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Fabiana Pulcineli

Jornalista e bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás. Repórter de Política do POPULAR desde 2006 e colunista da CBN Goiânia.

Depois de estabilizar frequência cardíaca, Marconi Perillo recebe alta

Boletim médico indica boas condições e recomendação para repouso domiciliar

Fabiana Pulcineli

Modificado em 20/09/2024, 02:37

Marconi Perillo foi diagnosticado com pneumonia bacteriana

Marconi Perillo foi diagnosticado com pneumonia bacteriana (Wildes Barbosa / O Popular)

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB), 58, recebeu alta no final da tarde desta quinta-feira (27) do Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia, depois de estabilizar a frequência cardíaca. Ele havia sido internado na quarta-feira (26) para ficar em observação devido a quadro de arritmia cardíaca.

Boletim médico informa que ele está "em boas condições, com recomendações de repouso domiciliar e udos de mediações".

Marconi disse a reportagem que registrou mais de 150 batimentos cardíacos por minuto (bpm), quando o intervalo considerado normal é de 60 a 100 bpm. Nesta quinta-feira pela manhã, o quadro já havia sido normalizado e ele registrou 80 bpm, mas ainda foi submetido a uma série de exames.

Boletim médico que havia sido divulgado pela manhã previa alta para sexta-feira (28).

O ex-governador afirma que chegou ao hospital com quadro de miocardia e arritmia. "Todo o esforço, a medicação, as manobras que fizeram, surtiram efeito agora cedo", disse.

Amigos e parentes do ex-governador relatam que a equipe médica recomendou exercícios físicos e desaceleração da agenda. Segundo eles, Marconi tem feito uma série de viagens, com muitos compromissos diários.

Ele vinha monitorando batimentos há alguns dias e na quarta-feira resolveu ir ao hospital por conta de alta da frequência. O boletim diz que ele deu entrada às 15 horas "em bom estado geral, com queixa de palpitação".

O cardiologista José Maria de Azeredo Bastos, que o atendeu, recomendou que ficasse em observação por um dia. De acordo com o boletim da manhã, "o paciente apresenta-se hemodinamicamente estável com parâmetros dentro dos valores normais".

Marconi começou a sentir palpitações na segunda-feira. No mesmo dia, exame para renovar a carteira de motorista indicou oscilações nos batimentos, quando ele manteve o monitoramento. Na quarta, estava em seu escritório, no Setor Sul, quando voltou a sentir arritmia e foi ao hospital.

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Genial/Quaest mostra Marconi e Daniel empatados em intenção de voto para 2026

Ex-governador de Goiás tem 21% e atual vice-governador registrou 19%; margem de erro é de 3 pontos porcentuais

Ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o vice-governador, Daniel Vilela (MDB)

Ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o vice-governador, Daniel Vilela (MDB) (Weimer Carvalho / Fábio Lima)

A pesquisa Genial/Quaest, publicada nesta quinta-feira (12), mostra o cenário para a disputa ao governo de Goiás em 2026. Segundo o levantamento, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) tem 21% das intenções de voto e está empatado dentro da margem de erro (de 3 pontos porcentuais) com o vice-governador, Daniel Vilela (MDB), que tem 19%.

O governador Ronaldo Caiado (UB) tem afirmado que pretende entregar a gestão para Daniel em 2026, ano em que pretende disputar a presidência da República .

No levantamento, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) tem 8% das intenções de voto e a deputada federal Adriana Accorsi (PT) aparece em seguida, com 6%. Vanderlan e Adriana disputaram a eleição de 2024 para a Prefeitura de Goiânia e foram derrotados. O senador Wilder Morais (PL) tem 5%.

Os porcentuais de indecisos (15%) e daqueles que informaram que pretendem votar branco, nulo ou não registrar voto algum (26%) demonstram o cenário aberto a 1 ano e 10 meses da próxima eleição para governador.

