor de pele, pois a pele não é a mesma cor, sempre tem um lado mais escuro, uma mancha, e tinha essas imperfeições na pele. Agora não, está parecendo uma folha de papel. E as lágrimas vermelhas desapareceram e fizeram transparentes, como se fosse uma pedra clara. Contornaram os olhos, fizeram a sobrancelha, puseram ruge nas bochechas, passaram batom. Tem gente até duvidando que é a mesma santa. Isso é um absurdo. É um caso de polícia", pontua.

Conforme Dourado, há, ali, o crime de dano ao patrimônio histórico. "A gente mantém tanto séculos o patrimônio, e do nada vem alguém, 'imperito' (e faz isso). E o que muda? Muda a expressão dos olhos triste dela, por exemplo, mexe com o lúdico. Está uma revolta geral, só estão querendo saber quem foi o artista que tocou na imagem. Por enquanto está todo mundo calado. É uma revolta muito grande, porque a Nossa Senhora das Dores faz parte de uma das procissões mais lindas", complementa. Na sexta-feira (11), a imagem da santa sai para a procissão no Dia da Nossa Senhora das Dores. Dois dias depois, no domingo (13), estará presente na procissão de encontro com o Senhor dos Passos. Além disso, na sexta-feira Santa (18), participa da procissão do Enterro do Senhor.

Denúncias

Diante das queixas recebidas pelo Iphan, foi instaurado um processo formal para apuração do caso. Um ofício foi encaminhado na sexta-feira (4) ao bispo diocesano de Anápolis, Dom João Wilk, para prestar "esclarecimento quanto à pintura da imagem sem autorização do Iphan e sem acompanhamento de técnico restaurador habilitado". O documento diz ainda que a conservadora-restauradora de bens culturais móveis e técnica da autarquia fez vistoria na Igreja Matriz em março e "não foi informada da necessidade de restauro da referida peça".

"A seriedade do ocorrido requer medidas céleres para contenção do agravamento do estado de preservação da referida imagem. A preocupação com a pintura sem acompanhamento técnico se reforça pela importância da imagem e por ser um bem importante para a comunidade Católica de Pirenópolis", destaca. Foi dado um prazo de 15 dias para manifestação da Diocese, além da apresentação de um cronograma com ações previstas para recuperação da imagem, "que garantam a reparação dos danos identificados."

Conforme o superintendente do Iphan em Goiás, Gilvane Felipe, após o prazo, será aberto um processo fiscalizatório, "com lavratura de auto de infração e demais medidas legais cabíveis". Ele conta que estará em Brasília nesta segunda-feira (7) onde será requisitada a vinda de especialista para fazer "uma verificação completa a minuciosa". "Adulterar um bem tombado pelo Iphan é crime, sujeito a multa e outras penalidades", diz. A autarquia também vai apurar se houve alteração em outras imagens, como, conforme Séfora foi informada, de São Sebastião e Senhor Morto.

A reportagem esteve na Igreja Matriz neste domingo (6) e confirmou que as alterações estavam presentes na santa, disposta no altar. No local, um funcionário rechaçou as denúncias e alegou que nada foi feito com a imagem. Conforme ele, a escultura foi apenas limpa, já que, com as intervenções no espaço, teria acumulado poeira. Caracterizou ainda a situação como boato de um grupo pequeno.

Ainda neste domingo (6), a reportagem entrou em contato com o padre Augusto Gonçalves, pároco de Pirenópolis, por meio de mensagem de texto e ligação. Também foi deixado um número para contato na recepção do museu da igreja. Até o fechamento desta edição, contudo, não obteve retorno. Também não foi possível falar com a Diocese de Anápolis. As fontes relataram que, conforme informado pelo mesmo, o padre não sabia das alterações na imagem.

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Helicóptero faz pouso forçado em Pirenópolis

No momento da queda, a aeronave estava com quatro ocupantes, informou o Corpo de Bombeiros

Helicóptero pousou em uma região de mata, em Pirenópolis

Helicóptero pousou em uma região de mata, em Pirenópolis (Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Um helicóptero precisou fazer um pouso forçado na tarde desta quinta-feira (3), em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. No momento da queda, a aeronave estava com quatro ocupantes, mas todos saíram ilesos, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

Conforme os militares, o piloto relatou que o helicóptero havia decolado do heliponto de uma pousada na região, próximo da Estrada Bom Sucesso, na zona rural da cidade.

Contudo, aeronave a perdeu força quando estava a aproximadamente 300 metros de altura, tornando necessária a manobra de emergência.

Além do piloto, tinham três passageiros no helicóptero, que saíram ilesos e recusaram atendimento médico. As autoridades competentes foram acionadas para investigar as circunstâncias do incidente.

À reportagem, o capitão dos bombeiros Lucas Reis informou que o piloto do helicóptero disse que havia saído há poucos instantes da pousada quando o motor sofreu uma pane e que a caiu próximo do local. O local onde houve a queda colaborou para que os ocupantes não se machucassem, segundo o militar.

O piloto relatou aos bombeiros que já tinha ganhado um pouco de altitude e depois disso ele perdeu potência no motor do helicóptero e ele fez algumas manobras para conseguir fazer um pouso de emergência. Como era local de mata fechada ajudou no amortecimento da queda da aeronave, informou o capitão.

Ao chegar no local a gente verificou que na verdade a aeronave ela tinha decolado a poucos instantes e tinha feito um pouso forçado nas proximidades ali. A distância era de aproximadamente 100 metros do local onde ele havia decolado. Segundo piloto, já tinha ganhado um pouco de altitude e depois disso ele perdeu potência no motor do helicóptero. Ele fez algumas manobras para conseguir fazer um pouso de emergência. Era um local de mata fechada, inclusive, isso ajudou no amortecimento da queda".