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Reforma do Eixo Anhanguera em Goiânia vai até meados de 2024

Projeto executivo da revitalização das plataformas e terminais que compõem o Eixão deve ser entregue neste mês. Custo está estimado em R$ 150 milhões

Modificado em 19/09/2024, 00:26

Estação Cascavel, no Setor Rodoviário: estruturas passarão por obras para adaptação aos ônibus elétricos

Estação Cascavel, no Setor Rodoviário: estruturas passarão por obras para adaptação aos ônibus elétricos (Wildes Barbosa)

Até o fim deste mês, a Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) deve receber os projetos executivos de engenharia da reforma das 19 plataformas e dos 5 terminais que compõem o Eixo Anhanguera em Goiânia. A obra deve ser iniciada no próximo semestre e vai durar até meados de 2024, mas espera-se que no fim deste ano já se tenha finalizado alguns dos locais.

O serviço será de responsabilidade do consórcio das empresas concessionárias do sistema de transporte metropolitano (Redemob) e faz parte de um acordo firmado com a CDTC e a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

Com os projetos executivos, será possível calcular exatamente os custos dos serviços, que está sendo estimado em R$ 150 milhões. Esse valor, no entanto, está dentro dos investimentos a serem feitos pelo próprio sistema e vai ser pago pela tarifa técnica, a partir do subsídio que é dividido pelo Estado de Goiás (41,18%), Prefeitura de Goiânia (41,18%) e prefeituras de Aparecida de Goiânia (9,41%) e Senador Canedo (8,24%).

Esta tarifa é o quanto as empresas concessionárias são remuneradas por cada validação de passagem, que hoje está em R$ 7,58, e os entes públicos citados arcam com a diferença em relação à tarifa pública (R$ 4,30), que é quanto cada usuário paga.

"Já temos os projetos arquitetônicos e faltam os executivos, que são os de engenharia e que permitem calcular o orçamento detalhado. Ainda não temos o custo, mas eu estimo que seja na ordem de R$ 150 milhões, mas não está fechado. Vamos receber neste (os projetos) mês e aí começam as obras. Isso entra no custo do sistema, já aprovado em resolução da CDTC", afirmou o presidente da Câmara e secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima.

Ele explica que o Eixo Anhanguera passará a ter as plataformas rebaixadas, já adaptadas aos ônibus elétricos, mas que por um tempo terá as duas possibilidades, justamente enquanto os veículos utilizados ainda serão os atuais (a diesel).

O secretário afirmou ainda que nos próximos 15 dias há a previsão do relançamento do edital de licitação para o aluguel de 114 ônibus elétricos que vão operar no Eixo Anhanguera, na renovação da frota da Metrobus, empresa de economia mista que detém a concessão da linha.

Em março, a licitação foi aberta pela primeira vez e não houve nenhuma proposta apresentada, o que fez com que o governo estadual buscasse as motivações e modificações no processo para atrair participantes. Isso ocorreu um ano depois que o edital foi lançado pela primeira vez, em fevereiro de 2022.

Na ocasião, no entanto, o processo chegou a ser adiado após recomendação de suspensão por parte do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), e de fato suspenso após decisão do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). A ação já provocou modificações no edital à época.

Rocha Lima acredita que a principal questão agora é buscar um meio de resolver o questionamento sobre a responsabilidade de manutenção da frota alugada se o dano não for do veículo, mas de algum ato de vandalismo ou causado por um erro do motorista, por exemplo.

"A licitação está sem data ainda, pelo motivo de que a gente quer ser muito cauteloso e não soltar sem ter a segurança de que ela está com toda a informação necessária para que os participantes entrem. Também, em paralelo, estamos discutindo outras possibilidades. Dentro do plano que a gente tem, no máximo em duas semanas vamos ter isso finalizado, lançando o edital, que é o mais provável", afirmou Rocha Lima após participar do Café com CBN, nesta terça-feira (2).

O secretário esteve nos dois últimos blocos do programa da CBN Goiânia, apresentado por Luiz Geraldo. O programa teve os dois primeiros blocos com a presença do governador Ronaldo Caiado (UB).

Caiado debateu sobre "O custo do transporte na região metropolitana", com o coordenador do Fórum Mova-se e doutor na área de Transportes, Adriano Paranaíba; e também sobre os "Programas que mudaram o transporte regional", com a doutora na área de Transportes e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Érika Cristine Kneib. Sobre a licitação dos ônibus elétricos, o governador afirmou que são poucas empresas no mundo que possuem esta tecnologia.

"Dificuldade é que tem a tecnologia europeia e chinesa e tem de juntar com as fabricantes das carrocerias, as que fabricam chassis e alguém que seja financiador dessa compra. Como é algo ainda pouco aplicado no Brasil tivemos a primeira licitação com nenhuma empresa que se candidatasse. Estamos tratando tanto com as empresas privadas de Goiás e chamando para conversar as empresas fabricantes. Eu não saberia dizer em quantos dias, porque está em fase de negociação. Precisamos publicar um edital que haja interessados diante daquilo que está sendo proposto", afirmou.

