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Pelé segue na UTI, mas se recupera de forma satisfatória, diz boletim

Aos 80 anos, Pelé passou por uma cirurgia para a retirada de um tumor no cólon

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 00:52

Pelé

Pelé (Reprodução / Fifa.com)

O hospital Albert Einstein divulgou nesta sexta-feira (10) novo boletim sobre o estado de saúde de Pelé, internado desde o último dia 31. De acordo com a nota, o Rei do Futebol segue na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), está consciente e se recupera de forma satisfatória.

"O paciente Edson Arantes do Nascimento vem se recuperando de maneira satisfatória, encontra-se consciente, conversando ativamente e mantendo sinais vitais dentro da normalidade. Permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)", informou o hospital.

A conta oficial de Pelé no Instagram também divulgou uma mensagem: "Meus amigos, a cada dia que passa eu me sinto um pouco melhor. Estou ansioso para voltar a jogar, mas ainda vou me recuperar por mais alguns dias. Enquanto estou por aqui, aproveito para conversar muito com minha família e para descansar. Obrigado novamente por todas mensagens de carinho. Logo mais estaremos juntos novamente!"

Aos 80 anos, Pelé passou por uma cirurgia para a retirada de um tumor no cólon. Inicialmente, ele havia dado entrada no Albert Einstein para realizar seus exames de rotina, que deveriam ter sido feitos no ano passado, mas foram adiados por conta da pandemia da Covid-19.

No dia em que Pelé se dirigiu ao hospital, sua equipe de comunicação desmentiu informações de que ele teria desmaiado. Por meio das redes sociais, publicaram declaração do ex-atleta afirmando que se encontrava bem de saúde.

O ex-jogador, que fará 81 anos no próximo mês, ainda tem sequelas de três cirurgias realizadas nos últimos anos, uma para colocação de prótese no quadril e outras duas para corrigi-la. Também tem problemas no joelho direito. Esses contratempos têm dificultado a sua locomoção.

Familiares, amigos e pessoas que trabalham com Pelé fazem cobranças para que ele se aplique mais nas sessões de fisioterapia.

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Botafogo começa batalha pela tríplice coroa para igualar feito do Santos de Pelé

Glorioso encara o Pachuca, do México, às 14h (de Brasília), em jogo único pela 2ª fase do torneio

Elenco do Botafogo durante treino no estadio 974, no Catar

Elenco do Botafogo durante treino no estadio 974, no Catar (Vitor Silva/Botafogo)

O elenco do Botafogo ainda curtia a festa junto com a torcida no Engenhão, no domingo (8), quando teve de deixar o estádio direto para o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, de onde partiu para o Catar.

A viagem de 14 horas, com a delegação dividida em dois aviões fretados, emprestados ao clube pelo New England Patriots, da NFL -cujo dono é amigo pessoal do empresário e dono do time carioca John Textor-, levou os jogadores do time da estrela solitária para o último desafio da equipe nesta temporada: a disputa da Copa Intercontinental, o antigo Mundial de Clubes.

Depois de festejar a conquista do Campeonato Brasileiro oito dias após também ganhar a Libertadores, a formação preto e branca alcançou um feito raro entre os clubes do Brasil.

No formato atual das competições, somente o Flamengo tinha conseguido isso, em 2019 -o Santos de Pelé, bicampeão sul-americano em 1962 e 1963, faturou também nesses anos a Taça Brasil, equiparada ao Brasileiro em 2010 pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

A equipe do litoral paulista também ganhou naquela década os troféus da Copa Intercontinental de 1962 e 1963, colocando em sua galeria uma tríplice coroa, com títulos nacionais, continentais e mundiais.

Isso faltou ao Flamengo de 2019, que acabou superado pelo Liverpool na decisão do torneio organizado pela Fifa também no Catar.

É essa marca que o Botafogo terá a chance de buscar agora. Nesta quarta-feira (11), o time faz sua estreia na segunda fase do torneio, diante do Pachuca, do México, às 14h (de Brasília) - Globo, SporTv, CazéTV e a plataforma de streaming Fifa+ transmitem.

Em caso de vitória sobre os mexicanos, o time brasileiro enfrentará o Al-Ahly, do Egito, no último play-off antes da decisão, fase para qual o Real Madrid, como representante europeu, classificou-se diretamente.

