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Apaixonado por bichos, Eliezer do BBB 22 já chegou a cuidar de 50 cachorros

Apesar de estar em um grupo pouco querido pelo público, a irmã de Eli, Isabela Seara do Carmo, 27, demonstra orgulho por ele estar se mantendo a mesma pessoa que ela conhece fora da casa

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 00:08

Apaixonado por bichos, Eliezer do BBB 22 já chegou a cuidar de 50 cachorros

(Instagram/Reprodução)

Eliezer está em busca de novas experiências e resolveu buscá-las no Big Brother Brasil 22 (Globo). O empresário carioca de 31 anos é um viajante, apaixonado por bichos, que ama sua solteirice e está quase sempre calmo. E agora, é um dos remanescentes do quarto Lollipop, ao lado de Eslovênia.

Mas, apesar de estar em um grupo pouco querido pelo público, a irmã de Eli, Isabela Seara do Carmo, 27, demonstra orgulho por ele estar se mantendo a mesma pessoa que ela conhece fora da casa. "Ele é um cara de coração bom e valioso. É aquilo ali que veem: educado, sensato e que age com coração", conta em entrevista ao F5.

Isabela revela que Eli acabou se inscrevendo no BBB por insistência de uma amiga, mas recebeu apoio de toda a família, especialmente dos irmãos. Ela diz que é "grudada" e "super parceira" do brother, e que ele é visto como o ídolo de Luiz Miguel, 10, o terceiro irmão e fruto de um segundo casamento do pai deles.

Galeria Imagens do designer Eliezer Eliezer é um carioca. designer de formação é sócio de uma agência de Marketing e Branding "Presenciamos a separação dos nossos pais bem novinhos. Foi uma fase muito difícil para a gente, que envolveu muita coisa. Meu pai e meu avô são de uma família bem rígida, séria, onde a criação era somente naquele olhar de bravo. Fomos criados sem muita 'melação', mas próximos de todos", explica ela.

Assim moldou-se Eli, um menino de "coração maravilhoso", bagunceiro e com uma "risada escandalosa que já nos fez passar muita vergonha", brinca a irmã. "Quando ele voltava a pé da escola, se visse algum cachorro no caminho, levava pra casa. Minha mãe ficava doida, cada semana era uma emoção. E a fala dele era a mesma: 'Poxa, mãe, ele estava na rua sozinho, com fome, podia ser atropelado. Eu fui cuidar'."

Além dos cachorros desabrigados que ele adotava, Isabela diz que a família já teve em casa peixes, hamster, coelho, pintinhos e pássaros. E no sítio de uma ex-namorada, Eli chegou a cuidar de mais de 50 cachorros de uma só vez.

Para além da atenção aos animais, o designer sempre foi ligado à comunicação. Segundo a irmã, ele cria conteúdo desde pequeno -de desenhos até apresentações nas quais ele mesmo criava a coreografia e convidava a família para assistir. Ao crescer, formou-se como designer e tornou-se sócio de uma agência de comunicação que abriu há 12 anos com o melhor amigo da faculdade, Pedro.

"Ele comenta que, se não fosse designer, trabalharia com produção de eventos, produção artística, algo nessa linha. Mas ele sempre se imaginou na posição da pessoa que 'faz acontecer'. É totalmente encantado com o universo de grandes marcas por conta do que elas podem proporcionar", conta Isabela.

No dia a dia, Eli passa a maior parte do tempo no trabalho e, no tempo livre, divide-se entre academia, séries e festas. Mas seu mais recente amor tem sido as viagens. Na faculdade, depois de ter um trabalho aceito em um congresso internacional, ele vendeu por seis meses produtos de revistas, rifas e tortas para juntar dinheiro e poder viajar. Até então, ele nunca havia entrado em um avião. Mas, a partir deste momento, se apaixonou por estar neles.

"Ele gosta muito de experiências. Criou uma paixão absurda por viajar e conhecer todo canto por aí. Ele se apaixona pela cultura do lugar, pelas pessoas que conhece, pelos perrengues", conta a irmã, lembrando-se de uma viagem para a Tailândia em que ele foi picado por uma aranha. "Ele estava bem longe da emergência médica, com sinal fraco de celular, e eu fiquei bem preocupada".

