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Ordem de prisão contra Maurício Sampaio e ex-PM por morte de Valério Luiz está valendo, diz Justiça

Desembargador nega recursos do MP-GO e da defesa do empresário apontado como mandante do crime e esclarece que após habeas corpus ter sido negado em maio, automaticamente, prisão decretada em novembro de 2022 voltou a valer, dependendo apenas de uma expedição do mandado pelo juiz responsável pelo processo

Modificado em 17/09/2024, 15:57

Maurício Sampaio no dia da condenação pelo assassinato do radialista Valério Luiz

Maurício Sampaio no dia da condenação pelo assassinato do radialista Valério Luiz (Wildes Barbosa)

O empresário Maurício Borges Sampaio e o policial militar reformado Ademá Figueiredo Aguiar Filho estão a um despacho do juiz Lourival Machado da Costa, da 4ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida, para serem presos pela execução do radialista Valério Luiz de Oliveira, aos 49 anos, crime ocorrido em julho de 2012. Condenados em novembro de 2022 a 16 anos de prisão, eles foram soltos dois dias depois graças a um habeas corpus (HC).

Nesta semana, o desembargador Ivo Favaro, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), negou embargos protocolados tanto pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) como pela defesa do empresário e do ex-policial e informou que a prisão decretada na condenação de ambos, em novembro de 2022, voltou a valer automaticamente desde que o HC foi novamente votado e negado pela 1ª Câmara Criminal no dia 13 de maio.

"Não há falar em expedição de mandado prisional pelo Tribunal de Justiça, considerando que ao denegar a ordem impetrada a ordem de origem da autoridade coatora, que não foi cassada, está em pleno vigor, cabendo ao Juízo de Primeiro Grau a expedição do mandado de prisão dos que devem ser presos, na apreciação daquele Juízo", escreveu Ivo. O relatório de Ivo foi aprovado pelos colegas de 1ª Câmara e a decisão entrou no sistema do Judiciário nesta quarta-feira (12).

O radialista foi executado a tiros quando saía da rádio onde trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia, no dia 5 de julho de 2012. A motivação do crime teria sido críticas feitas por ele à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício, que foi condenado como mandante da morte, fazia parte. Ademá foi quem executou o serviço, com seis tiros disparados em uma moto.

Além deles, também foram condenados o empresário Urbano de Carvalho Malta e o comerciante Marcus Vinícius Pereira Xavier, apontados como cúmplices na execução do crime. Entretanto, estes dois pegaram 14 anos de prisão cada e, portanto, devem continuar soltos até concluir a tramitação do processo, o chamado trânsito em julgado.

Em abril, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou a decisão favorável ao HC e mandou a 1ª Câmara Criminal analisar novamente o pedido. Isso porque o argumento usado pela defesa e acatado pelos desembargadores na época não foi considerado válido pela ministra. Em discussão, um artigo do Código de Processo Penal (CPP) usado por Lourival para decretar a prisão de Maurício e Ademá logo após a condenação.

Após o HC ser negado em maio, o MP-GO entrou com recurso alegando ter havido omissão na decisão por não expedir de imediato um novo mandado de prisão. Já a defesa de ambos recorreram contra a negativa, alegando que esta nova análise após a decisão de Cármen Lúcia deveria ter sido feita pelo órgão especial do TJ-GO.

Em seu voto, Ivo afirmou que o HC só deveria ter ido para o órgão especial se estivesse sob análise a constitucionalidade do artigo do CPP usado por Lourival. Segundo ele, a 1ª Câmara Criminal apenas reconheceu que o dispositivo está em vigor. "Não existiu discussão acerca da inconstitucionalidade do dispositivo e não há nenhuma irregularidade no fato do órgão fracionário ter julgado a lide proposta."