Governo busca jeito para manter tarifa

Responsável por arcar com 41,18% do subsídio que mantém a tarifa do usuário no sistema de transporte coletivo em R$ 4,30, o governador Ronaldo Caiado (UB) afirma que "vai tentar sempre buscar uma alternativa para que a gente evite colocar a mão no bolso do cidadão, porque o transporte tem um peso significativo para ele". Caiado se refere a como manter o subsídio no cenário de perda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) com a desoneração realizada em 2022 pelo governo federal, na gestão Jair Bolsonaro.

"Num primeiro momento, a perda de R$ 2,4 bilhões do ano passado, a gente conseguiu reposição de R$ 1,5 bilhão parcelado em 3 anos. Como se dará isso a partir de agora? Isso tudo é muito importante em um momento em que nós estamos juntando para buscar aumento de emprego, condições de ter arrecadação compatível com seu custo de vida", diz Caiado.

A tarifa técnica do transporte coletivo era de R$ 7,26 até o ano passado e subiu para R$ 7,58 em abril deste ano, gerando um subsídio mensal de cerca de R$ 10 milhões ao Estado. "Enquanto o governo puder, ele vai sustentar esse preço. Agora, até quando? Isso vai depender da condição de nós recuperarmos parcela daquilo que nós perdemos. Mas no momento é importante dizer que vai continuar com R$ 4,30."

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Funcionária é morta pelo ex dentro de supermercado de Goiânia, diz PM

Delegado relatou que vítima estava separada do homem há quatro meses. Eles morreram no local

Modificado em 24/04/2025, 16:26

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Sílvia Barros foi morta pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, segundo a PM (Reprodução/PM)

Um homem de 62 anos matou a ex-mulher, de 60, a tiros e se matou em seguida dentro de um hipermercado, por volta das 9h desta quinta-feira (24), na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. A vítima, identificada como Sílvia Barros, era funcionária do estabelecimento.

O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, disse em entrevista a TV Anhanguera que a vítima estava recém-separada do ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira. Segundo ele, a suspeita é de um feminicídio.

O que nós apuramos através das diligências de investigações iniciais é que eles foram casados durante 36 anos e haviam se separado há quatro meses. Ela saiu de casa em dezembro do ano passado, mas ele não aceitou o término e tentou reatar o casamento algumas vezes", disse o delegado.

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No entanto, Alfama pontua que não há relatos na polícia sobre ameaças do homem à vítima. "Não há nenhum registro de violência física da parte dele antes desse fato de hoje. Os próprios familiares e amigos dela, que estiveram aqui no local, relataram que ela mesmo dizia que nunca tinha sido vítima de violência", completou.

O supermercado Atacadão disse que está oferecendo toda assistência necessária aos familiares, "e que também está colaborando com as autoridades competentes para a investigação do caso".

O delegado relatou que o homem chegou, sabia que ela estava no hipermercado, a procurou e quando encontrou a mulher efetuou ao menos dois disparos. A polícia relatou que a vítima morreu no local.

Alfama antecipou que a arma de fogo usada no crime pertence a um terceiro, que será investigado. Ele disse não saber ainda como o atirador teve acesso a essa arma.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, mas que a vítima e o autor dos disparos já estavam mortos no local.

Nota da PM na íntegra:

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informa que foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, na Avenida Perimetral, em Goiânia. Informamos também que a ocorrência está em andamento e que os demais órgãos responsáveis pela investigação do caso já foram acionados.

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

Segundo delegado, mulher e atirador morreram no local (Diomício Gomes/ O POPULAR)

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Famosos

Suspeitos de invadirem apartamento da mãe de Maiara e Maraísa foram confundidos com moradores, diz PM

Almira Henrique Pereira estava na missa quando o apartamento foi invadido. Invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa

Almira Henrique Pereira e as filhas Maiara e Maraisa (Reprodução/Rede social)

Os dois suspeitos de invadirem o apartamento de Almira Henrique Pereira, mãe da dupla Maiara e Maraísa, foram confundidos com moradores, segundo o relato da Polícia Militar que a reportagem teve acesso. Segundo a assessoria das cantoras, os invasores furtaram objetos de valor do imóvel localizado em Goiânia.

Por não terem os nomes divulgados, o Daqui não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O Daqui entrou em contato com a administração do prédio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

O caso aconteceu no sábado (19). Almira estava na missa quando o apartamento dela foi invadido. Ao retornar, ela encontrou a porta arrombada e todos os cômodos revirados, com alguns móveis e utensílios quebrados.

Ao perceber que o apartamento havia sido arrombado, Almira optou por não entrar para preservar a cena para a perícia. De acordo com a assessoria, não havia ninguém no apartamento no momento do crime e Almira ficou abalada, mas está bem. Ela preferiu não contar imediatamente para as filhas, que estavam trabalhando, para não assustá-las.

