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Após estragar várias vezes, balsa entre Cicerlândia e Britânia é embargada pela Marinha

Embarcação está proibida de navegar até que os responsáveis pela balsa adotem as providências necessárias para liberação; pais relatam que quase 30 crianças estão sem ir à escola

Modificado em 19/09/2024, 00:32

Crianças estão sem ir às aulas desde que balsa foi embargada, no último sábado (13)

Crianças estão sem ir às aulas desde que balsa foi embargada, no último sábado (13) (Reprodução/Secretaria Municipal de Educação de Britânia)

A balsa 'Judite', única opção de travessia no Lago dos Tigres, entre o povoado de Cicerlândia e Britânia, no Oeste do estado, foi embargada pela Marinha no último sábado (13). Conforme mostrado pelo Daqui na última sexta-feira (12), a balsa, da qual a população do povoado depende para ir ao trabalho e também para que as crianças frequentem a escola, tem décadas de uso e está em condições precárias.

A cidade mais próxima do povoado é Jussara, que fica a 80 km, por terra, sendo 50 km em estrada de chão. Já Britânia, destino e ponto de partida da embarcação "Judite", que em travessia leva, em média, de 15 a 20 minutos, está, por terra, a 180 km de Cicerlândia.

O Daqui solicitou novamente posicionamentos da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), responsável pelo serviço, sobre a situação da balsa. O contato foi feito no fim da tarde desta quarta-feira (10) e a reportagem aguarda retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.

No documento que determina o embargo da balsa, a Marinha, que regulamenta este tipo de embarcação, destaca que a estrutura permanecerá lacrada até que sejam sanadas as irregularidades determinantes de sua apreensão.

Segundo o aviso de embargo, retirar o lacre sem autorização da Capitania, é crime.

Crianças sem aulas

De acordo com moradores ouvidos pelo Daqui, 27 crianças e adolescentes ainda não foram às aulas nesta semana por conta do embargo da balsa. Essa já é a oitava vez que a balsa quebra neste ano dentro do período escolar.

Sobre o assunto, o Daqui conversou com a Secretária Municipal de Educação de Britânia, Maria do Desterro dos Santos. Ela explicou sobre a orientação que foi dada aos pais, de que o quando a balsa está quebrada, o transporte do município busca os estudantes que já fizeram a travessia, acompanhados ou autorizados pelos pais ou responsáveis.

"A parte da balsa não compete ao município. Nós não nos responsabilizamos pela travessia. O que está ao nosso alcance é buscar as crianças que os pais atravessem [pelo Lago]. Já até procuramos o Corpo de Bombeiros para que eles ficassem responsáveis pela travessia dessas crianças, mas não houve sucesso", afirmou.

A secretária pontuou ainda que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, já protocolou pedidos de uma embarcação adequada para o transporte de estudantes no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec), do Governo Federal.

"Já faz quatro anos que renovamos esse protocolo na tentativa de conseguir essas embarcações do tipo lancha, que são muito usadas em regiões em que há população ribeirinha, especificamente para o transporte de estudantes, mas ainda não obtivemos sucesso", ressaltou.

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Travessia de veículos e pedestres por balsa começa após 64 dias da queda da ponte entre Tocantins e Maranhão

O desastre deixou 14 mortos e três desaparecidos. A balsa que atua na região foi contratada pela Prefeitura de Estreito. A empresa contratada pelo DNIT ainda não começou a operar no local

Modificado em 25/02/2025, 18:51

Balsa contratada pela Prefeitura de Estreito começa a operar no Rio Tocantins (Reprodução/TV Anhnaguera/SFR Imagens Aereas)

Balsa contratada pela Prefeitura de Estreito começa a operar no Rio Tocantins (Reprodução/TV Anhnaguera/SFR Imagens Aereas)

Carros, motos, caminhões e pedestres começaram nesta semana a travessia por balsa no Rio Tocantins 64 dias após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O serviço será realizado pela empresa Pipes, de forma gratuita e em horário comercial, das 8h às 18h.

O contrato da balsa, feito por meio de uma requisição administrativa, foi realizado pela Prefeitura de Estreito. O trabalho também contou com apoio da Marinha do Brasil. Nas redes sociais, o município maranhense informou que a embarcação cabe até 122 passageiros, carros, motos e caminhões de até 10 toneladas.

A travessia pelo rio iniciou na manhã desta segunda-feira (24). Imagens registradas pelo vereador Elias Júnior mostram o momento em que uma fila de carros se prepara para embarcar na balsa do lado do Tocantins, com direção ao Maranhão (veja o vídeo acima) .

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já havia contratado uma empresa para operar balsas na região, mas o serviço ainda não foi iniciado. O órgão informou que a concessionária pediu uma prorrogação do prazo para começar as operações, que encerra nesta sexta-feira (28). A embarcação deve passar por testes e receber a autorização da Marinha do Brasil e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (veja nota completa abaixo).

A empresa contratada pelo Departamento é a Amazonia Navegações LTDA e irá operar na região pelo valor de R$ 39.959.771,81. Os serviços devem ser prestados 24 horas por dia, durante um ano.