Sua mais recente "aventura" foi a harmonização facial que fez antes de entrar no BBB. "Ao meu ver, ele só realçou a beleza que ele já tinha. Foram alguns retoques básicos", defende a irmã. "Meu irmão é bem vaidoso, anda cheiroso, arrumado... Só tem preguiça de passar roupa e tem muito apego pelas roupas preferidas, que chegam até a rasgar".

Em seu vídeo de apresentação para o Big Brother Brasil 22, Eliezer disse estar "pelo amor de Deus, solteiro". Para Isabela, o irmão está em uma fase de "curtir bastante". "Ele tem vontade de construir família, mas hoje está em um momento que está gostando de aproveitar a solteirice", explica.

Para ela, o brother quis deixar claro com a fala que poderia "rolar uma pegação" dentro da casa, o que de fato ocorreu -duas vezes. Eli protagonizou momentos quentes com Maria e, depois, com Natália, tanto nas festas quanto debaixo do edredom.

"Meu irmão é intenso e foi disposto a ficar com pessoas lá dentro, caso tivesse vontade e oportunidade. Mas deixou claro que não queria relacionamento, até porque ele realmente é uma pessoa que precisa de um tempo para se relacionar, e está bem... solteiro", brinca.

Ela afirma que Eli namorou poucas vezes e seu relacionamento mais lembrado foi um que durou nove anos. "Ele namorando é bem sossegado, assim como eu. Somos bem carinhosos. Mas ele precisa estar entregue de 'corpo e alma' para entrar em um relacionamento. Ele tem um pouco de bloqueio, digamos assim".

Esse carinho apareceu, principalmente, em sua amizade com Vyni, que deixou a casa no último dia 15. Os dois trocam declarações no programa, mas Vyni já disse que não passava de uma "amizade de irmão". Isabela concorda: "A gente adora a relação de amizade dos dois, achamos o máximo a sinceridade e o carinho entre eles. Acreditamos que darão continuidade a essa parceria linda que criaram, aqui fora".

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Especialista explica 5 curiosidades sobre os cachorros

Professora de Medicina Veterinária aponta características curiosas sobre esses animais

Conhecidos como melhores amigos dos homens, os cães são ótimas companhias

Conhecidos como melhores amigos dos homens, os cães são ótimas companhias

Pelos longos ou pelos curtos, pequenos ou de raças maiores, há aqueles com pedigree e ainda os simpáticos vira-latas. Até o ser humano mais ranzinza tem o coração derretido quando vê um cachorro fazendo graça, especialmente se for um filhotinho desengonçado.
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O cão, conhecido internacionalmente como "o melhor amigo do homem" não ganhou esse título à toa. Os animais provavelmente foram os primeiros a serem domesticados pelo ser humano: esse amor começou há cerca de 12 mil anos, quando os cachorros começaram a ser domesticados na Europa e no Extremo Oriente, a partir de duas populações diferentes de lobos.
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De lá para cá, a domesticação permitiu o surgimento das mais variadas raças: especula-se que existam no mundo mais de 300. E, segundo o censo do Instituto Pet Brasil, só o nosso país possui mais de 58,1 milhões de 'doguinhos'.
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A médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Juliana Dias Martins, diz que os cães são ótimos companheiros para os seres humanos, desde a infância, desenvolvendo nas crianças o senso de responsabilidade e cuidado, até a nossa vida adulta, nos fazendo companhia.
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"Durante a pandemia, muitas pessoas decidiram adotar animais de estimação, o que é maravilhoso. No entanto, é importante lembrar que os cães e outros animais são seres que necessitam de afeto, cuidado e atenção. Por isso, a decisão de adotar um animal deve ser tomada com responsabilidade", analisa.

A seguir, a especialista elenca algumas curiosidades que todo pai e mãe de pet deve saber sobre os cães.
Por que fazem carinhas irresistíveis?
O seu cachorro sabe bem como conseguir o que quer e, para isso, fazem caretas irresistíveis de propósito.

