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Cidade de Goiás volta a ser palco da Procissão do Fogaréu nesta quarta-feira (13)

Após dois anos sem farricocos nas ruas, encenação da perseguição e morte de Cristo será realizada em meio à expectativa do registro de procissão como Patrimônio Cultural do Brasil; confira a programação da Semana Santa na antiga capital

Modificado em 20/09/2024, 00:09

Farricocos voltam às ruas da antiga capital em meio à expectativa do registro de procissão como Patrimônio Cultural do Brasil

Farricocos voltam às ruas da antiga capital em meio à expectativa do registro de procissão como Patrimônio Cultural do Brasil (Marcello Dantas/O Popular)

Nos últimos dois anos, a cidade de Goiás ficou irreconhecível durante a Semana Santa com a suspensão das atividades presenciais por causa da pandemia. Dentro da tão esperada retomada, o ápice da programação acontece com a famosa Procissão do Fogaréu na madrugada desta quarta (13) para quinta-feira (14), a partir das 23h59, com saída do Museu de Arte Sacra da Boa Morte. Farricocos, músicos e público se reúnem novamente em meio ao processo de registro das procissões da Semana Santa da cidade de Goiás como Patrimônio Cultural do Brasil.

A documentação está sendo analisada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2020 e agora aguarda posicionamento da Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial, que integra o conselho que decide sobre os processos de reconhecimento. Segundo o Iphan, o escritório técnico do órgão na cidade fará a recepção de autoridade para o acompanhamento da Procissão nesta quarta-feira.

A Procissão do Fogaréu de 2020 já estava com tudo preparado quando as primeiras restrições da pandemia começaram a ser impostas no Estado. A estimativa era de que 60 mil pessoas estivessem presentes para acompanhar a encenação, número que segue sendo esperado para esse retorno, segundo o presidente da Organização Vilaboense de Artes e Tradições (Ovat), Rodrigo dos Santos e Silva, conhecido como Passarinho. "É o trabalho de um ano inteiro. Quando termina uma edição, já estamos planejando a próxima e a expectativa é de crescimento de público desde 2019", diz.

A pandemia deixou o município marcado por ruas vazias de música e de encontros. As cores ritmadas da Folia de Reis não fizeram os seus giros de casa em casa em janeiro. O silêncio tomou o lugar das serenatas que ecoavam pelas ruas da antiga Vila Boa a cada lua cheia. Além de outras encenações icônicas, a Procissão do Fogaréu foi cancelada pela primeira vez desde que a Ovat foi fundada, em 1965, entidade responsável por reintroduzir a encenação nas celebrações da Semana Santa.

Aos poucos, Goiás assistiu suas tradições e eventos se realocarem no novo cenário criado pela pandemia, como as celebrações dos 20 anos do título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade do município, que promoveu uma programação cultural de junho a março deste ano. O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) aconteceu de forma híbrida, meio presencial, meio virtual.

Já a tradição religiosa é secular e está entre as marcas registradas da cidade. Retomar a procissão em 2022 vislumbra a normalidade que todos os envolvidos não sentem desde a última edição realizada há três anos, segundo Rodrigo Passarinho. "A nossa expectativa é conseguir trazer para o público a mesma sensação dos Fogaréus anteriores. É uma responsabilidade muito grande para este ano, mas é uma satisfação imensa termos conseguido a liberação para realizar este ano, mesmo com a organização atribulada com tempo reduzido para preparar", comenta.
<br /> Programação Semana Santa na cidade de Goiás
De 13 a 17 de abril de 2022
Quarta-feira (13)
8h30: Abertura da exposição fotográfica: "Cultura e Devoção, Expressão de Fé"
Local: Prefeitura de Goiás, Auditório André Xavier Mundim
17h: Fogareuzinho
Local: Saída do Museu das Bandeiras
20h30: Auto da Paixão: Memórias de uma Via Sacra
Local: Saída na Praça do Coreto, em direção ao Largo do Palácio Conde dos Arcos
23h59: Procissão do Fogaréu
Local: Saída em frente ao Museu de Arte Sacra da Boa Morte
Quinta-feira (14)
19h: Missa do lava-pés e da Santa Ceia do Senhor, seguida da adoração ao Santíssimo Sacramento até às 23h
Locais: Catedral de Sant' Ana e Santuário Nossa Senhora do Rosário
19h: Missa do lava-pés e da Santa Ceia do Senhor
Local: Igreja Santa Rita de Cássia
23h: Procissão dos Penitentes
Local: Saída da Igreja São Francisco de Paula
Sexta-feira (15)
5h: Via Sacra
Local: Saída da Capela Nossa Senhora Aparecida até a Igreja Santa Rita de Cássia
6h30: Via Sacra (caminhada)
Local: Saída da Catedral de Sant' Ana até o Morro do Cruzeiro
10h: Canto do Perdão (masculino)
Local: Santuário Nossa Senhora do Rosário
11h às 15h: Confissão individual
Local: Catedral de Sant'Ana
14h: Canto do Perdão
Local: Santuário Nossa Senhora do Rosário
15h: Celebração da Paixão do Senhor -- Adoração da Santa Cruz
Local: Santuário Nossa Senhora do Rosário
15h: Celebração da Paixão do Senhor -- Adoração da Santa Cruz
Local: Catedral de Sant´Ana
15h: Beijo na Cruz
Local: Igreja Santa Rita de Cássia
18h: Canto do Perdão (feminino)
Local: Igreja São Francisco de Paula
20h: Cerimônia da dramatização do Descendimento da Cruz seguida da Procissão do Senhor Morto
Local: Largo do Chafariz
Sábado (16)
7h às 15h: Veneração da Imagem do Senhor Morto
Local: Santuário Nossa Senhora do Rosário
7h: Caminhada à Serra Dourada
Local: Saída da sede Prefeitura de Goiás
19h: Vigília Pascal
Local: Igreja Santa Rita de Cássia
20h: Vigília Pascal, seguida de Procissão da Ressurreição
Local: Catedral de Sant' Ana
20h: Vigília Pascal
Local: Santuário Nossa Senhora do Rosário
Domingo (17)
8h: Missa da Ressurreição
Locais: Capela Nossa Senhora Aparecida, Santuário Nossa Senhora do Rosário, Igreja Santa Rita de Cássia e Catedral de Sant' Ana
11h: Missa
Local: Chácara Paraíso
19h: Missa da Ressurreição
Locais: Catedral de Sant' Ana e Igreja Santa Rita de Cássia

