IcMagazine

Famosos

Samara Joy, que derrotou Anitta no Grammy, diz que vai encontrar cantora no país

Vitória da americana sobre a brasileira, numa das categorias principais da premiação, marca o ápice de sua trajetória improvável

Folhapress

Modificado em 19/09/2024, 00:18

Samara Joy não sabia quem era Anitta até ganhar dela o prêmio de artista revelação no Grammy. "Mas ela é uma mulher muito legal e foi interessante vê-la cantar na festa depois da cerimônia."

A vitória da americana sobre a brasileira, numa das categorias principais da premiação, marca o ápice de sua trajetória improvável. Aos 23 anos, ela é uma rara jovem estrela do jazz, que despontou com uma abordagem clássica e retrô do gênero, uma expressiva habilidade vocal e alguns vídeos virais no TikTok.

Com um show marcado no Brasil --no festival C6, que acontece entre 19 e 21 de maio, com Kraftwerk e Weyes Blood, entre outros, em São Paulo--, a cantora tem a oportunidade de se apresentar melhor ao público do país. Isso porque alguns fãs mais furiosos de Anitta foram até suas redes sociais atacá-la depois de sua vitória no Grammy.

"No começo, foi bem surpreendente", ela diz, economizando as palavras, sobre as reações dos brasileiros enfurecidos. "Mas, assim, eu entendo. Então, desculpa aí. Espero que vocês se divirtam no Carnaval. Continuo amando e respeitando todos os artistas. Não me afetou muito. As pessoas só a amam."

A animosidade é um reflexo da frustração dos fãs de Anitta, especialmente devido à surpresa geral com a vitória de Joy. Nos anos anteriores, o prêmio de artista revelação no Grammy foi entregue a Billie Eilish, Olivia Rodrigo e Megan Thee Stallion, estrelas do pop ou do hip-hop que contam aos milhões as reproduções que suas músicas conquistam no streaming.

Em comparação com esses nomes, e até mesmo com Anitta, Joy é praticamente de outro planeta. Seu segundo e mais importante álbum, "Linger Awhile", lançado no ano passado e que também venceu o Grammy de melhor álbum de jazz vocal, dispensa qualquer produção ou textura eletrônica e é inteiramente orgânico, com instrumentos tradicionais, além de ter algumas composições antigas de jazz no repertório.

No Spotify, a plataforma de streaming de música mais acessada do planeta, apenas duas faixas do disco ultrapassam a marca de um milhão de plays --"Can't Get Out of This Mood" e "Sweet Pumpkin". Em comparação, a música menos acessada do único álbum de Olivia Rodrigo, "Hope ur Ok", do ano retrasado, tem mais de 240 milhões de reproduções.

Para Joy, sua vitória no Grammy de fato não é algo comum. "Talvez represente uma mudança na maneira como as pessoas veem a música e os artistas --de não ser necessariamente baseado na popularidade, mas na arte que é apresentada", ela diz. "Muitas vezes, você vê artistas que fazem trabalhos incríveis, mas não são reconhecidos."

Mas Joy não é totalmente alheia ao mundo da busca por cliques. Seu sucesso veio depois de ela começar a gravar vídeos no TikTok, impressionando pela voz, tanto ao cantar quanto ao falar sobre a sua carreira e a sua vida.

Trata-se de um movimento também pouco comum, já que o estilo de jazz mais tradicional que Joy segue costuma ser consumido por um público mais velho. Em dezembro do ano passado, quando ela já tinha sido indicada ao Grammy, o jornal The New York Times afirmou que a cantora, também graças à rede social, estava ajudando o gênero a conquistar novos ouvintes.

"Acho que ajudou muito a construir um público que gosta das músicas que eu também gosto e que me apoiam e apoiam o que faço", diz ela. "Sou muito grata por ter esse público que, de outra maneira, não teria. Posso conhecer várias pessoas pessoalmente --e isso é legal. Mas na rede social você se conecta com milhares e milhares de pessoas --o que é incrível."

Um vídeo seu reagindo a uma mensagem que recebeu do ator Lakeith Stanfield, que a encorajou a continuar fazendo música, foi um dos que fizeram sucesso no começo. Mas o que realmente viralizou foi um vídeo em que Joy reage, emocionada, à atriz Regina King a elogiando numa chamada de vídeo com os atores Spike Lee e George Clooney.

"Se fechar os olhos, você acha que está ouvindo Sarah Vaughan", ela diz, se derretendo e pedindo aos companheiros para que anotem o nome de Joy. Com cerca de 1,4 milhão de visualizações, o vídeo curto tem mais ou menos a mesma audiência das músicas mais famosas da cantora nas plataformas de streaming.

