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Médico agredido por marido de paciente que morreu em UPA nega negligência médica

Segundo o profissional, paciente foi atendida rapidamente assim que deu entrada na unidade

Modificado em 19/09/2024, 01:14

Médico Pablo Henrique foi agredido em UPA

Médico Pablo Henrique foi agredido em UPA (Reprodução/Arquivo Pessoal)

O médico Pablo Henrique, agredido pelo marido de uma paciente na última segunda-feira (11), em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Águas Lindas de Goiás, negou as acusações do suspeito de tê-lo agredido de que foi negligente no atendimento médico.

Em entrevista nesta quinta-feira (14), o médico explicou que no atendimento de uma situação com suspeita de dengue, como foi o caso da paciente, há um protocolo médico a ser seguido e que foi isso o que aconteceu. Ele detalha que a paciente foi atendida rapidamente ao dar entrada na unidade, na última segunda-feira (11).

Pablo Henrique, que trabalha na UPA de Águas Lindas há mais de um ano, também rebateu as acusações de que teria mandado a paciente calar a boca e de que ela estaria "exagerando de dor".

"O que falei foi que ela não precisava chutar a parede porque iria se machucar, mas que eu acreditava na dor que ela estava sentindo. Também expliquei, já com a paciente mais calma, que não repeti a medicação porque a mesma não tinha finalizado ainda, mas, na mesma hora, indiquei que estava receitada uma medicação mais potente. Segui o protocolo", afirmou.

Sobre a agressão, o médico detalhou que a mesma aconteceu quando ele estava no consultório, atendendo outro paciente.

"Ele [Jhader], entrou na sala e no momento até pensei que era alguém que tinha entrado por engano no consultório. Sem falar nada, ele veio e me agrediu. O paciente que estava em atendimento foi quem entrou no meio para segurá-lo", pontuou.

Na sequência, segundo o médico, Jhader teria gritado, mais de uma vez, que "ela morreu!".

Pablo Henrique ressaltou ainda que essa não é a primeira situação de violência que acontece na unidade. Sobre o caso e o assunto segurança, o Daqui questionou a Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O Daqui também procurou a defesa de Jhader de Melo Montalvão, que afirmou que mantém o posicionamento apresentado na quarta-feira (13). De acordo com a defesa, o médico agiu com negligência, o que resultou na morte da paciente. A defesa de Jhader reafirmou que ele havia acabado de saber da morte da esposa quando agrediu o médico. A notícia teria despertado nele a lembrança de quando o profissional atendeu a mulher e exigiu que ela "calasse a boca".

Entenda o caso

O médico Pablo Henrique, de 25 anos, foi agredido com socos pelo marido de uma paciente que morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde ele trabalha, em Águas Lindas de Goiás. Segundo a Polícia Militar, o suspeito acredita que o médico foi negligente ao atender a esposa dele, o que teria motivado as agressões.

Um exame de corpo delito constatou que o médico teve um ferimento de três centímetros em uma das pálpebras causada pelos socos. Pablo Henrique e Jhader de Melo Montalvão foram levados para a Delegacia de Águas Lindas de Goiás, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra Jhader pelo crime de lesão corporal. Segundo a delegada Lorenna Cardoso Peres, o documento já foi encaminhado à Justiça.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão contra Pablo e disse que vai investigar se houve negligência no atendimento da mulher do suspeito.

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Médico demitido após ser filmado pesquisando por bicicletas em UPA também buscou por suplementos

Print que foi divulgado pela gestão municipal mostra histórico de pesquisas. Profissional buscava por suplementos alimentares usados na prática esportiva

Prefeitura enviou uma equipe de TI à unidade de saúde para averiguar os fatos

Prefeitura enviou uma equipe de TI à unidade de saúde para averiguar os fatos (Divulgação/Prefeitura de Inhumas)

O médico que foi demitido após ser flagrado por um paciente enquanto pesquisava anúncios de bicicletas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, também pesquisou por suplementos. No print que foi divulgado pela gestão municipal é possível ver no histórico de pesquisas que o profissional buscava por suplementos alimentares usados na prática esportiva.

Em nota, a Prefeitura de Inhumas informou que os fatos foram apurados e foi confirmado que o médico realizava as pesquisas, e com isso o profissional foi desligado do quadro de prestadores de serviço da saúde pública (veja a nota completa na íntegra) .

Segundo a prefeitura, o profissional pesquisava por suplementos como hipercalóricos e whey isolado. Como o nome do médico não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar sua defesa.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou à reportagem que desconhece sobre o ocorrido.

Entenda o caso

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou um médico pesquisando no computador de uma UPA, durante seu horário de trabalho, por bicicletas e suplementos alimentares. O vídeo circula nas redes sociais desde a última terça-feira (15), segundo a prefeitura.

As imagens mostram a porta do consultório semiaberta, onde é possível ver parte do monitor do médico com o anúncio do produto aberto na tela. Quando uma paciente entra, o profissional rapidamente muda de janela. Após tomarem conhecimento do vídeo, a prefeitura enviou uma equipe de Tecnologia da Informação (TI) à unidade de saúde para averiguar os fatos.

