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Na fila há dois anos, família de menina com hidrocefalia faz campanha de mobilização por cirurgia

Menina que nasceu prematura também tem epilepsia, atraso motor e refluxo grave. Médico recomendou urgência no procedimento. SES-GO informou que o caso é eletivo e que ela será submetida ao procedimento que será agendado no Hecad, conforme capacidade da unidade

Modificado em 20/09/2024, 00:13

Liz Vitória Caldeira Martins com o pai, Roney Martins

Liz Vitória Caldeira Martins com o pai, Roney Martins (Arquivo pessoal)

A família da pequena Liz Vitória Caldeira Martins, de 2 anos, corre contra o tempo. Com hidrocefalia, epilepsia, atraso motor e refluxo grave, ela precisa de uma cirurgia urgente contra a disfagia, que é a impossibilidade de engolir. Por conta desse problema, ela tem pneumonias frequentes, além de não conseguir fazer outros tratamentos, necessários para que tenha uma melhor qualidade de vida.

A cirgurgia já foi aprovada para ser realizada pela rede pública, mas ainda não foi marcada. O pai da menina, Roney Martins da Silva, 34 anos, diz que a cada dia a família fica mais aflita. "Ela toma remédio e se alimenta por sonda, que entra pelo nariz e vai direto para o estômago. Ela precisa da cirurgia para a comida ir direto, sem passar pelo nariz. Ela tem tido muito problema do jeito que está, são crises constantes."

Roney conta que recentemente a menina teve uma obstrução no nariz e a família ficou desesperada. Moradores de Itumbiara, no sul do estado, dizem que não existe atendimento adequado na cidade e quando a menina precisa se examinada, precisam vir a Goiânia. "Além disso, a gente precisa que ela passe pela cirurgia para ter mais qualidade de vida, para fazer terapias, se sentar, falar, andar."

Bebê prematuro

Liz nasceu em novembro de 2019 aos seis meses de gestação. A mãe da menina, Géssica Caldeira Martins, de 27 anos, teve eclampsia e perdeu muito líquido antes do parto. A menina nasceu com apenas 33 centímetros e 645 gramas. "A prematuridade ocasionou esses problemas e não temos condições de pagar pela cirurgia particular. Contamos com a cirurgia para poder pensar em uma vida melhor pra ela."

O pai conta que foi informado que a cirurgia não foi realizada assim que teve o diagnóstico por conta da pandemia. Como é uma cirurgia que necessita de pós-operatório em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele diz que foi informado da suspensão. Depois disso, ele diz que o caso foi encaminhado para o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e chegou a ficar na posição 74 da fila de espera.

Roney conta, no entanto, que não teve mais posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde e, por isso, passou a divulgar a história nas redes sociais para tentar mobilizar as autoridades em prol da realização do procedimento. "Chegamos a conversar com profissionais sobre o valor, que passa de R$ 70 mil e não temos condições." A família mora de aluguel e apenas Roney tem trabalho remunerado.

Gravidade

Desde que nasceu, os problemas foram diagnosticados. A menina passou por diversos procedimentos cirúrgicos por conta da hidrocefalia, como o implante de uma válvula que redireciona o excesso de líquido do cérebro. Nessa época, o pai conta que o caso era considerado grave. Agora, dois anos depois, novo laudo médico aponta que a situação foi agravada e o pediatra encaminhou novamente pedido de cirurgia.

"Ela foi piorando e não chamaram ainda para a cirurgia. Ela precisa de um procedimento que reúnem três intervenções, sendo uma para expandir o estômago, outra para colocar a sonda direto no estômago e outra para correção da disfagia", diz o pai. A família, que tem outro filho de 8 anos, está ansiosa. "Vivemos todos os dias esperando o contato agendando a ligação. Não dormimos direito preocupados com ela. Esperamos que seja logo."

Desde a piora, o pai conta que a boca da criança seca e eles tentam amenizar com água. "Mesmo um pouquinho pode ir pro pulmão e provocar pneumonia. O médico pediu que a cirurgia fosse feita em 30 dias." Se alimenta apenas com comidas líquidas como leite, sopas e vitaminas batidas e coadas no liquidificador. "A gente mal pode esperar pelo dia em que ela terá uma vida melhor."

Resposta

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que, por se tratar de cirurgia eletiva, a paciente continua aguardando a cirurgia e o procedimento será agendado no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) conforme a capacidade da unidade, a ordem da fila e o grau de gravidade do quadro da paciente.

Em nota, a pasta informou que, no Hecad, a paciente foi prontamente atendida pela primeira vez no Ambulatório de Especialidades Pediátricas, na sexta-feira (13/5), quando o cirurgião pediátrico avaliou todos os exames, solicitou intervenção cirúrgica para tratamento de refluxo e emitiu Autorização de Internação Hospitalar (AIH) para a Central de Regulação do Estado. Ou seja, a unidade atendeu todas as necessidades do caso previstas durante a avaliação ambulatorial da criança.

