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Uma semana depois da terceirização da coleta, bairros de Goiânia ainda permanecem cheios de lixo

Prazo anunciado para normalização do trabalho na metade da capital não foi cumprido. Moradores sofrem com até 20 dias sem o serviço

Modificado em 17/09/2024, 16:03

Muito lixo na Rua 2051, no Setor Parque Atheneu: Secretaria Municipal de Infraestrutura alega demanda represada

Muito lixo na Rua 2051, no Setor Parque Atheneu: Secretaria Municipal de Infraestrutura alega demanda represada (Wildes Barbosa)

Uma semana após assumir 51,1% da coleta de lixo nas regiões Leste e Norte de Goiânia, o Consórcio Limpa Gyn ainda não regularizou o serviço nos 201 setores. Ao contrário da previsão de que o recolhimento estaria estabelecido até o fim da última semana, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), responsável pelo contrato com as terceirizadas, aponta que a normalização deve ocorrer "nos próximos dias". Diante da incerteza, moradores seguem reclamando do mau cheiro e acúmulo de resíduos.

O contrato, no valor de R$ 470,3 milhões por dois anos, ou R$ 19,5 milhões ao mês, transfere três serviços até então prestados pela Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), e também dá início à varrição mecanizada, para as empresas que formam o consórcio -- Quebec Ambiental (Goiânia), Clean Master Ambiental (Catalão) e CGC Concessões (Brasília). A transição dos serviços às terceirizadas foi iniciada no último dia 22, e deve ser concluída no dia 24 de junho.

A coleta de lixo, entretanto, deve ser totalmente repassada ao consórcio até o dia 27 de maio. Mas a menos de um mês para assumir todo o serviço na capital, os bairros já admitidos continuam com as lixeiras cheias. No dia em que a transição foi iniciada, a pasta havia informado ao jornal que até o fim daquela semana estaria normalizada a coleta, mas sem apontar como faria para suprir os atrasos. Já em comunicado à imprensa divulgado na última sexta-feira (26), a expectativa informada foi de uma semana.

Agora, a Seinfra diz em nota que "nos setores onde a coleta é diária, 95% está regularizada". "Nos setores cuja coleta é feita em dias alternados, a demanda continua alta, mas deve ser normalizada nos próximos dias. A concessionária está 100% envolvida na operação, 24h por dia e 7 dias por semana, desde o início da operação, na terça-feira (23). E assim continuará, até que a situação seja normalizada", conclui.

O trabalho de recolhimento de resíduos em dois turnos tem atendido, conforme a pasta, a 23 setores no período diurno, e outros 23 no noturno. O contrato prevê a coleta diária com equipes atuando entre 7h e 15h20, e de 18h às 2h20, exceto aos domingos. A contratante, entretanto, comenta que, para normalizar a operação, o serviço foi feito no último domingo (28) e também será realizado no feriado desta quarta-feira (1º).

Ao anunciar o início da operação, a Prefeitura informou que o consórcio contará com frota própria de 48 caminhões para a coleta domiciliar -- além de 18 destinados à seletiva, e 128 para a remoção de entulho. A falta de veículos para o recolhimento dos resíduos, diante da quebra dos mesmos, era tido como um dos principais fatores para os constantes atrasos na prestação do serviço pela Comurg, conforme o jornal mostrou em várias ocasiões.

A reportagem questionou à Seinfra quantos caminhões estão saindo diariamente para as ruas, mas a pasta não especificou quantitativo exato. A pasta disse apenas que "por dia, a empresa tem utilizado de 15% a 20% a mais de caminhões para dar apoio ao recolhimento de lixo doméstico, pois há uma demanda represada de coleta, em diversos setores de Goiânia". O jornal também entrou em contato com o Consórcio Limpa Gyn, mas foi informado de que toda a comunicação dos serviços será feita pela contratante.

