Geral

USP fecha laboratório e denuncia professor que produzia pílula do câncer

A USP acusa o professor de curandeirismo.

Modificado em 29/09/2024, 00:47

USP fecha laboratório e denuncia professor que produzia pílula do câncer

(Creative Commons)

A Universidade de São Paulo (USP) entrou com processo contra o professor aposentado do Instituto de Química da USP de São Carlos, Gilberto Chierice, que coordenava os estudos sobre a fosfoetanolamina para combater o câncer na universidade e distribuía as pílulas. Embora não tenha divulgado mais detalhes do processo, a assessoria da USP informou que a acusação é de curandeirismo.

De acordo com a Polícia Civil de São Carlos, a "USP representou contra o professor aposentado pelos crimes contra a saúde pública e curandeirismo". Segundo a polícia, um inquérito foi instaurado para apuração dos fatos e testemunhas já foram ouvidas. O caso foi relatado e encaminhado à 3ª Vara Criminal da cidade.

A USP também fechou hoje (1º) o laboratório em que eram produzidas as chamadas "pílulas do câncer". De acordo com a universidade, "a produção da fosfoetanolamina era feita por um servidor técnico, que foi cedido à Secretaria Estadual de Saúde para auxiliar na produção da substância com a finalidade de realização de testes para possível uso terapêutico".

Como somente esse servidor e o professor Chierice produziam a pílula, não há mais ninguém que poderia continuar a produção da substância no laboratório, afirmou a assessoria de imprensa da USP. A universidade alegou que não detém a patente da fosfoetanolamina sintética e que, portanto, não poderia produzi-la.

"Por fim, ressaltamos que a USP não é uma indústria química ou farmacêutica e que não tem condições de produzir a substância em larga escala", acrescentou a universidade por meio de nota.

Desde meados dos anos 1990, a substância tem sido produzida no laboratório do Instituto de Química da USP de São Carlos e distribuída pelo professor, sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Somente em junho de 2014, a USP interferiu na fabricação e distribuição da pílula de fosfoetanolamina, quando uma portaria da universidade determinou que substâncias em fase experimental deveriam ter todos os registros antes de distribuídas à população.

Desde então, pacientes que tinham conhecimento das pesquisas passaram a recorrer à Justiça para ter acesso às pílulas. No dia 22 de março, o Senado aprovou o projeto de lei que garante aos pacientes com câncer o direito de usar a fosfoetanolamina antes da substância ser registrada e regulamentada pela Anvisa, a fim de solucionar a busca pela pílula na Justiça.

Geral

Instituto iungo e USP oferecem cursos gratuitos para educadores pelo WhatsApp

Estão abertas até dia 18 de agosto as inscrições para os cursos ATIVAR!, para apoiar professores e gestores escolares no uso de Metodologias Ativas de Aprendizagem

Modificado em 17/09/2024, 17:21

Instituto iungo e USP oferecem cursos gratuitos para educadores pelo WhatsApp

(Freepik)

O programa ATIVAR! Metodologias Ativas por WhatsApp já formou mais de 1830 educadores de 2021 ao primeiro semestre de 2024. Com um formato inovador, educadores de todo o país acessam os conteúdos por meio do WhatsApp e se reúnem, semanalmente, em tempo real, com tutores da USP, de forma virtual.

As inscrições para a sexta edição vão do dia 1º de agosto a 18 de agosto de 2024. São 500 vagas divididas em dois cursos - Projetos de Vida e o Bom Professor e Novas Arquiteturas Pedagógicas - cada um com carga horária de 40 horas e duração de oito semanas, totalmente gratuitos e on-line.

Ao final dos cursos, os concluintes recebem certificado da USP e passam a fazer parte de uma rede de educadores de todo o território nacional, onde podem trocar experiências e conhecimento para o aperfeiçoamento profissional. Nas edições de 2023 e 2024, 81% dos cursistas concluíram o programa e 92% dos inscritos fizeram avaliações positivas sobre as três últimas edições.

De acordo com Paulo Andrade, presidente do Instituto iungo "o ATIVAR! é uma forma de levar o conteúdo de uma das melhores universidades do mundo, a USP, de forma flexível e acessível por meio do WhatsApp, a educadores de todos os cantos do país. O programa é mais um exemplo de como contribuímos com essa parceria para valorizar a profissão docente, apoiando e incentivando o desenvolvimento profissional dos nossos professores", explica.