Nossa equipe de tecnologia de informação esteve na unidade, identificou o computador e puxou o histórico de pesquisas. Com o histórico e as senhas acessadas, nós identificamos o médico", explicou o secretário de administração, Itamar Júnior, ao g1 Goiás.

Nota da Prefeitura de Inhumas na Íntegra

Nos dias 15 e 16 de abril, circulou nas redes sociais um vídeo envolvendo um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Nas imagens, o profissional realiza buscas de interesse pessoal na internet durante seu horário de atendimento.

Após apuração interna e confirmação da veracidade dos fatos, a administração municipal adotou as medidas disciplinares cabíveis, resultando no desligamento imediato do profissional do quadro de prestadores de serviço da saúde pública.

Reforçamos que o Governo da cidade de Inhumas mantém o compromisso com a ética, o respeito à população e a qualidade dos serviços públicos, não compactuando com condutas incompatíveis a isso.

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Policiais são filmados espancando duas pessoas durante abordagem em Águas Lindas de Goiás; vídeo

Imagens obtidas com exclusividade pela TV Anhanguera mostram os policiais desferindo socos no estômago e tapas no rosto dos suspeitos

Modificado em 19/04/2025, 21:46

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Policiais Civis foram filmados agredindo dois rapazes durante uma abordagem em um prédio em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Um vídeo exclusivo obtido pela TV Anhanguera mostra os policiais desferindo socos no estômago e tapas no rosto dos rapazes (veja no vídeo acima).

O caso aconteceu na última segunda-feira (14). Os policiais, conforme apuração da TV Anhanguera, tinham seis mandados de busca e apreensão para cumprir no prédio localizado no bairro Pérola II. A suspeita era de tráfico de drogas no local, que a Polícia Civil (PC) recebeu por meio de denúncias anônimas.

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Segundo a TV Anhanguera, dois suspeitos foram presos e um menor de idade foi apreendido em flagrante por tráfico de drogas. A polícia relatou à TV que os policiais tinham mandado para entrar no local.

O auto de prisão em flagrante da situação mostrou que os suspeitos ficaram com hematomas pelo corpo, conforme informações da TV Anhanguera. A justificativa dos machucados foi de que os rapazes teriam ficado agitados durante a abordagem e se debateram.

Como o nome dos suspeitos não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar suas defesas para posicionamento até a última atualização desta reportagem.

AO POPULAR , por meio de nota, a Polícia Civil informou que os fatos estão sendo apurados em procedimento instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil (veja a nota completa abaixo).

Nota da Polícia Civil de Goiás

A Polícia Civil de Goiás informa que os fatos recentemente divulgados por meio do vídeo já são de conhecimento da instituição e estão sendo devidamente apurados em procedimento instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil.

Gerência de Comunicação da Polícia Civil de Goiás/PCGO

Policiais Civis agredindo os rapazes durante abordagem (Reprodução/TV Anhanguera)

Policiais Civis agredindo os rapazes durante abordagem (Reprodução/TV Anhanguera)

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Mãe que teve corpo de bebê trocado em hospital diz que não acreditou quando soube: 'Achei que tinha sido uma confusão'

A defesa informou que as mães estão abaladas e que acompanhará o inquérito policial

Modificado em 13/04/2025, 12:52

Hospital Estadual Ronaldo Ramos Caiado Filho (Heal), em Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal (DF)

Hospital Estadual Ronaldo Ramos Caiado Filho (Heal), em Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal (DF) (Reprodução/Secom Goiás)

A mãe de um dos bebês que morreram no Hospital Estadual Ronaldo Ramos Caiado Filho (Heal), em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, disse não ter acreditado que o corpo do seu filho havia sido trocado. Conforme consta no boletim de ocorrência que a reportagem teve acesso, a Assistência Social do Heal entrou em contato com a funerária informando o erro na troca dos corpos dos bebês.

Primeiro eu recebi uma ligação da Polícia Científica dizendo que eu teria que fazer um DNA, né? E aí eu não respondi. Eu não dei retorno, porque eu achei que fosse assim, uma confusão, né? Aí depois a Polícia Civil foi lá em casa e falou para mim que meu filho tinha sido enterrado e que eu precisava comparecer na delegacia, mas o hospital não comunicou nada, em momento algum", declarou em entrevista à TV Anhanguera.

Em nota enviada ao DAQUI , o Heal informou que, após a liberação dos corpos para o sepultamento, a direção identificou a troca e comunicou aos familiares e autoridades (leia a nota completa ao fim da matéria) .

Já a defesa das famílias disse, por meio de nota, que acompanhará o inquérito policial, a fim de apurar as responsabilidades quanto aos danos sofridos pelas famílias, que se veem na incerteza de quando poderão enterrá-los (leia a nota na íntegra ao fim do texto) .

Entenda o caso

Os corpos dos bebês foram trocados no Hospital Estadual Ronaldo Ramos Caiado Filho (Heal), em Águas Lindas de Goiás, segundo a unidade de saúde informou à Polícia Civil. O hospital comunicou sobre a troca às mães, mas uma delas já havia enterrado o filho errado, conforme consta no boletim de ocorrência.

