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Kaká repassa seus 20 anos de carreira: 'Conquistei mais do que podia imaginar'

Aos 35 anos, o jogador atua no Orlando City, nos Estados Unidos

Modificado em 27/09/2024, 01:00

Kaká repassa seus 20 anos de carreira: 'Conquistei mais do que podia imaginar'

(Reprodução / Instagram)

Nos últimos 20 anos, o Estado de S.Paulo acompanhou a transformação do garoto Cacá, então com 15 anos e cujo nome foi escrito pela primeira vez nesta Casa pelo repórter Tuca Pereira de Queiroz com C, no homem Kaká, com K, campeão mundial (2002), três participações em Copas, camisa 8 do São Paulo, com histórias no Milan e Real Madrid e eleito o melhor do mundo em 2007.

A primeira reportagem sobre Kaká foi publicada pelo Estado em 18 de setembro de 1997. Ele pesava 50 quilos e tinha 1,63 metro. Duas décadas depois, agora com 35 anos e 1,86 metro, Kaká repassa a sua trajetória, guarda com carinho a primeira reportagem e diz que ainda tem fôlego para atuar por mais um ano no Orlando City, nos Estados Unidos, o seu atual clube, ou, quem sabe, de voltar ao futebol brasileiro.

Esta entrevista foi motivada por um post que você divulgou de sua primeira entrevista, quando tinha 15 anos, no Estado , dia 18 de setembro de 1997.

Foi a primeira reportagem que fizeram comigo. Eu conheci a família do Tuca (Pereira de Queiroz, repórter), que faleceu um ano depois. Guardo com carinho a reportagem. Ela é um pouco profética para mim. O título foi "São Paulo prepara Cacá (com C) para o século 21". É engraçado porque em 2000, o Levir (Culpi, ele me disse isso depois) falou que eu era um dos meninos para subir. "Eu estava de olho em você". Foi a geração do (Fábio) Simplício, Julio Baptista e Julio Santos. Só que o período em que eles subiram, setembro, eu tive uma fratura no pescoço. E não subi. Fiquei dois meses fora. Em janeiro de 2001, fui aproveitado, quando, em teoria, começava o século 21.

Você tinha 15 anos, 50 quilos e 1,63 metro? Hoje, o Kaká tem 1,86 metro e 35 anos. Você deu certo?
Posso dizer hoje que conquistei muito mais do que podia imaginar. Naquela etapa, queria chegar ao profissional do São Paulo e jogar uma vez na seleção. Queria chegar e manter o nível no time, o nível do São Paulo. Esse era o meu sonho. Conquistei mais do que isso.

O que se lembra daquele Kaká?
Me lembro que o pessoal começou a ver que eu tinha talento, mas que tinha problema de desenvolvimento. O doutor Turíbio (Leite de Barros) era o fisiologista. Me lembro direitinho. Era para saber se eu cresceria ou não. Primeiro foi o endocrinologista. Ele falou que eu tinha um atraso na idade óssea de dois anos. Não tinha o que fazer. Uma hora ela iria chegar. "Ele tem os pais altos e vai chegar a fase do estirão". Teve a nutricionista e o acompanhamento atlético. Para não atrapalhar o crescimento, não podia fazer nada com peso. A orientação foi fazer natação. Nadava três vezes por semana, com o meu pai, no São Paulo.

O Pita, ex-meia, falou na época que você tinha o toque igual ao do Careca.
Na época eu jogava de atacante. Foi o Pita que me mudou de posição. Ele disse: "com esse seu tamanho e força física, não dá para jogar no meio dos zagueiros. Vou te recuar um pouco". A mudança ocorreu por causa também do meu desenvolvimento tardio. Tenho pouco do Careca. Ele tinha mais a característica de matador. Eu não.