O advogado Valério Luiz Filho, que está no caso como assistente de acusação e é filho da vítima, está esperançoso com a possibilidade iminente de prisão de Maurício e Ademá. "O tribunal decidiu que a prisão dos réus, decretada em 2022, continua válida, e que cabe ao juiz do primeiro grau expedir os mandados de prisão. Esperamos, então, que a ordem para o cumprimento das penas seja emitida o quanto antes. Isso precisa ter um fim."

Já o advogado Ricardo Naves, que representa o empresário e o ex-policial no processo, disse que aguarda uma manifestação de Ivo em outro embargo para ver se há alguma reversão, mas que realmente no momento agora a prisão de ambos depende da manifestação burocrática de Lourival, pois a ordem de prisão está válida.

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Postos terão de explicar alta do etanol no feriado

42 postos de combustíveis terão de apresentar documentos que expliquem alta

Modificado em 24/04/2025, 08:14

Posto no setor Aeroporto, em Goiânia: Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem notas fiscais

Posto no setor Aeroporto, em Goiânia: Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem notas fiscais (Wildes Barbosa)

Os motivos para o grande reajuste feito nos preços dos combustíveis, especialmente do etanol, na véspera do feriado prolongado da Semana Santa e Tiradentes, terão de ser justificados, com documentos, pelos postos de combustíveis de Goiânia e da região metropolitana. O Procon Goiás notificou 42 estabelecimentos a apresentarem, em até sete dias, notas fiscais de entrada e cupons de venda dos produtos dos últimos 30 dias.

Pesquisa semanal de preços feitas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostra que o preço médio do combustível nos postos da capital passou de R$ 3,99, na semana entre 6 e 12 de abril, para R$ 4,84 na semana passada. O objetivo do Procon é averiguar se os postos praticaram aumentos abusivos.

Superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston lembra que os preços subiram na véspera do feriado e também chamou atenção o fato de muitos postos praticarem os mesmos valores. Isso levou o órgão a visitar 42 postos para pesquisar os preços e emitir notificações para que eles apresentem as notas fiscais. "Queremos saber de onde veio este aumento repentino porque, a princípio, não houve reajuste da Petrobras ou das usinas. Precisamos analisar o cenário dos últimos 30 dias para ver se ocorreram fatores externos, como alta de frete, falta de produto ou aumento de salários", explica.

Segundo ele, a meta é verificar se houve um excesso de margem de lucro, com base no artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que veda a prática abusiva de elevação de preços sem justa causa. "Com base na documentação, saberemos se vamos fazer autuação ou não", destaca. Ele ressalta que o mercado é livre, mas adverte que combustível é um bem essencial, que atinge diretamente milhões de consumidores e que qualquer aumento impacta o orçamento das famílias e os custos das empresas, se refletindo na inflação.

Estavam 'baixos'

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade, os preços estavam baixos porque foram sendo reduzidos gradativamente, num movimento natural da concorrência de mercado. Assim, os postos foram apertando suas margens e chegou um momento em que a baixa rentabilidade ficou insustentável e os preços voltaram aos valores normais.

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USP estuda interação entre macacos e humanos no Parque Areião

Goiânia é um dos oito campos de estudo da instituição de ensino paulista. Pesquisa analisa impacto de convivência na alimentação, na reprodução e até em acidentes

Modificado em 24/04/2025, 08:00

Macacos-prego no Parque Areião: espécie não deve receber alimentos de frequentadores

Macacos-prego no Parque Areião: espécie não deve receber alimentos de frequentadores ( Diomício Gomes / O Popular)

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) avalia cerca de 90 macacos-pregos que residem no Parque Areião Washington Novaes, na região Sul de Goiânia. O local é um dos oito campos de pesquisas que estão sendo conduzidos pela instituição em diferentes cidades brasileiras. Os animais são observados pelos pesquisadores, que analisam como a interação com os humanos impactam no desenvolvimento dos primatas do local. Com base nos resultados do estudo, a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) vai implantar na Vila Ambiental um ponto de informações sobre macacos-prego.