Regina King de fato tinha um ponto. Com um alcance abrangente, indo de graves profundos aos falsetes mais estridentes, Joy administra os vibratos com naturalidade e soa não só como Vaughan, mas como Ella Fitzgerald --suas duas principais referências.

Criada numa família de músicos, ela começou cedo a cantar, fã do programa "Soul Train", assim como de soul e R&B. Seus avós são o casal de cantores gospel Elder Goldwire e Ruth McLendon, do coral The Savettes, e seu pai, Antonio McLendon, viajou os Estados Unidos como baixista da banda do também gospel Andraé Crouch, além de ter um estúdio dentro de casa.

Nascida e criada no Bronx, em Nova York, Joy diz que o bairro é sua casa, mas conta que teve pouca convivência na rua, pois costumava passar seus dias em casa. Seus ídolos vêm do passado, como Stevie Wonder, o cantor com quem ela mais tem vontade de colaborar em um trabalho.

"Há muitas presunções, assim como há em relação ao Brasil, do tipo, 'não vá ao Bronx porque é perigoso', mas era uma comunidade tranquila onde fui criada", ela diz. "Não me deixavam sair muito quando pequena, então a cultura que tenho é a da escola e de casa. O resto era proibido."

Joy estudava em escola pública e morava na casa da avó. Essa experiência, de viver no Bronx com a família, ela diz, foi o que a formou. Mas a paixão pelo jazz veio há uns seis anos, quando ela estava terminando o ensino médio e o professor da banda da escola a chamou para cantar.

Mesmo com nenhum conhecimento de jazz, segundo ela mesma, Joy acabou sendo aprovada num programa de estudantes do gênero musical da Universidade do Estado de Nova York --e a partir daí só se aprofundou no estilo. "Tinha toda a música que cresci ouvindo e, de repente, há um novo jeito de se cantar que era clássico, mas algo que eu não estava familiarizada", diz.

Sua técnica de voz, ela diz, foi adquirida conforme se esforçava para colocar dentro do contexto de uma música os exercícios de canto que aprendia. "Foi ficando gradativamente mais fácil de equalizar meu cérebro e minha voz", diz. "Ouvia Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald e tentava copiar, mas precisei de um tempo para processar antes de realmente conseguir cantar tão agilmente ou com a mesma precisão."

Tratada por críticos, após o Grammy, como uma artista que pouco acrescenta à música, apenas reproduzindo uma estética já há muito estabelecida, Joy diz que tem formação sólida para desenvolver seu trabalho. "Acho que tem muita gente cantando ou tocando jazz, mas que não sabe como ele soa", diz. "Ainda estou aprendendo sobre os sons e emergindo nessa música, mas acho que é o melhor lugar para se desenvolver."

Destacando como a liberdade de improvisação a ajudou a desenvolver o canto, Joy diz que, para fazer jazz, é necessário conhecer a história e saber como inserir sua individualidade. "Acho que foi isso o que todos os mestres fizeram --aprenderam dos mentores para depois criar, inovar, sem forçar, sendo orgânico, e é isso que espero fazer."

A voz de Joy é seu maior triunfo, e ela pretende usá-la para enaltecer a música brasileira. Diz que não conhece muito a produção artística do Brasil, mas admira Tom Jobim e Djavan e até aprendeu a cantar "Flor de Lis", sucesso do cantor e compositor alagoano, em português mesmo, para apresentá-la em seu show em São Paulo.

Quanto a Anitta, as duas ainda não se conheceram, mas já trocam até mensagens. "No Grammy, eu estava sentada em outra mesa, e os intervalos são muito curtos", diz Joy. "Mas nos mandamos mensagens no Instagram. Disse que ia ao Brasil. Ela disse 'me avise quando você for [ao Brasil] e vamos nos encontrar!'."

IcMagazine

Gata do Daqui

Anitta mostra bastidores de sua vida em documentário

Batizado de "Larissa: O Outro Lado de Anitta", a produção estreia hoje na Netflix, e mostrará uma perspectiva mais íntima da funkeira de Honório Gurgel, no Rio de Janeiro

Modificado em 05/03/2025, 20:27

Anitta mostra bastidores de sua vida em documentário

(Reprodução/Redes sociais)

Anitta vai estrelar um novo documentário, agora sobre os bastidores de uma vida além da artista a nível internacional.

Batizado de "Larissa: O Outro Lado de Anitta", a produção estreia hoje na Netflix, e mostrará uma perspectiva mais íntima da funkeira de Honório Gurgel, no Rio de Janeiro.

"No início, foi difícil, mas, depois, lembrei de um amigo, que é a pessoa que está filmando para mim esse documentário, que é uma pessoa que esteve comigo na minha infância e estava naquele momento da minha vida, presente na minha intimidade. Isso fez com que ficasse muito fácil, porque cada conversa, cada momento filmado, às vezes, esquecia que a câmera estava ali, achava que estava só eu e ele", disse a gata, que está solteira desde o término com Vinicius Souza.