Pouco antes do embarque para o Catar, John Textor brincou sobre um possível confronto com o atual vencedor da Champions League. "Sei que temos um jogo contra o Pachuca e não sei o que vem depois disso. Tem esse time pequeno de Madri talvez esperando, mas temos que conquistar nosso lugar lá primeiro", afirmou.

O "pequeno time de Madri" é o maior vencedor da Champions League, com 15 troféus, venceu três vezes a antiga Copa Intercontinental (1960, 1998 e 2002) e cinco vezes o Mundial de Clubes da Fifa (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022).

O histórico não assusta os jogadores do Botafogo. No embarque para o Catar, o atacante Luiz Henrique disse o time está com "sorte".

"Vamos fazer de tudo para que a gente consiga vencer os adversários pela frente. Creio que vamos fazer um torneio muito bom e quem sabe vamos sair campeões. Estamos com sorte", afirmou.

Para o treinador do Pachuca, Guillermo Almada, o bom momento vivido pelo Botafogo vai além da sorte. Uruguaio, ele diz que conhece e acompanha de perto o futebol no Brasil e entende que a conquista do Campeonato Brasileiro reflete a força do elenco do time carioca.

"Vencer o Brasileirão, em alguns casos, é até mais difícil do que a Libertadores", afirmou. "O Botafogo é um grande time, com um grande técnico e grandes atletas. Todas as conquistas falam por si, da capacidade técnica que eles têm. Eles vão exigir o nosso melhor", acrescentou.

Guillermo também está preocupado com o aspecto físico de seus jogadores. O Pachuca não faz um jogo oficial há quase um mês, desde o fim da temporada regular da liga mexicana. Se por um lado o tempo livre foi bom para descansar e recuperar os atletas, a falta de ritmo de jogo também pode atrapalhar.

No caso do Botafogo, como Luiz Henrique disse no embarque, o time vai chegar com a "adrenalina lá no alto".

"Será difícil, mas, como sempre digo aos atletas, acreditando no nosso trabalho e em cada companheiro, poderemos competir com eles", afirmou o técnico do Pachuca.

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Entre Messi e Maradona, papa Francisco escolhe Pelé

Papa lembrou de um encontro com o atleta brasileiro em um avião, em Buenos Aires

Modificado em 19/09/2024, 01:21

Papa Francisco

Papa Francisco (REUTERS/Remo Casilli)

Em uma entrevista ao canal de televisão italiano RAI, o papa Francisco surpreendeu ao citar Pelé como o seu jogador preferido ao ser perguntado sobre a escolha entre os argentinos Lionel Messi e Diego Maradona.

"Eu direi um terceiro: Pelé", afirmou o religioso, também nascido na Argentina, ao diretor do telejornal TG1, Gian Marco Chiocci, que falou sobre a oitava Bola de Ouro conquistada por Messi.

O papa lembrou de um encontro com o atleta brasileiro em um avião, em Buenos Aires. "Para mim, desses três, o grande cavalheiro é Pelé. Um homem de coração. Um homem de uma humanidade grande".

Maradona, que visitou o papa Francisco no Vaticano, foi definido pelo religioso como um grande jogador. "Mas como homem, faliu", afirmou. "Coitado, escorregou com a corte de quem o louvava, mas não o ajudava. Teve aquele fim".

O papa chamou Messi de corretíssimo e um cavalheiro. "Os três são grandes. Cada um com sua especificidade. Messi é forte nesse momento. E Pelé era forte", completou.

Na longa entrevista, Francisco falou sobre a guerra Israel-Hamas e na Ucrânia e temas como a imigração e a crise climática.

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Pelé é sepultado em Santos após multidão se despedir em cortejo e velório

O cortejo, previsto para levar 40 minutos, foi concluído em quase quatro horas, em meio a multidões às ruas de Santos

Modificado em 19/09/2024, 00:06

O sepultamento de Pelé foi reservado para os familiares

O sepultamento de Pelé foi reservado para os familiares (Tomzé Fonseca/Futura Press/Folhapress)

Cinco dias após sua morte, o Brasil deu o adeus a Pelé. O corpo do Rei do futebol percorreu as ruas de Santos por quase quatro horas antes de ser sepultado no cemitério vertical Memorial Necrópole Ecumênica, nesta terça-feira (3).