A Genial/Quaest fez 1.100 entrevistas entre os dias 4 e 9 de dezembro, com eleitores goianos com 16 anos ou mais. A coleta de dados foi feita face a face através da aplicação de questionários estruturados. O nível de confiança é de 95%.

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Futebol goiano já registrou casos de arritmia cardíaca

Paulo Ramos e Fabrício Carvalho, que atuaram no Estado, tiveram problemas cardíacos

Modificado em 17/09/2024, 17:23

Paulo Ramos morreu em 2009 depois de uma parada cardiorrespiratória em decorrência da arritmia

Paulo Ramos morreu em 2009 depois de uma parada cardiorrespiratória em decorrência da arritmia (O Popular)

Em Goiás, dois casos de arritmia cardíaca foram emblemáticos em jogadores de futebol: o do meia Paulo Ramos e do atacante Fabrício Carvalho. O zagueiro uruguaio Juan Izquierdo, do Nacional-URU, faleceu na última terça-feira (27), em decorrência de morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca

Paulo Ramos defendeu equipes como o Vila Nova, Grêmio e Juventude, e morreu há quase 15 anos, no início de setembro de 2009. Fabrício Carvalho voltou a atuar pelo Goiás em 2007, após dois anos fora dos gramados por causa de exames realizados no ex-clube dele, o São Caetano (o mesmo do zagueiro Serginho, cuja morte se deu no dia 27 de outubro de 2004, após sentir mal súbito num jogo no Morumbi, entre São Paulo e São Caetano).

À época, os problemas cardíacos de Paulo Ramos e Fabrício Carvalho foram diagnosticados pelo médico Sérgio Rassi, cardiologista e especialista em arritmologia, considerado uma das referências no assunto no País.

Sergio Rassi explica que, para fazer atividades físicas com segurança, é preciso fazer alguns exames, como histórico do paciente (engloba os antecedentes familiares), o ecocardiograma e o teste ergométrico (também conhecido como teste do esforço). São básicos, essenciais e obrigatórios.

Segundo ele, é possível detectar 95% das situações mais corriqueiras entre os atletas. Os casos mais específicos precisam de exames e avaliações mais acurados. São as chamadas doenças primárias do coração.

Foi o que se fez com Paulo Ramos e Fabrício Carvalho. Ambos tinham arritmia cardíaca e cada um precisava de tratamento específico.

Inicialmente, a anomalia de Paulo Ramos foi detectada quando estava no Grêmio, em 2006. Ele retornou ao Vila Nova e após ser um dos destaques da campanha do clube na Série C de 2007 houve a recomendação para que o jogador fizesse um diagnóstico com Sergio Rassi. O quadro dele havia piorado no comparativo dos exames.

"Ele (Paulo Ramos) tinha algumas comorbidades. Fiz o estudo eletrofisiológico do coração", lembrou o médico. "Falei direto aos familiares, à noiva dele e a um diretor do Vila Nova que ele (Paulo Ramos) estava proibido de jogar futebol", atestou Sergio Rassi.

A recomendação foi para que Paulo Ramos colocasse um marca-passo especial, o cardiodesfibrilador implantável (CDI) e ter uma série de cuidados com a saúde. O ex-jogador tentou retomar a carreira, sem o consentimento de Sérgio Rassi e de outros especialistas.

Ele se sentiu mal durante uma "pelada", num campo da grande Goiânia. Chegou a ser socorrido, mas teve parada cardiorrespiratória em decorrência da arritmia que precisava de tratamento adequado.

O caso de Fabrício Carvalho foi um pouco diferente. Afastado do São Caetano em 2005, após avaliações médicas, o ex-jogador estava disponível no mercado e seria opção para o ataque do Goiás. "O caso dele (Fabrício Carvalho) foi o outro lado da moeda do Paulo Ramos. Tinha uma situação que não era grave, era mais benigna", descreveu Sergio Rassi.