Atraso segue

Moradores do Setor Jaó, na região Norte da capital, aguardam há quase um mês a normalização da coleta de lixo. Presidente da Associação dos Moradores e do Conselho de Segurança do Setor Jaó, Adriana Dourado comenta que uma equipe esteve no bairro no último domingo (28), mas fez a coleta de apenas algumas ruas. "Eles não estão dando conta de colocar em dia porque a coleta aqui era segunda, quarta e sexta. Desregulou de tal forma que está esse caos. Eu não sei quanto que vai conseguir colocar essa casa em dia, porque está transbordando", diz.

Ela conta ainda que aguardam há 20 dias o recolhimento dos resíduos. "Está uma zona. Eles vêm aqui, fazem um pedaço e deixam outro sem. Não tem uma métrica igual a que a gente tinha antigamente. Era segunda, quarta e sexta-feira (coleta de) orgânico, e sábado de reciclado. Agora não, eles passam 15 dias sem vir, e aí faz uma metade do bairro, e não faz a outra", lamenta.

O relato é semelhante em outros setores de Goiânia que já foram repassados ao consórcio. Na Vila Itatiaia, um morador comenta que parte das ruas ainda não recebeu o serviço de coleta feito pelas terceirizadas, mesmo após uma semana do início da transição. E a situação é narrada também por quem mora no Santa Genoveva. Já um residente do Residencial Vale dos Sonhos acrescenta que no bairro tem "lixo para todo lado".

Moradores de bairros como Novo Mundo, Recanto das Minas Gerais, Parque Atheneu, Chácara do Governador, Brisa da Mata, Parque das Laranjeiras, Residencial Antônio Barbosa, Residencial Barravento, Vila Santa Helena, Vila Cristina, Estrela Dalva, Setor Central, e Morada do Sol, também reclamaram à TV Anhanguera sobre o acúmulo dos resíduos. A matéria veiculada no fim da manhã desta segunda-feira (29) mostra ainda a situação caótica na Rua 20, na Vila Morais.

Após a reportagem feita pela emissora, o jornal esteve durante a tarde no local citado. Às 14h59, o cenário era de lixão a céu aberto, com sacolas espalhadas por toda a calçada. Mas mesmo após um caminhão do Consórcio Limpa Gyn passar naquela via às 15h03, os resíduos continuaram amontoados nas lixeiras. O flagrante feito pela equipe fotográfica do jornal às 17h24 constata que apenas parte do lixo foi recolhido na ocasião.

Titular da 15ª Promotoria de Justiça da comarca de Goiânia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o promotor Juliano de Barros Araújo aponta que a Seinfra apresentou um plano de trabalho para os serviços que estão sendo transferidos. Conforme ele, o órgão ministerial tem acompanhado a transição, mas pondera ainda ser "cedo" para avaliar se o mesmo tem sido seguido. Vale lembrar que o MP-GO recomendou a terceirização da coleta de lixo, diante das sucessivas crises na prestação do serviço pela Comurg.

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Acusados de matar empresário na porta de casa são condenados a mais de 14 anos de prisão

Eles foram julgados por júri popular em Goiânia pela morte de Brunno Baylão. Juiz decidiu que ambos vão aguardar recursos presos

Modificado em 15/04/2025, 19:05

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Os acusados de matar o empresário Brunno Baylão Lobo na porta da casa dele, em Goiânia, foram condenados a mais de 14 anos de prisão. Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco de Almeida passaram por júri popular presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, na segunda-feira (14). Ao Daqui, o advogado de Edgar Primo informou que recorreu da sentença nesta terça-feira (15).
A defesa de Edgar Silva Primo, informa que protocolou nesta manhã de terça-feira, petição de recurso de apelação. Entende a defesa que a decisão dos jurados, condenando-o à pena de 15 anos de reclusão, foi manifestamente contrária à prova dos autos e acima de tudo injusta".

O Daqui entrou em contato com a defesa de Henrique Pacheco, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

Henrique, que foi condenado pelo execusão do crime, recebeu 15 anos de prisão. No caso de Edgar Silva, que também receberia o mesmo tempo de condenação, o juiz decidiu pela diminuição da pena dele em seis meses por ele ter "confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime". Assim, o condenado cumprirá 14 anos e seis meses de prisão.

De acordo com a sentença, os dois ficarão detidos em regime inicialmente fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Embora caiba recursos, Jesseir Coelho determinou que Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco irão aguardar o trânsito do processo presos.