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Cine Teatro São Joaquim sedia conferência sobre saúde e doenças

Encontro terá programação gratuita e participação de palestrantes de vários Estados brasileiros

Cine Teatro São Joaquim sedia conferência sobre saúde e doenças

(Leo Iran)

Cine Teatro São Joaquim, unidade da Secretaria de Estado da Cultura, na cidade de Goiás, recebe, entre terça e sexta-feira (6a 8), a abertura e encerramento do VI Colóquio de História da Saúde e das Doenças, conferência realizada pelo Instituto Federal de Goiás (IFG).

A programação é gratuita e inclui palestras na área de saúde, mesa-redonda com debates sobre relevantes temas e participação de diversos profissionais da área.

O Colóquio é um evento interdisciplinar, constituído por historiadores, médicos, arquitetos, antropólogos, cientistas sociais, museólogos entre outros profissionais que trazem suas percepções e olhares sobre os impactos da saúde e das doenças ao tecido social.

Cada vez mais, o evento tem atraído pesquisadores de outras regiões do país e estrangeiros, o que vem possibilitando a construção de uma rede de pesquisadores em torno da temática.

A 6ª edição do Colóquio também terá simpósios temáticos, de forma remota, que inclui oito palestras com professores de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, entre outros.

Diversos temas serão abordados, entre eles o Césio-137 em Goiânia, medicina e política, nutrição e enfermagem. A transmissão será por meio deste link .

Confira a programação presencial: Quarta-Feira (06)
Manhã - Credenciamento

14h -- 17h - Mesa-redonda: Estética da Pele Enferma, com Dr. Ricardo dos Santos Batista (UNEB), Dra. Leicy Francisca da Silva (UEG), Dr. Doriam Erich de Castro (IFG)
Mediador: Dr. Robson Mendonça Pereira (UEG)
Local: Salão de Eventos IFG

19h -- 21h - Conferência de abertura - Debates sobre a alimentação infantil, com a Dra. Gisele Porto Sanglard (Fiocruz/RJ)
Mediadora: Doutoranda Lara Alexandra T. da Costa (PPGH/UFG)
Local: Cine Teatro São Joaquim
Quinta-Feira (07)
09h -- 12h - Simpósios Temáticos [On-line]

14h -- 17h - Mesa-redonda: Fome, carência e doenças, com Dra. Ana Karine Martins Garcia (BECE), Dra. Sônia Maria de Magalhães (PPGH/UFG), Dr. Rildo Bento de Souza (PPGH/UFG)
Mediador: Dr. Leandro Carvalho Damacena Neto (IFG)
Local: Auditório UEG

19h -- 21h - Homenagem à Maria de Fátima Cançado e Dr. Anuar Auad
Coquetel e Lançamento de livros
Local: Fundação Frei Simão Dorvi
Sexta-Feira (08)
09h -- 12h - Reunião GT História da Saúde e das Doenças Local: Sala de Reuniões IFG

14h -- 17h - Conferência de encerramento: Museu Histórico da FMUSP e seu acervo Dr. André Mota (FMUSP)
Mediadora: Dra. Sônia Maria de Magalhães (PPGH/UFG)
Local: Cine Teatro São Joaquim