Primeira etapa

A primeira etapa do estudo do grupo de pesquisa Plasticidade Fenotípica de Macacos-Prego, da USP e com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), foi iniciada em meados de 2024 e segue até agosto. Depois disso, serão aplicados questionários junto aos frequentadores do parque. A previsão é que o estudo esteja concluído até 2026.

Conforme a Amma, os resultados irão subsidiar, também, ações e diretrizes para o manejo dos macacos-prego nos parques. "A gente vai destinar uma casa da Vila Ambiental para a exposição das informações sobre os macaco-prego do Parque Areião, e os dados dessa pesquisa vão nos subsidiar para fazer essa instalação com informações, banners, tudo o que a gente acha que é importante para que a sociedade compreenda mais sobre a importância dos macacos-prego. Vai nos subsidiar com informações acerca dos malefícios da interação. Portanto, ajudar com mais argumentos nas nossas ações de educação ambiental", diz o gerente de Formulação de Educação, Política e Pesquisas Ambientais da Amma, Pedro Baima.

Educação

Os resultados irão subsidiar, também, ações e diretrizes para o manejo dos macacos-prego nos parques municipais. Tais ações de educação ambiental são realizadas diariamente. "Todos os dias os educadores ambientais rodam pelo parque abordando as pessoas e orientando sobre a importância dos cachorros estarem com a guia, além de não alimentar os macacos. Quando a população atrai os macacos para alimentá-los, além de se colocar em risco, porque o animal pode machucar a pessoa para tirar o alimento, esse alimento também pode provocar doenças, principalmente os alimentos ricos em açúcar. Retirá-los da mata, onde naturalmente eles buscam alimentos, também é um problema", acrescenta ele.

"Além de tirar eles da alimentação natural além de prejudicar todos os serviços ecossistêmicos que eles oferecem quando ingerem sementes e dispersam pela mata. Isso também atrai o macaco-prego para a calçada ou para a rua, onde ficam vulneráveis, pois acabam que vão buscar esse alimento mais fácil, ao invés de ir para os seus hábitats naturais", complementa o gerente da Amma, Pedro Baima.

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Falso médico é preso suspeito de vender remédio para emagrecer proibido no Brasil

O suspeito irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Defesa diz que mandado de busca foi realizada de forma ilegal na casa dele e que não foram encontrados medicamentos

Modificado em 23/04/2025, 19:44

Prints das conversas entre o suspeito e uma compradora

Prints das conversas entre o suspeito e uma compradora (Divulgação/ Polícia Civil (PC))

Um homem foi preso em flagrante, em Goiânia, no setor Pedro Ludovico Teixeira, na terça-feira (22), pela Polícia Militar (PM), suspeito de fingir ser médico e vender remédio para emagrecimento proibido no Brasil. A PM informou que o suspeito, identificado pela Polícia Civil (PC) como Matheus Moura dos Santos, irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

A defesa de Matheus Moura informou à redação que foi feita uma busca na residência do investigado de forma ilegal, sem mandado ou autorização. De acordo com ela, durante a busca, não foram encontrados medicamentos e nem nada que comprove que o investigado estaria aplicando golpes. Confira a nota na íntegra ao final do texto.

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À redação, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que Matheus Moura dos Santos não tem registro no Conselho e por isso não está autorizado a exercer a medicina em Goiás. Confira a nota completa ao final do texto.

O delegado Carlos Eduardo Florentino, da Central de Flagrantes da Polícia Civil de Goiânia, informou que os policiais militares receberam uma denúncia de que Matheus Moura estava anunciando nas redes sociais a venda de canetas de aplicação para emagrecimento de um medicamento que é fabricado no Reino Unido e que ainda não tem as vendas regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

Nos prints das mensagens trocadas entre uma compradora e o suspeito é possível ver que Matheus estava se identificando com o nome de Thiago Antônio e explicava para compradora sobre quando o medicamento chegaria. Quando percebeu que não iria receber o medicamento, a compradora acionou a polícia.

