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Jovem de 21 anos morre após ser atingido por raio, em Goiás

Carlos Eduardo estava trabalhando quando morreu. Marcas no corpo indicam descarga elétrica, disse a polícia

Modificado em 19/09/2024, 01:21

Trator que o jovem trabalhava

Trator que o jovem trabalhava (Reprodução/PC)

O jovem Carlos Eduardo Duarte, de 21 anos, morreu enquanto trabalhava na zona rural de Piranhas, na região oeste do estado. A suspeita da polícia é de que ele tenha sido atingido por um raio. De acordo com Polícia Militar (PM), o caso aconteceu na manhã de terça-feira (31).

Carlos teve a identidade confirmada por uma amiga, ela disse que ele sempre trabalhou em lavouras e estava em serviço quando morreu. Ainda segundo ela, a família de Carlos está muito fragilizada e disse que o sepultamento aconteceu nesta quarta-feira (1).

Segundo informações da PM, quando o patrulhamento chegou no local o homem já estava morto. Ele era morador de Piranhas e trabalhava na zona rural da cidade onde diria um trator. A Polícia Civil informou, que corpo foi encaminhado para exame pericial cadavérico.

O laudo do exame ainda é aguardando, mas as marcas no corpo da vítima indicam que a causa da morte foi a descarga elétrica, disse a PC.

Trator que o jovem trabalhava

Trator que o jovem trabalhava (Reprodução/PC)

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Raio atinge carro com motorista dentro durante chuva em Goiânia

Motorista pensou que havia caído alguma coisa em cima do carro, mas ele entendeu que era um raio quando viu o clarão e escutou o barulho ‘estrondoso’

undefined / Reprodução

Um carro com motorista dentro foi atingido por um raio durante as fortes chuvas na tarde desta quarta-feira (5) na Vila Pedroso em Goiânia. As imagens mostram o veículo parado debaixo de uma árvore em uma ilha quando o raio o atinge (veja no vídeo acima). O motorista não teve nenhum ferimento.

Dentro do carro estava Guilherme Alves de Oliveira. Ele contou em entrevista, que estava um sol quente enquanto ele aguardava dentro do veículo, na sombra, um eletricista para olhar um caminhão de sua empresa que havia estragado naquele local.

Do nada fechou o tempo e começou a chover e eu subi os vidros; e eu focado no celular e foi na hora que aconteceu; eu escutei o barulho e fiquei meio zonzo na hora, aí os vidros do carro quebrou, o carro queimou toda a parte elétrica; foi na hora que eu saí do carro e procurei um abrigo pois ele [carro] não pegava mais", disse.

Guilherme Alves disse que na hora ele tentou ligar o carro para sair do lugar, mas como ele queimou toda a parte elétrica, não foi possível. O motorista disse que o ocorrido deixou prejuízos financeiros a ele.

O prejuízo aqui já está em uns R$ 4 mil; já fizeram os cálculos aqui, queimou central, queimou parte elétrica toda, queimou o painel do carro, estourou os vidros", contou.

Segundo Guilherme, ele pensou que havia caído alguma coisa em cima do carro, mas ele entendeu que era um raio quando viu o clarão e escutou o barulho 'estrondoso'.

(Colaborou Tatiane Barbosa, repórter do g1 Goiás)

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Trabalhadores idosos que estavam em condições análogas à escravidão são resgatados de carvoarias

Em uma das carvoarias, que eram clandestinas, a polícia encontrou cerca de 13 toneladas de carvão produzidos a partir de madeira nativa

Modificado em 19/09/2024, 00:24

Denúncias anônimas relataram que havia carvoarias clandestinas em Piranhas

Denúncias anônimas relataram que havia carvoarias clandestinas em Piranhas (Divulgação/Polícia Militar)

Cinco trabalhadores, entre eles dois idosos, em condições análogas à escravidão foram resgatados de duas carvoarias clandestinas dentro da propiedade do ex-vereador Suelter Ferreira, em Piranhas, a 322 km de Goiânia. Segundo a Polícia Militar (PM), as vítimas trabalhavam no local há mais de um mês, não receberam pelo serviço e dormiam em barracas de lona.

O tenente-coronel Geraldo Pascoal, comandante do Batalhão Ambiental da PM, afirma que denúncias anônimas relataram que havia carvoarias clandestinas em Piranhas. "Nosso serviço de inteligência fez o monitoramento via satélite na região. Com isso, identificamos pontos de desmatamento e, pela nossa experiência, entendemos que se tratavam de carvoarias", explica.

As equipes foram até os locais nesta terça-feira (25) e encontram, além das carvoarias funcinando, cinco trabalhadores em condições análogas à escravidão. "Na primeira havia dois homens, um era idoso. Na segunda, encontramos mais três trabalhadores, sendo um deles também idoso de 74 anos. Todos foram levados para a delegacia, mas não foram presos", informa.

Questionados sobre a remuneração, todos os trabalhadores relataram à polícia que trabalhavam nas carvoarias há mais de um mês e que ainda não tinham recebido pelo serviço. "Eles residiam em barracas de lonas que eles mesmo construíram no meio do mato, sem nenhuma condição de higiene e tudo amontoado. Sem as mínimas condições de moradia", afirma Pascoal.

Carvoarias

Segundo o tenente-coronel, as duas carvoarias ficam dentro da propriedade do ex-vereador de Piranhas, Suelter Ferreira. "Em uma delas, encontramos cerca de 13 toneladas de carvão embalados e prontos para comercialização. Todo o material foi produzido a partir de madeira nativa. Na propriedade tem angico, aroeira, pequi e muitas outras árvores nativas do Cerrado", destaca.

