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Batida entre caminhões deixa um motorista morto na rodovia TO-335

Acidente aconteceu em trecho conhecido como Transcolinas. Bombeiros foram chamados para conter o fogo e vítima teve corpo carbonizado

Modificado em 19/02/2025, 20:38

Motorista ficou preso às ferragens na batida e morreu carbonizado (Corpo de Bombeiros Militar / Divulgação)

Motorista ficou preso às ferragens na batida e morreu carbonizado (Corpo de Bombeiros Militar / Divulgação)

Um homem morreu em um acidente envolvendo pelo menos dois caminhões em trecho da TO-335, próximo a Colinas do Tocantins, região centro-norte do estado. A vítima foi identificada como Gleniel Souza de Lima, de 44 anos. Ele estava dirigindo um dos veículos pesados.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a batida entre os veículos aconteceu no trecho entre Colinas e Itaporã, conhecido como Transcolinas, nesta quarta-feira (19). Gleniel era motorista de um caminhão carregado com soja, que bateu de frente com outro veículo. No impacto, o veículo que ele estava pegou fogo e o corpo acabou sendo carbonizado.

Os bombeiros foram chamados para conter o fogo e informaram que um terceiro veículo também teria se envolvido no acidente, mas ainda não divulgaram mais detalhes.

O caso foi registrado na 6ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Colinas, e as investigações ficarão a cargo da 42ª Delegacia de Polícia da cidade, informou a SSP.

Momento em que bombeiro trabalha para apagar o fogo do veículo (Corpo de Bombeiros Militar / Divulgação)

Momento em que bombeiro trabalha para apagar o fogo do veículo (Corpo de Bombeiros Militar / Divulgação)

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Fórum empresarial defende modelo de parceria para obras

Oito entidades integrantes divulgam carta a favor de parceria do governo de Goiás para a realização de obras rodoviárias; presidente da Alego garante aprovação

Modificado em 14/03/2025, 23:02

Presidente Bruno Peixoto: garantia de que projeto será aprovado na próxima semana

Presidente Bruno Peixoto: garantia de que projeto será aprovado na próxima semana (Wesley Costa)

Em carta assinada pelas oito instituições integrantes, o Fórum das Entidades Empresariais de Goiás (FEE) defendeu o novo modelo de contratação de obras buscado pelo governo estadual em projeto enviado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Como antecipado pelo Giro, a matéria avança em nova forma para contratar, sem licitação, a execução de obras em rodovias pelo Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra).

O texto das entidades defende que "o modelo de contratação baseado no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, instituído pela Lei Federal nº 13.019/2014, representa um instrumento jurídico legítimo e viável para otimizar a implementação de obras públicas essenciais".

O projeto do governo pretende formalizar a parceria com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), que ficará responsável pela contratação, via processo seletivo simplificado, das empresas de engenharia. O IFAG foi criado em 2015 pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), que assina a carta.

O Fórum Empresarial defende "a necessidade de aprimoramento dos mecanismos de contratação" com o objetivo de dar mais "celeridade e eficiência na execução dos projetos estratégicos para o desenvolvimento do Estado". O texto ainda aponta que o modelo deverá "reduzir substancialmente o prazo médio dos processos administrativos, passando de aproximadamente oito meses para cerca de um mês, garantindo maior eficiência na entrega de obras e beneficiando diretamente o setor produtivo goiano".

"Importante destacar que o modelo de parceria com as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), não altera o rigor dos mecanismos de controle e fiscalização já existentes. Os projetos executados sob essa modalidade permanecem integralmente submetidos aos órgãos de controle externo e interno, assegurando transparência, legalidade e conformidade com os princípios da administração pública", alega o documento.

A carta argumenta que Goiás mantém ritmo de "desenvolvimento acelerado", que impõe "desafios crescentes à gestão da infraestrutura, tornando imprescindível a modernização dos processos administrativos". Entre as demandas, estão a expansão e melhoria da malha viária como "fatores críticos para a competitividade da produção agroindustrial, industrial e comércio".