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Cine Teatro São Joaquim recebe espetáculo de dança neste sábado (29)

A apresentação, que tem apoio da Secult Goiás, será realizada às 19h com entrada gratuita

Modificado em 17/09/2024, 16:26

Cine Teatro São Joaquim recebe espetáculo de dança neste sábado (29)

(Lu Barcelos – Chocolate Fotografias)

O Cine Teatro São Joaquim, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) na cidade de Goiás, recebe o espetáculo "PRESSA", do Grupo Bacae Dança neste sábado (29). A apresentação é gratuita e terá apenas uma sessão, às 19h. O projeto foi contemplado pelos editais do Fundo de Arte e Cultura (FAC) do Estado de Goiás, promovido pela Secult.

PRESSA é um espetáculo de Dança Contemporânea que busca refletir sobre a banalização da urgência e os consequentes impactos na sociedade. A proposta também tem o intuito de inspirar alternativas para saída do ciclo vicioso da pressa, apontando benefícios da desaceleração das rotinas, a partir das potenciais possibilidades de pequenas ações diárias e intimistas.

As coreografias são uma interpretação da vida corrida da sociedade contemporânea. A correria, a pressão das redes sociais, prazos de entrega 'para ontem', o tempo nunca é suficiente para a conclusão das tarefas diárias. Com isso, há uma ilusão de que tudo é emergencial. Nas entrelinhas, fazemos o questionamento: realmente precisamos fazer [e ter] tudo tão rápido? Quanto custa viver atendendo às solicitações tão imediatas?

Serviço: Espetáculo "PRESSA"
Data: 29/06
Horário : 19h
Local: Cine Teatro São Joaquim -- cidade de Goiás

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Palácio Conde dos Arcos recebe exposição fotográfica sobre art déco nesta sexta-feira (21)

Mostra faz parte de uma exposição itinerante e reúne 22 imagens que registram os edifícios tombados como patrimônios

Modificado em 17/09/2024, 15:52

Palácio Conde dos Arcos recebe exposição fotográfica sobre art déco nesta sexta-feira (21)

(Divulgação)

O Palácio Conde dos Arcos, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) na cidade de Goiás, recebe a exposição Memórias em Foco, sob curadoria do fotógrafo Raphael Vieira, a partir desta sexta-feira (21). A mostra reúne obras de 22 artistas da Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV) que representam monumentos e prédios art déco no Estado.

A exposição faz parte do concurso de fotografia Goiânia Art Déco Festival, onde diferentes fotógrafos goianos foram convidados a relembrar e celebrar essa parte da cultura, resgatando a relevância e a beleza atemporal desse patrimônio, e colocando em foco as memórias do passado.

"O diálogo entre a fotografia e o patrimônio histórico do art déco de Goiânia não é apenas conveniente, mas essencial e até simbólico. Trata-se de lançar nosso olhar para o passado, esse que fez de nós quem somos hoje. Trata-se de um resgate das raízes que construíram a cultura e o imaginário goiano através de um resgate da imagem fotográfica", diz Raphael.

A exposição fica disponível para visitação até o dia 04 de julho, de segunda a sábado das 08h às 17h, e no domingo das 08h às 13h. A entrada é gratuita. O Goiânia Art Déco Festival é uma realização da ONYGO Turismo e conta com apoio financeiro do Governo de Goiás, por meio do Fundo de Arte e Cultura (FAC), operacionalizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Serviço: Exposição fotográfica "Memórias em Foco" - Goiânia Art Déco Festival
Data: de 21/06 a 04/07
Local: Palácio Conde dos Arcos, cidade de Goiás
Entrada gratuita

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Goiás aprova marco legal para proteger o Rio Vermelho

Lei municipal criada na antiga capital prevê instalação de comitê para fiscalizar e atuar na proteção de nascentes e despoluição das águas, evitando garimpos e desmatamento ilegal

Modificado em 17/09/2024, 16:19

Inspiração para criação da lei que reconhece os direitos do Rio Vermelho (foto) na cidade de Goiás veio de iniciativa pioneira do Rio Laje, em Rondônia

Inspiração para criação da lei que reconhece os direitos do Rio Vermelho (foto) na cidade de Goiás veio de iniciativa pioneira do Rio Laje, em Rondônia (Fábio Lima)

"Tenho um rio que fala em murmúrios. Tenho um rio poluído. Tenho um rio debaixo das janelas Da Casa Velha da Ponte. Meu Rio Vermelho"

A poetisa Cora Coralina morreu em 1985 e pouco antes mencionou no poema Rio Vermelho o descaso com um dos principais símbolos da antiga capital que recebe esta semana a 25ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). A urgência para salvar o manancial levou a Câmara Municipal da cidade de Goiás a aprovar o projeto de lei, de autoria da vereadora Elenízia da Mata de Jesus (PT), que reconhece os direitos do Rio Vermelho. A sanção da lei, pelo prefeito Aderson Liberato Gouvea, será nesta quinta-feira (13), às 15h30, na Tenda Multiétnica, montada na Praça do Chafariz.

