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Falsos advogados presos por aplicar golpes tinham informações privilegiadas sobre vítimas

Prejuízo causado é de aproximadamente R$ 300 mil

Modificado em 17/09/2024, 17:20

Falsos advogados presos por aplicar golpes tinham informações privilegiadas sobre vítimas

(Divulgação)

O grupo criminoso do Cerará, suspeito de se passar por advogados para aplicar golpes em Goiás, tinha informações privilegiadas sobre as vítimas, segundo a Polícia Civil. De acordo com o Grupo de Repressão a Roubos, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Garra/ Deic), mais de 50 vítimas foram identificadas em Goiânia, Região Metropolitana e interior. O prejuízo causado é de aproximadamente R$ 300 mil.

"Os criminosos obtém, de forma privilegiada, diversas informações de processos judiciais da vítimas, entram em contato e se passam ou por funcionários de escritórios de advocacia, advogados ou defensores públicos para dar golpes", explicou o delegado Murillo Leal.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

Em nota enviada ao Daqui, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) disse que não foi informado sobre a operação e que "mantém rígido controle no pagamento de precatórios". Também afirmou que "não se tem notícia ou denúncia de nenhum pagamento de precatório realizado de forma indevida no TJGO".

O Daqui entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) para saber se vão se posicionar sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Taxas judiciais

Conforme a polícia, após terem acesso as informações sobre o pocesso das vítimas, os suspeitos mentem que o processo judicial delas está em fase avançada e possui alvará ou precatório a receber, mas que para receber é necessário fazer o pagamento de valores como taxas judiciais e honorários advocatícios e enviam uma chave PIX de um suposto contador ou colaborador do escritório de advocacia.

"Para dar maior credibilidade ao golpe, os criminosos também enviam documentos de forma fraudulenta para a vítima, usando nomes de alguns magistrados, enviando guias de recolhimento falsas de tributos, alvarás e certidões falsos e as vítimas acabam acreditando", informou o delegado.

Megaoperação

A megaoperação Precatório Fantasma acontece nesta quarta-feira (31), mas a investigação teve início em dezembro de 2023. Até o final da manhã, 14 pessoas haviam sido presas no Ceará. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e bloqueio de mais de 340 contas bancárias. Outros 12 mandados de prisão estão em andamento.

"É um grupo organizado que atua de forma permanente. Alguns dos suspeitos possui contas em mais de 20 bancos, então são indivíduos que estão capacitados para dar golpes. Vários possuem passagens por estelionato e crimes envolvendo fraudes. Não tem identificação de ninguém do poder juduciário envolvido nessa fraude. Ainda tem equipes da Deic no Ceará para tentar prender os outros suspeitos", informou o delegado.

A PC informou que os suspeitos devem reponder por fraude eletrônica e associação criminosa.

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Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

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Três motociclistas morrem a cada 2 dias

De 1.775 mortos no trânsito em 2024, 589 estavam em moto, mostram dados da SES-GO

Modificado em 19/04/2025, 07:08

Trecho urbano da BR-153 é o local com a maior registro de mortes de motociclistas em Goiânia em 2024

Trecho urbano da BR-153 é o local com a maior registro de mortes de motociclistas em Goiânia em 2024 (Wildes Barbosa / O Popular)

No ano passado, a cada dois dias em Goiás, três motociclistas ou passageiros de motos vieram a óbito nas vias do Estado ou em decorrência de sinistros de trânsito, quando foram registrados 1.775 vítimas fatais do trânsito, sendo 589 que estavam em motos, de acordo com os registros de óbitos da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), dentro do Programa Vida no Trânsito (PVT).

Para se ter uma ideia, há 20 anos, em 2005, o número de óbitos de motociclistas em Goiás era um quinto do total. Naquele ano, a SES-GO, segundo o sistema Datasus do Ministério da Saúde, registrou 1.612 óbitos no trânsito do Estado, sendo 324 vítimas fatais ocupantes de motocicletas. O aumento proporcional dos acidentes em duas décadas se deu ao mesmo tempo em que tivemos uma redução na proporção da quantidade de motocicletas no Estado. Em 2005 eram 1.444.165 veículos, sendo 308.259 motos, sendo 21,34%. Já neste ano, os números são de 4.880.873 veículos no Estado, com 904.389 motos, uma relação de 18,32%.