Trata-se de Pedro Cantelmo, que assina a direção ao lado de João Wainer, e reencontra a cantora após anos de um romance de adolescência, que é revivido durante a produção do filme. Ele também é a voz que narra o projeto roteirizado por Maria Ribeiro.

(Reprodução/Redes sociais)

(Reprodução/Redes sociais)

(Reprodução/Redes sociais)

(Reprodução/Redes sociais)

IcMagazine

Famosos

Com show apoteótico, Anitta abre maior turnê de Carnaval da carreira no Brasil

Artista cantou e dançou por cinco horas seguidas, levando fãs em São Luis (MA) ao êxtase com sua mistura de ritmos musicais

Modificado em 12/01/2025, 17:54

Anitta em show em São Luiz, no Maranhão

Anitta em show em São Luiz, no Maranhão (Reprodução/Redes sociais)

Anitta iniciou neste sábado (11), em São Luís, no Maranhão, a maior turnê de Carnaval de sua carreira. Serão 14 shows em 12 cidades brasileiras, com vendas esgotadas há mais de dois meses em São Paulo, onde haverá dois shows, assim como no Rio de Janeiro.

Com uma apresentação de reconexão com os fãs brasileiros, depois de ter feito uma turnê apenas no exterior, a artista cantou e dançou por cinco horas ininterruptas, numa mistura envolvendo funk, pop, axé, pop rock, entre outros gêneros musicais, uma característica dos "Ensaios da Anitta", como se chama a turnê.

Nesta temporada, Anitta decidiu homenagear os esportes e subiu ao palco vestida como skatista, em alusão a Rayssa Leal, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris, que é maranhense. Com um look formado por um boné, que lembrava o início de sua carreira, na companhia de funk Furacão 2000, a cantora atravessou a passarela e deu início ao espetáculo com pirotecnia, dançarinos e banda em sincronia.

As primeiras canções --todas em língua portuguesa-- levaram o público a saltar e dançar, o que aconteceu até o fim da apresentação, num estacionamento de shopping da capital maranhense.

A turnê visa também promover seu novo álbum, "Ensaios da Anitta", que traz um mix de ritmos brasileiros. A maior aposta da artista para o Carnaval é uma canção em parceria com Ivete Sangalo, "Lugar Perfeito", que traz todos os significados da festa popular --ritmo, letra viciante e refrão explosivo.

Há ainda parcerias com Simone Mendes, MC Danny, Rogerinho e Livinho, além de regravações de hits do início de sua carreira, como "Fica Só Olhando", "Menina Má", "Eu Vou Ficar" e "Proposta", em novos ritmos, como pop rock.

Nomeada duas vezes ao Grammy, a primeira como artista revelação e agora com o álbum "Funk Generation", Anitta se prepara para lançar um novo trabalho internacional, desta vez voltado ao público latino. Ela deu spoiler de uma das novas músicas nesta semana, "Querían Perreo?", construída no puro reggaeton, com uma batida envolvente de sedução. Em São Luiz, ela chamou os fãs ao palco para dançar a música.

Como tradição da turnê carnavalesca, Anitta teve convidados na apresentação de São Luís. A primeira foi da cantora paraense Viviane Batidão, que trouxe seu tecnomelody e rock doido, um dos ritmos mais populares do estado amazônico. Viviane teve a missão de animar ainda mais o público. Com auxílio de dançarinos e de Anitta, a cantora mostrou seu potencial.

A segunda participação, do cantor J. Eskine, dono dos hits "Resenha do Arrocha" e "Rala Xerekinha", não empolgou tanto, apesar de suas canções estarem entre as mais ouvidas no país.

O show

Após iniciar a apresentação com canções em português, Anitta apresentou as canções do álbum "Funk Generation". As batidas fortes empolgaram o público, mas quando as letras em inglês e espanhol passavam a ser cantadas, a maioria deixava de acompanhar. O brasileiro, afinal, consome pouca música em espanhol, uma questão já abordada pela própria cantora em entrevistas.

Após a passagem pelo funk internacional, a artista apresentou músicas carnavalescas, hits da carreira em português e canções clássicas da axé music. Só depois de deixar o público bem cansado de pular, a cantora buscou se aproximar dos fãs, fazendo piadas e convidando para atuações no palco.

Depois, a artista pôs para tocar sua canção com o cantor americano The Weeknd, "São Paulo", que acordou aqueles que já estavam desanimados ou cansados. O sucesso seguiu com mais uma rodada de clássicos da carreira intercalados com hits da axé music, e o show se aproximou do fim com "Boys Don´t Cry", que teve um clipe de alta qualidade reunindo cenas da cantora inspiradas por clássicos cinematográficos da fantasia.