De acordo com a PC, toda vez que o suspeito recebia o dinheiro dos possíveis compradores ele desaparecia e parava de responder às mensagens que eles enviavam. Segundo a polícia, ao receber esta notícia, a PM conseguiu localizar o hotel em que o investigado estava hospedado, em que praticava as supostas vendas e anúncios do medicamento na internet.

A polícia informou que, quando entraram no apartamento em que Matheus estava hospedado, encontraram documentos falsificados, incluindo um diploma de medicina, do Paraguai, que, de acordo com a PC, era utilizado por ele para comprovar que era médico e que, por isso, poderia prescrever a medicação. A polícia informou que também encontraram uma identidade falsa que tinha o nome de outra pessoa, mas a foto era dele.

Estelionato

De acordo com a PC, toda vez que o suspeito recebia o dinheiro dos possíveis compradores, ele desaparecia e parava de responder às mensagens que eles enviavam. Segundo a polícia, ao receber esta notícia, a PM conseguiu localizar o hotel em que o investigado estava hospedado para a prática das supostas vendas e anúncios na internet.

Durante as investigações policiais, a polícia declarou que uma máquina de cartão no nome da esposa dele foi apreendida e tinha exatamente os extratos que as vítimas apresentaram para a Polícia Militar. De acordo com o delegado, o suspeito está à disposição da Justiça e será submetido a uma audiência de custódia.

Confira a nota da defesa na íntegra:

A defesa informa que foi feita uma busca na residência do investigado de forma ilegal, sem mandado ou autorização para tanto.

E nessa busca, não foi encontrado medicamentos e nem nada que comprovem que o investigado estaria de fato aplicando golpes, conforme restara demonstrado nos autos pela defesa.

Em audiência de custódia agora pela tarde o juíz entendeu por decretar a prisão preventiva.

A defesa descorda da decisão e já está confeccionado o Habeas Corpus para concessão da liberdade do investigado.

Confira a nota completa do Cremego:

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) esclarece que Matheus Moura dos Santos não tem registro no Conselho, portanto não está autorizado a exercer a medicina no Estado. O Cremego está atento e atuante no combate ao exercício ilegal da profissão, que coloca em risco o bem-estar, a saúde, a segurança e a vida de pacientes. O Conselho conta com um canal exclusivo para denúncias dessa prática: o e-mail exercicioilegal@cremego.org.br. Todas as denúncias recebidas são encaminhadas aos órgãos policiais, aos quais compete a apuração de casos de exercício ilegal da medicina.

IcMagazine

Gata do Daqui

Renata vai usar prêmio do BBB junto com Eva

Apesar de indicar que não dará dinheiro diretamente à amiga Eva Pacheco, ela deve empregá-lo nos projetos que as duas têm em comum

Renata vai usar prêmio do BBB junto com Eva

(Léo Rosário)

Campeã do BBB 25, Renata Saldanha revelou, no Mais Você desta quarta-feira (23), se pretende dividir o valor do prêmio com Eva Pacheco. As duas eram amigas e entraram como dupla no reality show da Globo. Só que, enquanto Renata venceu, Eva foi eliminada no 11º paredão.

Além do prêmio acumulado de R$ 2,720 milhões, Renata Saldanha também ganhou um carro e um apartamento ao longo do programa.

Apesar de indicar que não dará dinheiro diretamente à amiga Eva Pacheco, ela deve empregá-lo nos projetos que as duas têm em comum. "Todo mundo pergunta isso [sobre como usar o prêmio]. A gente sonha muitos sonhos juntas, por dividirmos a vida. E um dos nossos sonhos era poder ajudar a escola, o projeto que a gente veio", comentou Renata no tradicional café da manhã com Ana Maria Braga.

Renata venceu o BBB 25 com 51,90% dos votos. A cearense superou o pernambucano Guilherme Vilar (43,38%) e o goiano João Pedro (4,72%). A berlinda teve 178,4 milhões de votos.

(Léo Rosário)

(Léo Rosário)

(Léo Rosário)

(Léo Rosário)