Geral

Moradores ainda relatam problemas na coleta de lixo em Goiânia

População alega demora de até 15 dias para a passagem dos caminhões coletores. Consórcio afirma que serviço está regular

Modificado em 17/09/2024, 17:19

Lixeira abarrotada de sacolas de resíduos na Avenida Guarujá, no Setor Jardim Atlântico: 10 dias sem coleta

Lixeira abarrotada de sacolas de resíduos na Avenida Guarujá, no Setor Jardim Atlântico: 10 dias sem coleta
 (Wildes Barbosa)

Mais de 100 dias desde que foi iniciada a operação do Consórcio Limpa Gyn, que passou a ser 100% responsável pelos serviços de coleta de resíduos sólidos, de construção civil e varrição mecanizada em julho, moradores de alguns bairros de Goiânia, sobretudo da região Sudoeste, ainda passam por problemas com a irregularidade do serviço. O jornal verificou com líderes de associação de moradores que a coleta domiciliar deixou de ocorrer por até 15 dias em setores como Real Conquista, Madre Germana 2, Residencial Santa Fé, Grajaú, Jardim das Esmeraldas e Residencial Itaipu. No Jardim Atlântico, moradores contam até 10 dias de espera e no Orienteville falam em 8 dias entre as passagens dos caminhões coletores.

A população goianiense passa por problemas de irregularidades na coleta pelo menos desde setembro do ano passado, quando a crise chegou a culminar em uma força-tarefa na Prefeitura e serviu como justificativa para o andamento da licitação de terceirização do serviço, em processo que vinha sendo questionado pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). O mesmo ocorreu no início da operação do Consórcio Limpa Gyn, formado pelas empresas Quebec Ambiental, Clean Master Ambiental e CGC Concessões, que passou a fazer parte do serviço, em divisão com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) no final de abril.

O DAQUI publicou em maio matérias sobre a reclamação de moradores pela irregularidade da coleta em diversos setores da cidade. A Prefeitura chegou a fazer uma força-tarefa para retirar o lixo das ruas, em uma operação com as duas empresas, mas mesmo assim os resíduos ainda continuavam. No final de maio, em outra publicação do jornal, outros setores também reclamaram que os problemas ainda não tinham sido resolvidos. Desta feita, dentre os moradores que falaram com a reportagem, apenas setores da região Sudoeste estariam com o serviço irregular. Outro problema é que os moradores afirmam não saber mais os dias que os caminhões passam. Segundo o consórcio, as rotas podem ser verificadas no site https://consorciolimpagyn.com.br/plano/, ao informar o CEP ou a rua do imóvel.

No entanto, outros bairros alegam problemas com a coleta de remoção de entulhos como no Setor Jaó e no Jardim América, como de galhos e folhas deixados nas ruas. Nestes bairros, os moradores alegam que o serviço de coleta orgânica domiciliar tem ocorrido de modo regular, com a situação anterior já resolvida, assim como no Água Branca, Criméia Oeste e Capuava. De acordo com moradores do Recanto do Bosque, o problema de remoção de entulhos teria sido resolvido na semana passada, após reclamação junto ao consórcio. No Setor Sul, a Associação Pró-Setor Sul (Aprosul) conta que foi feita a roçagem em algumas praças e áreas verdes do bairro, com poda de árvores, mas não recolheram os resíduos orgânicos da vegetação há mais de 30 dias.

Segundo o consórcio, os serviços de coleta domiciliar e remoção de entulhos estão funcionando 100% sob a responsabilidade do Limpa Gyn. "A empresa assumiu dezenas de rotas de ruas e avenidas de 711 bairros de Goiânia, para retirada do lixo e o serviço de remoção de entulhos de áreas viciadas, de endereços enviados pela população e de locais detectados por fiscais". A empresa afirma ainda que a coleta domiciliar ocorre normalmente seguindo a programação estipulada pelo Consórcio. "Rotas foram traçadas para serem cumpridas pelas equipes da coleta. Ao todo são 120 caminhões que executam o serviço. Não há irregularidade na coleta de lixo", informa.

O consórcio afirma que tem realizado o trabalho de coleta com 60 caminhões somente na coleta domiciliar, com 120 apresentações, e 40 na remoção de entulhos, com 100 apresentações diárias. "Ao todo temos, entre motoristas, coletores e operadores, cerca de 800 colaboradores e 45 máquinas." A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), que é a responsável pelo contrato do serviço de coleta e realiza a fiscalização, informou que tem acompanhando todos os serviços executados pelo Consórcio Limpa Gyn. "Também tem trabalhado junto aos técnicos do consórcio nas revisões das rotas de coletas, bem como na adequação de pontos de coleta visando constantes melhorias."

A Seinfra complementa ainda que já notificou o consórcio duas vezes por problemas no serviço prestado, desde o início de sua operação na capital. "Os mesmos foram solucionados rapidamente", considera. A pasta ressalta que o consórcio opera 100% nos serviços de coleta domiciliar, remoção de entulho e varrição mecanizada desde o dia 1º de julho. Já o serviço de coleta seletiva ainda não está sendo realizado pelo consórcio, que teve um prazo adiado para a realização deste até outubro e ficou a cargo da Comurg. A situação é alvo de reclamação de catadores de recicláveis de cooperativas, como publicou O DAQUI neste mês, e de moradores. No Setor Sul, a Aprosul informa que o serviço de coleta orgânica também tem feito a retirada dos materiais recicláveis. Já no Jaó, a informação é que a coleta seletiva está irregular.

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Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

Geral

Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".

Geral

Homem morre após ser espancado por empresário e amigos após invadir lava-jato; vídeo

Segundo Polícia Militar, vítima foi agredida por cinco homens que utilizaram um taco de beisebol envolto por arame farpado

Modificado em 18/04/2025, 19:14

Um homem morreu após ser espancado por um empresário e quatro amigos após invadir um lava-jato localizado no jardim Maria Helena, na região leste de Goiânia. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), a vítima, que não teve o nome revelado, foi agredida pelos suspeitos com um taco de beisebol envolto em arame farpado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local (veja o vídeo - atenção as imagens e áudios são fortes).

Como os nomes dos suspeitos do crime não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O crime foi registrado na madrugada de quinta-feira (17), por volta das 2h, conforme a PM, após o proprietário do estabelecimento, de 30 anos, notar a presença do invasor por câmeras de segurança do local e chamar os amigos, sendo um deles funcionário dele.

O cabo da PM Rafael Moreira disse que a polícia recebeu uma denúncia de um morador de que um homem estava sofrendo agressões dentro de um estabelecimento comercial próximo do Jardim Novo Mundo. Conforme ele, dois dos suspeitos foram encontrados ainda dentro do local do crime.

O proprietário e o seu funcionário ainda estavam dentro do estabelecimento quando as equipes chegaram. Os demais autores estavam nas proximidades do setor", relatou Moreira.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

À polícia, um dos investigados chegou a confessar o crime e disse que foi chamado pelo amigo para ajudar no espancamento. De acordo com ele, o homem utilizou "um taco de beisebol, com arame farpado" para agredir a vítima. Ele, o empresário e outros três suspeitos, entre 18 e 30 anos, foram presos.

Conforme a PM, o empresário possui passagens criminais por roubo e por três portes ilegais de arma de fogo.

Ainda não foi divulgado o motivo da vítima ter invadido o estabelecimento.

A reportagem entrou em contato com as polícias Técnico-Científica e Civil para obter mais informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)

PM relatou que cinco suspeitos foram presos (Divulgação/PM-GO)