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Família de goiano morto em incêndio deve receber indenização de R$ 500 mil, decide Justiça

Modificado em 04/11/2024, 08:51

Incêndio atingiu mais de 400 hectares do canavial, em São Simão

Incêndio atingiu mais de 400 hectares do canavial, em São Simão (Divulgação)

A família do goiano Aldo Batista da Silva, um dos cincos trabalhadores que morreram em um incêndio no canavial de uma usina em São Simão, no sudoeste goiano, deve receber uma indenização de R$ 500 mil, segundo a Vara do Trabalho de Quirinópolis.

O advogado Darley de Carvalho Bilio, que representa as famílias, disse que os parentes de outras duas vítimas de Minas Gerais, também devem ser indenizadas, conforme a Vara do Trabalho de Paracatu. As indenizações são resultado de um acordo feito entre o Grupo STA e as famílias das vítimas neste mês.

Três dessas famílias já fizeram acordo. Achamos por bem chegar a um consenso. Finalizamos o processo do Aldo e do Arlindo Beto Rodrigues Sobrinho por R$ 500 mil cada [...] Nós fizemos acordo com a mãe do Marcos de Lima Souza também de R$ 100 mil porque ele tinha esposa e a esposa entrou com outro advogado", explicou o advogado.

Em nota, o Grupo STA confirmou o acordo da empresa com as famílias e disse que "desde o incidente eles buscaram dar total apoio às famílias, compromisso que mantêm até hoje".

Relembre o caso

O incêndio aconteceu no dia 19 de outubro de 2023. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio teve início por volta das 15h e rapidamente se espalhou devido aos fortes ventos e alta temperatura. Cerca de 400 hectares foram atingidos e o fogo acabou cercando os trabalhadores que faziam o plantio e colheita de cana.

Além de Arlindo, Aldo e Marcos, morreram no incêndio José Cícero da Silva e José Ilton Francisco Luiz. Outros dois trabalhadores ficaram feridos. Eles foram atendidos, medicados e liberados.

"Nada vai trazer o ente querido dessas famílias de volta. Poderia colocar R$ 1 bilhão que a sensação das famílias ainda não seria reparada. A indenização é para amenizar o sofrimento", afirmou o advogado.

Combate às chamas

Segundo testemunhas, a usina disponibilizou quatro caminhões-pipa de combate a incêndio na tentativa de controlar as chamas, mas as máquinas foram consumidas pelo fogo. Outras máquinas como tratores, caminhões, ônibus e colhedeiras também ficaram destruídas. Um vídeo mostra incêndio no canavial usado por uma usina.

Laudo

O laudo que apurou as causas do incêndio concluiu que o vento ajudou a espalhar o fogo na plantação. À época, o delegado Márcio Marques, responsável pela investigação do caso, disse que a perícia não conseguiu identificar o local exato onde o fogo teve início, mas apontou que, provavelmente, o incêndio tenha sido provocado por intervenção humana.

O jornal entrou em contato com a Polícia Civil, nesta quinta-feira (26), para saber se o inquérito policial foi concluído, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

IcEconomia

Emprego

Empresas oferecem mais de 70 vagas de emprego em Goiânia e Aparecida

Há oportunidades para auxiliar de produção, promotor de venda externo, vendedor, montador industrial e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar

Modificado em 24/04/2025, 09:04

Carteira de trabalho

Carteira de trabalho

Nesta quinta-feira (24) estão sendo oferecidas 77 vagas de emprego em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Há oportunidades para auxiliar de produção, promotor de venda externo, vendedor, montador industrial e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar.

Veja as vagas disponíveis:

Goiânia

BM máquinas

Total de vagas oferecidas: 8 vagas

Cargo oferecido:

01 vaga para soldador
01 vaga para montador industrial
01 vaga para meio oficial de produção
01 vaga para auxiliar de almoxarife
01 vaga para técnico de segurança do trabalho
01 vaga para estágio em engenharia mecânica
01 vaga para pintor
01 vaga para comprador jr

Prazo para se inscrever: indeterminado.

Salário: a combinar.

Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (62) 9 9866-0050

Contato: (62) 9 9866-0050

Ability/Tim

Total de vagas oferecidas: 51 vagas

Cargo oferecido:

50 vagas para promotor de venda externo
01 vaga para supervisor de vendas externo

Prazo para se inscrever: indeterminado.

Salário: a combinar.

Como se candidatar: encaminhar o currículo para o e-mail: tpedroso@timbrasil.com.br ou para o WhatsApp: (62) 98113-0091

Contato: (62) 98113-0091

Infinity Consultoria

Total de vagas oferecidas: 3 vagas

Cargos oferecidos:

3 vagas para vendedor

Prazo para se inscrever: até dia 25/04/25.

