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Com trajetórias opostas na última década, Real Madrid e Liverpool decidem a Champions

Times se enfrentam neste sábado (28), em Paris, pela decisão da Liga dos Campeões, a partir das 16 horas (de Brasília)

Folhapress

Modificado em 20/09/2024, 00:14

Medalha que será entregue aos campeões da Champions League, neste sábado (28)

Medalha que será entregue aos campeões da Champions League, neste sábado (28) (Divulgação/@ChampionsLeague)

Em 9 de maio de 2010, o Liverpool empatou por 0 a 0 com o já rebaixado Hull, pelo Campeonato Inglês. O clima na torcida era bélico. Dois dias antes, as contas do clube referentes àquela temporada tinham sido publicadas. O prejuízo era de 54,9 milhões de libras (R$ 332,8 milhões, valor corrigido), incluído o pagamento de juros de 40,1 milhões de libras (R$ 243,1 milhões, atualizado). A dívida total era de 472,5 milhões de libras (R$ 2,86 bilhões, pela cotação atual).

A equipe não conquistava o título inglês desde 1990. No começo da Premier League 2010/11, chegou a ficar na zona de rebaixamento após uma derrota para o Blackpool.

Os donos eram os norte-americanos Tom Hicks e George Gillett. Hicks era metade da Hicks-Muse, empresa que assumiu o futebol do Corinthians no final do século passado. Uma parceria que acabou mal.

Não era difícil, na época, acreditar que o Real Madrid tinha um modelo de gestão ideal. Sem dono, pertencia aos sócios e empilhava troféus. Já era então o maior campeão da história da Champions League. Voltaria a conquistar o título espanhol em 2012.

Uma década depois disso, os dois times se enfrentam neste sábado (28), em Paris, pela decisão da Champions. Tudo está bem diferente fora de campo. A decisão será transmitida às 16 horas pelo SBT, TNT e HBO Max.

O Liverpool trocou de dono, encontrou um treinador que mudou a história da agremiação e montou uma das maiores equipes da história do futebol britânico.

Enrolado na reforma do estádio Santiago Bernabéu, o Real Madrid acumula dívida de 789 milhões de libras (R$ 4,8 bilhões corrigidos), tornou-se um dos artífices do fracassado projeto da Superliga (em que o Liverpool também estava envolvido desde o primeiro minuto) e não teve sucesso no seu maior plano de mercado dos últimos anos: a contratação do francês Kylian Mbappé. O atacante decidiu renovar com o Paris Saint-Germain.

Com a bola rolando, o Real Madrid conquistou a liga nacional com folgas e chegou à final europeia com reviravoltas históricas, como a que protagonizou nas oitavas de final, diante do PSG, e nas semifinais, contra o Manchester City --jogo em que estava quase eliminado até os acréscimos do segundo tempo e conseguiu a classificação.

Um caminho bem mais espinhoso que o do Liverpool, que passou por Internazionale, Benfica e Villarreal. Teve alguns sustos, mas sem comparações com os dos espanhóis.

Se for campeão, o time inglês chegará ao sétimo título e vai empatar com o Milan como o segundo maior campeão continental. O primeiro posto é absoluto do Real Madrid, vencedor 13 vezes.

A trajetória recente dos dois rivais mostra a volatilidade do futebol, seja nos resultados ou fora de campo.

O Liverpool viveu momentos dramáticos há pouco mais de uma década. Em 2011, o Royal Bank of Scotland deu cinco meses para aparecer um novo comprador ou o clube iria à bancarrota. Não havia mais como refinanciar os 237 milhões de libras (R$ 1,47 bilhão em dinheiro atual) emprestados pela instituição financeira.

A três dias do final do prazo e no meio de uma briga jurídica entre Hicks-Gillett com diretores apontados pelo banco, a Justiça decidiu que deveria ser aceita a oferta de consórcio liderado pelo americano John W. Henry, dono do Boston Red Sox, uma das mais tradicionais equipes da MLB (Major League Baseball), a liga profissional de beisebol dos Estados Unidos.

