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Pietro supera grave acidente para recolocar os Fittipaldis na F1

Neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, o piloto reserva da Haas substituirá Romain Grosejan, no GP do Bahrein

Folhapress

Modificado em 24/09/2024, 00:13

Pietro Fittipaldi pilotará pela Haas no final de semana

Pietro Fittipaldi pilotará pela Haas no final de semana (Haas F1 Team / Divulgação )

Ainda impressionado com as imagens do acidente de Romain Grosejan, 34, no GP do Bahrein, no último domingo (29), Pietro Fittipaldi foi chamado para conversar com o chefe da equipe Haas, Gunther Steiner, na manhã de segunda (30). Steiner avisou o brasileiro de 24 anos que ele seria o substituto do francês na próxima etapa da F1, domingo (6), no GP de Sakhir, novamente no Bahrein.

Neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, o piloto reserva da escuderia americana foi surpreendido com a mensagem do chefe. Grosejean estava bem, mas ainda internado para tratar as queimaduras que sofreu após a explosão de seu carro --teve alta nesta quarta (2).

"Eram umas dez da manhã, eu estava no banheiro quando recebi uma mensagem do Gunther me chamando para ir para a pista. Eu corri, cheguei lá em meia hora, e ele me contou tudo", disse Pietro durante uma live no canal Fittipaldi Brothers, que mantém junto com o irmão Enzo na Twitch.

"Logo que eu cheguei, ele quis saber se eu estava preparado. Foi a primeira coisa que o Gunther disse. Respondi que sempre estou", contou. "Aí ele disse: 'a resposta tem que ser eu nasci preparado'. Eu dei risada, mas falei: 'eu nasci pronto'. Então ele: 'que bom, porque você vai correr neste fim de semana.'"

Nesta sexta-feira (4), ele terá a primeira oportunidade de provar seu preparo durante a sessão de treinos livres no Bahrein, às 10h30 (de Brasília). No sábado (5), o treino classificatório será às 14h. Ambas as atividades, assim como a corrida de domingo (6), às 14h10, terão transmissão do SporTV 2.

Quando der a largada, Pietro se tornará o 32º piloto brasileiro na história da F1 e encerrará um hiato de quase três anos do país na categoria, desde a despedida de Felipe Massa, em 2017.

O piloto da Haas também recolocará o sobrenome Fittipaldi no grid após 26 anos. O último da família a competir foi Christian Fittipaldi, de 1992 a 1994. Ele é filho de Wilson Fittipaldi Júnior, também ex-piloto de F1 e irmão de Emerson. O bicampeão da categoria em 1972 e 1974 é pai da mãe de Pietro, Juliana.

"É muito legal poder seguir o caminho do meu avô, do meu tio-avô e também do Christian. É incrível. Todo piloto sonha em correr na F1. Vai ser uma grande honra representar o Brasil", disse Pietro à reportagem.

O legado da família não só o inspirou como abriu portas para o jovem, mas a trajetória dele até a principal categoria do automobilismo mundial revela uma história de superação pessoal.

Em 2018, ele disputava o Mundial de Endurance quando sofreu um grave acidente no treino antes da etapa de abertura, em Spa-Francorchamps, na Bélgica. Após uma falha nos freios de seu carro, ele bateu logo na entrada da curva Eau Rouge, a mais famosa do circuito, destruindo toda a dianteira do veículo.

O impacto da batida provocou uma fratura exposta na perna esquerda e uma fratura perto do osso do tornozelo direito, além do rompimento dos ligamentos do joelho. "Quando eu bati o carro em Spa, olhei para baixo e vi que as minhas pernas estavam todas tortas. Eu só pensava em quando poderia voltar a correr", relembra o piloto.

O acidente ocorreu em 4 de maio, o que o impediu de disputar, no fim daquele mês, as 500 Milhas de Indianápolis, uma das mais tradicionais provas do automobilismo.

Mesmo sem poder correr, ele viajou para a sede da corrida e morou dentro de um motorhome em frente ao autódromo durante dois meses, com sua mãe. Ele e a família optaram por fazer todo o tratamento com médicos americanos.