O marco legal foi inspirado na iniciativa pioneira do Rio Laje, em Rondônia, o primeiro do País a ter direitos reconhecidos por lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Guajará-Mirim. "Com esse marco legal é criado um comitê que irá acompanhar, fiscalizar e atuar para que o Rio Vermelho seja de fato despoluído, que a nascente seja preservada e que haja uma agenda permanente de cuidados e não somente em ocasiões especiais, como durante o Fica. Sabe aquele conceito de mudar o mundo a partir da minha comunidade?", questiona Elenízia, que desde a infância, no Quilombo São Félix, em Matrinchã, tem uma relação afetiva com o Rio Vermelho.

A proposta da vereadora foi aprovada por unanimidade pelos nove integrantes da Câmara Municipal. "Fiz várias discussões e audiências públicas. Quando chegou à Câmara já tinha aprovação popular", explica Elenízia. Ela defende um engajamento de toda a sociedade para salvar o Rio Vermelho e difundir boas práticas. "É preciso ampliar essas vozes. O rio tem direitos, inclusive a fluir com vida plena". Bombas que captam água do manancial, desmatamento descontrolado e a presença de garimpos estão hoje entre os grandes problemas a serem combatidos na bacia do Rio Vermelho.

"Na adolescência, passei a morar na cidade de Goiás e vi de perto as águas bravias derrubarem a Cruz do Anhanguera em 2001. Participei de vários momentos de reflexões sobre a necessidade de nos atentarmos para os cuidados com o Rio Vermelho, que nasce na cidade de Goiás", afirma a vereadora, que pretende ir além. Sua ideia é montar uma espécie de consórcio com os outros municípios banhados pelo Rio Vermelho - Itapirapuã, Matrinchã e Aruanã - para que os cuidados sejam ampliados de forma integral à bacia. "Precisamos cuidar do nosso principal patrimônio que são os recursos naturais."

A lei que reconhece os direitos do Rio Vermelho no município de Goiás, o enquadrando como um ente especialmente protegido, também institui o Dia Municipal do Rio Vermelho, a ser comemorado no dia 4 de novembro, e a Semana Municipal do Rio Vermelho, a ser comemorada também no início de novembro. Pelo marco legal será criado o Comitê Guardião formado por um representante da prefeitura; um do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e Saneamento Básico; um de uma instituição de ensino superior que atue no município; um da sociedade civil organizada e um da Câmara de Vereadores. Todos os anos esse comitê terá de apresentar relatório sobre as condições do rio e o planejamento de ações.

Direitos do Rio Vermelho

  • Manter seu fluxo natural e em quantidade suficiente para garantir a saúde do ecossistema;
  • Nutrir e ser nutrido pela mata ciliar, pelas florestas do entorno e pela biodiversidade endêmica;
  • Existir com suas condições físico-químicas adequadas ao seu equilíbrio ecológico;
  • Inter-relacionar com os seres humanos por meio da identificação biocultural, de suas práticas espirituais, de lazer, da pesca artesanal, de agroecologia e de cultura.
  • Desmatamento é a maior causa da enchente de 2001

    O Rio Vermelho, que nasce a cerca de 15 quilômetros do centro histórico da cidade de Goiás e deságua no Rio Araguaia, em Aruanã, há décadas sofre com os impactos ocasionados pela ocupação humana. A expansão das atividades agropecuárias e comerciais e a construção de moradias em sua planície de inundação provocaram a perda da vegetação ciliar, poluição, assoreamento e fuga da biodiversidade. Seguem avançando os mesmos problemas que originaram a grande enchente de 31 de dezembro de 2001 quando foi perdido grande parte do patrimônio histórico, apenas 17 dias depois de a cidade conquistar o título de Patrimônio da Humanidade concedido pela Unesco.

    Logo após o transbordamento do Rio Vermelho, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios Históricos (Icomos), da Unesco, apontou o assoreamento e a diminuição gradativa da vazão do rio como responsáveis pela enchente. Em 2002, um estudo da então Agência Ambiental de Goiás, mostrou que 80% das matas ciliares entre a nascente e a área urbana da cidade de Goiás já tinham sido dizimadas para dar lugar a pastagens. Garimpeiros atuando clandestinamente também contribuíram para os danos. Medidas para proteger o rio praticamente não saíram do papel ao longo dos anos. "Por isso, o marco legal. Vamos esperar a repetição do que aconteceu no passado ou algo como foi no Rio Grande do Sul?", pergunta Elenizia da Mata.