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Serra Dourada pode ter interligação de áreas caso se transforme em arena multiuso

Sugestão do Grupo de Trabalho liderado pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB) é que o estádio tenha nova opção de mobilidade para ligação com a região da Prefeitura de Goiânia e da Alego

Modificado em 19/09/2024, 01:19

Serra Dourada pode ter interligação de áreas caso se transforme em arena multiuso

(Diomício Gomes)

Um dos desejos do Governo de Goiás com a possível transformação do estádio Serra Dourada em uma arena multiuso é interligar a região do principal palco do futebol goiano com o local onde estão Prefeitura de Goiânia e Alego.

A ideia é que uma nova opção de mobilidade, que ligue diretamente ao Serra Dourada, seja criada para facilitar o trânsito na região e auxiliar o fluxo de pessoas para os espaços que serão contemplados no novo complexo.

O Governo de Goiás quer transformar o Serra Dourada em uma arena multiuso para que o estádio não funcione apenas em dias de jogos e shows. O objetivo é que "o novo Serra Dourada" tenha áreas de atendimento para a população, com restaurante, academia e escritórios, por exemplo, e que isso possa gerar movimento no local, além de lucro, para manter o estádio funcionando e criar uma nova região centralizada na capital.

Esse foi um assunto debatido, nesta semana, pelo Grupo de Trabalho (GT) liderado pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB) com as três empresas que estão autorizadas a fazer estudos para obras no complexo do Serra Dourada.

Outro tema citado pelo GT nas reuniões foi em relação ao Ginásio Valério Luiz de Oliveira (Goiânia Arena). Há um consenso entre GT e empresas de que a arquitetura do equipamento esportivo precisa ser alterada de maneira que fique mais conectada ao Serra Dourada. A ideia do governo é que um novo modelo seja criado para o Goiânia Arena, de forma que integre as duas praças esportivas.

As reuniões foram encerradas nesta quinta-feira (28), com os representantes do "Consórcio Novo Serra Dourada". Na terça-feira (27), a conversa foi com a Progen. Na segunda-feira (25), com a RNGD.

Essas reuniões marcaram os primeiros passos antes do começo da produção dos estudos pelas empresas. O objetivo foi que os interessados apresentassem, além do seus portfólios, o que já pensam a respeito do Serra Dourada.

O GT também explicou alguns pontos que deseja para a possível reforma e disse que tem a pretensão de transformar a região do Serra Dourada em nova área centralizada da capital.

A partir de agora, o GT vai se reunir com as empresas semanalmente, de forma virtual, para que dúvidas sejam sanadas, atualizações sobre o andamento dos estudos ocorram e contato seja mantido entre as partes.

As três empresas terão até o dia 21 de dezembro para conclusão dos estudos. A escolha do estudo ficará para 2024, com assinatura prevista para o meio do próximo ano. Início das obras e valores para a remodelação do Serra Dourada ainda serão definidos.

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CBF altera horário da final da Copa Verde após solicitação do Goiás

Partida vai ser disputada a partir das 21 horas, no estádio Serra Dourada, na próxima quarta-feira (23)

Serra Dourada será o palco da decisão da Copa Verde entre Goiás e Paysandu

Serra Dourada será o palco da decisão da Copa Verde entre Goiás e Paysandu (Fábio Lima)

A CBF alterou o horário da decisão da Copa Verde entre Goiás e Paysandu. Após solicitação do clube esmeraldino, a entidade mudou o horário da partida para 21 horas - o horário anterior era 19h30.

O pedido teve relação direta com a intenção do Goiás de lotar o estádio Serra Dourada. Com horário às 19h30, por ser horário de pico, a torcida esmeraldina poderia ter dificuldades para acessar a região do principal palco do futebol goiano. Com novo horário, a expectativa é que o estádio fique lotado desde o início do apito inicial.

O clube goiano já definiu os valores dos ingressos para a decisão: 60 reais (cadeiras) e 20 reais (arquibancadas). A comercialização será a partir de domingo (20).

Goiás e Paysandu empataram sem gols no jogo de ida da final da final. Quem vencer no Serra Dourada, conquistará o título da Copa Verde. Nova igualdade levará a disputa para os pênaltis.