Você conseguiria apontar três momentos inesquecíveis na carreira?
A Copa de 2002, com certeza, é um desses momentos. Para mim, é sem dúvida o melhor da carreira. Ganhar o título, minha primeira Copa, por mais que tenha jogado meia hora apenas (contra a Costa Rica, na vitória por 5 a 2). Foi um grupo histórico. O momento de conquista mais especial da minha carreira. Depois teve a conquista da Liga dos Campeões e o prêmio de melhor do mundo, em 2007.

Quando exatamente você começou a entender quem era no futebol?
Isso acontece conforme você vai tendo maturidade. Você vai crescendo e ganhando essa maturidade, vai tendo a consciência do que representa, vai se firmando. Tinha minhas dúvidas no São Paulo: "será que vou continuar no profissional ou vou ficar descendo para o juniores?" Aí você se firma. Aí você vai para a seleção e é convocado para um ou dois jogos. Conforme vai se firmando, ganha maturidade e vai entendendo o momento (importância). Diria que com 23, 24 anos, entendi minha importância para o futebol. Entendi isso quando estava no Milan e na seleção brasileira.

Você jogou no Milan e no Real Madrid. Meu filho tem a camisa desses dois times. Para você, Milan ou Real?
É difícil escolher um. Por resultado, o Milan. Por resultado coletivo e individual, o Milan. Lá eu tive meus melhores resultados. Minha fase de Real foi importante para a minha vida profissional e pessoal, para ter maturidade, equilibrar minha vida, ver que as coisas não são as melhores do mundo. O Real serviu em todas essas áreas. Por isso falo da importância do Real Madrid. Mas por conquistas, foi o Milan.

Como foi para você ser eleito o melhor jogador do mundo em 2007?
O jogador nunca sabe adiantado. Em 2007 eram dois prêmios. Tinha a Bola de Ouro, da France Football. Para este prêmio, você fica sabendo antecipadamente. É preciso preparar as fotos para a edição da revista. Fiquei sabendo uns 20 dias antes. Avisaram o Milan. Eu fiz uma sessão de fotos. Avisei meus familiares e mais ninguém. Eles pedem para não avisar ninguém. Os jornalistas ficam especulando. O prêmio da Fifa era depois do Mundial de Clubes. Fiquei sabendo na hora. Durante o Mundial, como tenho boa relação com os caras da Fifa, tentei especular. "Olha, conta aí, sou eu?" Quando anunciaram, passou um filme pela minha cabeça. A emoção é grandiosa.

Você mencionou a Copa de 2002 como sua principal. Pensei que fosse apontar a de 2010, na África do Sul.
Hoje, olhando para trás, a que estava melhor fisicamente era a de 2006. Estava bem, sem dores, sem problemas físicos, sem nada. Em 2010, chego com lesão no adutor, tive dores nos quadris... Depois, ainda tive de operar o joelho. Em 2010, cheguei numa situação difícil em termos físicos e com grande responsabilidade porque era um dos nomes do time. Havia conflitos pessoais. Vou ou não vou? Fazia o sacrifício para ir ou não? Todos diziam que o Brasil poderia ter passado pela Holanda. Mas minha Copa foi a de 2006 (na Alemanha).

O futebol brasileiro melhorou ou piorou nos últimos 20 anos?
Ficou para trás. Ficamos parados no tempo por causa do penta. Pensamos: "deste jeito está bom, ganhamos cinco Copas. É suficiente". Mas o futebol mudou. Quando tinha 15 anos, não havia a preparação física que há hoje, a questão psicológica, mental, a tecnologia. O futebol brasileiro ficou estagnado na conquista de 2002. "Somos penta e está bom". Outros evoluíram. Agora estamos recuperando. Vimos que precisamos evoluir.

Você acha que o Brasil sempre apostou no talento individual?
Acho que a gente se apoia muito no talento dos jogadores, mas porque sempre tivemos esse talento, sempre teve alguém que fez a diferença. Mas quando você consegue fazer no coletivo a mesma diferença, sempre vai aparecer alguém no individual. É o que está acontecendo na seleção. O time vai bem e o Neymar aparece mais.