Apenas dois meses depois do acidente, o piloto já estava competindo novamente. Segundo seu pai, Carlos Agostinho Pires da Cruz, conhecido como Gugu da Cruz, a família temeu por algo pior. "A gente achou que era o fim. O médico falou que ele demoraria um ano para andar, mas esse menino nunca chorou, nunca reclamou", contou em depoimento nas redes sociais.

Pietro chegava a se arrastar no chão enquanto não conseguia andar. "Teve um dia que a gente estava no motorhome, em Indianápolis, e eu vi sangue no chão. Perguntei para ele se o curativo tinha vazado e ele disse que não. Mas as mãos dele estavam cheias de bolhas por ele se arrastar pelo chão. Em 60 dias, ele estava em pé. A determinação dele é...", completou Gugu, emocionado, sem conseguir completar a frase.

Gunther Steiner também ficou impressionado com a determinação do brasileiro, sobretudo por ele voltar a competir na Indy antes mesmo de estar totalmente recuperado. Foi nessa época que eles começaram a se aproximar e conversar sobre uma oportunidade na Haas.

Steinter queria um jovem piloto que aceitasse fazer parte do trabalho de desenvolvimento do carro, porém no simulador. Para Pietro, era a chance de entrar na F1. Em novembro de 2018, ele foi anunciado como piloto de testes da escuderia. Duas semanas depois, participou dos primeiros testes, em Abu Dhabi.

Ao todo, acumula 422 voltas em três diferentes circuitos: Sakhir, Abu Dhabi e Barcelona. "Ele tem sido paciente e sempre foi preparado para essa oportunidade. Tenho certeza que ele fará um bom trabalho", afirmou Steiner.

De fato, o brasileiro teve de ser paciente. Por trabalhar para a Haas, foi difícil para ele se dedicar a outros campeonatos nos quais poderia ser titular. Mesmo assim, correu na categoria de turismo DTM em 2019 e terminou na 15ª posição.

Seu sonho sempre foi ser titular na F1. Uma vontade que começou a brotar no piloto desde os cinco anos de idade, quando começou a correr de kart em Miami, nos EUA, cidade onde nasceu.

Até chegar a oportunidade deste fim de semana, Pietro Fittipaldi acumulou conquistas. Aos 15 anos, ganhou o campeonato da categoria Late Model da Nascar, nos EUA. Aos 18, foi campeão na Fórmula Renault Inglesa. No ano passado, ganhou a Fórmula V8, antiga World Series.

Apesar da oportunidade no GP de Sakhir, o brasileiro dificilmente terá espaço na F1 em 2021. Nesta semana, a Haas anunciou que Mick Schumacher, filho do heptacampeão, e o russo Nikita Mazepin formarão a dupla da equipe após as saídas de Grosjean e do dinamarquês Kevin Magnussen no fim do ano.

Caso não continue na Haas como piloto de testes, Fittipaldi estuda voltar à IndyCar, pela qual já disputou seis etapas. O futuro será definido nas próximas semanas. Neste momento, ele só quer saber de sua estreia na F1.

Carro 51 virou homenagem ao Palmeiras O carro com o qual o brasileiro debutará na F1 carrega o número 51. Palmeirense, Pietro diz que será uma forma de homenagear o time pela conquista da Copa Rio de 1951, que ele e o clube consideram um Mundial.

A numeração, porém, não foi definida inicialmente por ele, mas sim pela Haas, no seu primeiro teste na equipe. Na ocasião, ele queria usar o 21, já adotado por Esteban Gutierrez.

"Quando a equipe perguntou para mim qual o número que eu queria usar neste fim de semana, decidi ficar com ele porque era o número que estava comigo desde o começo com eles", disse Pietro ao UOL. "E todo mundo sabe que, em 51, o Palmeiras ganhou o Mundial", acrescentou.

O clube respondeu em uma rede social, desejando boa sorte ao novato.

