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Exército fala em coincidência e diz que morte de onça não tem relação com tocha

Exército disse que a onça-pintada Juma estava no evento de revezamento da tocha "por coincidência".

Folhapress

Modificado em 29/09/2024, 00:16

Exército fala em coincidência e diz que morte de onça não tem relação com tocha

(Reprodução/TV Anhanguera)

O CMA (Comando Militar da Amazônia) publicou nota nesta quarta-feira (22) dizendo que a onça-pintada Juma, que foi morta na segunda-feira (20), estava no evento de revezamento da tocha "por coincidência".

"A onça-pintada "Juma", mascote do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS), estava, por coincidência, no Centro de Veterinária do CIGS no mesmo dia do evento, para realização de revisões e cuidados da saúde como, por exemplo, a limpeza da cavidade bucal e a medição biométrica para acompanhamento do estado de higidez da onça", descreve parte da nota do órgão ligado ao Exército.

Ainda de acordo com o CMA, "a onça-pintada protagonista do evento da passagem da Tocha Olímpica foi o "Simba", mascote do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), unidade militar do Exército Brasileiro que sediou o evento".

Tal esclarecimento surgiu depois da revelação de que a onça Juma não tinha autorização oficial para participar do evento, conforme disse o Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas).

Segundo o UOL, as duas onças-pintadas são machos e muito parecidas. À reportagem da empresa do Grupo Folha, que edita a Folha de S.Paulo, o coronel Luiz Gustavo Evelyn confirmou que quem morreu após o evento foi Juma. Segundo ele, a onça não se deslocou de seu habitat natural, que seria o perímetro do Cigs, e por isso não precisaria de autorização especial para estar perto da tocha.

"Ela estava lá e aproveitou-se esse fato para fazê-la participar do evento", disse o coronel ao UOL. Ele também afirmou que a fatalidade que acometeu o animal após a cerimônia (quando ela fugiu, ameaçou atacar um cuidador e foi abatida) não teve "nenhuma relação com o evento da tocha". "Poderia ter acontecido a qualquer momento", disse o militar.

O Comando Militar da Amazônia diz que está apurando o caso e dará uma resposta em até 30 dias.

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Despachante é preso em operação da PF que combate fraudes em registros de CAC

Registro de Colecionador, Atirador ou Caçador é documento necessário para manuseio legal de armas de fogo

Modificado em 19/09/2024, 00:46

Foram apreendidas armas e munições de uma das das pessoas que obtiveram o CAC de forma irregular

Foram apreendidas armas e munições de uma das das pessoas que obtiveram o CAC de forma irregular (Divulgação / PF)

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (12) mandados judiciais no combate à prática de obtenção fraudulenta de registro de Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC). Ao todo, foram um mandado de busca e apreensão e outro de prisão em desfavor de um despachante que atuava nos processos para retirar o CAC fazendo uso de documentação falsa. A investigação acontece em Jataí, a 327 km de Goiânia, mas os mandados são cumpridos em Professor Jamil, a 70 km da capital.

De acordo com informações da PF, foram identificados, até o momento, 16 processos fraudados pelo suspeito. Ao menos 70 documentos falsos teriam sido apresentados no intuito de levar o exército brasileiro ao erro na concessão dessas permissões.

Entre a documentação inválida apresentada estão: laudos psicológicos, declarações de filiação a entidades de tiro, comprovante de ocupação lícita, comprovantes de capacidade técnica para manuseio de arma de fogo, certidão de antecedentes criminais, comprovantes de endereço e declaração de guarda de acervo.

A PF acredita que pessoas com antecedentes criminais por furto e posse ilegal de armas de fogo podem ter se beneficiado das falsificações feitas pelo despachante investigado. O CAC de um dos envolvidos foi cancelado, e as armas e munições em sua posse foram confiscadas.

O mandado de busca e apreensão expedido contra o suspeito visa encontrar em computadores, celulares e documentos, algum material comprobatório de outras ações ilegais semelhantes às investigadas. A PF suspeita da possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no caso.

As investigações tiveram início após compartilhamento de dados do 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro de Jataí-GO.

Requisitos

Para conseguir o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), e para comprar armas e munições, é preciso apresentar certidão criminal negativa das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral. Também é necessário ter declaração de não envolvimento em inquérito policial ou processo criminal, além de realizar testes de aptidão no manuseio de armas de fogo.