O programa é uma realização do Instituto iungo, a Faculdade de Educação da USP e o Núcleo de Pesquisas em Novas Arquiteturas Pedagógicas da universidade (NAP/USP) lançam a sexta edição do programa Ativar! Metodologias Ativas por WhatsApp.

Podem se inscrever educadores de escolas de todo o Brasil. São aceitas inscrições de gestores escolares e professores de todas as áreas de conhecimento de Ensino Médio e Ensino Fundamental 1 e 2.

Para mais informações e inscrições, o público pode acessar o site www.repensandocurriculo.org .

IcMagazine

Famosos

Chris Martin, do Coldplay, aparece em ensaio de bateria do curso de Direito da USP

Modificado em 19/09/2024, 00:24

Chris Martin, do Coldplay, aparece em ensaio de bateria do curso de Direito da USP

(Reprodução/Twitter)

O cantor Chris Martin, líder da banda Coldplay, apareceu de surpresa no ensaio da bateria do curso de Direito da USP e fez a alegria dos integrantes. O momento foi filmado e jogado nas redes.

O ensaio acontecia perto do Parque do Ibirapuera. Segundo relatos, ele passava pela região quando ouviu aquele som e resolveu parar para ver o que acontecia. Após dançar e parabenizar os estudantes, tirou fotos com todos eles.

No último fim de semana, a banda deu início à maratona de 11 shows que fará no Brasil. A turnê "Music of the Spheres", que celebra o último disco da banda, resgata também seus maiores hits e músicas favoritas dos fãs.

Em show no Morumbi, Martin se mostrou um showman de primeira. Sentou no chão do palco para cantar "Paradise", um dos maiores sucessos da banda, mas logo fez a multidão pular. No fim da canção, pediu silêncio da plateia, fazendo gesto com o dedo na boca, controlando o volume da voz de dezenas de milhares de pessoas -queria fazer uma espécie de coro progressivo para terminar a canção magistralmente.

"A gente está muito feliz de estar aqui com vocês, obrigado pelo esforço, mesmo com a chuva, o trânsito e todos os outros problemas. Gratidão, vamos cantar juntos", disse ele, em português mesmo, enquanto cantava "The Scientist" no piano.

A banda enfileirou hits. Apresentaram "Viva La Vida", "Hymn for the Weekend", uma parceria com Beyoncé, e depois "Let Somebody Go". Nessa faixa, Martin convidou uma fã para cantar com ele no palco. Foi um momento emotivo, com a plateia quieta e hipnotizada pela dupla.

Geral

STF suspende lei que autoriza pílula do câncer

Supremo Tribunal Federal derrubou a validade da lei que autoriza pacientes com câncer a fazer uso da fosfoetanolamina sintética, a chamada "pílula do câncer".

Modificado em 29/09/2024, 00:32

STF suspende lei que autoriza pílula do câncer

(Pixabay)

O STF (Supremo Tribunal Federal) votou nesta quinta-feira (19) para derrubar a validade da lei que autorizou pacientes com câncer a fazer uso da fosfoetanolamina sintética, a chamada "pílula do câncer".

Por 6 votos a 4, os ministros entenderam que a liberação da "pílula do câncer" deve ser interrompida por dois argumentos centrais.

O primeiro é que não há testes científicos suficientes que comprovem que o composto seja seguro e eficaz sem colocar em risco a saúde dos pacientes. O outro defende que a norma editada pelo Congresso invadiu competência da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Votaram para suspender a validade da lei da pílula do câncer os ministros Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

Os ministros Luiz Edson Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli e Gilmar Mendes defenderam que a medida tivesse validade apenas para casos de pacientes com câncer em estágio terminal.

O STF concedeu uma liminar (decisão provisória) pedida pela AMB (Associação Médica Brasileira) em uma ação que questiona a liberação da fosfoetanolamina. Segundo a entidade, no país coloca em risco a segurança e a saúde dos pacientes e abre precedente para que outras drogas sejam ofertadas à população sem que haja comprovação de segurança e eficácia.