O perito criminal de trânsito e membro da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Antenor Pinheiro, explica que o problema não é o número de motocicletas, mas como elas transitam nos sistemas viários das cidades. "A ausência de uma política pública rigorosa de fiscalização de trânsito justifica essa assustadora letalidade, pois as infrações de excesso de velocidade, avanço de semáforo, uso de celular e trânsito sobre calçadas são a regra prevalente dos motociclistas urbanos em geral. Se essas infrações não são coibidas, a tendência é a ocorrência de sinistros crescer, pois tecnicamente todo sinistro a ele precede uma ou mais infrações simultâneas cometidas", esclarece.

Diretor-executivo do Instituto Co.Urbano e membro do Mova-se Fórum de Mobilidade, Marcos Villas Boas acredita que, no geral, a frota teve aumento vegetativo, mas os óbitos dos motociclistas é um aumento exponencial. "É um meio mais barato e não tem investimento no transporte coletivo, não temos infraestrutura de corredores para os ônibus, por exemplo, e as pessoas sofrem pressão dos patrões para chegar no horário, acabam indo para as motos. Depois, é uma tragédia anunciada a partir do advento do serviço de entrega, que atinge uma massa social relevante, que são remunerados para correr o quanto puderem e fazer infrações."

Pinheiro entende que o problema imediato é nacional e "está vinculado aos fatores já mencionados, mas também associado aos tradicionais e falhos critérios de formação de condutores de motociclistas no Brasil". O perito afirma ser preocupante os exames de prática para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). "Há muito se faz necessário a revisão desses processos, mas nada acontece."

Proporção se mantém em 2025

A estatística da proporção de óbitos dos motociclistas permanece idêntica nos primeiros meses deste ano, em que, até março, já haviam sido registrados 53 óbitos de motociclistas ou passageiros de um total de 158 registros de todos os meios somados. Nos primeiros 15 dias deste mês, ao menos oito óbitos de motociclistas foram registrados no Estado. No último dia 6, um motociclista de 29 anos faleceu ao atingir um cavalo e, em seguida, ser atropelado por uma caminhonete, cujo motorista não prestou socorro, na GO-060, em Trindade. Dois dias depois, uma mulher de 20 anos atingiu com uma motocicleta a traseira de um caminhão na GO-080, no município de Petrolina, e morreu ainda no local.

Em Goiânia, os dados da SES-GO de mortes em decorrência de sinistros de trânsito ao final de 2024 apontam para 267 vítimas fatais, sendo 123 que estavam acima de uma moto, ou seja, uma representatividade de 46% do total de 2024. Na capital, ocorre uma morte de motociclista ou passageiro do veículo a cada três dias e a cidade lidera a estatística no Estado.

O perímetro urbano da BR-153 de Goiânia é o local com a maior quantidade de registros de óbitos de motociclistas. Em todo 2024, oito pessoas morreram em ao percorrer o trecho, de acordo com o relatório do Programa Vida no Trânsito (PVT).

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Gata do Daqui

Fernanda Machado revela sofrer TPM mais grave

Atriz revelou aos seguidores no Instagram que há um ano e meio foi diagnosticada com o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)

Fernanda Machado revela sofrer TPM mais grave

(Montenegro Talents)

A atriz Fernanda Machado, de 44 anos, revelou aos seguidores no Instagram que há um ano e meio foi diagnosticada com o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), condição caracterizada por sintomas emocionais e comportamentais que ocorrem antes da menstruação. O TDPM é um distúrbio mais grave que a tensão pré-menstrual (TPM).

"Oi, gente! Há um ano e meio fui diagnosticada com TDPM. Há um ano que estava querendo falar sobre isso por aqui, mas estava sumida porque estava estudando sobre esse assunto e também porque estava terminando de escrever o meu livro que estou prestes a lançar aí no Brasil em maio. Tudo que não me contaram sobre a maternidade, onde obviamente falo sobre maternidade, mas também sobre os hormônios, porque uma coisa está totalmente ligada a outra. Fazer as pessoas entenderem melhor o que é TDPM", começou.

Fernanda -- que atualmente mora na Califórnia, nos EUA, com o marido e os dois filhos -- relembra a descoberta. "Quando descobri que sofria desse transtorno, foi um mix de emoções. Mas, sem dúvida nenhuma, o diagnóstico me trouxe um certo alívio por eu finalmente entender o que estava acontecendo no meu cérebro. E desde então comecei uma jornada de estudos intensa que tem me ensinado muito. Decidi que traria luz e atenção para esse transtorno tão sério, que se fala tão pouco e destrói a vida de milhares de mulheres."

(Reprodução/Instagram)

(Reprodução/Instagram)

(Reprodução/Instagram)

(Reprodução/Instagram)

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Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)