Quaisquer falsificações em documentos dessa natureza para realizar esse processo configura nos crimes de falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso. De acordo com o Código Penal, os crimes podem chegar, respectivamente, a 6, 5 e 3 anos de reclusão, além de multas equivalentes.

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Exército abre inscrições para concurso com salário de R$ 8.245; veja como fazer

Modificado em 19/09/2024, 00:32

Exército abre inscrições para concurso com salário de R$ 8.245; veja como fazer

(Agência Brasil)

O Exército abriu nesta segunda-feira (12) as inscrições para o concurso de 197 vagas para o curso de formação de oficiais e capelães em diversas áreas do ensino superior.

Segundo tabela das Forças Armadas, os salários iniciais vão de R$ 7.490 (segundo-tenente) a R$ 8.245 (primeiro-tenente), além de benefícios e adicionais.

As inscrições vão até 2 de agosto e custam R$ 150. O processo seletivo terá cinco etapas e o resultado final será divulgado em março de 2024.

QUAIS SÃO AS VAGAS?

A maioria das vagas é no setor da saúde, com 162 postos de trabalho, mas também há seleção para magistério, administração, informática, teologia e outras áreas. Veja abaixo a distribuição:

Medicina: 152 (em diferentes especialidades)

Direito: 8

Enfermagem: 6

Farmácia: 5

Odontologia: 5

Ciências Contábeis: 3

Informática: 3

Capelães - padre católico romano: 2

Magistério - matemática: 2

Magistério - português: 2

Administração: 1

Capelães - pastor evangélico: 1

Estatística: 1

Magistério - biologia: 1

Magistério - espanhol: 1

Magistério - física: 1

Magistério - inglês: 1

Magistério - química: 1

Psicologia: 1

COMO FAZER A INSCRIÇÃO?

As inscrições vão até o dia 2 de agosto, às 15h, e devem ser feitas no site: https://esfcex.eb.mil.br/

É preciso ter conta no portal gov.br para realizar a inscrição. Caso não tenha o cadastro, clique aqui para saber como fazer.

Após fazer o login, o candidato deve preencher um formulário com seus dados pessoais, endereço e escolher a carreira que disputará a vaga.

Em seguida, o candidato deve escolher o local onde deseja realizar a prova de conhecimentos, a inspeção de saúde e o exame de aptidão física.

A taxa de inscrição é de R$ 150 e deve ser paga até 2 de agosto.

O candidato pode solicitar isenção da taxa entre 12 de 15 de junho, mas precisa ser doador de medula óssea em entidade reconhecida pelo Ministério da Saúde ou pertencer a uma família inscrita no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) que tenha renda familiar mensal que não supere metade do salário mínimo (R$ 660).

QUEM PODE CONCORRER?

O concurso tem restrições de idade e o candidato precisa ter formação de curso superior na área que escolher. Entre as regras estão:

Ser brasileiro nato.

Candidato do sexo masculino precisa ter no mínimo 1,60m de altura, e a candidata do sexo feminino ter 1,55m de altura.

A candidata não pode se apresentar grávida ou ter um filho nascido há menos de seis meses antes do concurso.

Ter no máximo 34 anos de idade, completados até 31 de dezembro de 2024, para as vagas de medicina.

Ter entre 30 e 40 anos de idade, completados até 31 de dezembro de 2024, para as vagas de capelães.

Ter no máximo 32 anos de idade, completados até 31 de dezembro de 2024, para disputar as outras áreas.

COMO SERÁ O PROCESSO SELETIVO?

O concurso terá cinco etapas. A primeira será a prova de conhecimentos gerais e específicos. Ela será realizada em 3 de setembro, das 9h às 13h, e terá 60 questões que variam conforme a área escolhida.

Medicina: 20 questões de assuntos básicos de medicina e 40 questões de conhecimentos específicos (para cada especialidade escolhida).

Odontologia: 20 questões de assuntos básicos de odontologia e 40 questões de conhecimentos específicos.

Farmácia: 20 questões de assuntos básicos de farmácia e legislação específica e 40 questões de conhecimentos específicos.

Capelães: 20 questões de português e 40 questões de teologia, seguindo o credo escolhido (católico ou evangélico).

Outras áreas: 8 questões de português, 6 de história do Brasil, 6 de geografia do Brasil e 40 questões de conhecimentos específicos (de acordo com a área escolhida).