A lei que permite a produção, importação, distribuição, prescrição e uso da fosfoetanolamina sintética vêm sendo alvo de críticas desde que foi sancionada, em abril deste ano, pela presidente Dilma Rousseff, às vésperas da votação do seu processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

Representantes do Ministério da Saúde e da Anvisa, entre outros órgãos, chegaram a recomendar que o projeto, aprovado em votação simbólica no Congresso, fosse vetado. A avaliação é que a forte pressão de pacientes e do Congresso em meio à crise política interferiu na decisão.

A lei autoriza pessoas com câncer a utilizarem a fosfoetanolamina "por livre escolha", desde que apresentem laudo médico com a comprovação do diagnóstico e assinem termo de consentimento e responsabilidade.

A liberação, assim, ocorreria em "caráter excepcional", até que os estudos sejam finalizados. Segundo o texto, a fiscalização caberia a autoridades sanitárias - a Anvisa, no entanto, alega que não é possível fazer esse tipo de controle.

Risco aos pacientes

Para a maioria dos ministros, a ausência de testes, como exige a Anvisa para que novos medicamentos sejam comercializados no país, coloca em risco a vida dos pacientes.

"O fornecimento de medicamentos não pode ser com atropelos de requisitos mínimos de segurança para o consumo da população sob pena de esvaziar o próprio conteúdo do direito nacional à saúde", disse o relator do caso, ministro Marco Aurélio.

Barroso afirmou que não seria legítimo "transferir" do Poder Executivo para o Legislativo a autorização de uso de substância que não passou pelo crivo da Anvisa.

Para ele, a lei acaba por dar a visão que o Estado endosse o uso da substância. "A solução nunca deverá ser a liberação para o consumo, mas o incentivo à realização de uso [em teste] científico com protocolos. Trata-se de decorrência básica do princípio da precaução".

Na avaliação dos ministros que defenderam o uso para pacientes terminais, a previsão consta numa resolução da Anvisa de 2013 que trata do uso de medicamentos ainda sem registro, mas que apresentam indícios de eficácia, para uso compassivo por pacientes.

"A Anvisa não detém competência privativa para autorizar a comercialização de qualquer substância. [...] O Congresso pode reconhecer o direito de pacientes terminais a agirem ainda que tenham que assumir riscos desconhecidos em prol de um mínimo de qualidade de vida", disse Fachin.

A Anvisa tem alegado, no entanto, que a fosfoetanolamina não se encaixa na resolução, por não ser um medicamento e não ter indícios mínimos de eficácia, apenas relatos individuais.

A ministra Cármen Lúcia rebateu essa tese de liberação para pacientes terminais: "Eu não sei como é que se define paciente terminal. Já tive muito próxima de uma pessoa que se tratava por paciente terminal e três morreram antes dela. Não foi combinado por Deus. Nem pelo destino", disse.

Segundo a ministra, é preciso cautela, mesmo diante da dor que nos leva facilmente a aderir a alguma coisa sem passar pelos procedimentos de segurança, para não ser a pílula do câncer mais uma pílula de enganos a quem se depara com o desengano [sobre o tratamento e a cura]".

Presidente do STF, Lewandowski disse que abrir brecha para que o Congresso legisle na área da farmacologia representa um "precedente perigoso para saúde da população."

Ministros chegaram a citar artigo do médico Raul Cutait publicado nesta quinta-feira na Folha*, segundo o qual as doenças devem ser entendidas à luz da ciência.

No artigo, Cutait diz que "a esperança é fundamental e os médicos devem fazê-la constar de seus receituários, colocando-se como parceiros de seus pacientes em suas batalhas contra a doença, mas não devem oferecê-la sem o devido embasamento científico, sob o risco de promover o charlatanismo. "

Polêmica

No julgamento, o coordenador-jurídico da AMB, Carlos Michaelis Jr, alegou que a lei, da forma como foi feita, é "esquálida" e pode estimular que pacientes abandonem o tratamento convencional, o que pode trazer prejuízo à saúde.

"Haverá um aumento das mortes pelo abandono do tratamento convencional já existente", disse. Segundo ele, a associação não é contra a substância, mas sim contra sua liberação sem que os estudos estejam concluídos. Ele lembra que a fosfoetanolamina nunca passou por testes em humanos que pudessem comprovar sua segurança, eficácia e mapear possíveis contra-indicações.

