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Mais de 320 mil jovens em Goiás não estudaram nem trabalharam em 2022

Número representa 18,3% dos goianos entre 15 e 29 anos que não trabalharam e não estudaram em 2022, e é menor que o de 2021, quando 374,6 mil (21,7%) estavam nesta condição

Modificado em 19/09/2024, 00:26

Prédio da antiga Chefatura de Goiás, onde funciona o Instituto Mauro Borges

Prédio da antiga Chefatura de Goiás, onde funciona o Instituto Mauro Borges
 (Diomício Gomes)

Uma média de 322,3 mil jovens goianos com idade entre 15 e 29 anos não trabalharam e não estudaram durante 2022, o que corresponde a 18,3% das 1,7 milhão de pessoas na faixa etária citada. Os números tiveram uma queda em relação ao ano de 2021, quando 374,6 mil jovens (21,7%) estavam nessa condição. Conhecidos como "nem-nem", os jovens que não estudam e não trabalham representam um risco para o bom desenvolvimento do mercado de trabalho e previdência social.

Os dados são de um estudo feito pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas (IMB). Goiás foi o estado que apresentou o oitavo menor porcentual da população "nem-nem". A média nacional foi de 20,90%. O número teve um aumento entre 2019 (20,2%) e 2020 (24,4%) motivado pela pandemia da Covid-19. Entretanto, desde então, ele apresenta queda, sendo que o número registrado em 2022 foi o menor desde 2012 (18,8%).

O diretor-executivo do IMB, Erik Alencar de Figueiredo, explica que o Brasil passa por um movimento demográfico de envelhecimento da população. O estreitamento da base da pirâmide etária combinado com o número de jovens que não estudam e não trabalham pode ser perigoso. "A realidade é que temos menos jovens do que antigamente, o que já significa uma redução da força de trabalho. O que vai acontecer se eles optarem por não trabalhar e não estudar?", questiona.

Figueiredo esclarece que, em médio prazo, as consequências são percebidas principalmente no mercado de trabalho. "Daqui dez anos, dificilmente essas pessoas vão estar no mercado de trabalho formal. Se estiverem, vão ocupar cargos que exigem nenhuma ou pouca qualificação. Isso reflete diretamente na produtividade do mercado de trabalho", argumenta.

A longo prazo, a principal consequência é o gasto que o grupo vai representar em termos previdenciários. "São pessoas que vão ter tido pouca ou nenhuma contribuição para a própria aposentadoria e vão acabar pressionando a previdência social, algo que já é um problema histórico no Brasil", aponta o diretor-executivo do IMB.

Políticas públicas

Figueiredo conta que a realidade dos jovens "nem-nem" está muito relacionada ao desalento que enfrentam na procura por empregos. "A crise financeira de 2014 destruiu muitos postos de trabalho e dificultou a entrada no mercado. Historicamente, os jovens e as pessoas com mais de 50 anos são aquelas que mais sofrem com esse fenômeno", diz.

Figueiredo pontua que o fortalecimento das políticas públicas é a saída para continuar reduzindo a quantidade de jovens "nem-nem" no estado. "Nesse sentido, o governo de Goiás vem criando empregos", enfatiza. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Goiás gerou mais de 11 mil vagas de emprego com carteira assinada em fevereiro deste ano. O número deixou Goiás como líder do ranking no Centro-Oeste, considerando o saldo entre demissões e contratações, e com a sétima melhor posição entre os estados brasileiros.

A evasão escolar na rede estadual de Goiás diminuiu 54% entre 2018 e 2021. Dos 77,8 mil alunos que deixaram os estudos de 2018 para 2019, o total caiu para 35,6 mil, registrados de 2020 para 2021. Os dados representam a quantidade de alunos que não renovaram as matrículas ao final do ano letivo e nem solicitaram transferência para outras unidades de ensino. "O jovem dentro da escola, concluindo o ensino médio, é o cenário ideal para que ele consiga uma colocação melhor no mercado de trabalho", destaca.