Edgar Silva Primo e Henrique Pacheco foram condenados pelo assassinato do empresário Brunno Baylão, em 2024. De acordo com a investigação, Edgar tinha uma dívida de R$ 320 mil com a vítima e, por não conseguir pagar, decidiu matá-lo.

Um vídeo de câmeras de segurança mostra o momento em que o empresário sai à rua e é atingido pelos disparos na porta de casa. Na sequência, o atirador foge do local em uma moto (assista abaixo).

Antes do julgamento, a família de Brunno cobrou por justiça. Em entrevista ao Daqui , a irmã dele, Roberta Baylão, contou

A sensação é péssima de reviver todo este sofrimento e frente a frente com estes monstros é muita tristeza, mas estamos confiantes que a justiça dos homens e a de Deus será feita", afirmou Roberta Baylão, irmã de Brunno, em entrevista.

Empresário Brunno Baylão Lobo (Arquivo pessoal) ()

Empresário Brunno Baylão Lobo (Arquivo pessoal) ()

Relembre o crime

Brunno Baylão foi assassinato em 15 de fevereiro do ano passado 2024, no Residencial Junqueira, em Goiânia. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) revelou que Edgar, proprietário de um laticínio, fornecia queijos para o empresário, que intermediava a troca de cheques do investigado com agiotas.

Devido a essa relação comercial, Edgar acumulou uma dívida com Brunno. Assim, para se livrar do débito, segundo o MP, ele contratou Henrique para executar o crime. Para esse serviço, foi oferecido R$ 15 mil como pagamento.

Ainda de acordo com a promotoria, os dois passaram a planejar o assassinato. Edgar ficou responsável por monitorar a rotina da vítima e por fornecer a arma que seria utilizada pelo executor.

Execução

Em 14 de fevereiro de 2024, conforme apuração policial, Henrique tentou matar Brunno pela primeira vez. Ele foi de moto até a empresa da vítima, se passou por entregador e disse que levava uma encomenda.

No entanto, na ocasião, foi atendido por um funcionário, que, desconfiado, alegou que Brunno não estava. Henrique deixou uma caixa com máscaras --- que não haviam sido encomendadas --- e foi embora.

Um dia depois, na manhã de 15 de fevereiro, por volta das 5h40, Edgar foi até a casa de Brunno com a desculpa de entregar queijos. Enquanto isso, Henrique o aguardava mais distante, em uma moto e armado.

Assim que Brunno abriu o portão da garagem para receber a entrega, Henrique se aproximou e efetuou diversos disparos, atingindo-o no braço esquerdo, no hemitórax e no rosto. Após o crime, ele fugiu do local.

Conforme o delegado João Paulo Mendes, Edgar ainda tentou simular uma tentativa de impedir a fuga do criminoso.

Ao fugir, o executor passa ao lado do Edgar, que estava em uma caminhonete, e para simular, arranca o tênis e finge que vai jogar no executor que passa por ele e vai embora tranquilamente", pontuou Mendes à época.

Crime aconteceu no Residencial Junqueira, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

Crime aconteceu no Residencial Junqueira, em Goiânia (Reprodução/TV Anhanguera)

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Vítimas de empresária suspeita de vender remédios para emagrecer tiveram dores de cabeça e fraqueza, diz delegado

Uma das vítimas chegou a ficar hospitalizada por dias com graves problemas gastrointestinais, segundo a Polícia Civil

Modificado em 15/04/2025, 12:06

Empresária Ana Paula Ferreira divulgava os remédios para emagrecer nas redes sociais

Empresária Ana Paula Ferreira divulgava os remédios para emagrecer nas redes sociais (Reprodução/Redes sociais)

As vítimas da empresária suspeita de vender remédios para emagrecer relataram dores de cabeça, fraqueza e outros efeitos colaterais após o uso do produto, segundo o delegado Alex Rodrigues. Uma das vítimas chegou a ficar hospitalizada por dias com graves problemas gastrointestinais. Ana Paula Ferreira e o marido, Geovanny Magalhães Ferreira, seguem presos.