Pesquisadores da Universidade de Portsmouth, nos Estados Unidos conduziram um estudo com ajuda de um dispositivo, em que analisaram os músculos faciais de 27 cachorros. O resultado foi a constatação de que os cães que mais levantavam a sobrancelha e arregalavam os olhos foram adotados mais rápido no abrigo em que estavam à espera de um dono. Acredita-se que esse comportamento também era comum entre os lobos, seus parentes distantes - conseguindo assim serem aceitos entre os humanos - e ficou registrado na memória dos cães.

Já outro estudo, conduzido pela Universidade de Howard, também nos Estados Unidos, indicou que os cachorros desenvolveram músculos ao redor dos olhos e do focinho, o que acabou, durante milhares de anos de evolução, reforçando laços e a comunicação com o ser humano.

Por que giram antes de deitar-se?
Não, o seu cachorro não está maluco. Esse comportamento foi herdado dos ancestrais lobos, e nada mais é do que uma forma de defesa contra predadores. Ao girar, os cachorros conseguem sentir a direção do vento.

Assim, eles se deitam na direção contrária do vento, e caso algum outro animal sinta o cheiro do cachorro e se aproxime para atacar, ele já estará em uma posição de frente, de defesa.

Cães são inteligentes
Especula-se entre cientistas que os cachorros têm uma inteligência que pode ser equiparada à inteligência de um bebê humano de dois anos de idade, podendo compreender até 250 palavras e até alguns numerais. Além disso, qualquer tutor sabe como a comunicação dos cães é clara e objetiva: o cachorro sabe muito bem como mostrar quando está com fome, sede, ou ainda quando quer pedir alguma coisa, desenvolvendo formas efetivas de comunicação.

**Sentimentos e sentidos aguçados  **
Os focinhos dos cachorros se assemelham à digital humana: são únicos, nenhum cachorro tem focinho igual ao de outro cachorro. Além disso, o olfato dos cães é muito apurado: eles possuem até 220 milhões de células olfativas - em comparação, os seres humanos possuem apenas 5 milhões delas.

Tanto poder permite aos cachorros até farejar doenças no organismo dos seres humanos a partir do cheiro de proteínas que indicam doenças, como o câncer e o diabetes.  Quando se trata da visão, há estudos que mostram que os cães podem ver tons suaves.

Os cães também podem sofrer de depressão! Não existe idade específica para que o animal apresente esse quadro, e os tutores devem ficar atentos aos sintomas, que se assemelham à depressão do ser humano.

O animal geralmente apresenta tristeza, podendo até ter sintomas físicos, como perda de apetite e sonolência. O quadro pode ser desencadeado pela perda de um habitante da casa, mudanças na configuração familiar ou ainda em razão de ficarem muito tempo sozinhos ou socializarem pouco.

**Por que marcam território **  
Esse é comportamento natural, que vêm de seus ancestrais. Geralmente, são os machos que mais marcam território, quando se sentem ameaçados (por um outro animal, por exemplo) ou incomodados (barulho, obra em casa ou algum outro fator externo). O xixi da marcação de território normalmente é mais curtinho e tem um odor mais forte, ao contrário do xixi comum.

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Meu Bichinho

Falta de regulamentação no transporte de Pets ameaça segurança dos animais

Transporte de animais de estimação precisa de cuidados

Empresas dedicadas ao transporte de animais de estimação têm crescido

Empresas dedicadas ao transporte de animais de estimação têm crescido (Divulgação GoDog)

A falta de regulamentação no transporte de pets no Brasil é um tema que desperta preocupação entre especialistas e consumidores. Com o aumento da procura por serviços especializados nesse setor, a ausência de legislação específica levanta questões sobre a segurança e o bem-estar dos animais durante os deslocamentos.

Empresas dedicadas ao transporte de animais de estimação têm crescido, oferecendo serviços como traslado para consultas veterinárias, pet shops e até viagens mais longas. No entanto, a inexistência de normas claras e abrangentes para regular essas atividades expõe os pets a riscos desnecessários.