No dia 23 de janeiro, o DNIT revogou a dispensa de licitação com a PIPES, por descumprimento das obrigações contratuais por parte da empresa. Ela havia sido contratada por R$ 6,4 milhões, para transportar passageiros e veículos.

Desabamento

A ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50 . Ao todo 18 pessoas sofreram o acidente, sendo que um homem de 36 anos foi resgatado com vida, 14 morreram e três ainda estão desaparecidas.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura.

No desabamento caíram no Rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outros 22 mil litros de defensivos agrícolas.

As partes restantes da ponte foram implodidas no dia 2 de fevereiro. Imagens aéreas feitas por drone registraram o momento exato que os explosivos foram acionados e levaram a estrutura ao chão.

Ponte sobre o Rio Tocantins, entre Tocantins e o Maranhão, desabou em dezembro de 2024 (Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins)

Ponte sobre o Rio Tocantins, entre Tocantins e o Maranhão, desabou em dezembro de 2024 (Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins)

Íntegra da nota do DNIT

O DNIT esclarece que a empresa contratada emergencialmente pela autarquia solicitou dilação de prazo para iniciar a operação da primeira balsa para veículos leves e pedestres. O novo prazo encerra na sexta-feira (28), quando a embarcação, que já está montada e passará por testes, deve começar a prestação do serviço com autorização da Marinha do Brasil e da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Importante destacar que o serviço de transporte hidroviário no Rio Tocantins será gratuito para todos os usuários, garantindo o deslocamento da população de forma acessível e eficiente entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).

O contrato, que prevê a operação das embarcações, oferecerá a travessia de forma ininterrupta todos os dias da semana por 24 horas. Desta forma, o DNIT restabelecerá temporariamente a trafegabilidade da BR-226/TO/MA até que a nova ponte, que substituirá a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, seja concluída.

Com relação a construção da nova ponte, após a implosão da estrutura remanescente da ponte existente sobre o Rio Tocantins, em 2 de fevereiro, está sendo feita a retirada dos detritos do local. Parte desse material está sendo reutilizada nos caminhos de serviços. Esta etapa deve ser concluída até o dia 10 de março. Em paralelo, o projeto da Obra de Arte Especial está em andamento, com prazo de até 60 dias para o início das aprovações, que serão parciais para agilizar o início dos trabalhos de construção.

A previsão de entrega da obra é dezembro de 2025 e a ponte seguirá os padrões atuais de construção de Obras de Arte Especiais (OAEs), sendo mais larga e extensa, que a travessia anterior e contemplada com passeio e barreiras New Jersey.

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Família norte-americana desaparece no Brasil após ataque de piratas

Casal e duas filhas, de três e sete anos, iam de Belém a Macapá quando a balsa em que estavam foi atacada; família viajava pelo mundo desde 2012

Modificado em 27/09/2024, 00:46

Adam, que é artista, e Emily, designer de moda, viajam pela América desde 2012 e tiveram a segunda filha, que também está desaparecida, em Florianópolis

Adam, que é artista, e Emily, designer de moda, viajam pela América desde 2012 e tiveram a segunda filha, que também está desaparecida, em Florianópolis (Our Open Road/Instagram)

O casal americano Adam Heart, de 39 anos, e Emily Heart, de 37, e suas duas filhas desapareceram em região fluvial do trajeto de Belém a Macapá, percorrido de balsa no último domingo, 29. Segundo a Polícia Civil paraense, a família foi uma das vítimas de um assalto praticado por piratas à balsa Andorinha, no momento da passagem pelo Rio Furo Grande, ao norte da Ilha do Marajó e já nas proximidades do território amapaense.

Ao localizar a balsa, a polícia identificou a van utilizada pela família, que foi conduzida até Macapá. Segundo relato das vítimas, os assaltantes estavam fortemente armados e levaram parte da carga. Há versões diferentes do desaparecimento da família americana. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) informou que abriu inquérito para investigar o caso em parceria com outros órgãos.

A pasta disse agir em três frentes: a primeira consiste na abertura de inquérito para apurar o desaparecimento com atuação das forças policiais e do grupamento aéreo; a segunda frente tenta contatos com familiares em Florianópolis e nos Estados Unidos; e, por fim, o roubo à balsa é investigado em um inquérito separado, com auxílio de helicóptero para buscas na região de Breves.

"O empurrador e a balsa teriam sido deslocados para uma área conhecida como Porto dos Dias, onde os piratas retiraram os produtos do roubo e abandonaram as embarcações, deixando os tripulantes e passageiros presos. Com a chegada da polícia, foi constatado que Adam Harris Hateau, Emily Faith Hateau e as duas crianças, de aproximadamente 3 e 7 anos, já não estavam mais na balsa" declarou a secretaria paraense.

"A família desapareceu, deixando para trás o veículo e todos os pertences. A van já foi apreendida pela polícia na cidade de Macapá, no Amapá", acrescentou.

Hello everyone! We are Adam, Emily, Colette & Sierra. When we departed California, as a family of 3, our plan was to travel overland for 1 years time... and 4 years later we are still loving our life on the road! We are currently in the Sacred Valley of #Peru, where in the world are you?