Porém, o ex-jogador precisava usar medicamentos específicos e fazer exames periódicos a cada três meses. Fabrício Carvalho ficou no Goiás de 2007 ao início de 2008. Ele depois rodou por vários clubes, deixou de jogar em meados de 2015 e anunciou a aposentadoria do futebol em 2016, aos 38 anos.

Sergio Rassi não comentou o caso de Juan Izquierdo, mas ressalta que é preciso ter cuidados no esporte, como os exames e avaliações sugeridos por ele, assim como recomenda que todos os CTs e estádios tenham o desfibrilador externo automático (DEA).

Lembranças de amigos

Tim e Alexandre foram companheiros de Paulo Ramos no Vila Nova. Os dois eram próximos do ex-jogador. O trio fez parte da última conquista de título do Goianão do clube (2005).

Depois, Alexandre e Paulo Ramos jogaram a Série C 2007 e participaram do acesso à Série B 2008, enquanto Tim se tornou diretor da base do alvirrubro.

Quando receberam a notícia da morte de Paulo Ramos, no dia 1º de setembro de 2009, Alexandre e Tim se assustaram. O ex-jogador estava afastado de treinos e jogos no clube desde 2008. Isso era algo público, mas o impacto da morte dele foi forte para os colegas um ano depois. Eles contam que o ex-jogador nunca aceitou o fato de ser obrigado a encerrar a carreira jovem.

"Foi um susto. Eu sabia que o Paulo (Ramos) decidiu fazer outros exames. Ele tinha alguns exemplos de jogadores que voltaram a atuar, como o Washington (artilheiro da Série A pelo Athletico-PR em 2004, com 34 gols, e outras passagens marcantes no futebol, que teve problemas cardíacos, fez uma angioplastia e implantou um Stent na artéria do coração para voltar a jogar).

"No caso do Paulo (Ramos), fez outros exames que mostravam que a situação era grave", lembrou Tim. Segundo ele, a impressão que se tinha era que o companheiro de clube queria voltar a jogar.

"Era (caso) grave, mas como ele (Paulo Ramos) nunca havia sentido nada, era difícil a ideia de parar de jogar tão jovem (23 para 24 anos), não acreditava nisso. Por isso, buscou outras alternativas após os exames (primeiro no clube e, depois, com o cardiologista Sérgio Rassi). Ele esperava outras possibilidades para voltar a jogar", citou Tim. Ele se assustou quando soube da notícia, pois imaginava que Paulo Ramos não estava mais atuando.

Alexandre jogou com Paulo Ramos na base do Vila Nova e no time principal. Era um pouco mais velho que o habilidoso meia atacante e recorda que ele não aceitava a interrupção da carreira.

"Foi muito triste (morte). Ele (Paulo Ramos) pegava carona comigo, até perto da casa dele. Fui jogar no exterior e quando voltei, em 2009, eu o encontrei num shopping pouco antes de morrer. Creio que cerca de uma semana antes. Ele me disse que voltaria a jogar. Foi a última vez que falei com ele", revelou Alexandre.

Fifa e CBF exigem liberação para jogar em contrato

As exigências em relação aos protocolos médicos e rigor com a realização de exames chegaram aos clubes. A morte de Paulo Ramos não foi um caso isolado e dela ficou o exemplo de que o departamento médico das equipes precisa ser rigoroso.

Paulo Ramos havia sido diagnosticado com arritmia cardíaca no Vila Nova e não pode se manter na ativa como atleta profissional. Porém, buscou outras alternativas e arcou com os riscos no dia 1º de setembro de 2009.

No Vila Nova, o médico Leonardo Mello explica que há uma sequência de passos a serem seguidos desde a chegada do atleta ao clube. "Temos um protocolo para admitir (contratar) o atleta. São feitos os testes cardiológicos: eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de esforço, os exames laboratoriais, nos quais podemos detectar alterações, se houverem", destacou.

Leonardo Mello ressalta que a responsabilidade não é só do clube ou das entidades que organizam os torneios. O médico é quem autoriza o atleta a jogar. POPULAR procurou os outros clubes da capital, Atlético-GO e Goiás, mas não obteve resposta.