"Não dão oportunidade"

A dona de casa Maria Geisiane de Moura, de 22 anos, é uma das goianas que não estudam e não trabalham. Apesar de nunca ter tido um emprego formal, em 2017, quando tinha 16 anos, começou a trabalhar informalmente como auxiliar de dentista. "A promessa era de que quando eu fizesse 18 anos iam assinar minha carteira de trabalho. Fiquei lá até 2018, quando engravidei. Então, me dispensaram", conta.

Desde então, Maria tem sobrevivido de bicos e do dinheiro advindo de programas como o Bolsa Família e, durante a pandemia da Covid-19, o Auxílio Emergencial. "Em 2021, eu tive outra filha e tudo ficou ainda mais difícil. Atualmente, sobrevivo principalmente por conta da ajuda dos meus familiares", relata.

Ainda em 2018, o avanço da gestação fez ela abandonar os estudos no 8º ano do ensino fundamental. Em 2022, ela ingressou na Educação para Jovens e Adultos (EJA) e conseguiu concluir o 9º ano do ensino fundamental e a 1ª série do ensino médio. Entretanto, ela parou de frequentar a escola de novo em 2023.

A intenção da jovem é fazer o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), uma prova oferecida pelo governo que permite a obtenção da certificação do ensino fundamental ou médio. "Já estou me preparando para me inscrever e começar a estudar para a prova, que vai acontecer em agosto deste ano", diz.

Ainda em 2022, Maria conseguiu matricular a filha mais velha, a única que mora com ela, em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) de Aparecida de Goiânia. A expectativa dela é que, com a criança estudando e o diploma de conclusão do ensino médio nas mãos, a procura por um emprego seja mais fácil. "Eu entrego currículo, mas nunca me chamam. Não dão oportunidade. Acredito que a falta do ensino médio tenha peso nisso. Preciso muito de um emprego perto de casa, pois sou a única que pode levar e buscar minha filha na escola", finaliza.

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Homem usa criança como escudo durante perseguição policial, diz PM

Criança foi resgatada em segurança e suspeito preso em flagrante por tráfico de drogas

undefined / Reprodução

Um homem foi preso suspeito de usar uma criança como escudo para se proteger após uma perseguição policial ocorrida nesta sexta-feira (18), em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a Polícia Militar (PM), o homem ainda teria apontado uma arma falsa para a equipe. O caso será investigado pela Polícia Civil (PC).

A polícia não divulgou o nome do suspeito e o grau de parentesco dele com a criança. A criança foi resgatada em segurança.

Conforme a Polícia Militar, o caso ocorreu no Bairro Adriana Parque, após a equipe tentar abordar o carro do suspeito, que não obedeceu a ordem de parada e fugiu em alta velocidade.

Durante a perseguição, o suspeito teria batido o carro e, neste instante, saiu do veículo usando uma criança de aproximadamente quatro anos como escudo, enquanto um outro homem que também estava no carro, tentou fugir a pé por uma região de mata.

Ainda segundo a PM, o homem usava a criança como escudo para se proteger ao mesmo tempo em que apontava uma arma de fogo para os policiais, arma esta que após verificação a equipe constatou se tratar de um simulacro, ou seja, uma arma falsa. Ele foi contido e a criança resgatada em segurança.

A polícia informou que com os suspeitos foram apreendidas porções de drogas, dinheiro em espécie e um aparelho celular. Na casa de um dos suspeitos, os policiais encontraram mais droga, balanças de precisão e materiais usados para o tráfico de drogas.

Ainda segundo a PM, o suspeito de usar a criança com escudo estava em descumprimento de medida cautelar, sem tornozeleira eletrônica, e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Os dois foram presos por tráfico de drogas.