Imediatamente, foram pagos 200 milhões de libras (R$ 1,2 bilhão atualmente) do débito, e o Liverpool foi salvo.

Enquanto isso ocorria, o Real Madrid já armava a equipe que voltaria a conquistar a Europa. Ganhou a Champions em 2014. Voltaria a fazê-lo em 2016, 2017 e 2018. Neste último ano, contra o próprio Liverpool. Embora a política dos "galácticos", quando a agremiação contratava um superastro por temporada (Figo, Zidane, Ronaldo Fenômeno, Beckham) estivesse no passado, o clube ainda era o destino preferido de jogadores que desejavam o glamour, o dinheiro e os títulos.

"Você pode destruir outros times em um curto período, mas leva bastante tempo para construir uma fundação forte. Nós somos muito pacientes, mas agressivos", disse Henry, depois de ter assumido o comando do Liverpool, em uma de suas raras declarações públicas.

Ano após ano, a agremiação iniciou a caminhada de volta ao topo. Montou uma filosofia de contratações, melhorou a estrutura de captação de talentos e começou a investir em aquisições dentro de uma visão de médio e longo prazo.

O título inglês escapou de maneira dramática em 2014, quando um dos maiores ídolos da história do time, Steven Gerrard, escorregou diante de Demba Ba em jogo decisivo contra o Chelsea. A queda de Brendan Rodgers no ano seguinte abriu a porta para a chegada do treinador que mudaria tudo. O alemão Jürgen Klopp tinha a personalidade, o talento e o conhecimento de futebol que faltavam.

O Liverpool perdeu a final europeia para o Real Madrid em 2018, mas a venceu no ano seguinte. Também foi campeão mundial contra o Flamengo. O sonhado troféu da Premier League veio em 2020.

Enquanto tudo isso se dava, o Real Madrid, além da Champions, venceu mais três ligas espanholas, quatro edições do Mundial e uma Copa do Rei para manter o ritmo de uma das equipes mais vencedoras do planeta, por mais que na parte financeira as coisas não andassem muito bem.

A final deste sábado opõe dois clubes com visões diferentes, administrações opostas e mudanças estruturais significativas nos últimos anos. Sem importar o resultado no placar, a meta do Real Madrid é terminar a reforma que deve transformar o Bernabéu no estádio mais moderno da Europa, começar a faturar com ele e pôr as contas em ordem. Talvez, até, com renascimento da Superliga. A meta do Liverpool é continuar o que já tem feito.

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Real Madrid confirma favoritismo, bate Pachuca e leva seu 10º Mundial

Foi a 11ª vez que o time espanhol disputou a final da competição - a conta inclui o velho Intercontinental, só com europeus e sul-americanos, e a competição da Fifa

Modificado em 18/12/2024, 17:26

Vini Jr., Mbappé e Rodrygo foram os autores dos gols do Real Madrid (Christopher Pike - FIFA/FIFA via Getty Images)

Vini Jr., Mbappé e Rodrygo foram os autores dos gols do Real Madrid (Christopher Pike - FIFA/FIFA via Getty Images)

O mexicano Pachuca até chegou a esboçar uma pressão nos minutos iniciais da partida, mas não foi capaz de manter a toada e, sem surpresas, sucumbiu diante do elenco estrelado do Real Madrid na final da Copa Intercontinental.

Com gols de Mbappé, Rodrygo e Vinicius Junior, eleito na véspera o melhor do mundo pela Fifa (Federação Internacional de Futebol), o time espanhol bateu o time do México por 3 a 0 para faturar seu décimo título da competição, em jogo disputado nesta quarta-feira (18) no estádio Lusail, em Doha, no Qatar.