O fórum aponta que o contexto exige "soluções inovadoras que viabilizem respostas ágeis às demandas do setor". O projeto que formaliza a parceria com o IFAG será alvo de debate na Alego, em audiência pública agendada para terça-feira (17), às 14h, com a presença do presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales.

Aprovação

O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), garantiu nesta sexta-feira (14) que a matéria deverá ter aprovação até quinta-feira (20). "Todos nós sabemos que o governo Ronaldo Caiado é um governo sério, selo máximo de transparência. Nós vamos fiscalizar com muito rigor. O que nós estamos aprovando na Assembleia é a agilidade para que as obras aconteçam e o benefício chegue para a população. Lembrando que a fiscalização será rígida. É inadmissível qualquer ato de ilegalidade", disse.

"Em relação à segurança jurídica, com a aprovação da lei, nós a teremos", afirmou.

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Política

"Requisitos vão atestar liquidez financeira e a capacidade das empresas", diz Pedro Sales

Com críticas ao modelo licitatório atual, presidente da Goinfra diz que novo sistema para obras do Fundeinfra cria maiores exigências sobre know-how e atuação

Modificado em 14/03/2025, 23:07

Presidente da Goinfra, Pedro Sales: "governo precisa mostrar dados para resgatar a racionalidade desse debate"

Presidente da Goinfra, Pedro Sales: "governo precisa mostrar dados para resgatar a racionalidade desse debate" (Fábio Lima / O Popular)

Em entrevista ao POPULAR, o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales (UB), detalha as justificativas do governo de Goiás para ampliar a contratação, sem licitação, de empresas e Organizações da Sociedade Civil (OSC) para a realização de obras com recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) e a sua participação na audiência pública que irá debater o tema semana que vem. O auxiliar do governador Ronaldo Caiado (UB) defende uma desburocratização a ser obtida com a proposta e admite que há pressão interna pela entrega de resultados na área.

Como será a conversa com os deputados na audiência pública, nesta segunda-feira (17). Houve pedido de vistas na Comissão Mista. Há resistência para aprovar o projeto?

O pedido de vistas é natural a projetos que são mais relevantes e têm maior visibilidade. A audiência pública nada tem a ver com o pedido de vistas. Foi um pedido pessoal meu para o líder Talles Barreto. Estive pessoalmente lá, numa audiência pública, quando foi votado o projeto da modelagem. Agora, estarei novamente com relação a esse projeto que diz respeito ao IFAG (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás). Fiz esse pedido porque acredito neste modelo, estou convencido dele. Ele tem sustentação jurídica, vai fazer bem para o ambiente de infraestrutura, vai desburocratizar e tornar as coisas mais sérias. Então, não tenho que estar constrangido ou querendo que vote isso na surdina, não. Eu quero fazer esse debate à luz do sol, à luz dos argumentos, dados, fatos e fundamentos jurídicos. Estou convencido de que o que estamos fazendo é absolutamente correto e salutar para o ambiente de infraestrutura do Estado.

A tramitação do projeto ficará paralisada enquanto a Goinfra realiza o chamamento público para outras Organizações da Sociedade Civil (OSC)?

Não. O projeto vai ter sua tramitação, vai à votação na semana que vem e tende a ser aprovado. Ele não vai aguardar nada. Eu estou indo lá porque é uma matéria complexa, que não é de conhecimento comum. São legislações novas. Vou prestar mais informações, mas muito mais do que isso: mostrar para os deputados e para a sociedade de uma forma geral tudo aquilo que já foi feito do Fundo de Infraestrutura e não foi pouca coisa. Nós temos duas obras prontas. Nós temos dois TAREs (Termo de Cardo de Regime Especial) contratados. Nós temos dez obras em andamento no trecho, três obras em fase de licitação, que entram nesse semestre, e temos cinco contratos antigos sendo retomados para execução de obras neste semestre. Só aqui são 21 do programa que tem 25 obras. Quase metade do programa já está endereçado e entra agora, no primeiro semestre. As pessoas sabem disso? Porque as pessoas ficam falando que o programa não deslanchou e que as obras do Fundeinfra não saíram. Eu cito aqui nominalmente quase metade do programa contratado. Então, preciso desse semestre para que essas obras entrem.