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Gabriel Bortoleto é confirmado na Sauber e Brasil volta a ter titular na Fórmula 1 em 2025

Brasileiro está confirmado no grid e seguirá na equipe quando o time passar a se chamar Audi a partir de 2026

Gabriel Bortoleto está confirmado como piloto titular da Sauber na Fórmula 1 em 2025

Gabriel Bortoleto está confirmado como piloto titular da Sauber na Fórmula 1 em 2025 (Divulgação / fiaformula2)

O brasileiro Gabriel Bortoleto está confirmado como piloto titular da Sauber na Fórmula 1 em 2025 e seguirá na equipe quando o time passar a se chamar Audi a partir de 2026. Com isso, ele encerra um hiato de oito anos sem titulares do país na principal categoria do automobilismo, desde a aposentadoria de Felipe Massa em 2017.

Bortoleto completou recentemente 20 anos, e vem tendo uma ascensão meteórica nas categorias diretamente abaixo da Fórmula 1. Ele foi campeão da Fórmula 3 logo em seu ano de estreia, em 2023, e é atualmente o líder da Fórmula 2, com duas rodadas duplas para o final da temporada.

Seu nome passou a circular como um possível alvo da Audi no final de julho, e as conversas ganharam força com a grande performance do brasileiro no GP da Itália, quando ele venceu a corrida principal saindo da última colocação.

Mas havia um entrave, resolvido nas últimas semanas: Bortoleto era piloto da academia da McLaren, que o liberou para que ele pudesse ser anunciado ainda com o campeonato da F2 em andamento.

BORTOLETO TEVE UMA ASCENSÃO METEÓRICA NOS ÚLTIMOS 2 ANOS
O piloto não vinha de resultados tão expressivos nas categorias de base até assinar com a A14 Management, agência de Fernando Alonso, que passou a guiar sua carreira em setembro de 2022. Ele conseguiu um teste com a equipe Trident, foi bem, e garantiu sua vaga na F3.

Foi um campeonato cerebral, administrando a vantagem que tinha conquistado nas primeiras etapas do ano, sem cometer os erros e ter os altos e baixos que costumam marcar essas categorias em que os pilotos ainda estão se desenvolvendo.

Com o título e um bom projeto de patrocínio por trás, formando um pacote atrativo para qualquer equipe, Bortoleto conseguiu uma boa vaga também na F2, na Invicta Racing, além de ter entrado para o programa de jovens pilotos da McLaren.

Embora a Invicta fosse uma das melhores equipes do campeonato, ainda havia dúvidas quanto ao rendimento de cada equipe, já que a Fórmula 2 estreou um novo carro neste ano. Tanto, que pilotos que já estão garantidos na F1 em 2025 e que atualmente dividem o grid da F2 com Bortoletto - Ollie Bearman e Kimi Antonelli - que também correm por uma equipe forte, a Prema, nunca estiveram na disputa pelo título.

Bortoleto teve alguns problemas técnicos e azares no começo do ano, mas ao longo da temporada foi mostrando regularidade e cresceu no último terço do campeonato, saindo da etapa do Azerbaijão na liderança. Faltam rodadas duplas, no Qatar e em Abu Dhabi, e ele tem 4.5 de vantagem para o segundo colocado.

O plano de carreira inicial era fazer dois anos de F2, lutando pelo título logo de cara. O objetivo dele, Gabriel, era mais alto: emular Oscar Piastri, Charles Leclerc e George Russell e ser campeão como estreante na F3 e na F2. Até porque esse tipo de currículo não é ignorado pelas equipes de F1. Embora não tenha conquistado o título ainda, ele fez o bastante para que a Audi se interessasse.

NÃO DÁ PARA ESPERAR MUITO DA SAUBER
A Audi vem investindo pesado na equipe que continuará como Sauber até o final de 2025. A fábrica montada pelos alemães para fazer o motor da F1 de 2026 tem um nível de maquinário até superior ao das concorrentes. Porém, o desafio de competir de igual para igual com fabricantes com larga experiência na F1 é grande e não se espera que sua unidade de potência estreie no mesmo nível dos rivais.