Foi a 11ª vez que o time espanhol disputou a final da competição - a conta inclui o velho Intercontinental, só com europeus e sul-americanos, e a competição da Fifa. A única vez em que não saiu com a taça de campeão foi em 1966, quando perdeu para o Peñarol, do Uruguai, por 4 a 0 no placar agregado na época, eram disputados dois jogos para se decidir o campeão, com 2 a 0 no Uruguai e o mesmo placar na Espanha.

Agora são 38 títulos de clubes europeus, contra 26 dos sul-americanos.

O Mundial foi reformulado neste ano e passou a se chamar Copa Intercontinental. No novo formato, o time europeu entrou apenas na final do torneio, não na fase semifinal, como ocorria nos anos anteriores. Os jogadores do atual campeão da Champions League chegaram ao local da competição apenas na segunda-feira (16), dois dias após empate por 3 a 3 com o Rayo Vallecano pelo Espanhol.

O Pachuca, classificado por ter vencido a Copa dos Campeões da Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), chegou à decisão pela primeira vez.

Nas quartas de final, bateu o Botafogo por 3 a 0, valendo-se do cansaço dos jogadores campeões da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Na semifinal, superou o Al Ahly, do Egito, nos pênaltis, após empate sem gols no tempo regulamentar e na prorrogação.

O time mexicano até começou bem o duelo com o Real Madrid nesta quarta e foi quem primeiro chegou ao gol do adversário, obrigando o goleiro belga Courtois a fazer duas defesas para manter o zero no placar.

Com um ataque formado por Vinicius Junior, Rodrygo e Mbappé, o Real Madrid não demorou, porém, a assumir o controle da partida, passando a rondar com perigo o gol defendido por Carlos Moreno.

Até que, aos 37 minutos, saiu o primeiro gol, a partir de uma jogada característica de Vinicius Junior, que partiu em velocidade pela ponta esquerda em direção à área adversária, livrou-se da marcação e passou para Mbappé, livre no meio da área, que apenas teve o trabalho de completar para o fundo das redes.

Com o gol, o atacante francês conseguiu se sagrar campeão mundial no mesmo estádio em que, há dois anos, viu escapar o que seria seu segundo título da Copa do Mundo, perdendo para a Argentina de Lionel Messi na decisão por pênaltis. Mbappé fez três gols naquela final.

Na segunda metade da partida, Rodrygo ampliou logo aos sete minutos ao receber na entrada da grande área, iludir dois adversários e bater com firmeza de pé direito no canto esquerdo, sem chance de defesa para o goleiro.

O terceiro saiu aos 39, em cobrança de pênalti convertida por Vinicius Junior, após falta dentro da área em cima de Lucas Vázquez.

A principal jogada de perigo do Pachuca foi em uma cobrança de falta do atacante Rondón, que parou em boa defesa de Courtois.

Com a confirmação da vitória, a atenção dos jogadores do time madrileno se voltam agora novamente para o Espanhol e a Champions. O clube já tem compromisso no domingo (22), quando enfrentará o Sevilla, no Santiago Bernabéu.

Campeão espanhol e europeu na temporada passada, o Real Madrid não tem conseguido repetir o desempenho dominante neste ano.

Os comandados de Carlo Ancelotti ocupam a terceira posição na tabela do Espanhol, com um jogo a menos que o líder Barcelona.

Na nova Champions, a equipe ocupa apenas a 20ª posição, após seis partidas pela fase de grupos, com três vitórias e três empates.

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Ancelotti confirma Mbappé no Qatar e pede tempo a Endrick

Treinador tranquilizou os torcedores do Real Madrid e relatou que craque não deve desfalcar time no torneio mundial

Modificado em 13/12/2024, 13:46

Carlo Ancelotti falou em entrevista coletiva que Mbappé viajará ao Qatar para a decisão do Intercontinental

Carlo Ancelotti falou em entrevista coletiva que Mbappé viajará ao Qatar para a decisão do Intercontinental (Divulgação/Real Madrid)

Técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti falou em entrevista coletiva que Mbappé viajará ao Qatar e lesão não deve tirar atleta da decisão do Intercontinental. Sobre Endrick, o treinador disse que o jovem precisa de adaptação para ter mais minutagem.