A PM informa que todo o carvão e os equipamentos usados para produzi-lo foram apreendidos e amostras foram levadas para perícia técnica. "Os fornos foram destruídos", afirma a corporação. Pascoal afirma que as equipes tentam localizar o ex-vereador. "Ele sumiu, ninguém sabe onde o Suelter está. Ele saiu da cidade e é considerado foragido, nós estamos tentando localizá-lo", diz.

O Daqui tentou localizar a defesa do ex-vereador, mas não obteve sucesso até a última atualização desta matéria. Como os nomes dos trabalhadores não foram divulgados, a reportagem não pôde localizá-los para um posicionamento. Também solicitou um posicionamento à Câmara Municipal de Piranhas sobre a prática apontada pela polícia, mas não obteve retorno.

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Menino atingido por raio enquanto cavalgava com égua: físicos explicam como adolescente sobreviveu

Animal morreu e menino chegou a desmaiar, segundo o pai. Professores levantaram hipóteses do que pode ter salvado o menino, e a principal teoria é a “Tensão de Passo”

Modificado em 19/09/2024, 00:13

Depois de ser atingido por um raio, o estudante Edison Júlio, de 12 anos, sobreviveu e a égua em que ele cavalgava morreu em Montes Claros de Goiás, no oeste do estado. A reportagem, dois físicos levantaram hipóteses do que pode ter salvado o menino, e a principal teoria é a "Tensão de Passo", que, neste caso, pode indicar que o animal recebeu um choque maior, pelo fato de ter quatro patas, ou seja, quatro pontos diferentes que atraíram a corrente elétrica.

"O menino está sobre o animal e a passagem de corrente da descarga atmosférica sobre ele é muito rápida. O animal sofre mais porque ele vai descarregar [a corrente] em quatro pontos diferentes, nas quatro patas. E isso vai provar a "Tensão de Passo". Cada ponto desses [as patas] vai ter um potencial elétrico diferente, de acordo com a resistividade do solo", explicou o professor de física Ítalo Vector.

O acidente aconteceu no dia 20 deste mês e, segundo Flávio Júlio, pai do menino, o filho chegou a desmaiar e teve queimaduras no corpo. O doutor em física e professor da Universidade Federal de Goiás Giovanni Piacente reforçou que a "Tensão de Passo" é uma das hipóteses para o acidente e disse que Edison pode ter sido atingido indiretamente pelo raio.

"Dá para dizer que ele não foi atingido diretamente pelo raio, o raio caiu no chão e o energizou. A corrente passou mais pela égua e o menino foi atingido indiretamente. Para precisar a teoria, tínhamos que ter detalhes do local onde eles estavam e se estavam perto de um ponto mais alto, por exemplo,", afirmou Giovanni.

Acidentes com raios

O professor Ítalo exemplificou a "Tensão de Passo" com outro acidente comum, que é quando animais bovinos morrem após queda de raios.

"É muito comum a gente ver gado, que a descarga atmosférica não vai no corpo dele, mas ainda assim ele morre queimado. Isso acontece justamente por conta dessa 'Tensão de Passo', que dá a diferença de potencial elétrico entre as suas patas. Um dos efeitos da passagem corrente elétrica é o aquecimento [que causa as queimaduras]", afirmou.

Ítalo completou que o tamanho do animal em comparação ao solo e ao menino também pode ter influenciado no desfecho do caso.

"Além de o animal ser maior, ele está em contato com o chão e teve essa descarga amplificada, esses efeitos da passagem de corrente elétrica vão ser um pouco mais intensos nele por conta disso", pontuou.

Susto

O menino teve ferimentos leves e, apesar do susto e da tristeza de perder seu animal, já se recuperou, segundo o pai. O homem filmou o animal caído no chão (assista no início da reportagem). "Só Deus na causa, graças a Deus ele tá bem. Melhorou", comemorou.

Pela foto, é possível ver que o menino teve uma espécie de queimadura, por conta do acidente. Sobre os ferimentos, o professor Ítalo falou que Edison teve "sorte" por não terem sido mais graves. "A passagem em uma corrente elétrica é devastadora, ele poderia ter falecido infelizmente", finalizou.

Égua atingida por raio cai sobre adolescente em Montes Claros de Goiás

Égua atingida por raio cai sobre adolescente em Montes Claros de Goiás (Arquivo Pessoal/Edson Julio)

Égua atingida por raio cai sobre adolescente em Montes Claros de Goiás

Égua atingida por raio cai sobre adolescente em Montes Claros de Goiás (Arquivo Pessoal/Edson Julio)

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Morre bebê cardiopata que ficou sem aparelho por falta de eletricidade em Piranhas

O corpo da criança deve ser velado nesta quinta-feira (5)

Modificado em 21/09/2024, 00:35

Sibely Ribeiro de Sousa ficou internada por 10 meses e só havia conhecido sua casa há um mês

Sibely Ribeiro de Sousa ficou internada por 10 meses e só havia conhecido sua casa há um mês (Graziela Ribeiro/Arquivo pessoal)

A bebê Sibely Ribeiro, de 11 meses, morreu nesta quarta-feira (4). A menina, morada de Piranhas, nasceu com um problema cardíaco e após passar 10 meses internada recebeu alta e foi para casa. Na residência, a bebê precisava do auxílio de um aparelho ligado a energia para desobstruir um tubo que auxiliava na respiração, mas uma queda no fornecimento do serviço, que começou na madrugada de quinta -feira(29) e durou até às 16 horas de sexta-feira (30), levou a menina a sufocar e sofrer uma parada cardíaca.

A menina foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Em entrevista à CBN Goiânia, a mãe da menina, Graziela Ribeiro, disse estar muito abalada e que deseja justiça para o que aconteceu.

O corpo da criança deve ser velado nesta quinta-feira (5).