Mas não há uma frustração dentro do próprio governo, que projetou, ampla entrega de obras a partir de 2024? Na prática, só duas foram concluídas. Não há um descompasso entre a expectativa e o que foi entregue na prática?

Só a aprovação de um projeto executivo é mais de seis meses e é assim no Brasil inteiro. O Fundeinfra é um conjunto de obras que não foram escolhidas no mesmo dia. Foram várias reuniões ao longo do ano de 2023 e 2024, escolhendo trechos. Tem trecho que não tem seis meses de escolha e outro com três meses de escolha. As coisas estão sendo tratadas da mesma forma. Entendo quem pergunta "cadê as obras do Fundeinfra". É por isso que eu preciso ir à Assembleia. A sociedade não sabe disso. São 21 obras endereçadas para entrar de imediato e a gente já vai ver elas no trecho nesse semestre. Então, acho que é preciso fazer justiça ao trabalho que está sendo feito. No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, os fundos se aproximaram de contratar 50% depois de 5, 6, 7 anos. Eu estou falando de obras aqui do Fundeinfra que não tem três meses que foram votadas no Conselho Gestor. Está havendo uma cobrança sem racionalidade. O governo precisa mostrar esses dados para resgatar a racionalidade desse debate e é por isso que eu estou aqui. Diante de uma percepção geral da falta de informação, eu concordo com você. Há uma percepção geral de que há uma defasagem, uma ineficiência com as obras do Fundeinfra. É um sentimento. Agora, eu preciso me apresentar para o debate público e mostrar que esse sentimento tem um certo grau de equívoco e de legitimidade, mas a gente precisa colocar as coisas nos seus devidos lugares.

Por que o governo busca esse modelo ao invés de realizar licitação para as obras?

Vou citar um caso concreto. A GO-210 teve uma primeira contratação com licitação pública e venceu uma empresa do Rio de Janeiro chamada Metropolitana, que mobilizou lá, ficou lá alguns meses e abandonou a obra. Desde o primeiro despacho até o dia em que homologou o processo licitatório foram mais ou menos de nove a doze meses, porque tem lá todos os recursos administrativos, prazo para comprovar certidão, impugnação da rival e tal. Esse modelo, essa licitação, deu errado. Esse contrato foi rescindido numa gestão que me antecedeu e eu, nesse meio tempo, consegui aprovar na Assembleia essa sistemática de TARE com o Fundeinfra. Requalifiquei o projeto executivo e comecei a tratativa com a Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano). Do dia que fiz a tratativa com a Comigo, que assinei o TARE, deve ter sido uns 60 dias no máximo, no máximo. E mais: a empresa que assumiu a obra tem uma carteira de obras nacionalmente. Isso a gente pode observar, são quase R$ 2 bilhões em obras no país. Foi em dois meses e uma empresa com uma credibilidade de quem está com R$ 2 bilhões rodando de obras no mercado, com um lastro desse. Não são fatos ou circunstâncias que estou tirando da minha cabeça. Nós temos evidências empíricas da mesma obra. Se você está vendo na experiência que aquilo traz mais resultado, que aquilo te cerca de maiores certezas, que aquilo apresenta uma maior eficiência, tem que trazer mais e mais disso para dentro da sua gestão. Esse é o ponto de vista que nós estamos defendendo no Estado de Goiás: maior participação do setor privado com total fiscalização do setor público e amplo controle dos órgãos de controle. Então, é preciso desmistificar o que está acontecendo, porque coloca-se de forma pejorativa, com o nome de drible, com o nome de não sei o quê, sendo que tem diversos dispositivos legais que estão dando margem à utilização disso.