"Queremos que qualquer substância passe pelo rito comum [de pesquisas], sem truculência, baseada em estudo com forte evidência e comprovação científica. É assim que a medicina funciona e evoluiu", afirma.

A polêmica em relação à fosfoetanolamina começou quando a substância, que era estudada na USP de São Carlos e distribuída a pacientes por pesquisadores como Gilberto Chierice, teve a sua produção interrompida.

A suspensão culminou em uma enxurrada de ações judiciais para obrigar a USP a liberar a substância. O ministro do STF, Edson Fachin, concedeu liminar em que libera o produto. Na época, ele alegou que a medida foi uma "exceção".

O debate ganhou força devido ao fato de que, embora tenha sido desenvolvida há 20 anos, a pílula nunca passou por estudos clínicos que comprovem sua segurança e eficácia.

Os únicos testes realizados ocorreram por meio de técnicas in-vitro e em animais. Não houve pesquisas em humanos, consideradas essenciais para comprovação da segurança e eficácia.

"Como o médico indicava e o paciente estava melhorando, eu pensei: que mal haveria em dar?", declarou Chierice à reportagem, em março deste ano.

Em meio às discussões, o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) anunciou no fim de 2015 que investiria R$ 10 milhões para testar a eficácia da fosfoetanolamina, a começar por ensaios com animais de laboratório.

Primeiros testes

Ao mesmo tempo, o governo estadual de São Paulo traçou um plano para iniciar estudos controlados da molécula com cerca de 200 pacientes humanos.

No entanto, os primeiros resultados de testes independentes com a pílula divulgados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia não foram bons. Segundo as análises, ela teve desempenho muito inferior ao de drogas anticâncer já disponíveis há décadas.

Testes também mostraram que apenas 32% da pílula era composta, de fato, por fosfoetanolamina. O restante era de outras substâncias, como a monoetanolamina - a única, aliás, que mostrou efeito razoável em testes antitumorais.

Defensores da pílula rebateram os resultados. Eles alegam que a ordem de grandeza testada foi menor do que em outros testes e que o aparecimento de outras substâncias poderiam ser "produto de degradação durante o processo de análise".

Dias após a divulgação dos primeiros resultados, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, autorizou a USP a interromper o fornecimento da pílula aos pacientes depois de acabar o estoque.

Na decisão, ele ressaltou que "a inexistência de estudos científicos que atestem que o consumo da fosfoetanolamina sintética seja inofensivo ao organismo humano".

IcEconomia

Minha dica é

USP oferece 27 cursos gratuitos para fazer à distância

Modificado em 29/09/2024, 00:37

USP oferece 27 cursos gratuitos para fazer à distância

(Pixabay)

Uma das mais renomadas universidades do Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) oferece 27 cursos gratuitos para dar aquela turbinada no currículo.

Os cursos são feitos online pela plataforma veduca e trazem conhecimentos sobre diferentes áreas como história, direito, economia, política. Diversos temas que caem bem para o momento que o País atravessa.

Confira:

  1. Física Básica
  1. Gestão de Projetos
  1. Engenharia Econômica
  1. Princípios de Sustentabilidade e Tecnologias Portadoras de Inovação
  1. Gestão do Desenvolvimento de Produtos e Serviços
  1. Liderança, Gestão de Pessoas e do Conhecimento para Inovação
  1. Gestão da Inovação
  1. Medicina do Sono
  1. Oceanografia - Sistema Bentônico
  1. Eletromagnetismo
  1. Probabilidade & Estatística
  1. Sistemas Terra
  1. Produção mais Limpa (P+L) e Ecologia Industrial
  1. Instrumentos de Política e Sistemas de Gestão Ambiental
  1. Fundamentos de Administração
  1. Visões do Brasil, Século XIX
  1. Escrita Científica: Produção de Artigos de Alto Impacto
  1. Ética
  1. Tópicos de Epistemologia e Didática
  1. Atualidade de Sérgio Buarque de Holanda
  1. Economia Monetária - Moeda e Bancos
  1. Empirismo e Pragmatismo Contemporâneos
  1. Filosofia e Intuição Poética na Modernidade
  1. Ciência Política: Qualidade da Democracia
  1. História do Brasil Colonial II
  1. Enunciação
  1. Ciência Política