Depois de dias de calor intenso, o que exigiu resistência e paciência das mais de 230 mil pessoas que passaram pelo estádio da Vila Belmiro durante o velório que durou 24 horas, o cortejo aconteceu sob chiva fina na cidade do clube que o projetou para o mundo.

Na manhã desta terça-feira, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva compareceu ao funeral. A cerimônia final foi restrita à família.

Durante o cortejo, os torcedores puderam se despedir pela última vez maior jogador de futebol da história. O velório na Vila Belmiro foi marcado por homenagens, cantos e emoção.

O caixão foi retirado da tenda por volta das 10h desta terça-feira (3) e deixou o gramado em um carrinho.

O corpo de Pelé foi colocado no caminhão do Corpo de Bombeiros, que iniciou cortejo por algumas ruas de Santos.

Integrantes de torcidas organizadas, com bandeiras e instrumentos musicais, lotaram a avenida Bernardino de Campos, próxima ao portão principal da Vila Belmiro, à espera da passagem do corpo.

O trecho da avenida esteve completamente tomado de torcedores, que cantaram sem parar, como em um jogo de futebol. "Mil gols, mil gols, mil gols... só Pelé, só Pelé, que jogou no meu Santos", grita a torcida em uma música também cantada em dias de partidas da equipe. O hino oficial do Santos também foi entoado, além de canções das organizadas do time.

O caminhão passou na frente da casa de Celeste Arantes, mãe de Pelé, no canal 6. Emocionada, a irmã do Rei, Maria Lúcia, foi à varanda, acenou e se despediu do irmão. A mãe de Pelé não apareceu. Ela tem 100 anos de idade e vive na casa, mas está com a saúde debilitada e sob cuidados.

Sob aplausos e gritos de "Pelé", a multidão que se aglomerou em frente a casa de dona Celeste se mostrava emocionada.

O caminhão de bombeiros ficou cerca de 15 minutos parado no local. E, cada vez que andava alguns metros, era aplaudido.

Judith Santana, 67, mora a duas quadras da casa da mãe de Pelé e se disse surpresa com a vizinha ilustre. "É muito emocionante", afirmou olhando para a sacada do imóvel cheia de gente.

"É belíssimo, maravilhoso", afirmou um homem com a camisa do Santos e uma cadeira de praia na mão, durante um dos inúmeros aplausos quando o caminhão parou exatamente em frente à casa.

Dezenas de motociclistas fizeram um buzinaço no canal 6 após a passagem do corpo.

Em alguns trechos do trajeto percorrido pelo cortejo, pessoas nas sacadas de suas casas e nas janelas dos apartamentos jogaram pétalas de rosas para o Rei.

A orla da praia, no bairro do Gonzaga, ficou lotada de pessoas à espera do cortejo, desde banhistas até pessoas com camisa do Santos e roupa de trabalho.

Com trânsito interditado na avenida Presidente Wilson em frente a praia, torcedores tomam a via com bandeiras do clube santista.

A aposentada Maria Letícia Brito, 64, de Indaiatuba (SP) deixou o marido tomando conta das cadeiras do casal, que passa férias em Santos, para ir até a avenida Presidente Wilson ver o corpo de Pelé passar.

"Quanta gente", afirmou ela no meio da multidão. Com o canto dos mil gols que só Pelé tem, torcedores seguiam o caminhão.

Ana Rita Santos, 24, que trabalha em uma loja na avenida Anna Costa, teve permissão da chefe para ir até o canteiro central da Presidente Wilson.

"Vai com Deus, Pelé", gritava ela, que se diz santista doente. "Lá em casa todo mundo é", afirmou emocionada e com lágrimas nos olhos.

Durante a passagem do corpo, as pessoas acenavam de sacadas de prédios e de comércios.

Os santistas eram maioria nas ruas, mas torcedores com camisas de vários clubes do Brasil também são vistos acenando para o cortejo.

Os corintianos Jonatas do Prado Nascimento, 33, e Daniel José da Costa, ambos de Peruíbe, chegaram cedo à esquina do cemitério vertical onde Rei foi enterrado.

"Alguns atletas são capazes de transcender rivalidades", diz Jonatas. "O Pelé é um deles", acrescenta Daniel. "Na Copa, a gente viu um pouco disso com o Messi. Independente da Argentina, muita gente estava torcendo por ele. Com o Pelé, foi assim a carreira dele toda", finaliza Jonatas.