"Isso é preconizado pela Fifa e CBF. Inclusive, vai na assinatura do contrato. Além do atleta e do presidente (do clube), nós (médicos) também assinamos o contrato dizendo que (o atleta) está apto à prática. Então, a responsabilidade é muito grande", afirmou Leonardo Mello.

O profissional do Vila Nova explica que houve evolução no acompanhamento nos jogos e treinos e no atendimento, quando há necessidade de que sejam feitos.

"Sempre temos a preocupação de ser o mais ágil possível. Acompanhamos todos os treinos, estamos nos jogos, temos o desfibrilador conosco, temos o suporte de duas ambulâncias, uma para cada equipe nos jogos", detalhou o médico do time colorado.

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Siamesas Lara e Larissa, que nasceram unidas pelo tórax, abdome e bacia deixam hospital pela 1ª vez

A cirurgia de separação continua sem previsão, devido à necessidade das gêmeas siamesas ganharem peso

Modificado em 17/09/2024, 17:24

Kátia segurando suas filhas Lara e Larissa, que são gêmeas siamesas

Kátia segurando suas filhas Lara e Larissa, que são gêmeas siamesas (Reprodução/TV Anhanguera)

Após nove meses de internação, as gêmeas siamesas Lara e Larissa vão para casa nesta quarta-feira (7), em Aparecida de Goiânia. O caso é considerado o mais complexo já realizado em Goiás pelo fato das irmãs estarem unidas pelo tórax, abdômen e bacia, além de ter malformação no sistema urinário, segundo médico Zacharias Calil. Apesar disso, o retorno para o lar foi comemorado pela mãe.

"Agora elas irem para casa é a vitória maior, né?", Segundo a mãe, Kátia Cardoso.

A família veio de Parauapebas, no Pará para Goiânia para acompanhar o tratamento das irmãs no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Desde que nasceram, essa é a primeira vez que as irmãs poderão desfrutar do conforto do lar, mas com todos os cuidados necessários.

A mãe já se considera treinada para o novo estilo de vida para cuidar das filhas em casa. "Preocupações a gente tem, mas eu fui ensinada pela equipe da Unidade de terapia Intensiva (UTI), da enfermaria, todos me ajudaram já me treinando a ir fazendo. Agora sou eu sozinha em casa", afirmou.

As gêmeas estão retornando com 3,900 kg cada uma. Mesmo com os quilinhos a mais, a tão aguardada cirurgia de separação ainda não tem previsão, porque as siamesas necessitam ganhar mais peso.

"Foi feito um fechamento de um canal que ela apresentava que misturava o sangue no coração", informou o cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Após o nascimento, foi uma longa e desafiadora jornada. Uma das gêmeas, a Larissa, precisou fazer uma cirurgia no coração.

O caso da Lara e da Larissa é o mais complexo, porque elas têm várias outras más formações associadas, principalmente na parte do sistema urinário. Mas hoje nós temos uma tecnologia mais avançada, nós temos um hospital que tem todo o recurso necessário", ressaltou o o médico-cirurgião.

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Gás de cozinha, diesel e gasolina ficam mais caros em fevereiro

Novas alíquotas unificadas de ICMS entram em vigor no dia 1º, com alta média de 12,5%; reajuste nas distribuidoras pode superar o aumento do imposto

Modificado em 17/09/2024, 16:11

Distribuidora de gás de cozinha: reajuste de preço do botijão de 13 kg

Distribuidora de gás de cozinha: reajuste de preço do botijão de 13 kg
 (Wildes Barbosa)

Os preços da gasolina, do diesel, biodiesel e gás de cozinha devem subir a partir desta quinta-feira, 1º de fevereiro. O motivo é o reajuste das alíquotas fixas e únicas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incidem sobre estes produtos, em todos os estados.