Diferentemente de setores como o transporte de cargas ou passageiros, o transporte pet carece de uma legislação que estabeleça diretrizes sobre veículos adequados, formação dos profissionais, e uso de equipamentos de segurança apropriados.

Segundo especialistas, é fundamental que veículos sejam adaptados para garantir conforto e proteção, com espaço adequado e ventilação apropriada, além de dispositivos que impeçam a movimentação excessiva dos animais, como cintos de segurança ou caixas de transporte adequadas ao tamanho do pet.

A iniciativa privada tem buscado alternativas para oferecer um serviço seguro, mas sem uma regulamentação nacional, os padrões podem variar de empresa para empresa, gerando incertezas entre os consumidores e profissionais do setor. O transporte inadequado pode causar estresse, traumas físicos e até acidentes graves.

Ludmila Pereira, proprietária da GoDog, empresa especializada em transporte Pet, cita: "A falta de regulamentação específica e de garantias relacionadas aos materiais disponíveis no mercado para o transporte, nos fez buscar amparo em países que já possuem legislações específicas aplicando por analogia em nosso transporte. Mas precisamos de uma legislação específica urgente, para garantir que todos sigam o mesmo padrão de qualidade no transporte.", finaliza.

Organizações de defesa animal e entidades do setor pet têm se mobilizado para pressionar por mudanças legislativas, argumentando que o transporte seguro é uma extensão dos cuidados necessários ao bem-estar dos pets.

Afinal, para além de serem considerados membros da família, os animais têm direitos de proteção, que precisam ser ampliados e contemplados nas políticas públicas do país.

A regulamentação traria benefícios não só para os animais, mas também para o crescimento e profissionalização do setor, promovendo um mercado mais seguro, transparente e confiável.

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Entenda os cuidados com o animal de estimação na terceira idade

Modificado em 04/11/2024, 08:52

Entenda os cuidados com o animal de estimação na terceira idade

(Pexels)

Em poucos anos, aquele lindo filhote, que brincava intensamente e parecia nunca se cansar, começa a reduzir a atividade física e a apresentar pelos brancos na face. Este certamente é um dos pontos mais desafiadores para tutores: os animais de estimação têm uma expectativa de vida bem menor do que gostaríamos. Em média, um cão é considerado idoso a partir dos 7 anos, variando pouco conforme porte e raça. Já os gatos entram na fase geriátrica por volta dos 11 anos.

O envelhecimento traz aos animais de estimação maior ocorrência de doenças crônicas, e cabe aos médicos-veterinários orientarem os tutores quanto às mudanças físicas e comportamentais inerentes a essa fase.

"A medicina veterinária vem avançando muito em diagnóstico, tratamentos e soluções que aumentam a expectativa e a qualidade de vida dos pets, mas é crucial que tutores e veterinários atuem em conjunto para oferecer o melhor para os pacientes pets", comenta o médico-veterinário, Head Latam e Diretor-Geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger.

Pele mais fina e ressecada, maior tempo de sono, redução das atividades físicas, da audição, da visão e do olfato são sinais comuns do envelhecimento. Porém, é preciso estar alerta à intensidade das mudanças e às alterações específicas. Rigidez ao se levantar, desconforto ao caminhar ou evitar subir escadas ou saltar são sinais de artrite, artrose e osteoartrite, doenças articulares muito comuns nos idosos, especialmente em cães de grande porte.

Doenças cardíacas também são bastante frequentes em pets seniores. Cansaço, tosse frequente, cianose (língua roxa), dificuldades respiratórias, perda de peso e fadiga excessiva após passeios são alguns dos sinais de doença valvar degenerativa (comum em cães de pequeno porte), cardiomiopatia dilatada (comum em cães de grande porte) e cardiomiopatia hipertrófica (comum em gatos).

Também muito comum nos felinos idosos, a doença renal crônica (DRC) costuma apresentar sinais somente em estágio avançado, como perda de apetite, emagrecimento, sede excessiva e letargia. Doenças cardíacas e renais também podem ser consequência de problemas bucais, como a periodontite. Por isso, o cuidado com a saúde bucal desde a fase filhote é tão recomendado pelos médicos-veterinários.