Ao Giro, o sr. disse que o setor da infraestrutura foi "invadido por criminalidade e lavagem de dinheiro". Esse modelo não fica mais suscetível a algum tipo de ilegalidade ou até influência política?

Através das leis 14.133 e da 8.666, o PCC chegou ao comando do transporte coletivo do estado de São Paulo. Chegou ao comando do serviço de coleta de lixo no estado de São Paulo. Chegou, se infiltrou em instâncias da administração pública através de empresas laranjas. No setor de infraestrutura, a gente tem observado algumas licitações e, quando você vai investigar as empresas, são atores que não conseguem explicar exatamente de onde vêm, arranjos societários confusos que parecem querer apontar alguma coisa. Infelizmente, isso está acontecendo. No sistema que nós estamos desenvolvendo, a forma de você discriminar uma empresa de outra não é o desconto que uma empresa dá no processo de disputa. Porque o valor que nós vamos pagar por cada uma dessas obras dentro do Fundeinfra, no sistema associativo, é estático. Nós vamos pagar o valor de orçamento da tabela Goinfra, aplicado o desconto médio anual das licitações do ano anterior. Ora, então o que garante que uma empresa é escolhida em detrimento de outra? Requisitos que nós colocamos no nosso processo de pré-qualificação, que vão atestar liquidez financeira e capacidade técnica operacional.

Mas os critérios para definir qual tem a maior capacidade técnica operacional não são subjetivos? Não passam por uma decisão política?

São todos critérios objetivos. Se alguma empresa que nesse momento estiver no Acre e vir na internet a pré-qualificação da Goinfra quiser se pré-qualificar, quiser entrar na disputa e comprovar que ela tem liquidez financeira, liquidez contábil, tem atestação, quantos quilômetros de atestação nos últimos anos, e falar assim, 'eu tenho mais condição', ela vai ganhar a obra. Quatro empresas já se pré-qualificaram. Uma de Goiás, duas de São Paulo e uma da Bahia. Eu não conheço nenhuma dessas empresas. Quando entrarmos no processo seletivo das obras específicas, elas disputarão entre si e, dentro desses indicadores, quem apresenta os mais sadios, os mais íntegros, os mais fortes. Além disso, se pegou três obras, sai do programa, porque também não pode haver um monopólio do maior em detrimento do menor. Esse é o critério que a gente criou.

Sobre o modelo com OSC, porque o governo enviou à Alego o projeto para firmar a parceria com o IFAG, mas agora decidiu realizar o chamamento público?

A Procuradoria entende que, quando você submete ao referendo legislativo, aquela indicação ganha a natureza de dispensa. Eu posso fazer um chamamento ou eu posso fazer uma designação específica se ela receber um referendo legislativo. Isso é a lei. Eu não tô aqui pra dizer que a lei é boa ou que a lei é ruim. Isso tá lá na lei, certo? Isso não é um drible. Isso é o que está na lei e a gente tem que tomar cuidado do que a gente chama de drible. A lei diz que se você submeter a sua indicação nominal e específica a um referendo legislativo, isso é uma hipótese de dispensa. Eu fui ao mercado, conversei com várias associações, conversei com diversas entidades de Goiás. As pessoas estavam receosas, preocupadas, isso é muito novo, isso não tem sustentação e tal. O IFAG, na pessoa do Armando, presidente, falou que queria conhecer melhor o projeto e que acredita nele. Sugeriu qualificar o IFAG e depois, no caminhar do amadurecimento das coisas, eles poderiam pegar uma ou mais obras. Eu falei, fantástico e mandei o projeto para a Assembleia. Diferente do que fez parecer criar a matéria, que falou que o IFAG ia ficar com R$ 1,5 bilhão de obras. O IFAG, ao se qualificar, não está compromissado com nenhuma obra. Ele pode pegar uma obra, duas obras, todas as obras. De toda forma, o próprio presidente do IFAG, o Armando, colocou o que é muito importante no nosso ponto de vista para a lisura do processo e que não fique parecendo que foi um endereçamento direto ao IFAG. O próprio IFAG deseja que se coloque ao chamamento público para dar oportunidade, ao menos em potencial, para toda a sociedade. O chamamento foi publicado, mas acho muito pouco provável que apareçam, por eu ter dialogado com todo mundo e ter sentido as pessoas muito receosas, mas se aparecer será muito bem recebido e receberá obras as quais manifestar o seu desejo de estar atuando.