Ao Daqui , a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e segue sob sigilo.
Colaborou Tatiane Barbosa

Geral

Homem é preso após sequestrar criança de 10 anos para cobrar dívida de R$ 3,5 mil do pai em Goiânia, diz Polícia militar

Sequestrador sofreu calote por pneus e raptou a criança como condição para recebimento da dívida, diz polícia

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos

Suspeito é preso após sequestrar um menino de 10 anos (Divulgação/Polícia Militar)

Um homem de 45 anos foi preso após sequestrar um menino de 10 anos para cobrar uma dívida de R$ 3,5 mil de pneus no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que o suspeito percebeu que havia levado calote, foi cobrar a dívida e pegar as rodas de volta. De acordo com a PM, como não encontrou o cliente, raptou a criança como condição para receber a dívida.

O caso aconteceu no sábado (19). A irmã do menino contou para a PM que estava no trabalho junto com a criança quando o homem foi procurar pelo padrasto dela para que ele pagasse a dívida. Como não conseguiu encontra-lo, o suspeito foi junto com o garoto até a casa da família. Ao chegar à residência e não achar o cliente e nem os pneus, levou o menino.

Segundo o depoimento da irmã, no momento do crime também estavam na casa a mãe, outra irmã e um amigo que viu o garoto sendo levado e chamou a responsável. A mãe da criança, assim que soube do ocorrido, entrou em desespero e ligou para a filha, que chamou a polícia.

Segundo os militares, a criança foi encontrada próxima à ponte do Setor Norte Ferroviário após conseguir pular do carro em movimento. Já o homem foi identificado por meio das características do carro no Setor Criméia Leste.

A Polícia Militar informou que ele foi preso e deve responder por crime de sequestro qualificado por envolver uma criança menor de 18 anos.

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Policiais mantêm silêncio

Antes de decisão se caso das mortes no Setor Jaó vai a júri popular ou não, defesa entrega alegações finais

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola

Vídeo mostra momento em que dois homens são mortos em abordagem e policial tirando arma de sacola (Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, entregou as alegações finais antes da decisão da Justiça se os acusados vão ou não a júri popular. Não foi apresentada uma versão sobre como se deu a sequência de fatos que culminou com a morte do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42.
O caso ganhou repercussão depois que viralizou na internet um vídeo mostrando os dois desarmados sendo executados e depois um dos policiais tirando uma arma de uma sacola e efetuando disparos com ela.

Os três policiais militares que efetuaram disparos apresentaram a defesa por escrito e afirmaram que a hipótese de legítima defesa "é plenamente conforme o real havido". Entretanto, não explicaram como foi a sequência de tiros, quem disparou primeiro nem falaram sobre o que aparece no vídeo. "Tendo em vista as peculiaridades do procedimento do júri, a defesa se reserva ao direito de, nesta etapa procedimental, apenas fustigar os gravames do motivo torpe, da dissimulação e do uso de recurso que teria impossibilitado a defesa das vítimas", escreveram na petição.

Estes mesmos policiais ficaram em silêncio durante o interrogatório realizado na audiência de instrução e julgamento em 27 de fevereiro e também durante oitiva pela Polícia Civil, ano passado. Junio foi morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira estavam presentes, mas não atiraram e afirmam que não testemunharam.

A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-GO) afirmam que Junio prestava serviços ilegais para policiais militares e foi morto junto com Marines durante um destes trabalhos. Momentos antes da emboscada, ele teria ido entregar uma encomenda no batalhão.

PMs tentam três estratégias

Sem abordarem o que aparece no vídeo, os policiais tentam três estratégias nesta fase do processo: derrubar a denúncia sob alegação de que a mesma é genérica e não individualiza a ação de cada um; anular a prova do vídeo, justificando que o mesmo foi obtido sem autorização judicial e sem autenticidade atestada; e, por fim, caso a Justiça decida manter a denúncia e levar o caso à júri, que sejam retiradas as qualificadoras que aumentam a pena prevista e que os policiais sejam julgados por homicídio doloso simples. A defesa dos réus afirma que o MP-GO não conseguiu apresentar provas que sustentem a tese apresentada.

A defesa argumenta sobre a não individualização na denúncia do papel de cada um dos seis réus na morte de Junio e Marines. Tanto na denúncia como nas alegações finais do MP-GO, é dito que os dois foram mortos por Wandson, Wellington e Marcos Jordão. Esta situação, segundo a defesa, "inviabiliza a aferição de autoria ou participação". A informação sobre quem atirou em quem consta apenas no processo que tramitou na corregedoria da Polícia Militar e não foi anexado ao processo na Justiça comum.

Ao apresentar suas alegações finais, o MP-GO afirma que é sabido que o vídeo veio do próprio celular de Junio, "afasta qualquer possibilidade de manipulação ou adulteração".