Liz Vitória Caldeira Martins com o pai, Roney Martins

Liz Vitória Caldeira Martins com o pai, Roney Martins (Arquivo pessoal)

Liz Vitória Caldeira Martins com a mãe, Géssica, o pai Roney, e o irmão, Pablo

Liz Vitória Caldeira Martins com a mãe, Géssica, o pai Roney, e o irmão, Pablo (Arquivo pessoal)

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PM pega 12 anos e 6 meses de prisão por morte de entregador

Subtenente Roberval Crecencio de Jesus começou uma discussão com vítima de 24 anos em uma praça de Itumbiara e o matou com um tiro em 2024

Câmera gravou momento da briga e quando vítima foi baleada

Câmera gravou momento da briga e quando vítima foi baleada (Reprodução/Redes Sociais)

Um júri popular condenou o subtenente Roberval Crecencio de Jesus, da Polícia Militar (PM), a 12 anos e seis meses de prisão por ter matado o entregador Lucas Marcelino Botelho, de 24 anos, durante uma discussão em uma praça de Itumbiara, em 13 de março de 2024. Um laudo feito por peritos da Polícia Científica havia mostrado que o tiro que matou a vítima não foi acidental. O policial, que estava de folga no dia do crime, também foi condenado a indenizar a família de Lucas em R$ 150 mil.

Ao calcular a pena, o juiz Vinícius de Castro Borges, da Vara Criminal de Itumbiara, considerou como agravante o fato de o réu ser um policial militar, posição que impõe "elevados padrões de conduta, sobretudo no que se refere ao controle emocional e à capacidade de gerenciamento de situações conflituosas, inerentes à atividade policial".

A condição de policial militar pressupõe não somente maior discernimento quanto à ilicitude de determinadas condutas, mas também acentua o dever funcional de agir com cautela, prudência e respeito à integridade física de terceiros, valores que devem nortear a atuação de todo servidor incumbido da preservação da ordem pública", escreveu Vinícius na sentença. O magistrado destaca que Vinícius continua sujeito aos deveres funcionais ainda que fora do serviço.

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Privilegiado

Inicialmente, a pena seria de 15 anos de prisão, porém o júri considerou o caso como de "homicídio privilegiado", que é quando a conduta do réu é considerada como motivada por forte emoção. Segundo o juiz, os jurados reconheceram que a discussão evoluiu para "agressões físicas mútuas". Após ser atingido por um soco, Roberval reagiu e atirou em Lucas.

Apesar de reduzir a pena pelo atenuante considerado pelo júri, o magistrado destacou que o policial tinha 37 anos de atuação na PM e "detinha plena consciência dos riscos envolvidos no manuseio de arma de fogo, especialmente em ambiente de conflito", o que tornaria o resultado "previsível e evitável". Ele também explica que por se tratar de crime que envolve violência e grave ameaça não é possível substituir a privação de liberdade por penas restritivas de direitos.

O policial chegou a ser acusado de ameaça contra uma testemunha. A defesa de Roberval alegou não haver prova de que houve este crime e que a testemunha, junto com outras pessoas, teriam discutido com o policial após o tiro em Lucas. Os jurados entenderam pela absolvição neste caso.

Briga começou após abordagem

O crime aconteceu por volta de meia-noite, na Vila Vitória, e o primeiro a ser abordado pelo policial, que estava de folga, não foi Lucas, mas, sim, um adolescente que na época tinha 14 anos e estaria fazendo manobras perigosas no local com uma motocicleta. Lucas estava jantando ali próximo e ao ver a abordagem sendo feita pelo policial resolveu tirar sua moto dali, para evitar danos.

Neste momento, Roberval e o entregador começaram uma discussão. Quando Lucas se aproximou, o policial tentou impedir que ele pegasse sua moto e o entregador tentou empurrá-la, derrubando-a no chão. A partir daí os dois começaram a discutir e se agredirem. O tiro veio logo em seguida. O policial vai recorrer da sentença na cadeia.

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Bolsonaro segue estável em UTI com recomendação de não receber visitas

Ex-presidente passou por uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal. Procedimento correu bem, segundo médicos

Modificado em 15/04/2025, 16:58

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)  internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília (Reprodução/Instagram)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, nesta terça-feira (15), com quadro estável,sem previsão de alta e com a recomendação de não receber visitas.

Em nota divulgada nesta manhã, o hospital afirmou queBolsonaro está em acompanhamento do pós-operatório e fará fisioterapias.

"Mantém estabilidade clínica, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências. Tem previsão de fisioterapias motora (com deambulação) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI."