O governador Ronaldo Caiado afirmou que Adib Elias assume um cargo "desafiador" e que existe um "desafio" na infraestrutura. Como o senhor avalia as cobranças pelas as entregas até o próximo ano?

Primeiramente, estou acostumado com esse tipo de cobrança. A gente chegou no final de 2022 com as pessoas dizendo que as casas da Agehab não iriam acontecer, que as obras de asfalto nos municípios não iam acontecer e que as obras de pavimentação não iam acontecer. As casas foram construídas, quebramos o recorde de asfalto em municípios e fizemos muitas pavimentações importantes. Você não vence uma eleição no primeiro turno se você não fizer esse tipo de entrega. Então, esse tipo de pressão já foi jogada sobre meus ombros e está sendo lançada de novo justamente. Estou sentado no posto que recebe essa responsabilidade. Dessa vez, estou chegando com um deadline mais curto, porque eu não tenho até o final de 2026. Eu tenho só até abril. Então, é muito do que a gente vai conseguir fazer nesse ano e deixar endereçado para 2026. Por mais que o Ronaldo não esteja aqui, por exemplo, em julho, uma obra que estiver acontecendo vai ser uma obra da gestão dele. Vai ter o capital político para ele, para o Daniel e para o grupo. Mas eu tenho certeza que, com esses novos mecanismos, com os processos licitatórios já engatilhados que a gente tem, com as obras que estão entrando e com as iniciativas que a gente está tomando, da mesma forma que muita gente disse que não ia acontecer e aconteceu, agora vai ser a mesma coisa.

Desde as eleições de 2022 o senhor tem sido lembrado para uma possível candidatura a mandatos parlamentares. Tem interesse ou projeto para a eleição de 2026?

Tive interesse em 2022 e manifestei meu sentimento para a eleição a deputado federal. O governador mencionou que pediu para a gente ter a paciência de não sair naquele momento. Agora, no final desse ciclo, eu vou colocar meu nome à disposição do grupo e do União Brasil para que a gente possa disputar um cargo eletivo. Aí você pode me perguntar se para federal ou estadual. Isso o governador vai definir o que é o tamanho adequado e onde é a posição que ele acha que soma mais para a perspectiva do grupo. Da minha vontade, eu tenho muita vontade de ser federal para discutir assuntos nacionais, mas o debate estadual também é bacana. Preciso ser escolhido pelo grupo, mas estarei lá para defender o legado do governador Ronaldo Caiado.

Já conversou com o governador ou com Daniel Vilela sobre a candidatura?

Já conversei com o governador colocando meu nome à disposição novamente pelo União Brasil e pelo governo dele e deixando ele definir aquilo que seja o mais maduro para o projeto. É algo que, neste momento, ainda é muito nublado e tem muita coisa para acontecer. No momento adequado, com a experiência que ele tem, ele vai conseguir enxergar o melhor caminho e a gente vai executar.

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Goiânia é sede de dois grandes eventos neste ano

Além das exposições agropecuárias já tradicionais, capital terá a realização da 1ª AgroVem - evento que já teve duas edições na cidade de Itumbiara

Gilberto Marques, presidente da SGPA: desafios para cumprir toda a programação

Gilberto Marques, presidente da SGPA: desafios para cumprir toda a programação (Diomício Gomes)

A capital de Goiás receberá, neste ano, dois grandes eventos do agronegócio: a 1ª AgroVem e a 78ª Exposição Agropecuária do Estado, conhecida como a Pecuária de Goiânia. A organização da AgroVem garante que o evento terá uma programação intensa, com especialistas renomados discutindo temas como sustentabilidade, inovação tecnológica, financiamento rural, mercado internacional e gestão no agronegócio. A exposição também terá demonstrações ao vivo, com testes práticos de equipamentos, apresentação de novas tecnologias e soluções agrícolas aplicadas no campo.