Apesar de os novos valores do imposto já estarem definidos, o reajuste nas distribuidoras pode ser maior. Companhias de gás de cozinha já enviaram comunicados às revendas informando aumentos que vão de R$ 2,04 a R$ 2,56, enquanto o ICMS subirá R$ 2,08.

Antes de as alíquotas serem unificadas em todo o País, o imposto era definido por cada estado. Desde que a nova política foi instituída, em maio de 2023, o valor do ICMS para os combustíveis estava congelado. O aumento do imposto foi anunciado ainda em outubro do ano passado, quando o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) emitiu despacho informando o reajuste do ICMS sobre a gasolina, diesel e gás de cozinha, com alta média de 12,5%.

Este reajuste do imposto sobre combustíveis e gás de cozinha foi definido numa votação dos 27 secretários da Fazenda de todos os estados, integrantes do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). O mercado estima que o maior objetivo seria compensar perdas de arrecadação, principalmente após a queda na alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicação, em meados de 2022.

Com isso, o ICMS sobre a gasolina passará de R$ 1,22 para R$ 1,37, uma alta de R$ 0,15. Já o imposto que incide sobre cada litro de diesel e biodiesel subirá de R$ 0,94 para R$ 1,06, ou seja, uma alta de R$ 0,12. Já a alíquota do gás de cozinha, que terá um reajuste de R$ 0,16 por quilo no botijão de 13 quilos, passará de R$ 1,25 para R$ 1,41. Com isso, o valor do ICMS sobre cada botijão subirá R$ 2,08.

Gás de cozinha

O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, informa que já recebeu comunicados de algumas distribuidoras sobre os reajustes que serão praticados a partir de quinta-feira. A maioria delas está anunciando reajustes de R$ 2,04 por botijão de 13 quilos, mas uma já comunicou um aumento de R$ 2,56. Foi o caso da Ultragaz, que atribuiu o aumento ao novo valor do ICMS e a "demais custos associados à cadeia produtiva".

Mas o presidente do Sinergás alerta que estes valores são para retirada do produto nas distribuidoras. "Para pegar na companhia, é este preço. Mas, para entrega na revenda, o aumento deve chegar aos R$ 4, pois o ICMS sobre os combustíveis vai subir também", explica. Segundo ele, atualmente, a média de preços do botijão de 13 quilos está entre R$ 100 e R$ 120 no mercado da capital.

Combustíveis

Os postos de combustíveis ainda não receberam comunicados das companhias distribuidoras sobre os reajustes que serão adotados. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, lembra que sempre que há reajuste de impostos, as distribuidores costumam repassar o novo valor na íntegra e a expectativa é de preços mais altos a partir de 1º de fevereiro.

Porém, ele alerta que as distribuidoras também podem aproveitar este reajuste do ICMS para repassar outros aumentos de custos, o que faria os preços subirem ainda mais que a alta do imposto. Porém, Márcio Andrade ressalta que este repasse também dependerá muito da situação de cada posto no momento. "Algumas revendas podem absorver parte disso por conta da concorrência e repassar um reajuste menor para seus clientes", explica o empresário.

Mas na visão do presidente do Sindiposto-GO, de qualquer forma, este aumento significará mais um aumento de carga tributária, que vai pesar no orçamento das famílias e fica quase insustentável para o consumidor. "Provavelmente, só ficaremos sabendo quais serão os novos valores praticados na véspera do dia do aumento, ou seja, no dia 31 de janeiro", estima.

Mas, considerando a última pesquisa de preços da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que apontou um valor médio de R$ 5,90 para a gasolina na semana passada em Goiânia, o combustível passará dos R$ 6 com o novo imposto.

Para o consultor e diretor da Suporte Postos, Cláudio Dias, as distribuidoras não deveriam aumentar os preços acima do reajuste do ICMS. "Mas eu não apostaria que isso não vai ocorrer. A voracidade delas é cada vez maior e, como não existe nenhum regramento sobre elas, o foco fica 100% nos postos."