Ancelotti tranquilizou os torcedores do Real Madrid e relatou que lesão de Mbappé não deve desfalcá-lo do torneio mundial: "O que Mbappé tem não é algo muito sério. Ele viajará para o Catar e verá se consegue jogar parte do jogo. Achamos que ele poderá se recuperar da lesão a tempo".

O técnico da equipe espanhola falou também sobre ter paciência com Endrick, que deverá receber mais oportunidades conforme estiver mais adaptado: "Fala-se do Endrick, que eu dou poucos minutos para ele, blá, blá, blá... Mas ele é um jogador muito jovem que tem que se adaptar, melhorar. É claro que ele gostaria de jogar mais".

Ancelotti rasgou ainda elogios a Vini Júnior, que retornou de lesão com gol na vitória sobre a Atalanta, pela Champions League: "Para nós, Vinicius continua sendo o melhor do mundo, com uma humildade enorme que é rara em um jogador do nível dele", exaltou.

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'Não sou mais opção para o Brasil', brinca Pep Guardiola após levar goleada

Manchester City perdeu de 4 a 1 para o Sporting, em Portugal, e chegou a três derrotas seguidas

Pep Guardiola agradece torcedores do Manchester City após o time inglês perder de goleada (4 a 1) para o Sporting, pela Liga dos Campeões

Pep Guardiola agradece torcedores do Manchester City após o time inglês perder de goleada (4 a 1) para o Sporting, pela Liga dos Campeões (Divulgação / X (antigo Twitter) / @ManCity)

O técnico Pep Guardiola respondeu com bom humor ao ser questionado sobre assumir a seleção brasileira após a goleada sofrida pelo Manchester City na Liga dos Campeões.

O treinador espanhol brincou: 'Depois do 4 a 1 não sou mais uma opção para o Brasil'. O City saiu na frente do Sporting, mas levou a virada com a sensação sueca Gyokeres ofuscando Haaland.

"Depois do 4 a 1 não sou mais uma opção para o Brasil (risos). Agora, mais do que nunca, tenho gana de levantar a equipe, de voltar ao nosso nível", disse Guardiola.

Guardiola é tido como "sonho de consumo" dos torcedores para assumir a seleção brasileira. Uma pesquisa do instituto Real Time Big Data mostra que o ex-Barça é o favorito dos brasileiros para o cargo, com 27% dos votos válidos.

Ele tem contrato com o City até junho de 2025 e já disse que queria treinar uma seleção. O técnico espanhol afirmou neste ano que almeja disputar uma Copa do Mundo.

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Gabriely Miranda celebra um ano ao lado do jogador Endrick

Modificado em 04/11/2024, 08:59

Gabriely Miranda celebra um ano ao lado do jogador Endrick

(Divulgação)

A influenciadora digital Gabriely Miranda, de 21 anos, e o jogador Endrick, de 18 anos, completam um ano de relacionamento nesta terça-feira (8). Casada com a estrela do Real Madrid desde setembro deste ano, a loira relembrou o início do romance e celebrou a união com o amado nas redes sociais.

A jovem, que também atua como modelo, entrou para uma trend no TikTok que mostra casos em que 'o destino brinca com as pessoas' - frase tirada da canção "Meu Novo Mundo", do Charlie Brown Jr. Na primeira foto, Gabriely contou o que passava pela sua cabeça quando encontrou o atleta pela primeira vez.

"Vou para Ilhabela conhecer ele, somos amigos, nada vai acontecer", pensou ela na época. Em seguida, compartilhou um clique ao lado do marido com a frase da banda comandada por Chorão. Na legenda, comemorou: "Um ano de nós, daqui para sempre".

Endrick reagiu à publicação da esposa nos comentários. "Rapaz, verdade", disse ele sobre a ação do 'destino' que formou o casal