O evento contará ainda com espaços de networking, áreas exclusivas para produtores, investidores, empresários e líderes do setor trocarem experiências, fecharem parcerias e expandirem redes de contato. A realização da AgroVem é iniciativa da Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ) e do Grupo AgroVem. Segundo os organizadores, o estado será palco de um evento nacional que promete impactar o futuro do agronegócio brasileiro.

Um dos realizadores da feira, Sílvio Pereira, informa que a AgroVem nasce com o propósito de fortalecer ainda mais o agronegócio em Goiás, focando na inovação tecnológica, troca de conhecimento e realização de negócios.

"Após duas edições de sucesso em Itumbiara, estamos entusiasmados em trazer a terceira edição da feira para Goiânia, um passo importante que só foi possível graças ao envolvimento do cantor Zezé Di Camargo, que é um dos realizadores e embaixador do evento. Foi ele quem teve a visão de trazer a AgroVem para a capital goiana, consolidando a cidade como um dos principais polos do agronegócio brasileiro", comenta.

A expectativa dos organizadores é receber cerca de 30 mil pessoas por dia ao longo do evento. A entrada é gratuita. "Acreditamos que compartilhar conhecimento e fomentar negócios deve ser acessível a todos", destaca Pereira.

Para ele, eventos como a Exposição Agropecuária de Goiânia e a AgroVem são complementares, cada um com sua identidade e público específico. "Ambos desempenham um papel crucial para fortalecer o agronegócio goiano. Quanto mais espaços tivermos para promover o diálogo, gerar negócios e impulsionar o setor, maior será o impacto positivo para a nossa economia", destaca.

Para Gilberto Marques, presidente da SGPA (Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura), que promove a Exposição Agropecuária de Goiás, o agro não para, independente das dificuldades que o setor vem enfrentando, principalmente em função das decisões do governo federal, conforme avalia.
"Nos últimos dias, discutimos desde o Plano Safra como a isenção de impostos para importação de alimentos, o que foi um baque, mostrando que temos um governo que, além de não apoiar o setor produtivo, cria situações para dificultar ainda mais", diz.

Marques afirma que o setor levou o País nas costas em momentos de crise e continua trabalhando no mesmo ritmo, apesar da dificuldade em colocar os produtos no mercado com preço justo, pelo alto custo de produção. "O agro vem sendo punido se a população encontra preços altos no mercado, mas corremos o risco de não conseguir arcar com dívidas feitas para financiar a safra, comprar maquinários e insumos", alerta.

Ele reconhece que as feiras agropecuárias podem ter seu resultado comprometido, pois o objetivo é a comercialização de máquinas, equipamentos, tecnologias, insumos e o cenário é desfavorável. "Mas não vamos deixar de cumprir com toda programação de feiras ao longo do ano. Teremos recorde de produção agrícola, mas a remuneração baixa", avalia.

A comissão organizadora da Tech Farm Show 2025, programada para acontecer de 3 a 5 de abril, em Gurupi-TO, comunicou oficialmente o cancelamento do evento, após uma análise do atual cenário econômico do agronegócio, que enfrenta desafios que impactam toda a cadeia produtiva, como a desvalorização dos produtos agropecuários, escassez de crédito subsidiado, dificultando o acesso a custeios e investimentos, e as incertezas para a safra 2025-2026, tornando as decisões financeiras e estratégicas mais desafiadoras.