Semelhante ao Alzheimer em humanos, a disfunção cognitiva canina provoca confusão, desorientação, alteração no sono e comportamento repetitivo. Cães podem começar a latir sem motivo aparente, esquecer comandos que já sabiam ou parecer desorientados em locais familiares.

O câncer é outra doença que tende a aparecer com mais frequência em animais de estimação idosos e pode se desenvolver em diversas partes do corpo, variando em gravidade.

Prevenção, diagnóstico e tratamento
A Medicina Preventiva que permita diagnósticos precoces é essencial para aumentar as chances de um tratamento bem-sucedido ou melhorar o gerenciamento da condição. O ideal é que o intervalo entre as consultas de rotina seja de ao menos seis meses, e exames de sangue e de imagem sejam realizados pelo menos uma vez ao ano, conforme as condições clínicas, o histórico e a idade do paciente.

"Fechar um diagnóstico é muito mais fácil atualmente, com equipamentos avançados de ultrassonografia, hematologia e urinálise que oferecem resultados na hora. Além disso, a Inteligência Artificial colabora muito com a análise de exames de imagem", revela Berger.

A VetFamily, comunidade internacional criada por médicos-veterinários para desenvolver o setor, tem como um de seus objetivos firmar parcerias com grandes marcas nacionais e multinacionais, como Vetline (distribuidora de equipamentos de imagem e diagnósticos) e Signal Pet (Inteligência Artificial para exames radiográficos), para que seus membros disponibilizem alta tecnologia e soluções modernas em diagnóstico para seus pacientes.

O veterinário destaca ainda técnicas de tratamento amplamente utilizadas pelos tutores que estão colaborando para o bem-estar dos pets, como a acupuntura e a fisioterapia. "Essas terapias podem proporcionar resultados incríveis, especialmente em animais com problemas neurológicos e articulares. Sessões de acupuntura, aplicação de exercícios específicos, terapia manual, estimulação elétrica e hidroterapia são alternativas para melhorar a mobilidade, reduzir a dor e fortalecer a musculatura dos pets", ressalta.

A Fisio Care Pet, outra empresa parceira da VetFamily, oferece cursos avançados na área e a alternativa de franquias para que clínicas e hospitais veterinários possam oferecer serviços completos para os pacientes.

A indústria veterinária também colabora com o aumento da expectativa de vida dos animais de estimação por meio de medicamentos, como anti-inflamatórios, analgésicos e suplementos para articulações e doenças crônicas cardíacas e renais, com tecnologias cada vez mais inovadoras e acessíveis.

Cuidados diários também vão contribuir para o bem-estar dos pets na terceira idade. A atividade física pode ser mantida com caminhadas leves em terrenos mais planos e menos escorregadios para os cães, e adaptação do enriquecimento ambiental, com arranhadores e móveis mais baixos para os felinos. A saúde mental também não pode ser esquecida. Vale investir em atividades e brinquedos que estimulem a caça ao alimento.

Adaptar o ambiente com camas mais confortáveis, rampas e pisos menos escorregadios vai poupar as articulações, já desgastadas com a idade. Comedouros e bebedouros elevados evitam esforço extra da coluna e facilitam a digestão. Mais fontes de água e bebedouros distribuídos pela casa incentivam a ingestão de água.

Já a nutrição merece atenção especial, com rações ou alimentação natural adequadas às necessidades da idade e saúde do pet, digestão mais lenta e dificuldades na mastigação. "As consultas regulares com o médico-veterinário são essenciais para a adaptação dos cuidados em todos os aspectos, incluindo alimentação e suplementação, até os ajustes na rotina e no ambiente do animal", aponta Berger.

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Saiba cuidados para garantir o bem-estar dos animais em casa e nos passeios

Modificado em 04/11/2024, 08:52

Pequenos objetos e brinquedos inadequados ao porte do animal podem ser ingeridos e colocar o pet em risco

Pequenos objetos e brinquedos inadequados ao porte do animal podem ser ingeridos e colocar o pet em risco (Unplash)

O crescente número de animais de estimação nos lares brasileiros e a relação cada vez mais próxima entre humanos e pets acende o alerta para a importância da adoção de medidas preventivas com a saúde e a segurança dos animais. No ambiente doméstico, nos passeios ou durante o atendimento veterinário, a atenção e a prevenção são essenciais para evitar riscos e acidentes.