O desafio não para por aí. A estrutura da própria equipe Sauber tem recebido atualizações, embora a fábrica não seja das mais acanhadas entre os times da F1. O que vem mudando, e muito, é a quantidade e qualidade dos profissionais que trabalham na equipe, uma vez que a Audi vem pinçando funcionários dos rivais, especialmente de times grandes.

À frente do projeto está Mattia Binotto, ex-chefe da Ferrari. E em 2026 chega Jonathan Wheatley, um dos responsáveis pelo sucesso da Red Bull, que vai voltar a se juntar ao chefe dos mecânicos, Lee Stevenson, que tem atraído outros ex-Red Bull para o time. Mas o próprio rendimento da equipe neste ano, sem nenhum ponto marcado, mostra que ainda há muito pela frente, o que espantou os pilotos mais experientes que foram procurados pelo time, especialmente Carlos Sainz.

No final, a equipe ficou entre contar com Valtteri Bottas por mais um ano para que ele ajudasse nesta fase de transição ao lado do também experiente Nico Hulkenberg, ou contar com um jovem. E optou por Bortoleto como uma aposta a longo prazo.

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Interlagos transborda de homenagens a Ayrton Senna 30 anos após a morte do piloto

Prefeitura da capital paulista se juntou à organização do evento para promover ações coordenadas durante os três dias do GP

Modificado em 04/11/2024, 08:48

Capacete gigante é uma das atrações em homenagem a Ayrton Senna: material contém peças recicláveis, pesa 300 kg e foi levada à curva do "S", na pista

Capacete gigante é uma das atrações em homenagem a Ayrton Senna: material contém peças recicláveis, pesa 300 kg e foi levada à curva do "S", na pista (Divulgação / X (antigo Twitter) / @F1)

O Grande Prêmio de São Paulo da Fórmula 1 transbordará de homenagens a Ayrton Senna nesses dias em Interlagos. O GP deste ano ocorre no 30º aniversário da morte do piloto brasileiro. Por isso, a prefeitura da capital paulista se juntou à organização do evento para promover ações coordenadas durante os três dias.

A reportagem esteve no Autódromo de Interlagos e acompanhou a finalização de detalhes para entregar algumas das homenagens ao tricampeão mundial.

CAPACETE GIGANTE
Na última quinta-feira (31), o tetracampeão Sebastian Vettel promoveu a primeira ação: um capacete "forever Senna" ("para sempre Senna") gigante. A peça, criada por artistas brasileiros apenas com materiais recicláveis, pesa 300 kg e foi levada à curva do "S", na pista, por um guindaste.

Vettel se reuniu com vários pilotos, incluindo o brasileiro Gabriel Bortoleto, do programa de desenvolvimento da McLaren, para uma foto dentro do capacete. O capacete ainda ficará em exibição em área específica do autódromo até domingo (3).

MURAL DO SENNA REVITALIZADO
Nesta sexta (1º), o mural de Senna, localizado próximo à entrada do autódromo, foi reinaugurado após a revitalização feita pelo grafiteiro Eduardo Kobra.

"Tão importante quanto criar novos murais é restaurar e preservar os murais que já existem. Para mim, é um privilégio estar aqui restaurando mais um painel para a cidade". Kobra, grafiteiro e muralista

O artista esteve em Interlagos para deixar sua assinatura no mural. A ação contou com a presença do prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB).

HAMILTON PILOTA MCLAREN DE SENNA
A F1 confirmou Lewis Hamilton como piloto escolhido para conduzir a histórica McLaren MP4/5B de Senna. O carro do tributo foi o usado pelo piloto no bicampeonato na temporada de 1990 da F1. O box demonstrativo que vai receber o monoposto foi montado próximo à pista.

"Eu nunca imaginei em todos esses anos que conseguiria dirigir o carro do Senna. Lembro que alguém me contatou e eu pude ter a oportunidade. Quando eu estava na McLaren, tive a oportunidade de dirigir o MP4/4, foi incrível. Eu lembro da vez em que ele finalmente ganhou aqui [no GP de São Paulo] e levantou a bandeira. Definitivamente, vai ser uma experiência muito emocionante. Espero que as pessoas estejam aqui para ver". Lewis Hamilton, piloto da Mercedes, em entrevista coletiva

A ação com o piloto britânico, que recebeu o título de Cidadão Honorário Brasileiro em 2022, está prevista para o sábado (2), às 17h (de Brasília), após as classificatórias.