Quem são os seus amigos e parceiros na carreira, desde lá atrás?
Meu parceiro era o Marcelo Gallo, que até hoje é um amigão. Ele veio de Jaraguá do Sul (SC) para São Paulo. O que eu fazia? Os meninos que moravam na concentração do São Paulo, quando não podiam ir para suas casas, eu os levava para a minha. Eu morava perto do Morumbi. Tinha o Emerson Sheik, o Marcelo Gallo, alguns outros que não deram certo. A convivência era legal, tinha dia que eu não ia para casa, mas eles estavam lá. Continuo em contato com Elano, Roberto Carlos, Julio Baptista, Ronaldinho, Robinho... Dentro do campo, as parcerias aconteceram por épocas. No Milan foi com o Shevchenko. Na seleção, Robinho.

E o treinador que mais te marcou?
Aprendi alguma coisa com todos. O treinador com quem tive mais resultado foi o (Carlo) Ancelotti (Milan). Tenho carinho especial por ele, pela forma de ele treinar o time, pelo exemplo de liderança. Mas de todos os outros guardo carinho especial, desde o Vadão, lá no São Paulo, Nelsinho Baptista, Oswaldo (de Oliveira), Muricy (Ramalho). Na Europa, Allegri e Seedorf. Na seleção brasileira, Felipão, Parreira, Dunga.

O que o Kaká deixou de fazer nesses 20 anos que gostaria de ter feito?
Pessoalmente, nada. Eu acredito nos prós e contras, benefícios e sacrifícios. Eu fiz aquilo que gostaria de ter feito. Hoje, aos 35, se pudesse planejar minha carreira, incluiria alguns anos no futebol inglês.

E se arrepende de algo?
De nada. Sou feliz do jeito que sou, do resultado das minhas escolhas.

Quais são seus planos no Orlando?
Meu contrato acaba dia 31 de dezembro. As próximas semanas serão decisivas. Começaram as negociações e vou saber a ideia do clube para mim. Estou tranquilo. Depois, vou pensar como vai ser o ano que vem. Penso a curto prazo. Dá para jogar mais um ano numa boa.

Você ainda é feliz jogando futebol?
Sou. Sempre gostei de treinar, gosto da parte de cuidar do corpo, da parte da saúde, da performance. Gosto bastante ainda. E sinto aquele frio na barriga a cada jogo. Este é o meu termômetro e quando perder isso, vai ser hora de parar.

O Brasil pode ter o Kaká de volta?
A prioridade é continuar nos Estados Unidos, renovar com o Orlando. Se não der certo, volto para o Brasil. No condicional, jogaria sim no Brasil de novo. Não está fechado na minha cabeça que não volto mais ou que não jogo mais no Brasil.

Você foi chamado de "o novo Raí". E agora, cada vez que aparece um garoto armador bom de bola no São Paulo, falam que será o novo Kaká.
Fico feliz com isso, é bem legal.

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União volta ao calor do Tocantins após derrota para o Maringá-PR no torneio nacional

A partida, válida pela segunda fase da Copa do Brasil, ocorreu no Estádio Willie Davids, em Maringá (PR)

Modificado em 07/03/2025, 14:03

União se despede da Copa do Brasil com derrota para o Maringá-PR (Vinicius Cantuares /União AC)

União se despede da Copa do Brasil com derrota para o Maringá-PR (Vinicius Cantuares /União AC)

União está de volta ao Tocantins após derrota para o Maringá-PR, por 4 a 2, nesta quinta-feira (6), pela segunda fase da Copa do Brasil. O Maringá segue na competição. As equipes se enfrentaram no Estádio Willie Davids, em Maringá (PR).