Salário: a combinar

Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp: (73) 9 9824-7360

Contato: (73) 9 9824-7360

Aparecida de Goiânia

Protege

Vagas oferecidas: 15 vagas

Cargos oferecidos:

15 vagas para auxiliar de produção

Prazo para se inscrever: indeterminado

Salário: R$ 1.910,00

Como se candidatar: encaminhar o currículo pelo WhatsApp: (62) 9 9233-2421

Contato: (62) 9 9233-2421

Geral

Postos terão de explicar alta do etanol no feriado

42 postos de combustíveis terão de apresentar documentos que expliquem alta

Modificado em 24/04/2025, 08:14

Posto no setor Aeroporto, em Goiânia: Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem notas fiscais

Posto no setor Aeroporto, em Goiânia: Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem notas fiscais (Wildes Barbosa)

Os motivos para o grande reajuste feito nos preços dos combustíveis, especialmente do etanol, na véspera do feriado prolongado da Semana Santa e Tiradentes, terão de ser justificados, com documentos, pelos postos de combustíveis de Goiânia e da região metropolitana. O Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem, em até sete dias, notas fiscais de entrada e cupons de venda dos produtos dos últimos 30 dias.

Pesquisa semanal de preços feitas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostra que o preço médio do combustível nos postos da capital passou de R$ 3,99, na semana entre 6 e 12 de abril, para R$ 4,84 na semana passada. O objetivo do Procon é averiguar se os postos praticaram aumentos abusivos.

Superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston lembra que os preços subiram na véspera do feriado e também chamou atenção o fato de muitos postos praticarem os mesmos valores. Isso levou o órgão a visitar 42 postos para pesquisar os preços e emitir notificações para que eles apresentem as notas fiscais. "Queremos saber de onde veio este aumento repentino porque, a princípio, não houve reajuste da Petrobras ou das usinas. Precisamos analisar o cenário dos últimos 30 dias para ver se ocorreram fatores externos, como alta de frete, falta de produto ou aumento de salários", explica.

Segundo ele, a meta é verificar se houve um excesso de margem de lucro, com base no artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que veda a prática abusiva de elevação de preços sem justa causa. "Com base na documentação, saberemos se vamos fazer autuação ou não", destaca. Ele ressalta que o mercado é livre, mas adverte que combustível é um bem essencial, que atinge diretamente milhões de consumidores e que qualquer aumento impacta o orçamento das famílias e os custos das empresas, se refletindo na inflação.

Estavam 'baixos'

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, os preços estavam baixos porque foram sendo reduzidos gradativamente, num movimento natural da concorrência de mercado. Assim, os postos foram apertando suas margens e chegou um momento em que a baixa rentabilidade ficou insustentável e os preços voltaram aos valores normais.

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USP estuda interação entre macacos e humanos no Parque Areião

Goiânia é um dos oito campos de estudo da instituição de ensino paulista. Pesquisa analisa impacto de convivência na alimentação, na reprodução e até em acidentes

Modificado em 24/04/2025, 08:00

Macacos-prego no Parque Areião: espécie não deve receber alimentos de frequentadores

Macacos-prego no Parque Areião: espécie não deve receber alimentos de frequentadores ( Diomício Gomes / O Popular)

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) avalia cerca de 90 macacos-pregos que residem no Parque Areião Washington Novaes, na região Sul de Goiânia. O local é um dos oito campos de pesquisas que estão sendo conduzidos pela instituição em diferentes cidades brasileiras. Os animais são observados pelos pesquisadores, que analisam como a interação com os humanos impactam no desenvolvimento dos primatas do local. Com base nos resultados do estudo, a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) vai implantar na Vila Ambiental um ponto de informações sobre macacos-prego.

Primeira etapa

A primeira etapa do estudo do grupo de pesquisa Plasticidade Fenotípica de Macacos-Prego, da USP e com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), foi iniciada em meados de 2024 e segue até agosto. Depois disso, serão aplicados questionários junto aos frequentadores do parque. A previsão é que o estudo esteja concluído até 2026.

Conforme a Amma, os resultados irão subsidiar, também, ações e diretrizes para o manejo dos macacos-prego nos parques. "A gente vai destinar uma casa da Vila Ambiental para a exposição das informações sobre os macaco-prego do Parque Areião, e os dados dessa pesquisa vão nos subsidiar para fazer essa instalação com informações, banners, tudo o que a gente acha que é importante para que a sociedade compreenda mais sobre a importância dos macacos-prego. Vai nos subsidiar com informações acerca dos malefícios da interação. Portanto, ajudar com mais argumentos nas nossas ações de educação ambiental", diz o gerente de Formulação de Educação, Política e Pesquisas Ambientais da Amma, Pedro Baima.

Educação

Os resultados irão subsidiar, também, ações e diretrizes para o manejo dos macacos-prego nos parques municipais. Tais ações de educação ambiental são realizadas diariamente. "Todos os dias os educadores ambientais rodam pelo parque abordando as pessoas e orientando sobre a importância dos cachorros estarem com a guia, além de não alimentar os macacos. Quando a população atrai os macacos para alimentá-los, além de se colocar em risco, porque o animal pode machucar a pessoa para tirar o alimento, esse alimento também pode provocar doenças, principalmente os alimentos ricos em açúcar. Retirá-los da mata, onde naturalmente eles buscam alimentos, também é um problema", acrescenta ele.