Mais cedo, em redes sociais, Bolsonaro disse que "as primeiras 48 horas após a cirurgia são fundamentais para avaliar nossa recuperação" e que, por orientação médica, só "familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto".

"Permaneço concentrado no processo de recuperação, que pelo que entendo foi procedimento mais invasivo que aconteceu, buscando forças para levantar da cama mais uma vez, após enfrentar a sexta cirurgia decorrente da facada sofrida por um antigo integrante do PSOL, aliado histórico do PT", escreveu, voltando a citar a facada da qual foi alvo em 2018.

Declarado inelegível até 2030 e réu no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de tentativa de golpe de Estado no final de seu governo, Bolsonaro está internado em Brasília desde sábado (12), após passar mal em evento em Natal no dia anterior.

No domingo (13),passou por uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal , procedimento que correu bem, segundo seus médicos, e foi o mais longo dos já realizados desde que o ex-presidente levou a facada na campanha eleitoral de 2018.

Bolsonaro deverá ficar internado pelo menos mais duas semanas e enfrentar restrições no pós-operatório por um período de dois a três meses.

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Jovem morre após se afogar no Rio Paranaíba, em Itumbiara

Segundo o Corpo de Bombeiros, o rapaz mergulhou e não retornou de volta à superfície da água. Após 10 minutos de buscas a vítima foi localizada

Equipe do Corpo de Bombeiros no momento do resgate

Equipe do Corpo de Bombeiros no momento do resgate (Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Um jovem, de 24 anos, morreu após realizar um mergulho no Rio Paranaíba em Itumbiara, no sul de Goiás. Segundo o Corpo de Bombeiros, o rapaz mergulhou e não retornou de volta à superfície da água. Após 10 minutos de buscas a vítima foi localizada.

O caso aconteceu na tarde deste domingo (9). Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi identificada como Josué de Oliveira Sousa. Conforme relato dos bombeiros, a referência e a visibilidade da água dificultaram nas buscas.

Em entrevista ao POPULAR , o Sargento Fabiano Tizzo, explicou que aos finais de semana as pessoas gostam de tomar banho no local.

Lá é um local que o pessoal costuma adentrar, embora tenha placa de advertência falando dos riscos de afogamento, pessoal costuma aos finais de semana acabar tomando banho lá. É um local que não tem muita margem de segurança, é um local profundo. Após 2, 3 metros da margem, já tem um paredão de quase 15 metros de profundidade", explicou.

Assim que o jovem foi localizado, um médico cardiologista que almoçava em um restaurante próximo do local do incidente, ajudou os bombeiros nos procedimentos de ressuscitação.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o rapaz foi levado ao Hospital Municipal de Itumbiara, onde foram realizados alguns procedimentos e entubação na vítima. Após todas as tentativas de reanimação, os médicos constataram a morte do rapaz.

O POPULAR tentou contato com o hospital, por meio de ligação, neste domingo (9) às 16h, mas até a última atualização desta reportagem não tivemos retorno.

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Catamarã afunda com mais de 20 pessoas em rio após bater em pedra; vídeo mostra resgate

A embarcação foi alugada para um passeio no rio Paranaíba

undefined / Reprodução

Um catamarã afundou em Itumbiara, cidade localizada na zona sul de Goiás, na última segunda-feira (3). De acordo com o Corpo de Bombeiros, 24 pessoas estavam a bordo quando a embarcação bateu em uma pedra, perto da Prainha, na Avenida Beira Rio, na região central do município.

A reportagem entrou em contato com a Capitania Fluvial de Goiás, instituição da Marinha do Brasil que está responsável pela investigação do caso, mas ainda não se posicionou até a última atualização desta reportagem. O nome da empresa responsável pelo catamarã não foi divulgado e por isso não foi possível entrar em contato.

A embarcação foi alugada para um passeio no rio Paranaíba. De acordo com os bombeiros, a embarcação naufragou parcialmente e colidiu com uma rocha que estava submersa no rio, por volta das 18h30.

Logo depois, começou a entrar água dentro da embarcação e os passageiros vestiram coletes, enquanto o marinheiro conduzia o catamarã para o local adequado. O vídeo mostra o momento em que os passageiros foram resgatados por embarcações particulares que ajudaram logo após o acidente.

Catamarã naufragado e orla do rio Paranaíba (Divulgação/ Corpo de Bombeiros)

Catamarã naufragado e orla do rio Paranaíba (Divulgação/ Corpo de Bombeiros)

Segundo os bombeiros, não houve vítimas por afogamento ou ferimentos registrados e todas as pessoas que estavam na embarcação foram resgatadas.

A equipe também relatou que realizou o salvamento do grupo, checou a quantidade de passageiros resgatados, verificou a existência de possíveis vítimas e prestou apoio na estabilização e amarração do catamarã, para evitar seu deslocamento.