O time paranaense aproveitou os erros defensivos no 1º tempo e abriu 3 a 0 com 24 minutos. Maranhão, duas vezes, e Zé Vitor, cobrando pênalti. Aos 38, o União descontou com Brasileiro. Matheus Moraes fez o quarto do Maringá, aos 42. O União, ainda, teve pelo menos três chances claras de gol.

As falhas continuaram no 2º tempo, mas o goleiro Davi Guedes salvou o União em pelo menos três chances claras. Aos 25, Allan Mineiro fez o segundo do União e deu esperanças ao torcedor. Esperanças que foram alimentadas por Gustavo Gomes e Thiago Alberione. O empate levaria a decisão para os pênaltis. O Maringá segue no torneio nacional.

Com a eliminação, o União deixou de arrecadar R$ 2.315.250 milhões . Até a 2ª fase, a equipe já havia arrecadado R$ 1,8. Na 3ª fase, o adversário do Maringá será conhecido através de sorteio - 12 times entram direto nesta fase. Nesta etapa, as equipes vão se enfrentar em jogos de ida e volta.

Agora o União volta as atenções para o Campeonato Tocantinense . O time celeste volta a campo no domingo (9), às 16h, contra o Tocantins EC, pela 6ª rodada. A partida está marcada para o estádio Mirandão, em Araguaína.

(Fernando Teramatsu/AGIF)

(Fernando Teramatsu/AGIF)

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Dorival convoca Neymar para enfrentar Colômbia e Argentina

Astro vive uma sequência de sete partidas consecutivas pelo Santos

Modificado em 06/03/2025, 14:29

Neymar com a camisa do Santos

Neymar com a camisa do Santos (Divulgação/Santos FC)

O técnico Dorival Júnior convocou Neymar e mais 22 jogadores para as partidas da seleção brasileira contra Colômbia e Argentina. Neymar está de volta após quase um ano e meio fora da seleção. A última partida foi diante do Uruguai, em outubro de 2023, quando sofreu grave lesão no joelho.

O bom desempenho na volta ao Santos convenceu Dorival. O astro vive uma sequência de sete partidas consecutivas pelo Peixe.

Outras novidades são Wesley, Joelinton, Matheus Cunha e João Pedro. Só Guilherme Arana foi chamado para a lateral esquerda.

O Brasil enfrentará a Colômbia no dia 20, no Mané Garrincha, e a Argentina no dia 25, no Monumental de Núñez.

A seleção precisa de vitórias. O time de Dorival ocupa apenas a quinta colocação na tabela das Eliminatórias, com 18 pontos. A Argentina lidera com 25.

VEJA OS CONVOCADOS

  • Goleiros: Alisson (Liverpool), Bento (Al Nassr) e Ederson (Manchester City)
  • Laterais-direitos: Vanderson (Monaco) e Wesley (Flamengo)
  • Zagueiros: Danilo (Flamengo), Gabriel Magalhães (Arsenal), Léo Ortiz (Flamengo), Marquinhos (PSG) e Murillo (Nottingham Forest)
  • Laterais-esquerdos: Guilherme Arana (Atlético-MG)
  • Meio-campistas: André (Wolverhampton), Bruno Guimarães (Newcastle), Gerson (Flamengo), Joelinton (Newcastle), Matheus Cunha (Wolverhampton) e Neymar (Santos)
  • Atacantes: Estêvão (Palmeiras), João Pedro (Brighton), Raphinha (Barcelona), Rodrygo (Real Madrid), Savinho (Manchester City) e Vinicius Jr (Real Madrid)
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    Ex-Fla posta vídeo em gramado que gerou reclamação de Rony e brinca: 'Eu jogando no estádio

    O atacante Rony, do Atlético-MG, reclamou da situação do gramado do Ribeirão, no intervalo da partida entre Tocantinópolis e Galo, pela 1ª fase da Copa do Brasil

    Modificado em 21/02/2025, 12:49

    Lúcio Bala entre Sávio e Romário (Reprodução/TV Anhanguera)