Os candidatos que não tiverem 50% de aproveitamento em conhecimentos básicos ou específicos serão eliminados.

O gabarito será divulgado em 8 de setembro, às 10h, no site da ESFCex (Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército). Os concorrentes poderão recorrer entre 8 e 12 de setembro, e a relação dos aprovados será anunciada até 11 de outubro.

Os locais para as provas serão no Distrito Federal e em 16 estados (Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e São Paulo).

A segunda etapa será de verificação dos documentos solicitados. Em seguida, haverá exames médicos (entre 20 de novembro e 6 de dezembro), aptidão física (entre 11 e 22 de dezembro) e avaliação psicológica (em 14 de janeiro de 2024). O resultado final sairá até 1º de março de 2024, com a matrícula sendo feita em 18 de março.

COMO SERÁ O CURSO?

O curso de formação terá duração aproximadamente de 37 semanas e será realizado na ESFCex, em Salvador.

No caso dos capelães, haverá ainda um período de observação (que será feito em Resende-RJ ou em Três Corações-MG) e outro de adaptação (que será em Brasília ou em Salvador).

Todos os aprovados começarão o curso como primeiro-tenente aluno, exceto os capelães que serão aspirante a oficial aluno. Após as 37 semanas, os aprovados serão primeiro-tenente, enquanto os capelães viram segundo-tenente.

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Nomeação de ex-assessor de Bolsonaro para comando de batalhão do Exército em Goiânia é suspensa

Segundo relatos feitos à reportagem, o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu o afastamento diante da crise militar após a queda do ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda

Modificado em 19/09/2024, 00:12

Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do seu ex-assessor e tenente-coronel Mauro Cid

Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do seu ex-assessor e tenente-coronel Mauro Cid (Reprodução / Redes Sociais)

O comandante do Exército, Tomás Paiva, decidiu suspender a nomeação do tenente-coronel Mauro Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações de Comando, em Goiânia.

A decisão foi tomada nesta terça-feira (24) após conversa entre Tomás e Cid. Segundo relatos feitos à reportagem, o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu o afastamento diante da crise militar após a queda do ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda.

O Alto Comando do Exército foi comunicado da decisão durante reunião nesta terça, em Brasília. Com a mudança, Cid deve assumir um cargo burocrático no QG do Exército, em Brasília, e poderá concorrer novamente a um cargo de comando.

A ideia principal, segundo generais ouvidos pela reportagem, é que o tenente-coronel tente concorrer novamente ao cargo no batalhão em Goiânia no biênio 2025-2026 ou antecipe sua candidatura a outra função em 2024.

A situação de Mauro Cid começou a ser discutida na noite de sexta-feira (20) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Causou desconforto no governo o fato de Cid ser investigado pela Polícia Federal por transações suspeitas realizadas pelo tenente-coronel no período em que era ajudante de ordens de Bolsonaro, como revelou a Folha de S.Paulo.

Investigadores identificaram no telefone do militar mensagens que levantaram suspeitas. Conversas por escrito, fotos e áudios trocados por ele e outros funcionários da Presidência sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro.

A movimentação se destinava a pagar contas pessoais da família presidencial e também de pessoas próximas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Com as suspeitas, Lula pediu a Múcio que tomasse providências para reverter a nomeação do militar. Apesar da ordem, o ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda resistiu à mudança.

Diante da ordem não cumprida, o ministro da Defesa decidiu demitir Arruda e colocar o general Tomás Paiva no comando do Exército.

"Estou torcendo para que o general Tomás vá dizer ao presidente que vai fazer aquilo que o presidente deseja fazer. A gente precisa que agora, para que nasça esse clima de confiança, de que o outro saiba o que vai se fazer, é muito importante que essa iniciativa seja do Exército", disse o ministro à GloboNews.

"O general Tomás pediu para que ele tomasse à frente para decidir o que é que vai fazer [com o caso Cid]. Mas que tomará as providências e combinar comigo e com o presidente", completou.

A decisão foi bem recebida pelo Alto Comando do Exército, colegiado de 16 generais quatro estrelas, durante a reunião desta terça.

O encontro foi marcado pelo novo comandante da Força, general Tomás Paiva, ainda no domingo (22) para discutir a situação de Cid e dar novas diretrizes para os comandados.