Uma publicação compartilhada por Our Open Road (@ouropenroad) em Out 12, 2016 às 7:25 PDT

Viajantes

Adam, que é artista, e Emily, designer de moda, viajam pela América desde 2012 e tiveram a segunda filha, que também está desaparecida, em Florianópolis, em 2014. Eles se locomovem pela van encontrada na balsa. O último registro online da família ocorreu no sábado, 28, quando o veículo atolou em uma estrada com lama entre Salvador e Recife. Em um perfil no Instagram, a família narra as aventuras turísticas e se classifica como "nômade". Eles estão viajando desde 2012 em um trajeto da Califórnia à América do Sul.

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Balsa estraga no meio do trajeto e passageiros colocam música do Titanic bem alta

Modificado em 29/09/2024, 00:16

Ah... o brasileiro e sua imensa habilidade de fazer piada com exatamente tudo até com uma possível tragédia. Foi o que aconteceu em uma balsa no Rio de Janeiro. O navio parou por falha mecânica, a equipe não soube responder ao problema de prontidão e adivinha o que os passageiros fizeram? Começaram a tocar a música do "Titanic".

Segundo a página "Viver em Santos e região", a balsa fazia o trajeto Santos-Vicente de Carvalho, no Rio de Janeiro, quando apresentou problemas mecânicos e parou. O local onde os passageiros estavam ficou cheio de fumaça.

Os funcionários demoraram a abrir as portas e a barca não possuía janela o que causou ansiedade dos tripulantes. Um dos funcionários chega para tentar acalmar os passageiros e instrui-los sobre o ocorrido.

"Calma pessoal, a barca não está afundando", diz ele.

A resposta não foi suficiente para aliviar os ânimos de todo mundo, então, veio a ideia brilhante: começar a tocar a música de Celine Dion, tema do filme sobre o naufrágio.

A ideia foi brilhante! Teve até quem soltou risadas. Confere aí:

Balsa estraga no meio do trajeto e passageiros colocam música do Titanic bem alta

(Reprodução)

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Economia

Centro-Oeste ocupa posição intermediária em ranking do Inpi

Na classificação geral, estados da região variam nas condições que os tornam mais ou menos propícios à inovação

Modificado em 16/03/2025, 23:46

Economista-chefe do INPI, Rodrigo Ventura: Goiás se destacou na qualidade do ambiente de negócios

Economista-chefe do INPI, Rodrigo Ventura: Goiás se destacou na qualidade do ambiente de negócios (Divulgação/INPI)

O estudo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), divulgado em fevereiro, traz não só o ranking dos avanços, como também as condições que tornam o estado ou a região mais ou menos propícios à inovação, esclarece o economista-chefe do Inpi, Rodrigo Ventura. No comparativo do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), ele diz que estados do Centro-Oeste se situam em posição intermediária no ranking de classificação geral.

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Distrito Federal e Goiás mantiveram-se, respectivamente, como líder e vice-líder regional em inovação na década avaliada (2014-2024). A nota é calculada com base em 74 indicadores, divididos em sete eixos -- como Economia, Negócios e Tecnologia, baseados na metodologia do Global Innovation Index (Wipo).

O economista do Inpi considera que há marcante heterogeneidade entre os estados da região no campo da inovação, elencando alguns aspectos. Distrito Federal (7º) é a economia da região com melhor pontuação, destacando-se em Capital humano, Negócios e Infraestrutura. Goiás (9º) tem bom desempenho relativo em Economia, assim como o Mato Grosso (12º), e ambos ainda merecem destaque pela pontuação em Instituições. O Mato Grosso do Sul (10º) tem posição de maior destaque comparativo em Infraestrutura.

Em sete rankings específicos do Ibid, Goiás avançou duas posições em Economia Criativa, passando da 12ª para a 10ª posição. Nesse caso, explica Ventura, o ganho foi puxado pelo desempenho da economia goiana na dimensão Ativos intangíveis. "Goiás se destaca regionalmente nos depósitos de proteção de propriedade industrial de marcas, desenhos industriais e indicações geográficas", diz ele.

Nos outros seis rankings específicos, porém, Goiás não conseguiu avanços em uma década: Instituições, Capital Humano, Infraestrutura, Economia, Negócios, Conhecimento e Tecnologia. "Em relação ao IBID-Contexto, que retrata as condições de contorno que tornam um estado mais ou menos propício à inovação, Goiás ganha 3 posições no pilar de inovação Instituições, mas este resultado positivo é compensado pelo recuo de duas posições tanto em Economia quanto em Negócios", discorre, contrapondo: "Já no IBID-Resultado, que mede o resultado propriamente dito da atividade inovativa, a economia goiana ganha posições tanto em Conhecimento e tecnologia quanto em Economia criativa".

Para o analista, este desempenho global posiciona Goiás dentre os estados que encurtaram sua distância para a economia-líder, São Paulo, ao longo da década, apesar da perda de uma posição no ranking, passando da 8ª posição em 2014 para a 9ª em 2024. "Este pequeno recuo no ranking, de fato, reflete mais a performance destacada do Espírito Santo, que ultrapassou Goiás neste período."