Homem foi preso e no carro dele foram apreendidas porções de drogas (Reprodução/ Polícia Militar)

Homem foi preso e no carro dele foram apreendidas porções de drogas (Reprodução/ Polícia Militar)

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Idosa morre e outras três pessoas ficam feridas após capotamento na GO-080

Segundo os bombeiros, o motorista perdeu o controle do veículo e capotou por várias vezes até parar no canteiro central da pista

Idosa de 93 anos morreu em acidente na GO-080, em Goiás (Reprodução/Corpo de Bombeiros)

Idosa de 93 anos morreu em acidente na GO-080, em Goiás (Reprodução/Corpo de Bombeiros)

Uma idosa de 93 anos morreu e outras três pessoas ficaram feridas após o carro em que estavam capotar várias vezes na GO-080, entre Goiânia e Nerópolis. Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista perdeu o controle do veículo, que só parou no canteiro central da rodovia.

O acidente aconteceu nesta sexta-feira (18), na altura do km 46. De acordo com os bombeiros, a idosa foi encontrada fora do veículo e teve a morte constatada ainda no local. As outras três vítimas foram socorridas e encaminhadas ao hospital.

Como os nomes dos feridos não foram divulgados, a reportagem não conseguiu obter informações atualizadas sobre o estado de saúde deles.

Segundo os bombeiros, o motorista estava agitado, mas não apresentava lesões visíveis. A passageira do banco da frente estava consciente e sofreu ferimentos no braço, além de uma fratura no punho direito.

Uma das passageiras que estava no banco traseiro teve fratura no ombro direito, relatou dormência nos pés e queixava-se de dores de cabeça. A idosa que morreu também estava no banco de trás, mas foi encontrada fora do veículo.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista perdeu o controle do veículo. (Reprodução/Corpo de Bombeiros)

Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista perdeu o controle do veículo. (Reprodução/Corpo de Bombeiros)

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Três motociclistas morrem a cada 2 dias

De 1.775 mortos no trânsito em 2024, 589 estavam em moto, mostram dados da SES-GO

Modificado em 19/04/2025, 07:08

Trecho urbano da BR-153 é o local com a maior registro de mortes de motociclistas em Goiânia em 2024

Trecho urbano da BR-153 é o local com a maior registro de mortes de motociclistas em Goiânia em 2024 (Wildes Barbosa / O Popular)

No ano passado, a cada dois dias em Goiás, três motociclistas ou passageiros de motos vieram a óbito nas vias do Estado ou em decorrência de sinistros de trânsito, quando foram registrados 1.775 vítimas fatais do trânsito, sendo 589 que estavam em motos, de acordo com os registros de óbitos da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), dentro do Programa Vida no Trânsito (PVT).

Para se ter uma ideia, há 20 anos, em 2005, o número de óbitos de motociclistas em Goiás era um quinto do total. Naquele ano, a SES-GO, segundo o sistema Datasus do Ministério da Saúde, registrou 1.612 óbitos no trânsito do Estado, sendo 324 vítimas fatais ocupantes de motocicletas. O aumento proporcional dos acidentes em duas décadas se deu ao mesmo tempo em que tivemos uma redução na proporção da quantidade de motocicletas no Estado. Em 2005 eram 1.444.165 veículos, sendo 308.259 motos, sendo 21,34%. Já neste ano, os números são de 4.880.873 veículos no Estado, com 904.389 motos, uma relação de 18,32%.

O perito criminal de trânsito e membro da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Antenor Pinheiro, explica que o problema não é o número de motocicletas, mas como elas transitam nos sistemas viários das cidades. "A ausência de uma política pública rigorosa de fiscalização de trânsito justifica essa assustadora letalidade, pois as infrações de excesso de velocidade, avanço de semáforo, uso de celular e trânsito sobre calçadas são a regra prevalente dos motociclistas urbanos em geral. Se essas infrações não são coibidas, a tendência é a ocorrência de sinistros crescer, pois tecnicamente todo sinistro a ele precede uma ou mais infrações simultâneas cometidas", esclarece.

Diretor-executivo do Instituto Co.Urbano e membro do Mova-se Fórum de Mobilidade, Marcos Villas Boas acredita que, no geral, a frota teve aumento vegetativo, mas os óbitos dos motociclistas é um aumento exponencial. "É um meio mais barato e não tem investimento no transporte coletivo, não temos infraestrutura de corredores para os ônibus, por exemplo, e as pessoas sofrem pressão dos patrões para chegar no horário, acabam indo para as motos. Depois, é uma tragédia anunciada a partir do advento do serviço de entrega, que atinge uma massa social relevante, que são remunerados para correr o quanto puderem e fazer infrações."