De acordo com quatro generais ouvidos pela reportagem, houve uma avaliação de que o Exército falhou na comunicação durante o período eleitoral. O generalato entende que perdeu o controle das informações com diversos ataques e notícias falsas sobre a Força que circularam nos últimos meses de 2022.

Por isso, Tomás definiu que o Exército terá uma postura mais proativa na comunicação interna, para evitar que notícias falsas sobre o comando sejam acolhidas pela tropa e contaminem a relação de hierarquia militar.

Eles citam como exemplo os ataques contra cinco generais do Alto Comando, chamados por bolsonaristas de "melancias", em falsa afirmação de que eles seriam comunistas.

Antes da reunião formal do generalato, que começou no início da tarde, os militares conversaram no cafezinho sobre o discurso de Tomás à tropa do Comando Militar do Sudeste, divulgado na última sexta (20), em defesa do respeito às urnas e à hierarquia e disciplina militar.

A publicação do vídeo pelos canais oficiais da Força gerou incômodo em alguns militares, que viram na gravação uma possível sinalização de Tomás ao governo de Lula que, diante do mal-estar com Arruda, ele poderia assumir a função máxima do Exército.

A interlocutores, Tomás classificou o caso como uma infeliz coincidência. Ele ainda explicou que o discurso foi feito após o próprio Arruda, em reunião do Alto Comando na quarta-feira (18), ter pedido para que os generais reforçassem às tropas os princípios de respeito à hierarquia e disciplina aos comandados.

Durante a reunião do Alto Comando, os generais ainda trataram sobre o comandante Militar do Planalto, Gustavo Henrique Dutra, alvo de processo de fritura dentro do governo.

A avaliação do generalato é que Dutra não cometeu erros e cumpriu as ordens dada pelo comando do Exército durante a crise dos acampamentos em frente ao quartel-general e não deve ser punido.

Há um acerto interno, no entanto, desde a gestão Freire Gomes para que Gustavo Dutra deixe a função após a próxima reunião do Alto Comando do Exército, em fevereiro. A justificativa é que o CMP (Comando Militar do Planalto) é o único chefiado por um general três estrelas e sua rotatividade é mais rápida, por ser um cargo muito disputado.

O caso do tenente-coronel Jorge Paulo Fernandes da Hora, comandante do BGP (Batalhão da Guarda Presidencial), também foi solucionado, como mostrou a Folha de S.Paulo. Ele assumirá nova função no Estado-Maior do CMP, e o comando do batalhão passará a ser feito pelo tenente-coronel Nélio Moura Bertolino.

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Acampamento bolsonarista é desmobilizado em frente ao quartel de Goiânia

Imagens mostram militares carregando grades de madeira e colhões que ficavam sobre as tendas. Local foi desmontado após ataques golpistas em Brasília.

Modificado em 19/09/2024, 00:07

Acampamento bolsonarista é desmobilizado em frente ao quartel de Goiânia

Acampamento bolsonarista é desmobilizado em frente ao quartel de Goiânia (Fabio Lima/O Popular)

O acampamento bolsonarista que estava montado em frente ao quartel do Exército em Goiânia foi desmobilizado nesta segunda-feira (9) Imagens mostram militares carregando grades de madeira e colhões que ficavam sobre as tendas.

A desmobilização aconteceu após atos golpistas feitos por bolsonaristas radicais em Brasília, no domingo (9). Segundo o coronel da Polícia Militar André Avelar, o acampamento foi desmontado de forma pacífica, após uma diminuição significativa dos manifestantes que estavam no local.

"O acampamento já vem naturalmente de uma diminuição significativa de pessoas. A retirada é totalmente pacífica", disse o coronel.

Segundo apurado pela TV Anhanguera, o acampamento que fica em frente à Base Aérea do Exército em Anápolis também está sendo desmobilizado após a determinação do Supremo Tribunal federal (STF).

Segundo o Coronel da Polícia Militar André Avelar, o acampamento de Goiânia foi desmontado de forma pacífica, após uma diminuição significativa dos manifestantes que estavam no local.

Responsabilidade

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o Governador Ronaldo Caiado (UB), explicou que toda a área que for de responsabilidade do Governo de Goiás será desocupada. "Toda a área que for responsabilidade do Governo de Goiás será esvaziada", disse.

O g1 entrou em contato com o Exército Brasileiro, por e-mail, a fim de saber como ocorreram as desmobilizações em áreas pertencentes aos quartéis, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem.

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