    Lúcio Bala entre Sávio e Romário (Reprodução/TV Anhanguera)

    O ex-meia Lúcio Bala, com passagem por Flamengo, Atlético-MG, Botafogo, entre outros, postou um vídeo, nesta quinta-feira (20), em atuação no gramado em que gerou reclamação de Rony, na partida entre Tocantinópolis e Atlético-MG, pela 1ª fase da Copa do Brasil . Na legenda, o ex-jogador escreveu: "O atacante do Atlético-MG reclamou do gramado do estádio do Tocantinópolis. Eu jogando no mesmo estádio" ( Veja postagem abaixo ).

    Rony deixou o campo no intervalo da partida reclamando das condições do gramado do Estádio Ribeirão, em Tocantinópolis, no extremo norte do estado. Com a grama aparentando estar alta, o Atlético encontrou dificuldades contra o time tocantinense. Mesmo assim, o Galo avançou à 2ª fase com vitória por 2 a 0.

    Rony fez um dos gols contra o Tocantinópolis (Pedro Souza / Atlético-MG)

    Rony fez um dos gols contra o Tocantinópolis (Pedro Souza / Atlético-MG)

    Peço até desculpa a equipe adversária, mas não tem condição de jogar no campo com todo o respeito. Eu acredito que era para ser um espetáculo de jogo, mas infelizmente não está dando para jogar do jeito que nós jogamos, né, com a bola no chão", reclamou Rony, em entrevista ao sportv, no intervalo da partida.

    No vídeo, Lúcio Bala marcou duas vezes pelo Gurupi sobre o Tocantinópolis, no Ribeirão. O Gurupi venceu, por 2 a 0, e conquistou o Estadual de 2012.

    O que diz o clube sobre o gramado?

    O presidente do Tocantinópolis, Leandro Pereira, disse ao ge, nesta quarta-feira (19), que a grama foi cortada na última segunda-feira (17) no nível 3, e que estaria no padrão que o clube costuma usar sempre.

    "Então pode ver que a questão da bola estar movimentando, a altura não foi. Todos os times que já vieram aqui, o nível da grama é a numeração 3, justamente pela tipagem de grama que é utilizada aqui no estádio João Ribeiro.

    Porque outros tipos de gramas aqui no Tocantins, por ser um estado muito quente, infelizmente, elas não conseguem suportar como suporta nas regiões sul e sudeste. E a gente, ainda, é obrigado a utilizar esse tipo de grama, até mesmo no período chuvoso, que a gente consegue manter. Mas no período veraneio, é meio difícil para manter essas gramas novas, elas não se adaptam bem à nossa região, não", explicou o dirigente.

    Tocantinópolis sofreu dois gols no fim do jogo e se despediu da Copa do Brasil (Johann Breno/Divulgação)

    Tocantinópolis sofreu dois gols no fim do jogo e se despediu da Copa do Brasil (Johann Breno/Divulgação)

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    Estádio Ribeirão é alvo de reclamações por problemas estruturais; Verdão do Norte se posiciona

    Além da contestação da grama, Cuca e Everson, do Atlético-MG, reclamaram da falta de água no vestiário após a partida pela 1ª fase da Copa do Brasil

    Modificado em 21/02/2025, 12:43

    Rony fez um dos gols contra o Tocantinópolis (Pedro Souza / Atlético-MG)

    Rony fez um dos gols contra o Tocantinópolis (Pedro Souza / Atlético-MG)

    O atacante Rony deixou o campo no intervalo de Tocantinópolis e Galo, pela 1ª fase da Copa do Brasil, reclamando das condições do gramado do estádio Ribeirão, em Tocantinópolis, no estremo norte do estado. Com a grama aparentando estar alta, o Atlético encontrou dificuldades, na última terça-feira (18), contra o time tocantinense.