O clube esmeraldino busca o segundo título da Copa Verde. O Goiás é o único time do futebol goiano que conquistou o torneio regional, ao bater o próprio Paysandu, em 2023.

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Contrato da concessão do Serra Dourada será assinado nesta semana

Evento vai ser realizado na quarta-feira (16); empresa Construcap vai administrar o estádio e seu complexo esportivo por 35 anos

Modificado em 14/04/2025, 12:54

A intervenção mais recente no Serra Dourada foi a troca da iluminação do estádio, que custou R$ 13,6 milhões aos cofres públicos

A intervenção mais recente no Serra Dourada foi a troca da iluminação do estádio, que custou R$ 13,6 milhões aos cofres públicos (Hegon Corrêa)

O contrato da concessão do estádio Serra Dourada e seu complexo esportivo, que ainda engloba o ginásio Goiânia Arena e o Parque das Crianças, será assinado na próxima quarta-feira (16). O evento, que ainda terá horário confirmado, será realizado no Palácio das Esmeraldas, sede do governo.

A empresa Construcap, uma das administradoras do estádio Mineirão, vai assumir a gestão do Serra Dourada por 35 anos. A construtora terá a responsabilidade de transformar o principal palco do futebol goiano em uma arena multiuso.

O leilão para a concessão ocorreu há pouco mais de dois meses, no dia 4 de fevereiro. A Construcap foi a única participante e fez oferta de R$ 10 milhões, o mínimo exigido pelo Estado. Sem concorrentes, venceu o processo.

Desde então, foram dois meses de ajustes burocráticos junto ao Estado até a assinatura do contrato, que vai ocorrer nesta semana.

A partir da assinatura do contrato haverá um período de transição, da Secretaria de Esporte e Lazer do Estado de Goiás à Construcap. O período deve ser de até seis meses. A tendência é que após essa transição as obras comecem. Isso ainda será confirmado pela próxima administradora do Serra Dourada.

A Construcap terá de investir, no mínimo, R$ 215 milhões em uma reforma profunda no Serra Dourada e seu complexo. Ao longo dos 35 anos, o valor pode chegar a R$ 1 bilhão.

O objetivo do Estado é que o local se torne um ambiente multiuso, com atividades voltadas à população com a criação de espaços como restaurante, academia e escritórios para serem alugados, por exemplo, com intuito de gerar receitas e movimentação de pessoas.

No Serra Dourada o gramado deve ser rebaixado, a antiga geral derrubada para ampliação das arquibancadas com objetivo de aumento de público. A nova capacidade ainda será oficializada, mas o governo estima que será entre 47 a 60 mil lugares.

Além do Serra Dourada, o ginásio Goiânia Arena e o Parque das Crianças vão receber reformas. Não há previsão para o início das obras, mas o desejo do Estado é que pelo menos a reforma no estádio Serra Dourada seja entregue até 2028.

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Serra Dourada, estádio que mudou a história do futebol goiano, completa 50 anos

Quem estava em campo ou à beira dele no 1º jogo do Serra relata impacto do estádio no esporte goiano e o sentimento de ser parte da história

Modificado em 08/03/2025, 16:32

Estádio Serra Dourada

Estádio Serra Dourada (Hegon Corrêa)

A inauguração do estádio Serra Dourada, 50 anos atrás, foi o pontapé para o crescimento do futebol goiano e de clubes de Goiânia, principalmente. O dia 9 de março de 1975, assim como em 2025, um domingo, registrou o primeiro jogo do principal palco do esporte no Estado. A vitória, de virada, por 2 a 1 da seleção goiana sobre Portugal, em amistoso, foi o começo de um novo capítulo para o esporte no Estado. É o que diz quem esteve em campo há cinco décadas.

O futebol goiano já escrevia sua história e os principais clubes do Estado davam passos no cenário nacional. O esporte crescia a cada ano, assim como a população goianiense. Assistir jogos no estádio Olímpico, no centro da cidade, era um dos momentos mais aguardados pelos torcedores.

Com o passar do tempo, a evolução dos times e os adversários de peso cada vez mais frequentes, como o Santos de Pelé, a Academia de Futebol do Palmeiras, o Flamengo de Zico e outros, o Olímpico ficou pequeno para o futebol goiano.