"Os pets fazem parte das famílias e agora acompanham boa parte da rotina familiar, frequentando shoppings e bares, viajando e visitando a casa de amigos, o que é prazeroso, mas exige alguns cuidados extras", comenta a médico-veterinária e gerente de marketing da VetFamily no Brasil, Beatriz Alves de Almeida.

Evitando fugas
Muros altos, canis adequados, portões e janelas teladas são itens básicos para a segurança de quem quer ter um animal de estimação. Porém, a rotina da família e de quem frequenta a casa deve considerar o comportamento dos animais.

"Pets são curiosos e não têm noção dos perigos. Os cães, por exemplo, podem fugir durante a entrada ou a saída de um veículo, porque algo na rua despertou a atenção, ou ainda escalarem muros e casinhas dentro dos canis. Gatos podem encontrar pequenas frestas, telas que arrebentaram ou aproveitarem uma pequena distração de quem está abrindo uma porta para escaparem. Desconheço um tutor que em algum momento não tenha tomado um susto com o seu animalzinho", comenta Beatriz.

O ideal é fazer inspeções rotineiras dos itens de segurança, orientar a família e colaboradores da casa e tomar o máximo cuidado no dia a dia. Em passeios e viagens, vale mapear os riscos do novo ambiente assim que chegar e adequar as medidas de segurança.

O uso de caixas de transporte, guias, coleiras e peitorais de boa qualidade e adequados à espécie e ao porte do animal são fundamentais para deslocamentos ao veterinário, viagens e passeios. O médico-veterinário está apto a orientar os tutores quanto à prevenção no trânsito e novos ambientes.

Identificação do animal
O número de animais perdidos diariamente é alto, o que reforça a necessidade da identificação, mesmo em pets que raramente saem de casa ou moram em apartamentos.

"A meu ver, além da consulta com um médico-veterinário, coleira com plaquinha constando os dados do tutor, a microchipagem e o cadastro em uma base de dados são medidas primordiais ao se adotar ou adquirir um pet. Por isso, firmamos uma parceria com a AnimallTAG para facilitar a microchipagem dos pacientes dos membros da nossa comunidade", ressalta a veterinária.

A VetFamily, comunidade internacional criada por médicos-veterinários para desenvolver o setor, busca firmar parcerias e desenvolver soluções que facilitem a rotina e a atividade dos médicos-veterinários e colaborem com o bem-estar de pets e tutores.

A AnimallTAG, empresa especializada em identificação animal líder no Brasil e uma das maiores no mundo, desenvolveu microchips em três tamanhos (microchip, nanochip e picochip) para atender até mesmo pássaros e peixes.

Além do microchip, o tutor recebe uma placa com QR Code para uso na coleira de cães e gatos. Ao escanear a medalha, a pessoa que encontrou o animal visualiza os dados cadastrais e o tutor recebe a localização onde foi feita a leitura.

"Os microchips ainda não funcionam como GPS, porém a leitura do QR Code da medalha que acompanha o conjunto fornece a informação do local atual do pet e agiliza o contato com que resgatou o animal", revela o engenheiro mecânico e fundador da empresa, Carlos Gustavo de Camargo Ferraz Machado.

O microchip acompanha ainda um certificado, que é obrigatório para viagens internacionais e como prova de propriedade do animal, em caso de furto ou roubo.

Atenção com plantas, alimentos e produtos tóxicos
Chocolates, uvas, uvas-passas, sal, temperos em geral e alimentos gordurosos prejudicam a saúde ou colocam a vida do animal em risco, conforme a quantidade ingerida. Para maior segurança, não se deve oferecer nenhum alimento diferente do indicado pelo médico-veterinário e, preferencialmente, não permitir o acesso dos animais à cozinha ou durante o momento das refeições.

Produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos também devem ser mantidos em locais seguros e os animais devem ser afastados durante o uso de produtos químicos. Algumas substâncias podem ser fatais ou extremamente prejudiciais se ingeridas, inaladas ou se houver exposição cutânea.

É essencial também conhecer quais plantas são potencialmente tóxicas para os animais, não apenas para planejar o paisagismo do jardim de casa, mas também para evitar riscos com presentes ou durante os passeios em parques, bares e outras residências. Espada-de-são-jorge, comigo-ninguém-pode, mamonas, sagu-de-jardim, lírios, azaleias, filodendros, hera inglesa, ciclames e samambaias são algumas plantas que oferecem perigo, além de fertilizantes e pesticidas utilizados para a manutenção dos jardins.

Cuidado também com pequenos objetos, tomadas, fios e aquecedores. Um fio danificado ou a ponta de um carregador de celular ainda ligado à tomada podem parecer brinquedos aos olhos do pet, mas podem causar um choque elétrico. Pequenas tampas, brinquedos inadequados ao porte do pet, meias, elásticos e prendedores de cabelo podem ser ingeridos e aquecedores ou ferros elétricos podem provocar queimaduras.

Qualidade e segurança hospitalar
Outra medida importante é contar com atendimento qualificado e especializado para o animal de estimação. Buscar referências sobre profissionais de saúde e estabelecimentos veterinários próximos para casos de emergência garantem maior segurança para o pet e o tutor.

Para quem tem gatos, as melhores opções são clínicas e hospitais com consultórios e internações específicas para felinos. Já os pets não convencionais devem ser atendidos por médicos-veterinários especializados.

"Clínicas e hospitais veterinários também devem primar pela qualidade e segurança assistencial. Por isso, recentemente também firmamos uma parceria com a Acredita Pet, uma consultoria especializada em treinamentos e implantação de acreditação veterinária. Desta forma, os membros da nossa comunidade podem contar com benefícios para investir ainda mais em qualidade, afinal, tutores também buscam segurança no momento de tratar seus pets", comenta o médico-veterinário e consultor da VetFamily no Brasil, Justiniano Proença Filho.

A acreditação é um processo rigoroso que envolve avaliação imparcial, orientação de técnicos especialistas e implementação de processos e protocolos com padrões reconhecidos internacionalmente. "Ao escolher um serviço veterinário acreditado, os tutores têm a garantia de que a clínica ou hospital está em conformidade com as melhores práticas assistenciais", esclarece a enfermeira especialista em gestão de serviços de saúde e sócia-proprietária da Acredita Pet, Andrea Quaglio.

Checklist da segurança Anote as dicas mais importantes:

  • Lembre-se que o seu pet não tem noção de perigo;
  • Deixe seu animal sempre com placa de identificação;
  • Invista em microchipagem;
  • Tenha sempre em mãos fotos atualizadas do seu pet, preferencialmente que mostrem detalhes que ajudam na identificação dele, como manchas na pele e na pelagem;
  • Invista em muros altos e canis com grades adequadas;
  • Coloque telas de proteção nas janelas, varandas e áreas dos pets;
  • Restrinja a área do pet ao sair de casa ou durante a execução de serviços na residência;
  • Inspecione regularmente o funcionamento de travas e o estado de telas e grades de proteção;
  • Mantenha produtos de limpeza, medicamentos e cosméticos fora do alcance dos pets;
  • Não deixe fios, tomadas, carregadores, baterias e pequenos objetos ao alcance dos animais;
  • Só ofereça brinquedos adequados ao tamanho do animal para evitar ingestão ou engasgos;
  • Conheça plantas e alimentos que são tóxicos para animais;
  • Ao transportar seu pet, use caixas de transporte ou peitorais com cinto de segurança;
  • Avalie rigorosamente os locais de passeio ou prestação de serviços para seu animal;
  • Busque referências de consultórios, clínicas e hospitais veterinários;
  • Procure conhecer os processos de atendimento e qualidade de clínicas e hospitais veterinários;
  • Valorize o conhecimento e os treinamentos realizados pelo médico-veterinário do seu pet;
  • Cuide da saúde e da segurança do seu pet, como cuida da sua.