    Peço até desculpa a equipe adversária, mas não tem condição de jogar no campo com todo o respeito. Eu acredito que era para ser um espetáculo de jogo, mas infelizmente não está dando para jogar do jeito que nós jogamos, né, com a bola no chão - reclamou Rony, em entrevista ao sportv, no intervalo da partida", disse o atleta.

    A chance de enfrentar o Atlético, atual vice-campeão da Copa Libertadores, e celebrar o encontro no Ribeirão, em Tocantinópolis (TO), terminou de forma desagradável. O Galo avançou à 2ª fase da Copa do Brasil com vitória, por 2 a 0. Mas além da eliminação, o pior estava por vir: a falta de água no vestiário após o confronto. Como se não bastasse, o gramado já era alvo de reclamação do elenco do Galo. Nesta quarta-feira (19) o Tocantinópolis se posicionou sobre as reclamações relacionadas a estrutura.

    O Tocantinópolis informou à transmissão do sportv, que não deu tempo de cortar a grama para o jogo desta terça-feira, contra o Galo.

    O mandatário do time tocantinense, Leandro Pereira, apontou que a falta de água foi um erro do funcionário responsável, que deveria ter feito o reabastecimento no intervalo e não fez. O reabastecimento era necessário devido à quantidade de pagantes no Ribeirão - 5.593 torcedores acompanharam a partida.

    "Quando os times retornaram do campo e foram para o vestiário, foi detectado que não tinha água no vestiário. Não só do Atlético, não tinha água no estádio, não tinha nos banheiros da torcida, não tinha no nosso vestiário, não tinha no vestiário de arbitragem, porque o reservatório estava vazio. E o funcionário responsável, ainda vou procurá-lo, vou ver o motivo dele não ter feito esse reabastecimento, que era a função dele no estádio naquela data", afirmou.

    Jogo será no Estádio Ribeirão, em Tocantinópolis (Tocantinópolis/Divulgação)

    Jogo será no Estádio Ribeirão, em Tocantinópolis (Tocantinópolis/Divulgação)

    Logo após a partida, o técnico Cuca enumerou situações desagradáveis no Ribeirão, entre elas o gramado ruim e a falta de água. O goleiro Everson confirmou a falta de água para tomar banho no vestiário, em entrevista à rádio Itatiaia.

    "Condições muito adversas. Não adianta ficar enumerando as condições. Você viajar 4h30 depois do almoço para jogar, entrar num calor desse, num gramado assim. Coisas jogadas (no gramado), banheiro sem água, vamos viajar mais de 4h sem tomar banho. Mas não faz mal. É raiz. Particularmente, gosto assim. É assim que valoriza", desabafou Cuca.

    Sobre as condições do gramado, o dirigente afirmou que a grama foi cortada na última segunda-feira no nível 3, e que estaria no padrão que o clube costuma usar sempre.

    'Então pode ver que a questão da bola estar movimentando, a altura não foi. Todos os times que já vieram aqui, o nível da grama é a numeração 3, justamente pela tipagem de grama que é utilizada aqui no estádio João Ribeiro'.

    O mandatário do Verdão do Norte continou a explicação e citou o clima do estado.

    Porque outros tipos de gramas aqui no Tocantins, por ser um estado muito quente, infelizmente, elas não conseguem suportar como suporta nas regiões sul e sudeste. E a gente, ainda, é obrigado a utilizar esse tipo de grama, até mesmo no período chuvoso, que a gente consegue manter. Mas no período veraneio, é meio difícil para manter essas gramas novas, elas não se adaptam bem à nossa região, não."

    Com a eliminação, o Tocantinópolis volta as atenções para o Campeonato Tocantinense. O próximo compromisso é contra o Capital, neste sábado, às 16h, no Nilton Santos, em Palmas.

    Hulk comemora gol contra o Tocantinópolis (Pedro Souza / Atlético-MG)

    Hulk comemora gol contra o Tocantinópolis (Pedro Souza / Atlético-MG)