Pinheiro entende que o problema imediato é nacional e "está vinculado aos fatores já mencionados, mas também associado aos tradicionais e falhos critérios de formação de condutores de motociclistas no Brasil". O perito afirma ser preocupante os exames de prática para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). "Há muito se faz necessário a revisão desses processos, mas nada acontece."

Proporção se mantém em 2025

A estatística da proporção de óbitos dos motociclistas permanece idêntica nos primeiros meses deste ano, em que, até março, já haviam sido registrados 53 óbitos de motociclistas ou passageiros de um total de 158 registros de todos os meios somados. Nos primeiros 15 dias deste mês, ao menos oito óbitos de motociclistas foram registrados no Estado. No último dia 6, um motociclista de 29 anos faleceu ao atingir um cavalo e, em seguida, ser atropelado por uma caminhonete, cujo motorista não prestou socorro, na GO-060, em Trindade. Dois dias depois, uma mulher de 20 anos atingiu com uma motocicleta a traseira de um caminhão na GO-080, no município de Petrolina, e morreu ainda no local.

Em Goiânia, os dados da SES-GO de mortes em decorrência de sinistros de trânsito ao final de 2024 apontam para 267 vítimas fatais, sendo 123 que estavam acima de uma moto, ou seja, uma representatividade de 46% do total de 2024. Na capital, ocorre uma morte de motociclista ou passageiro do veículo a cada três dias e a cidade lidera a estatística no Estado.

O perímetro urbano da BR-153 de Goiânia é o local com a maior quantidade de registros de óbitos de motociclistas. Em todo 2024, oito pessoas morreram em ao percorrer o trecho, de acordo com o relatório do Programa Vida no Trânsito (PVT).

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IcEconomia

Emprego

Empresas oferecem mais de 10 vagas de emprego em Goiás

Há oportunidades para auxiliar de armazenamento, designer gráfico, serralheiro, repositor de produtos, serviços gerais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar

Modificado em 18/04/2025, 10:37

Carteira de trabalho.

Carteira de trabalho. (Reprodução/Internet)

Nesta sexta-feira (18), são 12 vagas de emprego disponíveis em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Há oportunidades para auxiliar de armazenamento, designer gráfico, serralheiro, repositor de produtos, serviços gerais e muito mais. Confira os prazos e como se candidatar.

Veja as vagas disponíveis:

Goiânia

CMO Construtora

Total de vagas oferecidas: 1 vaga
Cargo oferecido:

  • 1 vaga para serralheiro
  • Prazo para se inscrever: até dia 02/05/2025
    Salário: a combinar
    Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (62) 9 9902-4555
    Contato: (62) 9 9902-4555

    4E Atacadista

    Total de vagas oferecidas: 4 vagas
    Cargos oferecidos:

  • 1 vaga para separador de produtos
  • 1 vaga para repositor de produtos
  • 1 vaga para assistente de cobrança
  • 1 vaga para designer gráfico
  • Prazo para se inscrever: até o dia 25/04/2025
    Salário: a combinar
    Como se candidatar: fazer a inscrição no site
    Contato: (62) 3878-3347

    Aparecida de Goiânia

    PA Arquivos

    Total de vagas oferecidas: 5 vagas
    Cargo oferecido:

  • 5 vagas para auxiliar de armazenamento
  • Prazo para se inscrever: até dia 22/04/2025
    Salário: R$ 1.600,00 + benefícios
    Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (62) 99624-0932
    Contato: (62) 99624-0932

    Anápolis

    Drogarias Farmelhor

    Vagas oferecidas: 2 vagas
    Cargos oferecidos:

  • 2 vagas para auxiliar de gerente e serviços gerais
  • Prazo para se inscrever: até dia 25/04/2025
    Salário: a combinar
    Como se candidatar: encaminhar o currículo para o WhatsApp (62) 9 8106-6248
    Contato: (62) 9 8106-6248