Entre os jogadores que entraram em campo pela seleção goiana na inauguração do Serra Dourada, como titulares ou substitutos, Macalé, Alexandre Neto, Matinha, Paghetti, Lincoln, Raimundinho, Tuíra e Lucinho eram atletas do Goiás. Nilson e Lula defendiam o Goiânia. Lúcio Frasson e Fernandinho eram jogadores do Vila Nova, e Piorra era do Atlético-GO. O técnico era Paulo Gonçalves, que estava no Goiás à época.

Seleção goiana que enfrentou Portugal na inauguração do Serra Dourada em 9 de março de 1975 (O Popular)

Seleção goiana que enfrentou Portugal na inauguração do Serra Dourada em 9 de março de 1975 (O Popular)

"A minha geração de jogadores do Goiás, Atlético-GO, Goiânia e Vila Nova tem plena consciência de que nós fomos a motivação para a construção do Serra Dourada, por causa do crescimento dos clubes. Nos jogos grandes contra Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, ficava o dobro de pessoas do lado de fora do Olímpico", comentou o ex-zagueiro Macalé, hoje com 79 anos e titular na seleção goiana.

Da esquerda para a direita, Paulo Gonçalves, como técnico, e Matinha e Macalé, como atletas, estavam no 1º jogo (Diomício Gomes)

Da esquerda para a direita, Paulo Gonçalves, como técnico, e Matinha e Macalé, como atletas, estavam no 1º jogo (Diomício Gomes)

A obra do Serra Dourada foi rápida. Em menos de dois anos, desde o início da construção, o principal palco do futebol goiano ficou pronto e foi entregue para inauguração, há 50 anos.

O engenheiro Lamartine Reginaldo foi o responsável por coordenar a obra idealizada pelo governador Leonino Caiado, primo do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

"Lembro de um jantar com o governador Leonino, não me recordo o ano, acho que foi no começo de 1973. Ele prometeu que ia construir um estádio que mudaria a história do futebol goiano. Dizia que o futebol goiano precisava de um campo que fosse visto pelo Brasil inteiro", contou o ex-volante Matinha, que está com 74 anos e também foi titular da seleção estadual naquele domingo de inauguração.

O período de obras aumentou a ansiedade na população. "Os jogos eram no Olímpico, mas, depois de 1973, todo mundo sabia das obras do Serra Dourada. Então, a expectativa crescia. No dia da inauguração, tudo deu certo. O ambiente era muito bom, clima de festa. Foi um momento único viver tudo que envolveu aquele jogo", disse o ex-técnico Paulo Gonçalves, aos 88 anos. Ele foi responsável por convocar e comandar a seleção goiana contra Portugal.

Os relatos são de que a convocação da seleção goiana ocorreu cerca de 20 a 30 dias antes da partida pelo técnico Paulo Gonçalves, que comandava o Goiás à época. A equipe fez alguns treinos antes do jogo inaugural, marcado para o dia 9 de março de 1975, às 16 horas.

"Quando pisei na grama, tive um momento de euforia. Isso me deixou descompensado, meu coração disparou. Estava ofegante, lembro como se fosse ontem. Precisava respirar um pouco e fiquei 'tranquilo' quando o governador Leonino começou a discursar. Pensei, agora fico calmo. Mas ele foi muito breve, falou algo de 'apesar da oposição de alguns, entrego o Serra Dourada para alegria do povo goiano', e pronto. Quase me matou", contou Macalé, aos risos, sobre momentos antes do jogo.

Segundo quem esteve em campo, foi um bom jogo. "Foi pegado, era seleção contra seleção. É outra coisa. Os jogadores queriam mostrar serviço, mostrar dedicação. Ninguém queria perder no primeiro jogo do Serra Dourada", salientou o ex-meia Tuíra, que fez o gol da vitória da seleção goiana.

Logo aos 4 minutos de partida, Portugal abriu o placar com o meia Octávio, autor, portanto, do primeiro gol da história do estádio. Ainda na etapa inicial, aos 26 minutos, o atacante Lincoln, o Leão da Serra, do Goiás, deixou tudo igual. A virada foi sacramentada já no final do amistoso, aos 37 minutos do segundo tempo, por Tuíra.