As vítimas relataram terem sentido diversos efeitos colaterais, como dores de cabeça intensas, náuseas, tonturas, fraqueza, dificuldade para dormir, alterações de humor e, em alguns casos, problemas dermatológicos ou gastrointestinais", relatou Alex Rodrigues para a TV Anhanguera.

O nome e imagens do casal foram divulgados pela polícia com o objetivo de tentar identificar mais vítimas. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do casal para um posicionamento até a última atualização deste texto.

De acordo com a Polícia Civil (PC), o casal de empresários manipulava remédios para emagrecer em um laboratório insalubre e enviava os medicamentos para todo o país. No local, segundo o delegado, foi encontrada uma grande quantidade de remédios, inclusive de uso controlado, conhecidos como tarja preta, prontos para envio.

"Os medicamentos eram manipulados pela investigada juntamente com seu marido em um local totalmente insalubre, numa residência que estava passando por reforma, sem nenhuma higiene", salientou Rodrigues.

Prisão:

O casal foi preso no dia 3 de abril durante a "Operação Placebo", que ocorreu após uma denúncia da Vigilância Sanitária de Goiânia, e cumpriu mandados de busca e apreensão em duas empresas e na residência dos investigados. Conforme a polícia, nos locais foram encontradas milhares de caixas e invólucros de medicamentos controlados e diversos medicamentos já envasados e embalados prontos para comercialização.

Além disso, eles são suspeitos de expor a própria filha, uma criança autista, para divulgar os remédios nas redes sociais. Ana Paula e Geovanny foram autuados por falsificação, corrupção, adulteração e alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

Ana Paula Ferreira e Geovanny Magalhães Ferreira estão presos acusados de vender falsos remédios para emagrecer (Divulgação/Polícia Civil)

Ana Paula Ferreira e Geovanny Magalhães Ferreira estão presos acusados de vender falsos remédios para emagrecer (Divulgação/Polícia Civil)

Autorização para divulgação de imagem:

"A divulgação da qualificação e imagens dos detidos e produtos por eles comercializados visam o conhecimento do público, com finalidade de identificar novas vítimas, bem como dar publicidade aos fatos para que outras pessoas não consumam os medicamentos" , diz o comunicado da polícia.

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Família segue sem pistas de onde está jovem de 19 anos que desapareceu em Goiânia: 'Um mistério'

Segundo o pai de Luís Henrique de Moura, o professor Rodrigo Gondim, até o momento a família tem mais dúvidas do que certezas quanto ao desaparecimento do jovem

Modificado em 13/04/2025, 16:30

Luís Henrique de Moura, de 19 anos, está desaparecido desde o dia 1° de abril (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

Luís Henrique de Moura, de 19 anos, está desaparecido desde o dia 1° de abril (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

A família de Luís Henrique de Moura, de 19 anos, que desapareceu após sair de casa no dia 1° de abril, desabafa que o sumiço do jovem ainda é 'um mistério'. Segundo o professor Rodrigo Gondim, pai de Luís Henrique, até o momento a família tem mais dúvidas do que certezas quanto ao desaparecimento do jovem.

Nós não tivemos notícias {do paradeiro de Luís}. Além disso, a Polícia Civil e Polícia Militar continuam as investigações e buscas, porque até o presente momento {o desaparecimento} é um mistério", contou o professor.

Pai de jovem de 19 anos que desapareceu em Goiânia desabafa: 'Família está passando por um processo muito difícil
Vídeo mostra jovem de 19 anos que desapareceu em Goiânia saindo pela portaria do prédio que mora com os pais

De acordo com ele, Luís saiu de casa carregando apenas uma mochila preta com uma muda de roupa dentro e o documento de identidade.

Provavelmente ele não está na rua, porque se estivesse ele já teria sido avistado, encontrado. Até o momento, nós temos mais dúvidas do que certezas", desabafou o pai do jovem.

Desaparecimento

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Conforme registros de câmeras de segurança do edifício da família, no Setor Oeste, Luís Henrique saiu às 9h25 do condomínio vestindo uma calça preta, camiseta cinza, boné preto e uma mochila também preta nas costas (assista acima).