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Chance de brasileiro estrear na Fórmula 1 passa por futuro de Bottas

Gabriel Bortoleto é o melhor estreante na F2 no momento

Modificado em 17/09/2024, 17:19

Piloto Gabriel Bortoleto quando ainda corrida na Fórmula 3

Piloto Gabriel Bortoleto quando ainda corrida na Fórmula 3 (Alex Farias/Photopress/Folhapress)

O piloto brasileiro Gabriel Bortoleto tem chances de estar no grid da Fórmula 1 como titular na próxima temporada, mas a equipe Sauber ainda não definiu qual caminho vai tomar em um ano que será de transição para eles: apostam em um novato como o atual vice-líder da Fórmula 2 ou tentam manter alguma continuidade em uma equipe que vem passando por muitas mudanças enquanto se prepara para se tornar o time de fábrica da Audi em 2026.

A equipe passou por mudanças importantes recentemente, com a saída de Andreas Seidl e a chegada de Mattia Binotto para liderar a operação da Audi na F1, e a contratação de Jonathan Wheatley, parte importante para o sucesso da Red Bull, como chefe de equipe.

A administração anterior queria dispensar os dois pilotos atuais da Sauber, Valtteri Bottas e Guanyu Zhou, mas, nas últimas semanas, o nome especialmente do finlandês ganhou mais força, já que ele traz continuidade no trabalho em uma equipe que vem recebendo muitos profissionais de outros times e que contará também com Nico Hulkenberg ano que vem.

O próprio Bottas dizia em junho que preferia não ficar na equipe à qual se juntou há três anos. Mas agora que as outras vagas remotamente possíveis para ele estão fechadas, a questão é ficar ou não na F1.

Na Sauber, depois dos meses de tentativa de atrair Carlos Sainz, houve uma sondagem para entender a situação de Liam Lawson, mas a Red Bull descartou emprestá-lo, até porque pretende promover o neozelandês na próxima temporada. Eles fizeram o mesmo com a Alpine, querendo saber quais os planos para Jack Doohan, que foi confirmado como titular pelo time francês semana passada.

É aí que entra o nome de Bortoleto, que é ligado à McLaren, mesmo sendo o menos experiente de todos os jovens pilotos que estão potencialmente no mercado. Não coincidentemente, a reportagem apurou que o brasileiro fará pelo menos seus primeiros testes privados de F1 nesta segunda metade do ano e segue seu trabalho no simulador da McLaren, com a possibilidade de fazer um treino livre, embora isso ainda não tenha sido definido.

O plano inicial de Bortoleto era fazer dois anos de F2 e intensificar os testes privados no segundo ano, mas é claro que ele quer aproveitar qualquer oportunidade que apareça. Seu projeto de carreira tem sido feito de maneira sólida, com um bom orçamento, o que inclusive lhe dá a chance de ser agenciado pela A14 Management, de Fernando Alonso. E os resultados na F2, com boas pontuações nas corridas principais, fazendo com que ele seja o melhor estreante da temporada no momento, também ajudam.

Mas o mercado está deixando claro que é muito importante para as equipes de F1 no momento que os pilotos tenham quilometragem com os carros da categoria e que seu rendimento e retorno técnico nos testes e nas sessões de simulador sejam fortes. E isso tem sido até mais valorizado do que o resultado nas categorias de base.

Prova disso está nas escolhas que as equipes fizeram até agora. Estão confirmados no grid em 2025 Oliver Bearman e Jack Doohan, que não têm títulos na F3 ou F2, mas impressionaram nos testes privados que fizeram neste ano. O mesmo aconteceu com Kimi Antonelli, que deve ser confirmado nesta semana como titular na Mercedes para 2025 e fará a primeira sessão de treinos livres do GP da Itália, como confirmado por Toto Wolff neste domingo em Zandvoort. E também com Lawson, embora ele já tenha algumas corridas de experiência na própria F1.