"Foi uma jogada normal. A bola saiu do escanteio, cruzamento, o beque tirou da área de cabeça. Só que eu era atacante que batia de longe, tinha visão de jogo. Eles deram azar que a bola estava no meu rumo. Peguei de bate pronto. A bola saiu da área e já bati, foi um canudo que morreu no cantinho. O goleiro nem pulou, a área estava cheia. Ele nem viu a trajetória da bola", descreveu o ex-meia Tuíra, que hoje tem 77 anos - na partida, ele, que era jogador do Goiás, começou no banco e entrou no lugar do ex-atacante Raimundinho.

Todos os jogadores ouvidos sobre o jogo inaugural, sem exceção, disseram ao POPULAR que a inauguração do Serra Dourada foi um marco profissional e pessoal. "Quando eu era jovem, meu sonho era jogar no Maracanã. Quando entrei no Serra Dourada, lotado, pela primeira vez, lembrei desse sonho e me senti realizado. Eu nunca tinha visto algo parecido e me senti realizado", disse o ex-zagueiro Macalé.

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Empresa do consórcio do Mineirão vence leilão da concessão do Serra Dourada

Grupo Construcap vai ser responsável por transformar o principal palco do futebol goiano em uma arena multiuso

Estádio Serra Dourada será cedido à iniciativa privada pelos próximos 35 anos

Estádio Serra Dourada será cedido à iniciativa privada pelos próximos 35 anos (Wildes Barbosa)

O Grupo Construcap, que integra o consórcio que administra o Mineirão, venceu o leilão da concessão do estádio Serra Dourada e vai administrar o principal palco do futebol goiano pelos próximos 35 anos. Sem concorrentes, o evento ocorreu nesta terça-feira (4), na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. O valor do lance único foi de R$ 10 milhões, o mínimo apresentado pelo Governo de Goiás.

Alguns passos vão ocorrer antes da assinatura do contrato. Há um prazo de 15 dias para registros de recursos e análise, depois serão analisados documentos da empresa, uma conta será aberta para o pagamento da outorga fixa (o lance) e outros procedimentos burocráticos.

Segundo o artigo 18.5 do edital, o contrato deve ser assinado em 60 dias contados a partir da publicação do ato de homologação. O prazo pode ser prorrogado. O Estado diz que o documento vai ser assinado em até seis meses, período que vai marcar a transição do estádio à iniciativa privada.

Representantes do governo, como o governador Ronaldo Caiado, o vice-governador Daniel Vilela, o secretário de esportes Rudson Guerra e o secretário-geral do governo Adriano da Rocha Lima marcaram presença no leilão.

"Por várias razões acabou se tornando equipamento que ficou ultrapassado e subutilizado para suas atividades fins. Sob determinação do governador Ronaldo Caiado construímos esse projeto e nutrimos expectativa para que o Serra Dourada volte a ser palco de grandes jogos, eventos esportivos e culturais", comentou o vice-governador Daniel Vilela, que liderou o grupo de trabalho criado para atuar no projeto para a concessão do Serra Dourada.

Representantes do Governo de Goiás no leilão do estádio Serra Dourada, nesta terça-feira (4) (Reprodução / TVB3)

Representantes do Governo de Goiás no leilão do estádio Serra Dourada, nesta terça-feira (4) (Reprodução / TVB3)

O Grupo Construcap vai assumir a gestão do Distrito de Esporte e Entretenimento do Complexo do Estádio Serra Dourada, composto pelo principal palco do futebol goiano, o ginásio Goiânia Arena e o Parque da Criança. Além da gestão, a empresa terá de realizar reforma nos locais, operação, exploração e manutenção pelo período de 35 anos. O objetivo é transformar o Serra Dourada em uma arena multiuso.

Ainda não há previsão para as obras começarem, mas a entrega está prevista para 2028. O valor mínimo do investimento é de R$ 215 milhões, mas o estimado no contrato ao longo do período da concessão pode superar R$ 1 bilhão - esse valor que será destinado para reforma do complexo e administração pelo período da concessão.

A Minas Arena, que foi responsável pela reforma e modernização do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, para a Copa do Mundo de 2014, além de ser a atual administradora da praça esportiva, tem o Grupo Construcap como um dos integrantes, ao lado de Egesa e HAP.

Em 2019, o Grupo Construcap também venceu o leilão para a concessão do Parque Ibirapuera e outros cinco parques, em São Paulo, por 35 anos.