A artista carioca ainda cantou algumas músicas de sucesso latino e os clássicos "Bang" e "Show das Poderosas".

Após os shows em São Luís e Fortaleza, neste domingo (12), Anitta se apresentará em Salvador (BA), no dia 18 de janeiro, e em Brasília (DF), no dia 19. A turnê "Ensaios da Anitta" continua no dia 25 de janeiro em Recife (PE) e no dia 26 em Ribeirão Preto (SP).

Belo Horizonte recebe o show no dia 1º de fevereiro, e Campinas no dia 2. Rio de Janeiro, com vendas esgotadas, sedia o espetáculo nos dias 8 e 9 de fevereiro. Já em Curitiba (PR), a data é no dia 15, enquanto em Florianópolis é no dia 16. São Paulo encerra a turnê com duas datas: 22 e 23 de fevereiro, ambas esgotadas.

IcMagazine

Famosos

Anitta faz procedimento estético na testa

A cantora, que está de passagem pelo Brasil, apareceu deitada em uma maca com curativos na cabeça e anunciou ter feito uma mudança no rosto para diminuir a aparência de uma "veia saltada" na testa

Modificado em 10/12/2024, 20:20

Anitta; a cantora deitada em uma maca com curativos na cabeça e anunciou ter feito uma mudança no rosto para diminuir a aparência de uma "veia saltada" na testa

Anitta; a cantora deitada em uma maca com curativos na cabeça e anunciou ter feito uma mudança no rosto para diminuir a aparência de uma "veia saltada" na testa (Reprodução/Redes sociais)

Anitta surpreendeu os fãs nesta terça-feira (10) ao revelar que realizou um novo procedimento estético. A cantora, que está de passagem pelo Brasil, apareceu deitada em uma maca com curativos na cabeça e anunciou ter feito uma mudança no rosto para diminuir a aparência de uma "veia saltada" na testa.

A cantora reforçou que o procedimento, realizado com laser, teve duração de duas horas. "Sei que vocês estão tristes pela veia que se foi, mas só quem tem essa veia sabe o quanto é ruim, o quanto é uó", começou a intérprete de "Envolver". "Não é uma cirurgia, é um laser. Não tem corte, nada. Dura duas horinhas e está tudo certo", completou.

Ela revelou ainda que não conhecia a técnica e até já realizou um teste para confirmar se a veia realmente desapareceu. "Fiquei de cabeça para baixo, fiquei de lado, gargalhei, me emocionei, e em nenhum momento a veia apareceu. Fim de uma era! Não sente dor nenhuma. Não sabia que existia essa técnica", adiantou Anitta, que durante o Carnatal, no Rio Grande do Norte neste fim de semana, concordou com o elogio de um fã. "Obrigada, meu amor. Concordo com você. Sou mesmo a mulher mais linda e mais incrível que você já viu"

Por fim, Anitta contou que descobriu o procedimento por meio de uma mensagem recebida no WhatsApp, que recomendava uma clínica em Goiânia. "Fui na coragem, não conhecia o médico, nem ninguém que já tivesse passado por ele. Perguntei para o meu Pai de Santo e confiei no meu orixá, que disse: 'Pode ir'."

IcMagazine

Gata do Daqui

Shakira elogia Anitta após participação da artista em seu novo clipe

Colombiana deixou recado no programa 'Mais Você'

Shakira elogia Anitta após participação da artista em seu novo clipe

(Divulgação)

A cantora Shakira, de 47 anos, vem ao Brasil em fevereiro para duas apresentações da turnê "Las Mujeres Ya No Lloran World Tour" (Rio de Janeiro e São Paulo). Nesta terça-feira (5), Ana Maria Braga começou o programa 'Mais Você' com um recado da colombiana. A apresentadora também exibiu trechos do clipe da música "Soltera", que conta com a participação da brasileira Anitta, de 31 anos.

A cantora colombiana confessou estar ansiosa para retornar ao Brasil após sete anos desde sua última turnê, "El Dorado".

"Estou muito animada e feliz. Estarei aí em fevereiro", afirmou.

Shakira aproveitou para elogiar Anitta: "Foi muito divertido gravar com a Anitta. Ela é uma pessoa muito especial, uma grande mulher e amiga. Quando pensei no clipe, eu queria gravar com as minhas amigas, queria passar a noite me divertindo com elas. Tive de chamar a Anitta", contou.

Ela encerrou o vídeo mandando um beijo para Anitta, que lançou recentemente uma parceria com The Weeknd, e brincando com Louro José: "Quando eu chegar aí, vamos ter que fazer uma festa, Louro."