Circula no paddock a informação de que a decisão na Sauber pode sair antes mesmo do GP do Azerbaijão, que será realizado daqui a três semanas.

SARGEANT PODE NÃO TERMINAR A TEMPORADA?

A batida do piloto norte-americano por um erro durante o terceiro treino livre, em um momento bastante inoportuno para a Williams, que testava seu maior pacote de atualizações do ano, irritou bastante a direção da equipe e o deixou em uma situação ainda mais delicada internamente.

Já havia a possibilidade de Sargeant ser dispensado antes do GP da Holanda e ser substituído por Mick Schumacher, reserva da Mercedes. Mas também é verdade que o histórico do alemão não é dos mais positivos em relação à quantidade de batidas que ele sofreu quando era titular pela Haas.

"Gostaria muito que Mick tivesse essa chance, porque não vimos o verdadeiro Mick. Você não ganha a F4, F3 e F2 e não tem uma boa performance na F1. Acho que ele merece uma chance. Mas a decisão é do James [Vowles, chefe da Williams]", disse Toto Wolff, completando que ceder Antonelli não está nos planos da equipe porque "é melhor para ele completar o programa de testes que vem fazendo."

E também surgiu a possibilidade de que Lawson seja emprestado, mas isso só aconteceria a partir do GP do Azerbaijão e não está definido, embora Christian Horner tenha dito em Zandvoort que a Red Bull "estaria aberta" a uma oferta. Para o ano que vem, a Williams já definiu que Carlos Sainz será o companheiro de Alex Albon.

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Autódromo de Goiânia receberá réplica de carro de Ayrton Senna na Fórmula 1

Modelo MP4/4 é inspirado no veículo pilotado pelo brasileiro em 1988. Peça chegará ao local em agosto

Modificado em 17/09/2024, 16:27

Réplica de carro usado por Ayrton Senna na Fórmula 1 de 1988, ano em que o brasileiro foi campeão

Réplica de carro usado por Ayrton Senna na Fórmula 1 de 1988, ano em que o brasileiro foi campeão (Divulgação)

Em comemoração aos 50 anos do Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia, o local receber a doação de uma réplica do carro usado pelo piloto Ayrton Senna em 1988, um Modelo MP4/4, na temporada em que o brasileiro conquistou o seu primeiro título na Fórmula 1.

O anúncio da doação, que será feito pela empresa Autoled, será no próximo domingo (28), durante a festa de comemoração dos 50 anos do Autódromo de Goiânia. A réplica só será colocada oficialmente no local no mês de agosto, em uma estrutura especialmente construída ao lado da torre de controle de provas.

Em 2024, 30 anos depois da morte de Ayrton Senna, o Autódromo de Goiânia celebra 50 anos de existência. Devido a esse contexto simbólico, os sócios da Autoled decidiram doar a réplica ao autódromo, homenageando o legado do piloto e celebrando o jubileu de ouro da pista que leva seu nome.

Produzida pela TJ Colecionáveis em São Paulo, a réplica possui medidas de 4,40 metros de comprimento, 2 metros de largura e 1,10 metro de altura, pesando 150 kg. A réplica da McLaren de Senna foi inicialmente criada para a exposição no Congresso Fenabrave, que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de agosto no São Paulo Expo.

A construção utiliza fibra de vidro com pintura automotiva, manta de vidro, adesivação com cobertura de verniz e pneus de fibra, sendo toda feita à mão para garantir a máxima fidelidade ao original.

Everson Magalhães Jr, sócio da Autoled, comenta a iniciativa: "Para nós, é uma honra contribuir com um presente tão simbólico para o Autódromo Ayrton Senna. A escolha de doar a réplica veio como um gesto natural, para celebrar o aniversário de 50 anos do autódromo. Estamos felizes em ver essa peça histórica encontrar um lar permanente onde fãs do Senna e do automobilismo poderão apreciar de perto."