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Meia Ponte tem vazão pior que pico de 2019

Nível diário registrado no fim de semana girava em torno de 2 mil L/s. Captação no manancial segue restrita

Modificado em 04/11/2024, 08:47

No Bairro São Domingos, crianças brincam no leito esvaziado do Rio Meia Ponte, perto do ponto de captação de água em Goiânia

No Bairro São Domingos, crianças brincam no leito esvaziado do Rio Meia Ponte, perto do ponto de captação de água em Goiânia
 (Wesley Costa)

++GABRIELLA BRAGA++

Mesmo após a chuva que caiu no fim de setembro, o Rio Meia Ponte segue em nível crítico. No fim de semana, a vazão diária do manancial utilizado para o abastecimento da capital goiana ficou abaixo do índice registrado nos mesmos dias em 2019, ano em que houve a última estiagem mais intensa vivida em Goiás. De sábado (5) para domingo (6), houve um leve recuo na vazão, passando de 2,2 mil litros por segundo (L/s) para 2 mil L/s.

Após a chuva do último fim de semana de setembro, a vazão do rio começou a aumentar gradativamente, mas logo voltou a cair. Para se ter ideia, no último dia 27, quando se registrava 156 dias sem chuva na Bacia do Meia Ponte, a vazão diária estava em 2,2 mil L/s. No dia 29, logo após as chuvas, estava em 2,7 mil L/s. A vazão mais alta desde então foi registrada em 30 de setembro e em 1º de outubro: 3,2 mil L/s.

A redução do nível de água do manancial é observada diariamente, especialmente no ponto de captação da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), no Bairro São Domingos. A companhia aponta que o abastecimento de Goiânia segue "dentro da normalidade". Entretanto, a situação só é possível por causa da produção de água do Reservatório João Leite, cujo lago forma um dos três sistemas produtores utilizados para o abastecimento público.

Na capital, são usados recursos hídricos de dois mananciais: Meia Ponte, com captação superficial, e Mauro Borges/João Leite, com água represada. Conforme a Saneago, o Sistema Meia Ponte é responsável por 36% da produção de água. Já os outros dois sistemas abastecem o restante da cidade (64%). Outros municípios da Região Metropolitana, como Goianira e Trindade, também são abastecidos com recurso deste sistema.

Entretanto, como o Rio Meia Ponte atingiu o nível crítico 3 --- o penúltimo mais grave --- a captação fica limitada para todas as outorgas (cessão de uso da água) no manancial, tais como o abastecimento público. A restrição na captação teve início no dia 5 de setembro, quando foi atingido o nível de criticidade caracterizado por vazão de escoamento menor de 3 mil L/s. O indicador é calculado considerando a média móvel da vazão dos últimos sete dias. Caso esse valor fique abaixo de 2 mil L/s, o nível crítico 4 é atingido e, portanto, novas limitações são impostas, ainda com risco de racionamento de água.

Diante do cenário, a Saneago tem feito a captação mínima no Meia Ponte e recorrido à água represada do João Leite. O jornal mostrou no último dia 23 que a produção de água que era de 2 mil L/s caiu para cerca de 1,3 mil L/s. Desta forma, garante a companhia, é mantida a "vazão ecológica do rio em mil litros por segundo, pelo menos". O abastecimento nas áreas atendidas pelo Meia Ponte é complementado por meio da adutora de transição João Leite-Meia Ponte. Hoje, a adutora tem operado no limite máximo de 800 L/s.

Presidente da Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca), Gerson Neto explica que a vazão ecológica do Rio Meia Ponte, citada pela Saneago, significa o mínimo de água que deve correr pelo curso hídrico para garantir que os processos biológicos do local sejam preservados. "O rio é movimento. Se isso se interrompe, cria-se um prejuízo biológico para a parte que tirou (a água). Morrem todos os peixes, morrem os invertebrados, morre toda a biodiversidade daquele local", pontua.

Futuro difícil para a vazão dos rios

Neto pondera ainda que a estiagem cada vez mais "prolongada e extrema" representa "um futuro difícil para a vazão dos rios". "Estamos ameaçados de um processo de desertificação para o Cerrado. Por isso, precisamos recuperar as nascentes, as matas ciliares e manter vazão ecológica dos rios para termos resistência e demorarmos mais a sentirmos os piores efeitos. Podemos começar a ver rios (perenes) só correrem no período de chuva. E muitos mananciais aqui em Goiás estão no limite: o Rio Claro, em Jataí, o Rio Bacalhau, em Goiás, o Rio das Pedras, em Quirinópolis", exemplifica.

A recuperação da Bacia do Rio Meia Ponte é enfatizada pelo ambientalista, com o reflorestamento de nascentes e de matas ciliares. Isso porque, para Neto, a capacidade do rio de fornecer água para o abastecimento público "já está no limite". Ele pontua ainda que tal medida é necessária, visto que "não é fácil buscar água em outro lugar". "Além de ser caro, os outros (rios) também estão sem água. E, mesmo recuperando, não há garantia de que teremos segurança (hídrica). É preciso que haja um alerta geral sobre o problema hídrico", complementa.

IcMagazine

Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

Geral

Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)