Ao DAQUI, uma familiar, que não quis se identificar, relatou que uma das mães, de 25 anos, sentiu dores fortes na barriga, na noite do dia 21 de março, e procurou o hospital. Ela ficou internada e o bebê dela nasceu prematuro na madrugada do dia seguinte, vindo a morrer duas horas após o parto.

Ela permaneceu internada na unidade e somente no dia 24 de março recebeu alta, ocasião em que começou os trâmites para enterrar o bebê, por meio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

A outra mãe, de 36 anos, deu entrada no hospital no dia 25 de março, e também foi submetida a um parto de emergência, mas o seu bebê morreu horas depois após nascer prematuro, segundo informou o advogado que representa as duas famílias, ao DAQUI .

Segundo a família, foi durante a conversa com o delegado é que a mãe, de 25 anos, foi informada que houve a troca e havia enterrado o bebê errado. Inclusive foi nesta ocasião, que ela também conheceu a outra mãe.

Nota do Hospital

O Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás Ronaldo Ramos Caiado Filho (HEAL) em resposta a questionamento apresentado esclarece o seguinte:

- A direção reitera que a equipe multidisciplinar da unidade informou aos familiares e autoridades sobre o ocorrido e prestou todas as informações necessárias, bem como acolhimento e apoio psicossocial com total zelo e transparência.

A Direção

Nota da defesa da famílias

"Nós da defesa das famílias agora iremos acompanhar o inquérito policial, a fim de apurar as responsabilidades, com relação ao Estado. A Constituição Federal e o Código Civil prevê a responsabilidade objetiva quanto ao danos sofridos pelas famílias, que além de viverem o luto da perda de seus filhos de maneira tão prematura, agora se veem na incerteza de quem e quando poderão enterrá-los."

(Colaborou Agatha Gonzaga, TV Anhanguera)

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Estudante de medicina grava exame Papanicolau de paciente e expõe nas redes sociais

O vídeo, obtido pela TV Anhanguera, mostra as duas no consultório de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis. Prefeitura considerou “inadmissível” a conduta

Modificado em 12/04/2025, 20:47

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Uma estudante de medicina gravou o momento em que fazia o exame Papanicolau em uma paciente e expôs em suas redes sociais, sem nem mesmo censurar as partes íntimas da mulher. O vídeo, obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, mostra as duas no consultório de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia (veja acima).

Na cena, a aluna faz a coleta do exame, enquanto a paciente permanece deitada com as pernas afastadas da outra e com um dos braços sob o rosto. Após a repercussão do caso, as redes sociais da estudante foram excluídas.

A reportagem entrou em contato com a estudante, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

À redação, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Anápolis informou, em nota, que considera "inadmissível" a conduta da estudante e destaca que nenhum procedimento deveria ser realizado sem a presença de um preceptor (instrutor). Acrescentou que a universidade foi notificada (veja a nota completa no final da matéria) .

A Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica) disse à reportagem que, ao tomar ciência dos fatos, em janeiro de 2025, adotou todas as medidas cabíveis para apurar a situação e aplicou as "sanções disciplinares pertinentes". Segundo a instituição, na época, a aluna cumpriu suspensão de cinco dias, e depois foi reconduzida às atividades acadêmicas (veja a nota completa no final da matéria) .

Segundo apuração da SMS, a estudante foi transferida para uma instituição de ensino no Tocantins.

A reportagem questionou a Polícia Civil (PC) se houve alguma denúncia e se o caso está sendo investigado, mas não teve retorno.

O Ministério da Saúde recomenda o exame Papanicolaou (exame citopatológico) para rastrear o câncer do colo do útero em mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram atividade sexual. O exame é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

(Colaborou Diego Itacaramby, repórter da TV Anhanguera)

(Reprodução/TV Anhanguera)

(Reprodução/TV Anhanguera)

Nota da SMS de Anápolis

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, ao tomar conhecimento do caso, notificou imediatamente a universidade e solicitou providências. A pasta considera inadmissível a conduta da estudante e destaca que nenhum procedimento deveria ser realizado sem a presença de um preceptor.

A secretaria também reforça que a Organização Social (OS) responsável pela gestão da UPA na época --- já destituída da função --- deveria ter comunicado o ocorrido à Semusa tão logo os fatos vieram à tona.

A Semusa reitera que o respeito à privacidade dos pacientes é princípio fundamental da formação em Saúde e que todos os profissionais, desde o início da graduação. A aluna, segundo apuração da pasta, foi transferida para uma instituição de ensino no Tocantins.

Nota da UniEvangélica

A Universidade Evangélica de Goiás - UniEVANGÉLICA informa que, ao tomar ciência dos fatos, em janeiro de 2025, prontamente adotou todas as medidas cabíveis para apurar a situação com rigor e aplicou as sanções disciplinares pertinentes.

Após cumprir suspensão de 5 (cinco) dias, a estudante foi reconduzida às atividades acadêmicas.

Reafirmamos nosso compromisso inabalável com o bem-estar e a segurança de nossa comunidade.

Atenciosamente