"Além de tirar eles da alimentação natural além de prejudicar todos os serviços ecossistêmicos que eles oferecem quando ingerem sementes e dispersam pela mata. Isso também atrai o macaco-prego para a calçada ou para a rua, onde ficam vulneráveis, pois acabam que vão buscar esse alimento mais fácil, ao invés de ir para os seus hábitats naturais", complementa o gerente da Amma, Pedro Baima.

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Falso médico é preso suspeito de vender remédio para emagrecer proibido no Brasil

O suspeito irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Defesa diz que mandado de busca foi realizada de forma ilegal na casa dele e que não foram encontrados medicamentos

Modificado em 23/04/2025, 19:44

Prints das conversas entre o suspeito e uma compradora

Prints das conversas entre o suspeito e uma compradora (Divulgação/ Polícia Civil (PC))

Um homem foi preso em flagrante, em Goiânia, no setor Pedro Ludovico Teixeira, na terça-feira (22), pela Polícia Militar (PM), suspeito de fingir ser médico e vender remédio para emagrecimento proibido no Brasil. A PM informou que o suspeito, identificado pela Polícia Civil (PC) como Matheus Moura dos Santos, irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

A defesa de Matheus Moura informou à redação que foi feita uma busca na residência do investigado de forma ilegal, sem mandado ou autorização. De acordo com ela, durante a busca, não foram encontrados medicamentos e nem nada que comprove que o investigado estaria aplicando golpes. Confira a nota na íntegra ao final do texto.

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À redação, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que Matheus Moura dos Santos não tem registro no Conselho e por isso não está autorizado a exercer a medicina em Goiás. Confira a nota completa ao final do texto.

O delegado Carlos Eduardo Florentino, da Central de Flagrantes da Polícia Civil de Goiânia, informou que os policiais militares receberam uma denúncia de que Matheus Moura estava anunciando nas redes sociais a venda de canetas de aplicação para emagrecimento de um medicamento que é fabricado no Reino Unido e que ainda não tem as vendas regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

Nos prints das mensagens trocadas entre uma compradora e o suspeito é possível ver que Matheus estava se identificando com o nome de Thiago Antônio e explicava para compradora sobre quando o medicamento chegaria. Quando percebeu que não iria receber o medicamento, a compradora acionou a polícia.

De acordo com a PC, toda vez que o suspeito recebia o dinheiro dos possíveis compradores ele desaparecia e parava de responder às mensagens que eles enviavam. Segundo a polícia, ao receber esta notícia, a PM conseguiu localizar o hotel em que o investigado estava hospedado, em que praticava as supostas vendas e anúncios do medicamento na internet.

A polícia informou que, quando entraram no apartamento em que Matheus estava hospedado, encontraram documentos falsificados, incluindo um diploma de medicina, do Paraguai, que, de acordo com a PC, era utilizado por ele para comprovar que era médico e que, por isso, poderia prescrever a medicação. A polícia informou que também encontraram uma identidade falsa que tinha o nome de outra pessoa, mas a foto era dele.

Estelionato

De acordo com a PC, toda vez que o suspeito recebia o dinheiro dos possíveis compradores, ele desaparecia e parava de responder às mensagens que eles enviavam. Segundo a polícia, ao receber esta notícia, a PM conseguiu localizar o hotel em que o investigado estava hospedado para a prática das supostas vendas e anúncios na internet.

Durante as investigações policiais, a polícia declarou que uma máquina de cartão no nome da esposa dele foi apreendida e tinha exatamente os extratos que as vítimas apresentaram para a Polícia Militar. De acordo com o delegado, o suspeito está à disposição da Justiça e será submetido a uma audiência de custódia.

Confira a nota da defesa na íntegra:

A defesa informa que foi feita uma busca na residência do investigado de forma ilegal, sem mandado ou autorização para tanto.

E nessa busca, não foi encontrado medicamentos e nem nada que comprovem que o investigado estaria de fato aplicando golpes, conforme restara demonstrado nos autos pela defesa.

Em audiência de custódia agora pela tarde o juíz entendeu por decretar a prisão preventiva.

A defesa descorda da decisão e já está confeccionado o Habeas Corpus para concessão da liberdade do investigado.

Confira a nota completa do Cremego:

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) esclarece que Matheus Moura dos Santos não tem registro no Conselho, portanto não está autorizado a exercer a medicina no Estado. O Cremego está atento e atuante no combate ao exercício ilegal da profissão, que coloca em risco o bem-estar, a saúde, a segurança e a vida de pacientes. O Conselho conta com um canal exclusivo para denúncias dessa prática: o e-mail exercicioilegal@cremego.org.br. Todas as denúncias recebidas são encaminhadas aos órgãos policiais, aos quais compete a apuração de casos de exercício ilegal da medicina.