O cortejo, previsto para levar 40 minutos, foi concluído em quase quatro horas, em meio a multidões às ruas de Santos.

Em uma das últimas etapas do trajeto, torcidas organizadas e torcedores comuns cantaram o hino do Santos e estouraram rojões quando o caminhão passou por ruas próximas ao cemitério.

Assim que o caminhão de Bombeiros parou em frente ao cemitério, uma marcha fúnebre foi tocada pela banda da Polícia Militar, enquanto o corpo era retirado do veículo. Já em solo, foi carregado para o interior do espaço ao som do hino do Santos. Foi tocado ainda o hino religioso Segura na Mão de Deus.

LULA FOI AO VELÓRIO, PARTICIPOU DE CERIMÔNIA RELIGIOSA E DEIXOU A VILA EM 15 MINUTOS

Até o início da manhã, mais de 150 mil pessoas haviam passado pelo velório para dar adeus ao Rei. Ao fim do velório, a cifra divulgada foi de mais 230 mil pessoas na Vila Belmiro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve na manhã desta terça no estádio para prestar sua homenagem a Pelé. Ele chegou à Baixada Santista de helicóptero, que pousou no campo da Portuguesa Santista, bem próximo ao estádio do time alvinegro.

Desde as primeiras horas da madrugada, um forte esquema de segurança foi montado em frente ao estádio.

O presidente entrou no gramado às 9h12, de mãos dadas com a primeira-dama Janja e acompanhado de uma comitiva.

Ao se aproximar do caixão, Lula abraçou os parentes do Rei do futebol. Pouco depois, foi iniciada uma cerimônia religiosa. O presidente ficou ao lado do padre Javier Mateo Arana, da diocese de Santos.

Logo depois, Lula deixou o gramado. No caminho, parou para abraçar e tirar foto com populares.

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Lula vai ao velório de Pelé na Vila Belmiro

O chefe do executivo deve ir a Santos na terça-feira, visto que o velório do Rei vai durar 24 horas

Modificado em 19/09/2024, 00:05

Não há previsão, até o momento, de o vice-presidente Geraldo Alckmin acompanhar Lula na viagem

Não há previsão, até o momento, de o vice-presidente Geraldo Alckmin acompanhar Lula na viagem (Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ao velório do Pelé, que começou nesta segunda-feira (2) no estádio da Vila Belmiro, em Santos.

Segundo interlocutores do chefe do Executivo, ele deve ir na terça, uma vez que a cerimônia do Rei do futebol deve durar 24 horas, até as 10h.

Não há previsão, até o momento, de o vice-presidente Geraldo Alckmin acompanhá-lo na viagem.

A solenidade de posse dos dois, realizada no Congresso Nacional, começou com uma homenagem póstuma a Pelé, morto na última quinta-feira (29).

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu aos presentes que fizessem um minuto de silêncio em respeito ao Rei do futebol.

Nas redes sociais, Lula disse que teve o privilégio de assistir Pelé em campo e lamentou a morte do Rei do Futebol.

"Poucos brasileiros levaram o nome do nosso país tão longe feito ele. Por mais diferente do português que fosse o idioma, os estrangeiros dos quatros cantos do planeta logo davam um jeito de pronunciar a palavra mágica: 'Pelé'", afirmou em mensagem publicada nas redes sociais.

Torcedor do Santos e amigo de Pelé, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes foi a primeira autoridade a chegar para o velório do Rei do futebol, que começa às 10h desta segunda-feira (2) no estádio da Vila Belmiro, em Santos.

Ele lembrou que os dois fizeram parte do governo de Fernando Henrique Cardoso --Mendes foi advogado-geral da União, e Pelé, ministro dos Esportes.

"Fizemos a Lei Pelé e eu não queria me furtar desta última homenagem", afirmou.

Mendes disse ter várias camisas autografadas do Rei em seu gabinete no Supremo e que eles falavam ao telefone.

"Depois do 7 a 1 [derrota do Brasil para a Alemanha], ele me ligou e perguntou o que havia acontecido. Respondi dizendo que não sabia, mas, eu como santista, lembrei que o Santos de Pelé havia perdido por 6 a 2 para o Cruzeiro no mesmo Mineirão. Ele falou que havia esquecido", brincou.

Gilmar lembrou uma frase do ex-presidente americano Barack Obama de que Pelé é insubstituível. "Não sou santista, mas pelesista."