Rodrigo disse que o filho tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), tinha poucos amigos e estava fazendo teste para diagnóstico de Transtorno de Espectro Autista (TEA).

Luís Henrique deixou o apartamento da família, no Setor Oeste, carregando apenas uma mochila preta (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

Luís Henrique deixou o apartamento da família, no Setor Oeste, carregando apenas uma mochila preta (Arquivo pessoal/Rodrigo Gondim)

Luís Henrique era de poucos amigos, e os mesmos também não querem falar a respeito. Ele estava em avaliação para diagnóstico do autismo, e em função dessa avaliação eu fiz também o teste e fui diagnosticado com TEA e TDAH. Nós estamos desesperados, porque é um mistério o desaparecimento dele, e até agora não há pistas e informações", completou.

O POPULAR entrou em contato com a Polícia Civil, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A Polícia Militar informou que não tem registro de atualização sobre o caso.

Para informar sobre o paradeiro de Luís Henrique, deve-se entrar em contato pelos números 197 da Polícia Civil ou pelo (62) 99102-0040 e falar com o pai do rapaz.

Colaborou Yanca Cristina

Colaborou Yanca Cristina

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VÍDEO: Pássaro usa pedaço de pão para 'pescar' em lago de Goiânia

Publicação viralizou na internet e já acumula mais de 600 mil visualizações em uma rede social. Biólogo explicou que pássaro da filmagem é um socozinho e ele vive principalmente em países quentes, como o Brasil

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Um pássaro foi filmado usando um pedaço de pão para "pescar" no lago do Bosque dos Buritis, em Goiânia. O flagrante foi feito por dois amigos, Igor Ricardo de Almeida, de 28 anos, e Gustavo Henrique dos Santos, de 20. Os dois são estudantes de enfermagem e estavam no parque a passeio. O caso viralizou na internet e o vídeo do "pássaro pescador" já possui mais de 600 mil visualizações em uma rede social (assista acima) .

No vídeo, o pássaro aparece jogando um pedaço de pão no lago. Ele observa o movimento na água, pega o alimento e o joga novamente. Depois, quando um cágado se aproxima, o pássaro se afasta e vai para outra parte do lago com o pão no bico. Em seguida, ele joga mais uma vez a isca e, assim que um peixe se aproxima, é fisgado. Por fim, o pássaro sai voando carregando o peixe.

A filmagem, feita e publicada no último sábado (5), já acumula 56 mil curtidas e mais de mil comentários em uma rede social. À reportagem, Igor Ricardo revelou que ele e o amigo não imaginaram que o caso teria tanta repercussão. "Meu amigo [Gustavo Henrique] postou na inocência e o vídeo viralizou de uma forma extraordinária", afirmou.

As reações dos internautas à postagem foram variadas, todas em tom de humor e diversão. "Tá melhor que meu cunhado que vai pescar todos os domingos", "pescador nato", "melhor que eu com certeza", "que gracinha, cada um se vira do jeito que pode", "tudo questão de paciência e atenção" e "que vídeo lindo" foram alguns dos comentários na publicação.

Ao DAQUI , o biólogo Edson Abrão, de 49 anos, revelou que o pássaro do vídeo é um socozinho, da espécie Butorides striata. Segundo o profissional, o socozinho vive principalmente em países quentes, como o Brasil, e em regiões alagadas. Além disso, o pássaro se alimenta basicamente de peixes, insetos, mexilhões, caranguejos, pequenos répteis, calangos e lagartixas.

Ele [o socozinho] aprendeu a fazer isso [a pescar] pelo próprio processo de evolução mesmo. Ele sente a necessidade de pescar. Ele vê as pessoas jogando pedaços de pão para os peixes. Ele conseguiu perceber isso e entender. Isso é uma característica evolutiva fantástica desse animal", explicou Edson.

Registros feitos do "pássaro pescador" no Bosque dos Buritis. (Reprodução/Redes Sociais)

Registros feitos do "pássaro pescador" no Bosque dos Buritis. (Reprodução/Redes Sociais)