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Mabel pretende criar conselho para discutir projetos da gestão

Colegiado, nos moldes do ‘conselhão’ federal, terá nomes que já auxiliam o prefeito, políticos e integrantes da sociedade civil

Modificado em 14/03/2025, 23:17

Presidente Romário Policarpo e o prefeito Sandro Mabel: um dos nomes já definidos para integrar conselho

Presidente Romário Policarpo e o prefeito Sandro Mabel: um dos nomes já definidos para integrar conselho (Diomício Gomes / O Popular)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), pretende criar o Conselho Municipal de Governo, que discutirá projetos prioritários e planejamento de ações da gestão , em reuniões trimestrais. A proposta inicial é que grupo seja integrado por quatro representantes da sociedade civil, que serão nomeados como colaboradores eventuais, sem vínculo e sem remuneração.

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O decreto com a criação do colegiado está em fase final de elaboração para publicação no Diário Oficial do Município (DOM). Estão cotados para integrá-lo o ex-secretário municipal Paulo Ortegal, que foi coordenador da transição de governo; o advogado Dyogo Crosara; e o empresário e vice-presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Flávio Rassi. O quarto nome ainda será definido, além de haver possibilidade de ampliar o grupo.

Segundo informações da Prefeitura, o modelo é inspirado no Conselho da República, que auxilia o presidente em caráter consultivo e tem seis integrantes da sociedade. O decreto deve estabelecer que o grupo vai atuar no aconselhamento em questões relacionadas a administração, finanças, direito e governança.

O conselho deve ser integrado também, além do prefeito, pela vice-prefeita Cláudia Lira (Avante), o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e os representantes de cinco pastas: Secretarias de Finanças, Governo, Planejamento e Assistência Social e a Procuradoria Geral do Município (PGM).

Mabel afirma que Ortegal, Dyogo e Flávio Rassi já atuam muito ativamente como conselheiros próximos e é preciso formalizar a atuação na Prefeitura. "Se, por exemplo, eles precisarem ir a uma viagem, conhecer algum projeto fora, ter alguma agenda de um projeto relevante, temos condição de levá-los", diz.

O prefeito afirma que planeja também criar um "conselhão" mais amplo, com cerca de 20 representantes de diversas áreas para colaborar também com sugestões à gestão.

Na última quarta-feira (12), ao apresentar o novo titular da Secretaria de Gestão de Negócios e Parcerias (Segen), José Silva Soares Neto, o prefeito comentou da intenção de nomear colaborador eventual em sua gestão , referindo-se a Flávio Rassi, presente no evento. Trata-se da mesma função que o próprio Mabel ocupou no governo de Michel Temer (MDB) na Presidência da República, em 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

"Vamos trabalhar de forma transversal, auxiliando as pastas no que for preciso, em busca de novas parcerias", afirmou Flávio Rassi na ocasião. Ele é empresário dos setores de mineração e da construção civil e trabalhou com Mabel na Fieg, quando o prefeito presidiu a entidade.

Já Paulo Ortegal afirma que o conselho atuará em contato com segmentos diversos da sociedade para trazer sugestões e projetos relevantes para a cidade, além de focar no planejamento "macro" da gestão. Ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) e braço direito do ex-prefeito Iris Rezende na gestão em Goiânia, Ortegal atualmente ocupa assessoria especial da Governadoria de Goiás e é conselheiro da Saneago.

Dyogo é advogado de Mabel e atuou na campanha eleitoral do ano passado. Como mostrou o POPULAR nesta sexta-feira (14), ele deixou de atuar no caso da ação por abuso de poder político em que o prefeito foi condenado em primeira instância à cassação do mandato (veja reportagem nesta página).

Prioridades

A Prefeitura tem uma primeira lista de ações ou áreas que serão prioridade de monitoramento do conselho de governo: reestruturação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg); transporte coletivo e trânsito; parcerias público-privadas; revitalização do Centro; soluções para a GoiâniaPrev; e a criação de um fundo para a área de habitação.

Entre os temas que o conselho deve discutir na primeira reunião está o projeto para os parques da capital, que está prestes a ser enviado à Câmara de Goiânia; possíveis modelos para um fundo para habitação; e a transferência do Jóquei Clube para a Prefeitura.